A questão é: nunca vi
Chris correr tão rápido e nunca imaginei que eu podia correr tão rápido quando
se tratasse de fome – era mais vontade de comer do que qualquer outra coisa –,
pois então, nós corremos os dois pequenos lances de escada acima, chegando
ofegante, então paramos em qualquer mesa da lanchonete vazia para respirar.
- Cansei.
- Eu também – respondi.
Logo em seguida Justin e
Caitlin vieram se sentar perto de nós, já Scooter ficou sei lá onde, só sei que
longe. Por sorte nem Caitlin e nem ele vieram falar comigo, encher a minha
paciência ou reclamar, eles no lugar deles e eu no meu, como se eu não tivesse
ali, era assim que estavam me tratando e eu estava feliz por isso.
- Vou lá – Chris se
levantou.
- Vou com você – fui
atrás. Assim que chegamos ao balcão enfrente a vários salgados, Chris ficou
vidrado.
- O que vocês vão
querer? – a moça responsável por aquilo ali perguntou, ela era baixinha, tinha
os olhos escuros assim como o cabelo liso cortado na nuca, seus olhos eram
puxadinhos, seu rosto delicado e a pele meio amarelada, mas falava o inglês
perfeito.
- Eu quero esse – Chris
apontou –, não, esse – apontou para outra coisa –, acho que não... acho que
quero esse – e outra coisa.
- Chris! Se decide.
- Eu não sei... tudo
parece tão bom – só faltava babar.
- Quando se decidir
compra para mim também, vou voltar para mesa.
- Tudo bem.
- Não demora.
- Ta, ta – sorri para a
menina que sorriu para mim de volta e voltei para a mesa onde apenas Justin
estava.
- Cadê a Caitlin?
- Foi ao banheiro. Cadê
o Chris?
- Está decidindo o que
quer comer.
- Você vai esperar muito
então.
- Imaginei isso! Aquele
menino é muito indeciso!
- E como! – ele riu.
- O pior é que eu estou
com fome.
- Outcha! Parece que
você voltou mais esfomeada.
- Pior que eu acho que
voltei mesmo.
- Em Nova York têm comida
não?
- Aí que está! Tem! E
muita, era o tempo todo comendo e comendo.
- Não parece que você
comeu tanto assim!
- De acordo com a Harper
eu não engordo de ruim que sou! Você sabe né, nunca fui de ficar com frescura
para comer.
- Eu sei, é uma das
coisas que gosto em você, é um saco essas garotas que ficam sem comer, ou comem
quase nada com medo de engordar.
- Realmente é chato!
Essa minha amiga de Manhattan era assim, sabe, era – ri.
- Outra coisa que eu
gosto em você! Sabe, você influência as pessoas e influência sempre bem, as
pessoas se sentem bem perto de você, sempre.
- Poxa! Há alguma coisa
que você não gosta em mim?
- Não – e de repente
silêncio, meu sorriso simplesmente sumiu, como era de se imaginar, sempre falo
por impulso, como agora, e por muitas vezes essas falas me levam a assuntos que
eu não gostaria de falar – Sabe, eu gosto de tudo em você, absolutamente tudo,
você não é uma garota perfeita, mas é a minha garota perfeita, para sempre, e
não importa que não acredite nisso de “para sempre”, mas a cada vez que eu
pensava em você, via que o nosso “sempre” foi “para sempre”, e eu sempre,
sempre pensava em você, a cada vez que estava numa pequena apresentação a cada
vez que estava encima de um palco na frente de um estádio lotado. Eu amo cada
coisa que você faz e a sua distância me fez sofrer muito, mas ainda te amo,
achava que conseguiria esquecer você, mas não deu, achei que pelo menos te
amava um pouco menos do que antes, mas só foi você voltar que vi que não é bem
assim, que nunca foi bem assim – ele colocou a mão no meu rosto fazendo com que
olhasse para ele. – Eu te amava, eu ainda te amo e tenho certeza que sempre vou
te amar – minha reação foi fechar os olhos, cheguei a sentir a respiração forte
dele perto de mim, mas não era dessa vez.
- Justin! – virei o
rosto e cheguei um pouco para o lado. – O que significa isso? – está cega agora
Caitlin? Ele iria me beijar.
- Cait, para de
escândalo – Justin tentou dizer calmo, mas se bem conheço estava com uma raiva
tamanha por ter chegado bem na hora “errada”.
- Para de escândalo?
Justin! Você é meu namorado e essa... essa coisinha aí mal chega e quer roubar
você de mim! – calma aí! Ele que tentou me beijar e eu que estou roubando ele
dela? E outra, como assim “coisinha”?
- Já te mandei ir para o
inferno hoje? – ela assentiu com raiva. – Então por que já não foi? É bom que fica por lá mesmo e não volta.
- Justin! Você vai
deixar ela falar assim comigo?
- O que eu posso fazer
Caitlin? Não estou com a boca dela – ele deu de ombros.
- Cheguei! – Chris pulou
entre Justin e eu como sempre costumava fazer. – Aqui, esse é seu.
- Você demorou esse
tempo todo para um simples sanduíche Christian!? – indaguei.
- Se quiser eu volto lá
e...
- Não! – o interrompi. –
Quieto aí e come.
Justin riu da situação, já Caitlin sentou ao
lado dele e agarrou seu pescoço enquanto ele tentava se distanciar, não
adianta, Justin não gosta da Cailtin, isso era evidente, ele não estava feliz,
eu era a única que notava isso? E olha que acabei de chegar. Mas, a tal garota
era apaixonada por ele, sim era, isso nem longe pode ser chamado de amor – se
ama tanto por que está o deixando infeliz? –, estava para obsessão, ela o quer
acima de tudo e de todos, se importando apenas com ela, na felicidade dela e
não na dele. Sei – mais agora do que nunca – que Justin ainda me ama e eu
assumo até a parte que me preocupo com ele, se ela o deixar mal eu a caço e a
faço em mil pedaços, como faço por todos que amo, até meus amigos, não suporto
ver alguém que gosto sofrer por outro alguém, principalmente uma individualista
como a Caitlin, do tipo, que se acha dona do mundo. Não! Não vou deixar ele
sofrer, nem ele, nem Chris, Hayley, Karol e Luka, estou disposta a tudo por
isso.
(...)
- Podemos ir agora? – Justin
perguntou impaciente.
- Deixa de ser chato
Justin, já vamos! Chris! Sai desse banheiro logo! – gritei pela sei lá qual vez.
– Caiu no vaso moleque? – e ele de repente sai. – Amém!
- Desde que momento você
ficou tão chata?
- Desde o momento que eu
estou a fim de fazer uma visitinha a minha cama e você fica enrolando no
banheiro.
- Estava me olhando no
espelho.
- E ele não quebrou não?
- Haha, engraçadinha. É
que achei uma espinha.
- Deixa de ser gay
Chris! Vamos logo.
- Vamos embora! – Justin
gritou de novo.
- Já estamos aqui! –
respondi.
- Até que enfim! Scooter
só falta me bater! Vamos logo!
- Ta, ta apressadinho! –
Chris e eu passamos por ele e fomos em direção à escada onde Caitlin e Scooter
nos esperavam com raiva nos olhos, mas descemos feliz sem nos importar.
Dizemos “tchau” ao tal Drake e fomos para o
segundo lance de escada. Justin estava próximo de mim que eu nem notei. Ele
segurou a minha mão e eu hesitei em soltar, mas foi justamente o que fiz,
continuei com um sorriso no rosto, sendo feliz como sempre, escapei de seus
dedos querendo se entrelaçar com os meus e fui para perto do Chris degraus à
frente.
Fugi,
sim, eu fugi do Justin, depois de tudo o que ele me disse o que eu iria fazer?
Acabei de chegar! Preciso de um tempo para me acostumar com as “novas” coisas!
Certo, o cantorzinho adolescente e eu fomos ao
pequeno estacionamento do prédio onde ficava o estúdio para buscar os
respectivos carros. Eu estava sorridente, procurei esquecer o que Justin me disse
e continuar feliz – com Chris ao meu lado, era impossível não rir, pelo menos
um sorriso eu iria acabar dando, um sorriso de verdade. Apertei o alarme,
destravando o carro quase no mesmo instante que Justin. Nossos carros estavam
paralelos e nós quase em harmonia.
- Fugiu né? – ele
brincava, mas no fundo, tinha um tom de seriedade.
- Pois num é não? –
brinquei e brinquei.
- Enfim vamos voltar
para casa!
- Eu que o diga! Mas vê
se acelera um pouco ta? Você com uma Ferrari em mãos parece uma tartaruga –
zombei.
- Há, há, há
engraçadinha – cada um entrou no seu carro em meio de risadas.
Liguei fazendo que o barulho
do motor quase silencioso soasse pelo estacionamento vazio e depois se
misturasse com o barulho do carro ao lado, que era o do Bieber, lógico, só
estávamos nós lá.
Saí primeiro e fui para
a porta do prédio pegar meu único passageiro, Chris, logo atrás de mim veio Justin
para pegar suas malas sem alça, suas cruzes e tudo que há de pesado, chato e
ruim que ele precisa carregar: Caitlin e Scooter – é meu amor, quem disse que
ser famoso era fácil?
Chris entrou no carro rápido, mas deixei
Justin passar na frente – caso contrario eu iria sumir rumo a minha casa e ele
ia ficar para trás de tão lerdo –, mas logo a frente havia um semáforo, já que
ele estava na frente parou primeiro e eu emparelhei com ele na rua vazia.
- Próximo agora é a
escola, está pronta? – ele perguntou tentando desviar da cabeça do Scooter que
estava “entre” a gente.
- Ninguém está pronto
para o primeiro dia.
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DESCULPA A DEMORA!!! D:
Desculpa mesmo, eu não pretendia demorar tanto para postar MIL DESCULPAS, mas é que ainda to meio perdida. Vou tentar me organizar nessas férias, entre as coisas que eu tenho que assistir, ver se volto a escrever a I'm Here [ela ta pronta até a metade, e, postar uma coisa que fico enrolando para escrever mais não dá né .q] para ver se não fico um grande período sem postar e tals. É só uma questão de organização, assim que tiver tudo certo vou parar de demorar tantos séculos para postar para vocês.
Obrigado pelo comentários <3
Até o próximo Cap!