quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Capitulo 2 - So Let The Music It Blast. Parte Final.


A questão é: nunca vi Chris correr tão rápido e nunca imaginei que eu podia correr tão rápido quando se tratasse de fome – era mais vontade de comer do que qualquer outra coisa –, pois então, nós corremos os dois pequenos lances de escada acima, chegando ofegante, então paramos em qualquer mesa da lanchonete vazia para respirar.
- Cansei.
- Eu também – respondi.
Logo em seguida Justin e Caitlin vieram se sentar perto de nós, já Scooter ficou sei lá onde, só sei que longe. Por sorte nem Caitlin e nem ele vieram falar comigo, encher a minha paciência ou reclamar, eles no lugar deles e eu no meu, como se eu não tivesse ali, era assim que estavam me tratando e eu estava feliz por isso.
- Vou lá – Chris se levantou.
- Vou com você – fui atrás. Assim que chegamos ao balcão enfrente a vários salgados, Chris ficou vidrado.
- O que vocês vão querer? – a moça responsável por aquilo ali perguntou, ela era baixinha, tinha os olhos escuros assim como o cabelo liso cortado na nuca, seus olhos eram puxadinhos, seu rosto delicado e a pele meio amarelada, mas falava o inglês perfeito.
- Eu quero esse – Chris apontou –, não, esse – apontou para outra coisa –, acho que não... acho que quero esse – e outra coisa.
- Chris! Se decide.
- Eu não sei... tudo parece tão bom – só faltava babar.
- Quando se decidir compra para mim também, vou voltar para mesa.
- Tudo bem.
- Não demora.
- Ta, ta – sorri para a menina que sorriu para mim de volta e voltei para a mesa onde apenas Justin estava.
- Cadê a Caitlin?
- Foi ao banheiro. Cadê o Chris?
- Está decidindo o que quer comer.
- Você vai esperar muito então.
- Imaginei isso! Aquele menino é muito indeciso!
- E como! – ele riu.
- O pior é que eu estou com fome.
- Outcha! Parece que você voltou mais esfomeada.
- Pior que eu acho que voltei mesmo.
- Em Nova York têm comida não?
- Aí que está! Tem! E muita, era o tempo todo comendo e comendo.
- Não parece que você comeu tanto assim!
- De acordo com a Harper eu não engordo de ruim que sou! Você sabe né, nunca fui de ficar com frescura para comer.
- Eu sei, é uma das coisas que gosto em você, é um saco essas garotas que ficam sem comer, ou comem quase nada com medo de engordar.
- Realmente é chato! Essa minha amiga de Manhattan era assim, sabe, era – ri.
- Outra coisa que eu gosto em você! Sabe, você influência as pessoas e influência sempre bem, as pessoas se sentem bem perto de você, sempre.
- Poxa! Há alguma coisa que você não gosta em mim?
- Não – e de repente silêncio, meu sorriso simplesmente sumiu, como era de se imaginar, sempre falo por impulso, como agora, e por muitas vezes essas falas me levam a assuntos que eu não gostaria de falar – Sabe, eu gosto de tudo em você, absolutamente tudo, você não é uma garota perfeita, mas é a minha garota perfeita, para sempre, e não importa que não acredite nisso de “para sempre”, mas a cada vez que eu pensava em você, via que o nosso “sempre” foi “para sempre”, e eu sempre, sempre pensava em você, a cada vez que estava numa pequena apresentação a cada vez que estava encima de um palco na frente de um estádio lotado. Eu amo cada coisa que você faz e a sua distância me fez sofrer muito, mas ainda te amo, achava que conseguiria esquecer você, mas não deu, achei que pelo menos te amava um pouco menos do que antes, mas só foi você voltar que vi que não é bem assim, que nunca foi bem assim – ele colocou a mão no meu rosto fazendo com que olhasse para ele. – Eu te amava, eu ainda te amo e tenho certeza que sempre vou te amar – minha reação foi fechar os olhos, cheguei a sentir a respiração forte dele perto de mim, mas não era dessa vez.
- Justin! – virei o rosto e cheguei um pouco para o lado. – O que significa isso? – está cega agora Caitlin? Ele iria me beijar.
- Cait, para de escândalo – Justin tentou dizer calmo, mas se bem conheço estava com uma raiva tamanha por ter chegado bem na hora “errada”.
- Para de escândalo? Justin! Você é meu namorado e essa... essa coisinha aí mal chega e quer roubar você de mim! – calma aí! Ele que tentou me beijar e eu que estou roubando ele dela? E outra, como assim “coisinha”?
- Já te mandei ir para o inferno hoje? – ela assentiu com raiva. – Então por que já não foi?  É bom que fica por lá mesmo e não volta.
- Justin! Você vai deixar ela falar assim comigo?
- O que eu posso fazer Caitlin? Não estou com a boca dela – ele deu de ombros.
- Cheguei! – Chris pulou entre Justin e eu como sempre costumava fazer. – Aqui, esse é seu.
- Você demorou esse tempo todo para um simples sanduíche Christian!? – indaguei.
- Se quiser eu volto lá e...
- Não! – o interrompi. – Quieto aí e come.
  Justin riu da situação, já Caitlin sentou ao lado dele e agarrou seu pescoço enquanto ele tentava se distanciar, não adianta, Justin não gosta da Cailtin, isso era evidente, ele não estava feliz, eu era a única que notava isso? E olha que acabei de chegar. Mas, a tal garota era apaixonada por ele, sim era, isso nem longe pode ser chamado de amor – se ama tanto por que está o deixando infeliz? –, estava para obsessão, ela o quer acima de tudo e de todos, se importando apenas com ela, na felicidade dela e não na dele. Sei – mais agora do que nunca – que Justin ainda me ama e eu assumo até a parte que me preocupo com ele, se ela o deixar mal eu a caço e a faço em mil pedaços, como faço por todos que amo, até meus amigos, não suporto ver alguém que gosto sofrer por outro alguém, principalmente uma individualista como a Caitlin, do tipo, que se acha dona do mundo. Não! Não vou deixar ele sofrer, nem ele, nem Chris, Hayley, Karol e Luka, estou disposta a tudo por isso.

(...)
- Podemos ir agora? – Justin perguntou impaciente.
- Deixa de ser chato Justin, já vamos! Chris! Sai desse banheiro logo! – gritei pela sei lá qual vez. – Caiu no vaso moleque? – e ele de repente sai. – Amém!
- Desde que momento você ficou tão chata?
- Desde o momento que eu estou a fim de fazer uma visitinha a minha cama e você fica enrolando no banheiro.
- Estava me olhando no espelho.
- E ele não quebrou não?
- Haha, engraçadinha. É que achei uma espinha.
- Deixa de ser gay Chris! Vamos logo.
- Vamos embora! – Justin gritou de novo.
- Já estamos aqui! – respondi.
- Até que enfim! Scooter só falta me bater! Vamos logo!
- Ta, ta apressadinho! – Chris e eu passamos por ele e fomos em direção à escada onde Caitlin e Scooter nos esperavam com raiva nos olhos, mas descemos feliz sem nos importar.
 Dizemos “tchau” ao tal Drake e fomos para o segundo lance de escada. Justin estava próximo de mim que eu nem notei. Ele segurou a minha mão e eu hesitei em soltar, mas foi justamente o que fiz, continuei com um sorriso no rosto, sendo feliz como sempre, escapei de seus dedos querendo se entrelaçar com os meus e fui para perto do Chris degraus à frente.
  Fugi, sim, eu fugi do Justin, depois de tudo o que ele me disse o que eu iria fazer? Acabei de chegar! Preciso de um tempo para me acostumar com as “novas” coisas!
 Certo, o cantorzinho adolescente e eu fomos ao pequeno estacionamento do prédio onde ficava o estúdio para buscar os respectivos carros. Eu estava sorridente, procurei esquecer o que Justin me disse e continuar feliz – com Chris ao meu lado, era impossível não rir, pelo menos um sorriso eu iria acabar dando, um sorriso de verdade. Apertei o alarme, destravando o carro quase no mesmo instante que Justin. Nossos carros estavam paralelos e nós quase em harmonia.
- Fugiu né? – ele brincava, mas no fundo, tinha um tom de seriedade.
- Pois num é não? – brinquei e brinquei.
- Enfim vamos voltar para casa!
- Eu que o diga! Mas vê se acelera um pouco ta? Você com uma Ferrari em mãos parece uma tartaruga – zombei.
- Há, há, há engraçadinha – cada um entrou no seu carro em meio de risadas.
Liguei fazendo que o barulho do motor quase silencioso soasse pelo estacionamento vazio e depois se misturasse com o barulho do carro ao lado, que era o do Bieber, lógico, só estávamos nós lá.
Saí primeiro e fui para a porta do prédio pegar meu único passageiro, Chris, logo atrás de mim veio Justin para pegar suas malas sem alça, suas cruzes e tudo que há de pesado, chato e ruim que ele precisa carregar: Caitlin e Scooter – é meu amor, quem disse que ser famoso era fácil?
 Chris entrou no carro rápido, mas deixei Justin passar na frente – caso contrario eu iria sumir rumo a minha casa e ele ia ficar para trás de tão lerdo –, mas logo a frente havia um semáforo, já que ele estava na frente parou primeiro e eu emparelhei com ele na rua vazia.
- Próximo agora é a escola, está pronta? – ele perguntou tentando desviar da cabeça do Scooter que estava “entre” a gente.
- Ninguém está pronto para o primeiro dia.
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DESCULPA A DEMORA!!! D:
Desculpa mesmo, eu não pretendia demorar tanto para postar MIL DESCULPAS, mas é que ainda to meio perdida. Vou tentar me organizar nessas férias, entre as coisas que eu tenho que assistir, ver se volto a escrever a I'm Here [ela ta pronta até a metade, e, postar uma coisa que fico enrolando para escrever mais não dá né .q] para ver se não fico um grande período sem postar e tals. É só uma questão de organização, assim que tiver tudo certo vou parar de demorar tantos séculos para postar para vocês.
Obrigado pelo comentários <3
Até o próximo Cap!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Capitulo 2 - So Let The Music It Blast. Parte 2.


Na metade da música mais ou menos, meu subconsciente fez com que eu a cantasse mesmo que meu consciente não soubesse que eu sabia, nem eu sabia que sabia que era capaz de cantar assim tão fácil, droga de sentimentos, é tudo tão confuso e ao mesmo tempo tão bom.  
 Justin me encarava sempre que não estava de olhos fechados, ás vezes desviava para não demonstrar e deixar na cara que aquilo tudo, também, era para mim, mas acho que não resolveu muito, Caitlin me encarou várias vezes, sim, eu notei, mas estava tão fissurada e decidida a não me deixar abalar e nem a ninguém perceber que eu estava realmente a fim de fingir, apenas, fingir, que comigo, absolutamente tudo estava bem.
 A cada “I’ll never let you go” eu me perguntava “Por que eu fui?” e eu sempre respondia “Família, isso é importante, família” e eu não estava errada, nem na pergunta, nem na resposta. Claro que preferia ficar aqui com Justin, mas como a minha mãe costuma dizer: “Há males que vem para o bem” se eu não tivesse ido, Justin não estaria famoso agora, já que essa era a única “exigência” do Scooter, poderia até ter sido difícil, mas, seria pior, pelo menos ele não teve que escolher, simplesmente aconteceu. Há males que vem para o bem.  
 Na parte que ele citou no aeroporto, ele me olhou e nem fez questão de disfarçar, para que também? Era obvio que ele iria querer saber o que estava passando dentro de mim e Justin tinha esse maldito poder de saber, sentir, não importa como eu aparento estar, ele sabe se é verdade ou não e a cada “I’ll never let you go” eu tinha medo de que ele entendesse o que eu mal entendia, o que se passava comigo, era apenas comigo, queria apenas levar em conta o pensamento que eu não poderia deixar que Justin fosse algo além que amigo. Voltei e não vou conseguir ficar longe dele, sem chances, então essa era a única opção, amigos.
 Eu ir foi bom, mas será que foi bom eu ter voltado?
- Lua? – Chris me encarava. – Tudo bem? – concordei com um “uhum” e depois desviei a atenção do Justin olhando para ele. – Como sabe a música?
- Não sei oras.
- Então como você está cantando? – agora sim notei que a minha boca se mexia em perfeito ritmo com a música, então parei.
- Não sei – parei de cantar já que estava consciente do que fazia.
- Mas então, será que isso demora? Estou com fome – ele fez uma cara engraçada.
- Eu também estou... – meu estomago não digere tudo quando se é cedo, apenas depois do horário que eu realmente deveria acordar. Viu, meu corpo não foi feito para acordar cedo.
- Muito bem JB – o tal do Drake disse em um microfone, fazendo com que Justin tirasse o fone. Daí começou os parabéns e o puxa-saquismo de todo mundo presente, menos Chris e eu, estávamos mais preocupado com nossos estômagos.
- Parece que te ouviram – sorri.
- Ainda bem – ele pôs a mão da barriga e fez uma cara de esfomeado. Apenas ri e depois encarei Justin desviando de todo mundo, inclusive de um beijo da Caitlin, para vir falar com nós dois.
- E aí? – ele olhou para Chris e depois para mim. – O que acharam? – e fez isso de novo, parando em mim.
- Legal – sorri sincera, só aí ele olhou para o Chris.
- Putz, bem legal cara, agora onde eu posso comer?
- Chris! Quando você ficou tão desesperado assim? – perguntei rindo.
- Sempre fui, você que nunca me ouviu clamando por comida.
- “Clamando” – fiz uma cara de surpresa –, ele sabe falar... er... bonito! – sorri forçado.
- Ah gata você ainda não viu nada – piscou para mim. – Agora Justin não pode mais me matar por eu te chamar de gata! – ele abriu um sorriso que preencheu cada extremidade do rosto, foi de bochecha a bochecha. Tigrinho sem noção.
- Own que fofo – mudei de assunto rápido apertando as super bochechas do Chris, já chega por hoje, já não basta na hora da música e agora Chris me vem com essa? Eu reparei Justin me olhar com um simples sorrisinho no rosto e depois se “distrair” quando supostamente ignorei o que o nosso amiguinho em comum disse. – Você tem uma bochecha gostosa de apertar – sorri ainda mais.
- Só que isso dói.
- Mas é fofo! – fui com as duas mãos para apertar as bochechas, mas ele na deixou, acabou que ficou dois idiotas no meio de um estúdio de gravação batendo as mãos desengonçados.
- Para de fogo vocês dois! – Justin quase gritou, além de se meter no meio quase chorando de tanto ri. 
Quando paramos de implicância, o silêncio dominou a sala, um ficou encarando o outro, parecia que o assunto do Scooter com Drake havia acabado e Caitlin continuava me encarando querendo me matar – o que é normal –, Chris me olhava, eu reparava cada um e Justin estava alienando, olhando para o nada.
- Então né, eu estou com fome – Chris falou. A gargalhada foi geral, sem mais.
- Tem uma lanchonete no andar de cima, imagino que a viagem foi longa todos devem estar querendo comer – o dono do estúdio, nesse pouco tempo, me pareceu ser um cara bem simpático e educado.
- Agradecemos, mas nós... – Scooter começou.
- Aceitamos – e Justin terminou.
- Então – ele nos guiou até a porta –, foi um prazer ter todos vocês aqui, principalmente você Sr. Bieber.
- Sem Senhor, por favor, me sinto um velho com isso, já disse.
- Claro me desculpe. Er... se não for um incomodo, você poderia me dar um autografo? Sabe, a minha filha é uma grande fã sua.
- Tão novo, já com filha? – não podia ter deixado de comentar, sempre tenho isso de falar por impulso, quando vi simplesmente havia saído.
- Pois é, a vida – ele deu de ombros.
- Claro que eu posso, tem algo que eu possa assinar? – Justin perguntou.
- Eu não sei, acho que tenho alguma coisa por aqui – ele foi para a mesa e começou a fuçar alguns papeis e coisas para que Justin pudesse assinar.
- Já sei, me dá essa caneta – Drake mostrou a caneta que estava na mão para o Justin que assentiu, ele então levou a caneta até a estrelinha teen presente, que tirou o boné e assinou na aba. – Aqui – ele entregou ao Drake, que pegou sem ao menos acreditar.
- Mas Justin esse é o seu boné preferido – Caitlin se intrometeu.
- Meu boné preferido já está onde deveria estar – ele me olhou de canto de olho depois voltou a olhar para Drake. – Então, obrigado por tudo – ele disse sorrindo.
- Eu que agradeço – saímos da sala com o carinha completamente anestesiado, imagina, ganhar um boné autografado pelo adolescente mais famoso da atualidade? Claro, isso não fazia o tipo dele, mas a tal menina, seja lá qual idade tivesse, seria invejada por todo mundo.
Ele não acreditava em ter ganhado um boné autografado por Justin Bieber e eu estava feliz por saber que o meu Jus ainda existia.  
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Então é isso? Cinco comentários distintos? Poxa.
Mas enfim, obrigado meninas <3
E posso contar um segredo? Nem eu sei porque o Scott odeia a Lua u.u Mas ainda arranjo um motivo! HASUHASUHASUASAHS Enfim, bezus e até alguma outra vez.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Capitulo 2 - So Let The Music It Blast. Parte 1.


“Repórter: é verdade que você escreveu todas as músicas para uma única garota?
Justin: Com exceção de “Down To Earth”, sim, todas.
Repórter: Ela deve ter te feito sofrer bastante.
Justin: Como me fez o cara mais feliz do mundo“

 Acordei bem cedo, o que eu nunca imaginaria fazer nesse tempo de férias – espero que não tenha que fazer mais – meu sono era evidente como sempre, mas eu estava disposta a, ao menos, fingir está bem acordada.
 Tomei um banho para acordar e comi qualquer coisa na cozinha, já para me vestir aproveitei que ainda era verão.
 Peguei o celular e as chaves, deixei um bilhete para os meus pais que ainda dormiam, avisando que iria sair – apesar de que eles já sabiam – e que não sabia a hora que iria voltar. Saí de casa e logo avistei aquele carro amarelo, ainda mais lindo de dia – ainda não conseguia acreditar que era meu – e em seguida, vi Scooter e Justin parados enfrente ao carro dele – aquela Ferrari de encher os olhos, mas prefiro o meu Porsche –, então fui até lá.
- Oi.
- Ah! Oi Lua, bom dia – o encarei. – Você não vai devolver o ”bom dia”?
- É cedo! – respondi. – Mas então, e aí?
- Chris e Caitlin estão vindo, eles não vão demorar.
- Ain Caitlin – praticamente lamentei, achei que demoraria para vê-la, era pelo menos o que eu queria.
- Algum problema? – por que Scooter fala comigo? Ele não gosta de mim e consequentemente eu não gosto dele, então não é para falar comigo!
- Temos nossas desavenças. Afinal, por que eu te respondo? – ele me olhou um pouco irritado, mas não respondeu.
- Estou ferrado com vocês dois.
- Ele que começa.
- Ela que provoca.
- Até parecem duas crianças! – Justin revirou os olhos. Eu já estava de braços cruzados e emburrada como uma criança fazendo pirraça, mas logo desamarrei, tenho 17 anos recém feitos, não preciso ficar bancando a criança sempre que alguém me irrita.
- E aí? Dormiu bem? – Justin me perguntou.
- Na melhor parte do sono eu tive que acordar – fiz uma careta e depois sorri em resposta ao seu sorriso.
- Mal chega e já está dando em cima do meu namorado?
- Vai para o inferno Caitlin – me afastei do Justin, deixando ela voar no pescoço dele e dando, nada mais que um selinho, Justin também não deixou que fosse além.
- Ele é meu agora – iria abri a boca para responder, mas Justin não deixou.
- Lua! Não começa com isso de novo. Isso logo de manhã não faz bem, principalmente para mim no meio disso tudo.
- Só porque você pediu – respondi e dei de ombros. Caitlin abriu a boca para falar, mas Justin também e interrompeu.
- Não começa Caitlin – ela fechou a boca e me fuzilou com os olhos, apenas revirei os meus. – Vamos logo, quanto mais cedo irmos mais cedo voltamos.
- Chris vem comigo e não se discute – Chris, que já estava posicionado ao meu lado, e eu viramos e segui até a frente da minha casa, ele apenas me seguiu.
- Como assim eu vou com você? Tem carro por acaso? – parei ao lado do Posche de frente para Chris e destravei o carro fazendo soar o alarme, ele apenas olhou para o lado. – É seu? – assenti sorrindo. – Ah moleque! – correu para o lado do carona e eu ri disso.
 Entrei no motorista e ele no carona, liguei o carro e viajei por alguns instantes no motor quase silencioso, só voltei a mim quando o carro do Justin passou na frente, eu então o segui.
- Posso ligar o rádio? – Chris pediu.
- E desde quando você precisa pedir? Vê se não escolhe aquelas estações medíocres.
- Parece que nem me conhece fantasminha.
- Ok tigrinho, confio em você.
- Tigrinho?
- Você acha que eu esqueci do seu pijaminha lindo?
- Sim! Achei! – ele me dizia assustado.
- Aquele pijaminha todo fofo cheio de tigrinhos, tão lindo!
- Ah não! – ele abaixou a cabeça, tímido e já desesperado por eu ainda lembrar de tal história.
- Relaxa, não vou contar a ninguém porque você é o meu tigrinho.
- Nosso segredo?
- Sim, nosso e do Justin claro!
- Será que ele lembra daquilo ainda.
- É obvio Chris!
- To perdido!
- Eu não vou deixar ele contar! É segredo! – ele me olhou aliviado. – Cara! Seu amigo dirige muito devagar!
- Justin?
- Quem mais? – ele riu. – Chris! Aumenta esse som! Fala sério.
- É para já!
 Ele aumentou a música e eu abaixei os óculos que estava preso na cabeça, colocando no rosto e deixei meu cabelo castanho claro, mais ondulado, que batia um pouco abaixo do ombro, voarem enquanto, nós dois cantávamos o mais alto que podíamos “I Kissed a Girl” da Katy Perry. Era meio gay ver o Chris cantando isso, mas era o que deixava a cena ainda mais divertida. Nós gritávamos e nem ligávamos para afinação, parecia mais que fazíamos questão de desafinar.
 Era legal saber que Chris vai morar perto de mim, era legal toda aquela distancia, conversas por telefone e tudo mais, porém é ainda melhor o ter por perto. Ele é para mim, do tipo de cara que nunca vi de qualquer outro modo além de amigo, ele simplesmente é, não me pergunte como começou e desde que momento somos tão grudados e amamos tanto um ao outro, foi apenas assim, aconteceu. 
 O mais legal era quando chegamos ao estúdio – depois de muito tempo, atrás de um garoto que dirige muito devagar para quem tem uma Ferrari –, Chris e eu cantávamos alto e riamos muito, mas o melhor de tudo era a música.
 “I’m leavin' never to come back again, you found somebody who does it better than he can”
Depois disso rimos muito, então, nem conseguimos terminar a música.
- Chris, é impressão minha ou você está cantando Jesse McCartney? – ele olhou para mim com uma expressão “to ferrado, me ajuda?”, Justin reconheceu a música.
- Sim, algum problema? – respondi por ele. – E a música é um cara cantando para uma garota, é menos estranho ele cantando do que eu! E como você reconheceu a música em Bieber?
- Ok, Ok! Foi só uma pergunta! Vamos subir? Caitlin e Scooter já estão lá encima – Justin se virou e começou a subir o pequeno lance de escada.
- Valeu – Chris sussurrou para mim. Apenas sorri em resposta.
 Subimos os poucos degraus um implicando com o outro – Chris e eu, lógico – e segurando a risada para que Justin não olhasse para trás. Quando chegamos ao segundo andar, Scooter e Caitlin nos esperavam na frente da porta de madeira. Assim que passamos por ela, um cara nem tal alto, loiro dos olhos verdes escuros, com uma barba bem mal feita e o cabelo cortado curto, veio nos recepcionar, ou melhor veio recepcionar o Justin.
- Bem vindo! Meu nome é Drake, é uma honra ter uma estrela como o senhor – ele cumprimentou Justin.
- Você, por favor, me chame de você, quando dizem “senhor” eu me sinto um velho, ou penso que a minha mãe quer brigar comigo – Drake riu. Confesso que eu segurei para não rir, agora sobre o resto presente, se eles ao menos queriam rir eu não sei. – Drake? Isso? – o cara assentiu. – Esse é o meu agente, Scooter, meu amigo, Chris, minha... am... amiga – que “amiga” difícil de sair, parecia que ficou entalado no fundo da garganta – Lua, e essa é a Caitlin – ele finalizou.
- A namorada dele – percebendo isso, ela concluiu o que ninguém precisava saber.
Chris e eu nos entre olhamos, ele fechou os lábios firmes para não rir assim como eu, por sorte meu cabelo tampava a visão da Caitlin da minha expressão e como Chris estava ao meu lado oposto ao que ela estava, não viu as nossas expressões.
 Justin estava adorando namorar de novo com a Caitlin e eu não perdi meu senso de ironia.  
- Vamos começar? – o carinha disse mais empolgado do que qualquer um ali.
- É – Justin entrou na cabine sendo guiado pelo Drake.
 Depois que Drake posicionou Justin, tudo certo, ele voltou para o lado de fora da cabine e sentou numa cadeira enfrente a trilhões de botões, já os outros quatro presentes ali – Chris, Scooter, Caitlin e eu – formamos um paredão atrás da cadeira.
 Fiquei no canto, Chris do meu lado, Scooter mais próximo à cadeira para conversar com o Drake e Caitlin o mais longe de mim que conseguia.
 Logo Justin começou a cantar, e todo aquele sentimento que eu me privava durante todo esse tempo foi voltando aos poucos. A cena de quando fui embora passava como um flashback muito doloroso por toda a minha cabeça e em cada pensamento era ele, como o fiz sofrer, como o magoei indo e agora, mesmo sabendo que esse namoro com a Caitlin e só um joguinho de Marketing, eu preciso de me esforçar a tratá-lo como amigo. Não quero sofrer, como não quero que ele sofra e se acontecer o mesmo que ano retrasado, nós dois sairemos com o coração ainda mais machucado. Ele faz parte de outro mundo agora, por mais que esteja tão perto de mim, sempre vai estar longe, por causa das viagens e shows, as “fãs” mais infantis me criticariam até onde eu menos imagine, porque não podemos apenas encarar os problemas daqui, de Stratford, temos um mundo inteiro para encarar e eu não sei se conseguiria suportar perfeitamente tudo e se eu não consegui, se eu ficar “para trás”, Justin vai acabar se magoando também, sei disso, é melhor não começar para um dia não ter um fim.  
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Pronto, postei... 
Obrigado as meninas que comentaram <3
E desculpa o desanimo .q
Mas, não peço uma certa quantidade de comentários para postar de novo, por mais que é ótimo receber comentários, acho feio fazer isso, mas eu sempre to olhando e sei que mais gente já comentou antes, cadê vocês agora? Enrolo para postar, para ver até quantos comentários vai e posto quando vejo que demorei demais [apesar que dessa vez, eu tenho a desculpa que andei super ocupada ultimamente], então poxa, por favor, comentem! 
Bezus.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Capitulo 1 - I'm Back. Parte Final.


Quando notei, Justin estava com alguma revista na mão que eu nem vi de onde surgiu, Scooter ficava parado olhando para nós dois, no momento em silêncio e Pattie terminava nossos sanduíches. Quando ela terminou, pediu para Scooter colocar na mesa para nós dois e saiu em direção à lavanderia, ele então colocou os dois pratos no balcão uma para cada um e apoiou as mãos no mesmo encarando nós dois. Eu apenas olhei o prato e empurrei para o Justin que fez o mesmo.
- Por que vocês destrocaram?
- Ela não gosta de geleia.
- Ele não gosta de manteiga no sanduíche – respondi.
 Eu estava lendo a parte de famosos no jornal, ao ver aquela nota eu sorri e o dobrei no meio, para poder ler em voz alta.
- “De volta as aulas” – li o titulo e todos os dois prestaram atenção e mim. – “O astro teen, Justin Bieber, voltou hoje para sua cidade natal, Stratford no Canadá, para o inicio das aulas daqui a duas semanas. Quando questionado o motivo que voltaria a tanto tempo antes do inicio, Justin disse que havia um motivo muito especial e esse motivo não era que ele iria voltar à escola, parando com as aulas particulares, com exceção das durante as viagens. Parece que a tal “garota favorita”, agora já misteriosa para todos nós, iniciaria nessa mesma escola. Muitas garotas da pequena cidade de Stratoford terão o prazer de estudar com Justin Bieber, mas por enquanto, nenhuma terá o coração do garoto de 17 anos, que atualmente, namora Caitlin Beadles e para nós e todos fica a duvida: Quem será essa “garota favorita”? Caitlin que se cuide, parece que a verdadeira dona do coração de Justin Bieber está de volta” que nota mais revista teen – comentei.
 Sabe aqueles momentos que você é o centro das atenções sem ao menos saber o porque?  Aqueles momentos que você fez algo, aparentemente simples e todos começam a te olhar? Quando você fala algo e com uma pessoa e de repente todos envolta estão te olhando? Aqueles momento que as pessoas te olham esperando algo a mais? Então, esses momentos andam acontecendo muito nessas últimas horas, como agora, Scooter e Justin ficaram me encarando depois que li a nota no jornal, esperando que eu falasse algo que eu nem sabia o que, como se quisessem ver a minha reação, mas do que?
- Que foi oras? – Justin logo tratou de desviar a atenção e dar mais uma mordida no sanduíche, mas Scooter não quis fugir do assunto assim como Justin.
- Você não se incomodou?
- Com que?
- Não sei, talvez, o fato do Justin e da Caitlin estarem juntos?
- E por que eu me incomodaria? Caitlin é bonita e sempre foi obcecada pelo Justin, ela tem o que mais quer e eu acredito que o Justin tem juízo, então, se ele está com ela é porque quer – Justin quase engasgou, mas continuou a mastigar e se importar com o sanduíche.
- Namorou em Nova York Lua?
- Cala a boca Scooter, nem sei porque estou falando com você.
- Quem é você garotinha para me mandar calar a boca?
- Outcha! Garotinha de novo? Eu não te devo satisfações, não te importa o que eu fiz ou deixei de fazer em Manhattan.
- Para vocês dois – Scooter ia falar, mas Justin interrompeu. – Lua, você – ele coçou a garganta –, você, realmente não se importa que eu esteja, de novo, com a Caitlin? – detalhe que ele não me olhava, parecia ter um enorme interesse no sanduíche a sua frente.
- Não.
- Sério? – ele me encarou surpreso. Eu apenas dei de ombros e revirei os olhos, depois sorri.
- Melhor eu sair daqui – Scooter foi em direção à saída da cozinha.
- Já era hora! – gritei depois sorri, ele não fez nada.
- Você gosta de provocar também né!?
- Você fala como se não soubesse! O produtor do astrozinho da música me odeia – zombei.
- Astrozinho? É a segunda vez que você diz isso! Poxa, magoa.
- Você num gosta não? – ele negou. – Então pode se acostumar, estrelinha.
- Estrelinha? Eita, mas algum apelidinho?
- Não que eu me lembre – ri.
- Por que “astrozinho” e “estrelinha”?
- Porque, como eu já disse, eu tinha, ainda tenho, ela ainda é minha amiga, que é muito fã sua então ou eu te zoava, ou tinha que aguentar ainda mais Justin Bieber para todos os lados.
- Você me zoava? Como assim? – ele parecia indignado. – Falava o que?
- Vai por mim, você não quer saber.
- Eu quero sim!
- Mas eu não vou te contar – mostrei a língua e ele riu.
- Por que tinha que me zoar poxa?
- Eu não precisava que ninguém me lembrasse de você o tempo inteiro! Já era fácil esquecer que o meu ex-namorado tinha virado famoso – fui irônica. – Amigos, não se escolhe, infelizmente, Harper era sua fã quando a conheci.
- É tão ruim assim lembrar de mim?
- Só é ruim saber que nada vai ser como antes.
- Talvez seja melhor.
- Talvez pior.
- Como pode saber?
- Aí que está, eu não sei. Se as coisas continuassem como antes eu sei muito bem como seria, mas nada é como antes, o que dá medo, medo por não saber o que estar por vir.
- Talvez não tenha mudado tanto assim.
- “Talvez não tenha mudado tanto assim”? Justin, você tem fãs espalhadas pelo mundo inteiro! Tem shows quase todos os dias, está na mídia o tempo todo! Eu passei um ano longe disso tudo e agora, você é o garoto que em pouco tempo foi um dos mais vistos do Canadá pelo youtube. Talvez não tenha mudado tanto assim?
- Talvez sim – ele admitiu de cabeça baixa olhando para o prato já vazio. – Lembra do vídeo que fez mais sucesso? – ele me olhou e foi a minha vez encarar o prato com um pedacinho de sanduíche.
- Nunca me deixaram esquecer.
- Harper?
- Ela e tudo que eu possa chamar de lembrança.
- Qual então? – respirei fundo.
- “So Sick” – o encarei.
- Sabe por que fez sucesso né? Eu sou demais – ele notou que a conversa voltava para um momento que nenhum de nós dois queríamos, para falar a verdade, eu não queria e provavelmente ele também não, então deu um jeito de mudar a conversa.
- Que convencido! Famoso e besta!
- Estou mentindo?
- Foi por minha causa! Ou você não lembra que fez o vídeo para mim – droga! Involuntariamente voltei ao assunto.
 - Na época você não acreditava nisso.
- Você me fez acreditar.

Flashback on
- Tem certeza que esse é o meu vídeo? – ele se deitou ao meu lado.
- É Justin! Esse é o seu vídeo!
- Não acredito que o meu vídeo está com isso tudo de acessos!
- Mas e a verdade! O seu vídeo está com mais de 10milhões de acessos!
- Foi porque eu fiz para você.
- Pode até ser, mas, isso – apontei para a tela – é porque você é incrível e mega talentoso.
- Você prefere acreditar nisso?
- Não, prefiro acreditar que é por mim lógico!
Flashback off

 Me encontrei séria, do nada, e Justin também havia parado de sorrir, que droga, isso não está dando muito certo.
- Lua? – respondi um “hum”. – Você lembrou num foi? – assenti. – Por que... – levantei a cabeça olhando pela báscula a parte de fora da casa.
- Ai meu Deus! Já escureceu? Preciso ir para casa! Nem sei porque a minha mãe não me ligou, ah claro! Deixei o celular em casa! Mas porque ela não veio? Obvio! Ela nem sabe que estou aqui, se soubesse também, tem tanta caixa espalhada pela casa que ela nem teria tempo! Preciso ir – comi o último pedaço de sanduíche, que foi mais engolido do que mastigado, pulei do banco e fui em direção à lavanderia me despedir da Pattie que estava escorada em uma máquina de lavar ligada com um livro nas mãos. – Sra. Pattie, já vou, anoiteceu e eu nem vi, já está tarde.
- Tudo bem querida – ela largou o livro encima da máquina e veio me abraçar. – Obrigada pela visita, é bom que esteja de volta – é o que espero, que seja bom eu estar de volta, apenas bom.
- Obrigada, agora tenho que ir! Até mais – sorri.
- Até – ao me virar para sair da pequena sala esbarrei com Justin que eu não tinha notado atrás de mim. – Tchau Justin – passei por ele e fui em direção à porta.
- Eu vou com você.
- Para que? Ainda moro aqui em frente.
- Por favor, né Lua!? Você fica longe um ano, pelo menos isso vai.
- Já que insiste – abri a porta e saí na rua com ele ainda atrás de mim.
- Mas então... ar... eu estou sem assunto – ri.
- Relaxa, já chego em casa e nem precisamos mais o que falar – encarei a Ferrari enfrente a casa mais uma vez, por mais que estivesse escuro eu podia vê-la perfeitamente. – Cara, não deixo de me surpreender com esse carro! Um padrinho como Usher deixaria qualquer ser humano feliz.
- Me parece que nem precisa de um padrinho famoso.
- Ah ta bom! Quem mais me daria uma Ferrari?
- Precisa ser exatamente uma Ferrari?
- Não, mas, um carro do tipo, eles são caros!
- Do tipo como?
- Onde você quer chegar? – o encarei. Ele apenas sorria e depois apontou para algum lugar. Segui meus olhos até chegar ao mesmo lugar que ele olhava e encarava. – Você está zoando!? – atravessei a rua correndo e Justin correu atrás de mim. – Pai o que é isso? Achei que fosse buscar o nosso carro.
- O nosso chega apenas amanhã, mas não quer o seu próprio carro? Achei que iria gostar de ganhá-lo logo hoje.
- Esse Porsche é meu? – ele assentiu com um sorriso. – Sério?
- É – meus olhos já brilhavam ao ver aquele carrão amarelo parado enfrente a minha casa, e brilharam ainda mais ao saber que era meu!
Comecei a pular e a gritar no meio da rua. Eu acabei de ganhar um Porsche! Meu maior sonho de consumo, meu único sonho de consumo agora é meu! E eu pulava, pulava, e gritava ainda mais.
- Para – Justin me segurou pelo braço e me puxou para mais perto, para que eu pudesse parar de pular e de preferência gritar também. – Já está tarde, os vizinhos vão começar a te xingar daqui a pouco – ele ria.
- Deixa eu ser feliz, acabe de ganhar um carro!
- Eu também ganhei um carro e não surtei tanto assim como você.
- Você e eu somos diferentes!
- Talvez por isso que damos tão certo.
- Está mais para, por isso que damos tão errado, mas não importa! Eu tenho que ir – tentei me afastas e até conseguiria se ele não tivesse puxado meu cotovelo de volta e me abraçado.
- Eu senti sua falta, realmente senti. Já sobre a saudade eu nem comento.
- Você já disse isso e eu já assumi que senti saudades – me afastei. – Você é meu amigo certo? Senti saudades de todos meus amigos.
- Amigos?
- É, amigos! Agora deixa eu ir, estou cansada e tenho muita coisa para arrumar! Sei muito bem o que você passou quando se mudou, as caixas e coisa e tal.
- Benditas caixas! – ele riu.
- Talvez! Cai feio aquela vez, doeu! – fiz um bico e depois ri, assim como ele. – Agora eu realmente tenho que ir. Tchau gatinho – disse já me afastando.
- Gatinho? Achei que não gostasse dessas coisas! – ele gritou. Eu apenas me virei e dei de ombros, logo em seguida entrei em casa.
 Eu esperava algo mais na minha chegada, algo mais a mais, mas na verdade, eu não sabia o que esperar, fiquei imaginando tantas coisas e nenhuma delas aconteceram, mas hoje foi apenas o primeiro dia e eu não posso tirar conclusões disso, muita coisa pode acontecer como muitas podem deixar de acontecer, uma vida não se resume em apenas um dia, uma história não se resume.  
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OMFG! Vocês são incríveis! Não ia postar hoje... mas, acho que merecem! E já demorei demais também.
Obrigado gente <3
Continuem assim, por favor! HAUSHUASHUASHUSA

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Capitulo 1 - I'm Back. Parte 2


Eu estava tão cansada da viagem que nada podia me acordar, com exceção da minha barriga que parecia virar do avesso de fome, levantei de susto, cabelo todo desarrumado e minha cara toda amassada, pois é, dormi muito e bem. Lavei o rosto e prendi o cabelo em coque com ele mesmo depois desci as escadas me arrastando e bocejando – uma vez – procurando meus pais.
- Mãe, cadê o papai? – a encontrei na cozinha, mexendo em várias caixas, organizando coisas de cozinha.
- Até que enfim acordou em! Ele foi ver o que deu lá no carro, quando vamos poder pegar.
- Ah... to com fome.
- Menina esfomeada.
 - Chato né? Mas ainda estou com fome – ela riu.
- Pior que nem tem nada para comer, acho que hoje iríamos sair para jantar até. Saia e compre alguma coisa – ela tirou o dinheiro do bolso e me entregou. Bocejei mais uma vez.
- Já vou.
- Não demora.
- Já volto então – ela riu.  Saí correndo porta a fora antes que a minha barriga voltasse a roncar.
 Fechei a porta e lembrei que deixei o celular no quarto, mas, eu não iria voltar e subir as escadas para pegar, tinha acabado de acordar o que me dava muita preguiça, sem contar que eu estava com fome, era só ir comer e depois voltava, simples.
 Fome!
- Uau! Vou por vídeos no youtube para ver se consigo comprar um carro desses – fui até Ele sorrindo, o tal estava distraído trancando a Ferrari e me olhou surpreso quando comecei a falar.
- Lua – ele abriu os braços para me abraçar e eu fiz o mesmo colocando os meus entorno do seu pescoço –, saudades.
- Pois é. Eu também – era diferente poder abraçá-lo de novo. Sentia que era melhor separar logo, por mais que eu não quisesse, antes que... pois é, antes. Sem contar que estávamos no meio da rua.
- Senti muito a sua falta. Sério.
- Sei – fiz um tom desconfiada –, com isso tudo que está acontecendo com você Justin, duvido que sentiu a minha falta.
- Eu senti poxa e vai dizer que não sentiu a minha? – me soltei, mas deixei as minhas mãos em seu ombro.
- É... – olhei o lado depois olhei para ele e sorri. Ele riu.
- Desculpa, eu iria ao aeroporto, mas tive alguns imprevistos com a gravadora.
- Acho que foi até melhor você não ir. Imagina: todos iriam te ver me esperando... melhor não! – ele pareceu imaginar o mesmo que eu, uma multidão envolta dele, pedindo autógrafos e tirando fotos, depois, tirariam fotos de nós e seria um inferno para sair do aeroporto, pessoas e mais pessoas envolta, fotos e gritos, sem contar que seriamos a manchete das noticias dos famosos no dia seguinte. Ele negou com a cabeça sorrindo.
- A onde você estava indo?
- Onde estava não, onde estou. Preciso comer alguma coisa.
- Esfomeada!
- Para! Primeiro a minha mãe agora você? – riu. – Estou sem comer a tempo ok?
- Você e isso de ficar sem comer a tempo! A última vez...
- Não lembre.
- Ok. Bom, de qualquer maneira você estava, também estou com fome, vamos lá em casa. Minha mãe vai adorar te ver.
- Não quero incomodar, vou a qualquer lugar comer.
- Você nunca foi e nunca será um incomodo. 
- Outcha! Minha barriga está queimando! Fome! Fome! – ele riu.
- Vem – ele sorria. Dei de ombros e passei por ele, andando para frente do carro de um jeito engraçado. Parei na frente da Ferrari e ameacei bater no capo. – Não... Lua... Não! – sei dois tapinhas no carro, olhei para trás e sorri. – Você não tem jeito!
- Já não tinha há um ano. 
- Você não mudou nada!
- Quem sabe? Você acabou de me rever! A propósito, adorei o corte de cabelo – voltei a andar em direção a casa dele enquanto ele me seguia.
 Enquanto caminhava, ele me alcançou, o tempo inteiro com um sorriso no rosto e eu também estava, era incontrolável. Entrei na casa que mantinha a aparência externa exata que eu me lembrava, a mesma casa branca, a mesma porta vermelha.
  Pattie me recebeu com um sorriso e um abraço – também com um “que bom que está de volta” – chegava a ser engraçado como tudo parecia não ter mudado, mas calma minha querida Lua, lembre-se que acabastes de chegar, então sorria enquanto não te fazem chorar. Isso ai! Sorria, não pense, apenas sorria.
- Mãe, estamos com muita fome – tinha me distraído então esqueci da tal fome, acabou que, quando Justin falou, meu estômago voltou a queimar. Eu precisava comer.
- Imagino. Você senhor Bieber, aposto que não comeu nada com pressa de pegar o voou, você meu anjo, não deve ter comido desde quando saiu de Manhattan.
- Acertou! – sorri.
- Espera aí!? Eu recebo um “Senhor Bieber” como sermão e ela um “meu anjo”? Como assim? – Pattie e eu rimos, ela virou as costas e seguiu até a cozinha com Justin e eu atrás.
- Eu posso – sussurrei para ele.
- Sempre foi a preferida – e ele revirou os olhos sorrindo.
 Justin e eu estávamos mais para amigos, é, e eu não queria mais nada além, mas, eu não sei, a fome me impedia de pensar.
 Sentei na cozinha e Justin se sentou ao meu lado, ficamos conversando sobre muitas coisas, depois de um ano, assunto é o que não se falta.
 Contei sobre Manhattan, sobre a Harper e o meu colégio, já o Justin me humilhou contando sobre as várias viagens pelo mundo, shows, fãs... e ficou bravo quando fiquei de bico e dizendo que ele estava se aparecendo. Ok, eu estava de criancice e ele sabia disso, no final nós três rimos.
- Opa! Jornal – me levantei do banco e fui me estiquei para pegar o jornal no finalzinho da bancada.
- Desde quando você lê jornal?
- Quando se vive em um lugar onde a única coisa que se têm para fazer é compras, você cria hábitos que nunca imaginou adquirir – abri a primeira página e comecei a passar o olho pelas notícias. O ruim do jornal, é que sempre tem muita coisa de ruim, cadê as noticias boas? Nem tudo é mau.
- Achei que vivendo em Nova York você ia criar um gosto por isso, pelo menor que fosse.
- Se não gostava com 16 não é com 18 que eu vou gostar né espertinho?
- Sua mãe que não deve gostar né querida? – Pattie começou a falar enquanto encarava a geladeira pensando no que mais fazer –, ela vive no shopping e sei que lá não foi diferente.
- E não foi mesmo Pattie! Cansei de brigar com a minha mãe por causa disso, ela ia ao shopping e eu para a biblioteca, era quase sempre assim.
- E a sua amiga? Harper? Isso mesmo? – assenti. – Não te ajudava a fugir da sua mãe? – Justin perguntou.
- Não! Eu não podia ficar em casa se não era briga, tinha sempre que dizer para minha mãe que iria sair, ou se não eu tinha que ir as compras com ela, no caso, eu ia para a biblioteca. E não dava para ir a casa da Harper, era tipo, em caso de emergência mesmo!
- Por quê?
- Quer mesmo saber? – ele assentiu. – Então ta. Eu não ia, porque ela é fã de um certo astrozinho do momento e as coisas dela é repleto dele.
- Vou entender isso como uma indireta.
- Bingo.
- Quer saber? Vou fazer um sanduíche para vocês.
- Ai meu Deus Pattie, um sanduíche? Já comemos salgado, torta, biscoito, acho que um sanduíche nem entra mais em mim – mentira.
- Mas para mim pode fazer mãe!
- Justin! Eu não acredito! Eu tentando demonstrar toda a educação que a minha mãe tentou me dar e você vai ter a coragem de comer um sanduíche ao meu lado sendo que ainda estou com fome?
- Você acabou de dizer que não queria – ele deu de ombros.
- Você não sabe o que é educação!? – fiz uma cara engraçada, demonstrando que tudo o que eu estava falando era brincadeira, caso eles não tenham percebido pelo meu tom de voz. Ele apenas riu, assim como a mãe.
- Eu vou fazer um sanduíche para os dois – Pattie se virou ainda rindo e começou a procurar as coisas que ela queria para um sanduíche.
- Mãe, cadê o Scooter?
- Não sei Justin, deve estar lá em cima.
- Ain... o Scooter está aí? – fiz uma careta.
- Ele veio comigo.
- Droga. Por que o Scooter em?
- Porque ele foi o primeiro a me descobri e a única condição dele acabou acontecendo, lembra? Você foi embora.
- É – isso ficou embaraçoso. Droga, por que ele tinha que lembrar?
- É melhor mudarmos de assunto, antes que isso fique mais constrangedor – ele logo se redimiu.
- Que bom que você ainda tem bom senso.
- Vamos ver um assunto... – ele olhou para cima pensando. – Ah! Eu lembrei de você esses... – ele parou.
- Esses?
- É melhor não continuar, sem contar que eu não sei qual vez te contar, sempre lembro de você – por que ele não para?
- É melhor eu mudar de assunto. Você não sabe fazer isso muito bem – ele riu. – Vamos ver... Ah! Qual é a do carrão lá fora?
- Ganhei de presente.
- Uma Ferrari de presente? Uau – ele riu, provavelmente da minha expressão de besta.
- Sim. Meu padrinho me deu, Usher.
- Ah claro! Ah eu com um padrinho desse para me dar uma Ferrari de presente de 17 anos. Nem precisava ser a Ferrari, poderia ser outro carro esporte, eu não me importaria – ele riu e eu apenas sorri.
- O que o meu prodígio ri tanto... Ah! Você – Scooter sorria até me ver, depois fez uma cara desanimada. Graças a reforma da cozinha, que até agora, foi a única parte que mudou, quem descia as escadas não veria ninguém a não ser quem estaria no primeiro banco da mesa de granito branco que agora atravessava toda a área deixando apenas dois espaços na lateral.
- Scooter, que desprazer em vê-lo.
- Pela primeira vez e única eu concordo com você.
- Vocês se viram uma vez e já se odeiam. Como pode isso?
- Ele que logo de cara não gostou de mim Justin, você sabe disso. Não vou nem ao menos fingir gostar de alguém que todos sabem, inclusive eu, que esse alguém não gosta de mim.
- Ela está certa – Justin encarava a frente, talvez olhasse o jardim interno pela báscula da cozinha.
- Mas...
- Isso era evidente Scott, nem adianta dizer que não. Você disse que iria me representar, mas com a condição que eu terminasse com ela – ele o olhou.
- Ok, pelo menos eu não preciso ao menos fingir que gosto dessa garotinha.
- Garotinha? Eu vou fazer 18 anos, ok, ano que vem, mas mesmo assim 18, “garotinha” não dá mais para mim.
- Garotinha – ele repetiu. Apenas revirei os olhos e voltei a ler o jornal. – Justin, nós temos um ensaio...
- Temos nada! Você pode ter, eu não. Estou livre das atividades de Astro pop teen, pelas duas primeiras semanas de aula. Com exceção de amanhã, claro.
- Desculpa bancar a intrometida, mas, o que tem amanhã?
- Falta uma música para gravar, para enfim montar o CD novo, mas teve alguns problemas em Atlanta e eu não consegui fazer a última música, só que eu precisava vir então, alugamos um estúdio fora da cidade por um dia para poder gravar a música. Quer vir?
- Não Justin! Ela não pode! – Scooter se intrometeu.
- Por que não? Chris vai! E é justo ela ir já que sabe a música.
- Sei? – o olhei incrédula. Como assim eu sei a música? Não é nova?
- Sabe – ele não me olhava –“Don't shed a tear whenever you need me I'll be here, I'll never let you go” [Não derrame uma lágrima sempre que você precisar de mim eu estarei aqui, eu nunca vou deixar ir] – ele apenas falou.
- Sei. Você fez disso uma música? – ele me olhou como se quisesse dizer “qual o problema?”. – Tudo bem.
- Então, você vai?
- Vou sim – Justin disse tais palavras quando fui embora, ainda no aeroporto, que droga, não quero ficar lembrando disso, mas mesmo assim irei amanhã.
- Depois combinamos os horários então – assenti e voltei a ler o jornal.
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E olha eu aqui de novo! UHUL.
Poxa cara, três comentários?? Brigado Meninas <3 E Thais, sempre <3 Mas e o resto? Gente... me satisfaço com um "Oi? Eu li aqui!" [inclusive porque é a minha cara comentar isso u.u] Então por favor, apareçam! 
Enfim, não tenho muito o que dizer mais... então, bezus e até o próximo post.