quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

21º Capitulo: We Got the Attention of World to Us - Part 5

 Por que ela faz essas coisas? Pelo amor! Me deixou com cara de idiota de novo! Mas depois de uns dois segundos, parei de viajar e terminei de comer, indo tomar banho logo em seguida.
 Eu juro por qualquer coisa que eu poderia jurar, que tentei não pensar na Lua durante o banho, mas eu estava babando por ela desde a primeira vez que a vi aqui, ainda ontem – e desde a primeira que a vi na vida também –, mas, sendo sincero, eu acabei de ver aquela garota completamente nua na minha frente! Como se não bastasse eu pensar nela a cada segundo da minha vida, depois de hoje, o mínimo que eu posso fazer é pensar a cada milésimo de segundo! Esqueci festas e compromissos futuros e passados, esqueci Ryan, Scooter, Kenny, Mama Jam, todos! Era só ela que pairava na minha cabeça, ela e o que fizemos, o que fazemos e o que faremos.
 E não estou falando só sobre o sexo, ta que sou homem, mas também sei pensar em outras coisas.
 Ok, ok! A questão do sexo era o que eu mais pensava, mas entendam o meu lado, ela voltou faz tempo e vivia de palhaçada correndo de mim nas horas que eu estava mais perdido de desejo, eu já tinha até desistido de pensar sobre isso – pelo menos com certa frequência. E então, em um belo dia, na França, quando ela nem era para estar aqui, acontece tudo isso. Sou homem oras!
 Saí do banho cantarolando uma música que ouvi na rádio tempos atrás, era do Lil Wayne se não me engano. Troquei de roupa sem nenhuma pressa, queria relaxar e aproveitar meu tempo livre sem problemas, ta que eu não fazia ideia ainda que horas eram, mas lanchonetes de fast food ficam abertas o dia inteiro então, se quisermos almoçar no meio da tarde, podemos. Assim que fiquei pronto fui até a porta que dividia os quartos, bati umas três vezes e não ouvia barulho de nenhum do outro lado, mesmo assim bati mais uma vez e chamei. Nada. Deixei pra lá e fui procurar outra coisa pra fazer, talvez Lua ainda tivesse se arrumando ou coisa do tipo, ela geralmente demora muito pra tomar banho mesmo, mas nem deu tempo de eu realmente achar algo pra fazer, logo ouvi a porta abrir.
- Impressão minha ou você tinha me chamado?
- Chamei sim, achei que ainda tivesse se arrumando.
- Não, até que fui rápida hoje.
- Que milagre!
- HAHA hilário você – ela semicerrou os olhos. – Só vim ver se já podemos ir – assenti.
- Tem certeza que quer isso? – franziu o cenho.
- Acho que a questão aqui é se você quer isso, Bieber, por que por mim, nós já estaríamos na rua.
- Ok, eu me rendo – ergui as mãos justamente em rendição.
 Peguei meu celular, carteira, cartão do hotel e coisa e tal, e coloquei tudo nos bolsos. Saímos e a partir daí foi tudo extremamente estranho, descemos no elevador juntos, chegamos ao saguão do hotel juntos, deixamos nossos cartões da recepção juntos e nenhuma vez na vida, desde que nos revemos, fizemos algumas dessas coisas juntos, era sempre ela ou eu, ela depois eu – e vice-versa – nunca nós dois, ao mesmo tempo, um do lado do outro.
 Mas a esquisitice não acabava por aí. Quando o carro chegou, nós entramos muito rápido no banco de trás, cumprimentamos o Kenny e o Jake, e a Lua ficou conversando com o Jake sobre coisas que eu não fazia ideia do que eram. Tentei não ficar com ciúmes, afinal, o cara é meu segurança e não está nem maluco de estar afim da minha garota, e, eu simplesmente não consigo não sentir ciúmes da Lua, às vezes, por mais que eu tente controlar, sem querer parecer obsessivo, mas ela é minha garota.
 Só que o estranho, na verdade, foi quando eles pararam de falar, Lua sorriu pra mim, depois virou para a janela e colocou os óculos escuros ray-ban wayfarer, que raramente – muito raramente mesmo – usava, porque o sol começou a bater no rosto, e foi quando eu percebi uma expressão totalmente nova pra mim no rosto dela. Talvez não tão nova, na verdade, mas mesmo assim estranha, ela parecia bem mais... sexy e eu juro que não tem nada a ver com o que aconteceu essa noite. Lua sempre teve uma expressão mais sapeca, até quando era “maldosa”, ela sorria marota e não sexy, eu vejo toda a sensualidade que ela pode ter porque sou louco por ela, mas de longe é uma característica própria. Bem, geralmente não é uma característica própria, mas agora, com aquelas roupas, aqueles óculos e aquelas feições, não era a mesma.
 Então, lembrei do que ela disse no quarto quando perguntei se o que aconteceu foi efeito da maldita visita do babaca do ex-namorado dela e de repente pensei que isso fosse Nova York fazendo efeito, finalmente misturando o que ela foi com o que ela era. Ou seja, ela seria a minha Lua, para sempre, a garota que sorri marota, que pula na sua cama pra te acordar, mas agora ela saberia te olhar e fazer você tremer, seja lá de que.
  Estacionamos o carro numa rua de esquina, próximo a um centro. Até aquela hora, milagrosamente, não tínhamos percebido nenhum paparazzi ou coisa parecida. Jake sabia onde tinha um Buger King para irmos comer – eu preferia um McDonald’s, mas Lua se achou no direito de escolher –, parece que no passeio dos dois ontem eles tinham passado por um, em um bom lugar, seja lá o que “bom lugar” significasse.
- Aposta quanto que em dois minutos você estará na internet?
- Só dois?
- No máximo! Não sei como chegamos tão longe sem ninguém, que eu tenha percebido, nos ver.
- Talvez não sejamos um alvo tão fácil quanto imaginávamos – ela sorriu não acreditando no que disse.
- Sou um cara famoso em evidência, e, de repente, apareço com uma garota que é justamente a minha Favorite Girl, que há muito tempo estão querendo saber quem é. Sério que não somos um alvo fácil? – ela riu.
- Dou menos de um minuto – ela me olhou e acenou a cabeça para o outro lado da rua, tinha umas pessoas olhando e umas câmeras na mão.
- Não dá tempo mais de fugir.
 E mesmo se tivesse como, ela não iria e isso me deixou feliz, não mais nervoso ou com medo de que alguma coisa acontece de errado, ela estava assumindo os riscos e isso me deixou bem. E parecia até, que ela estava aceitando os riscos muito bem, afinal, suas expressões era tranquilas e confiantes, até suas roupas eram pra causar uma boa impressão – ou má, depende do ponto de vista.
 Lua geralmente se vestia com roupas um pouco largas, nesse caso, usava uma camiseta de banda, branca, com um tigre na frente escrito “Thirty Seconds To Mars This is War” – acho que era alguma capa de álbum, ou algo parecido – bem maior do que ela, talvez coubesse melhor em mim, pelo menos antes dela rasgar toda a manga até quase o final da costela, deixando a mostra o sutiã preto. Usava uma calça escura, quase preta, bem justa ao corpo e coturno nos pés. Pra completar, usava seus óculos ray-ban wayfaer, que raramente usava, muito raramente mesmo, mas sem eles hoje ela não estaria tão bem, tão rebelde e tão ela.

 Sei que não deveria gostar do fato da blusa dela quase mostrar o sutiã inteiro, mas sinceramente, só consegui ficar aliviado por ela simplesmente está de sutiã, já que, sei de gente que faz rasgos bem maiores e nem se preocupam no fato de acabar mostrando demais. Acho que to acostumado com o jeito que ela se veste, já tive mais ciúmes antes, de qualquer coisa que ela fazia ou vestia, mas, pode até parecer o mesmo papo velho, só que depois que ela voltou, as coisas mudaram de verdade, e eu não queria a perder. Ciúmes em excesso poderia a afastar de mim, e agora estou tão bem por ter ela de volta, que não tenho metade do ciúme de antes, nem faço muita questão.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

21º Capitulo: We Got the Attention of World to Us - Part 4

Quando acordei demorei um tempo para situar do que acontecia a minha volta. Abri meus olhos com dificuldade devido à luz do dia que invadia o quarto, olhei para os lados preguiçosamente e então a vi ali do meu lado, dormindo feito o anjo que não era, com o lençol cobrindo apenas metade das costas para baixo, seu rosto virado na minha direção e o cabelo espalhado pelo travesseiro.
 Me senti desperto na hora, é claro, sempre babando por Lua Houston.
 Não lembro se já comentei sobre o corpo dela, bem possível que já, mas custa nada dizer mais uma vez, porque, sinceramente, já vi garotas mais gostosas do que a Lua, mas nunca uma tão gostosa quanto ela. Sei que parece confuso, mas a questão é que existem garotas com a bunda maior, peito maior, coxas maiores e mais definidas do que a dela, mas Lua tem cada medida perfeita e natural entre si, o que deixava ela mais gostosa do que todas as que medem GG.
 O mais incrível nisso tudo era que ela não dava a mínima, na verdade, não ligava se ninguém falar nada sobre o corpo que ela tem, porque se dizer, ta pedindo para comprar briga, tanto que Lua nunca ficou com muitos caras em quase 18 anos de vida, beijou o Erik antes de me conhecer, porque tinha uma queda por ele e o cara quis se redimir com as coisas que fez com ela, depois eu apareci e nós namoramos, e por minha causa ficou alguns poucos meses com o Taylor, até que voltamos e ela se mudou e então surgiu aquele imbecil do Joe, também por minha causa. Quatro caras e nenhum deles ligou primeiro pelo fato de ela ter um belo par de seios, e sim pelo gênio forte, birrento e maduro.
 Era isso que berrava nela, que vinha dela, seu jeito que só dá chances para quem a quer escutar e não pra quem assovia quando ela passa na rua. Lua é diferente, e mais claro do que isso só se escrevesse na testa. Seu corpo era só uma espécie de “bônus” por ela ser tão incrível.
 Abriu os olhos com uma dificuldade extrema, se espreguiçou de um jeito estranho e preguiçoso até que me viu e soltou o sorrisinho, puxou a coberta pra cima e virou para minha direção, deixando a parte da frente coberta.
- Bom dia – diz com a voz arrastada e rouca.
- Bom dia.
- Você está sorrindo feito um retardado – pior que era verdade.
- Tenho razões pra estar assim, não acha?
- Foi sexo, Bieber, não o Grammy.
- Foi sexo com você, Houston, isso me dá todos os direitos de sorrir.
- Tudo bem, eu te perdoo então – ela sorria também, só mal mantinha os olhos abertos.
- Lua?
- Hum?
- Por quê?
- O que?
- Por que fez isso?
- Não devia?
- Não, não é isso, mas... depois de tanto tempo, tanta coisa, as ficadas que você caia fora, o tempo sem ficada... O que houve? – ela suspirou e mexeu a cabeça no travesseiro, mas não respondeu nada por um instante.
- Você pode achar o Joe um imbecil, o que de fato ele é, e que a visita dele ferrou nosso relacionamento, mas, graças a essa visita eu estou pelada na sua cama – ela soltou uma risadinha sonolenta. – Foi o que eu precisava pra deixar Nova York pra trás – dessa vez foi sério.
- E isso é bom?
- Me diz você, foi bom? – ela abriu os olhos, evidentemente mais desperta do que quando começamos a conversar. E eu apenas sorri. – Você está sorrindo feito retardado de novo – ri alto.
- Ah, foi mal! Mas que culpa eu tenho se a minha garota é mais do que incrível? – ela ficou sem graça. – Sua vez de sorrir igual uma retardada.
- Ok! Estamos quites! – deitou de barriga pra baixo de novo e largou o lençol, me parecia bem à vontade, acho que até tinha esquecido que estava sem roupa.
 Deitei de costas na cama e senti tudo arder, torci o rosto um pouco e soltei um gemido inevitável, tentei me acertar melhor na cama, mas minhas costas estava um estrago, sem duvida nenhuma.
- Minhas costas está ardendo.
- Deixa eu ver – rolei ficando de barriga pra baixo, ela se apoiou nos cotovelos pra ver melhor e então riu. – Ops! Acho melhor você não andar sem camisa por, no mínimo, uma semana.
- O que você fez?
- Nada demais oras, mas acho que aqui pode dar casquinha de machucado – ela passou o dedo delicadamente descendo da costela direita até o meio da coluna – e aqui – passou os dedos na região pra baixo da costela esquerda – deve ficar meio arroxeado, bem, mais um pouco arroxeado.
 Dois segundos de silêncio depois, passei a sentir seus lábios quentes nas minhas costas e meu corpo estremeceu na mesma hora. Ela passeou com os lábios por toda a minha pele até que não resisti à sensação e me virei, ela me olhava parecido como na noite anterior, sentou no meu colo e pude perceber que arrepiou ao sentir meu toque.
- Aguenta mais uma, Bieber?
- Quantas vezes você quiser, Houston.
 Ela me beijou e claro, como tudo nesse meu relacionamento com a Lua tem que dar errado em algum momento, esse momento não poderia ser exceção, alguém tinha que bater na porta cortando o meu barato!
- Serviço de quarto! – Lua parou de me beijar e me encarou surpresa.
- Você pediu alguma coisa?
- Não! – mais uma batida.
- Serviço de quarto!
- Droga – resmunguei com ela já saindo de cima de mim.
 Cada um pulou para um lado da cama e começou a caçar as roupas no chão. Desespero total! Vi minha camisa e o short da Lua, mas minha cueca parecia ter entrado em um buraco negro, não estava em lugar nenhum!
- Justin, viu meu sutiã?
- Não!
- Droga! – olhei pra todos os lados ainda procurando as minhas coisas até que vi uma alça perto das cortinas.
- Espera, acho que ta aqui – puxei a alça preta e realmente era ele. – Aqui – joguei pra ela.
- Valeu! E isso é seu – ela jogou minha calça.
- Serviço de quarto!
- Já vai! – gritei de volta e rolou mais correria.
- Fui! – Lua sussurrou alto, mas nem a vi sumir, estava preocupado em por a calça.
 Quando a porta da Lua bateu, terminei de fechar a calça, chutei o resto da roupa pra de baixo da cama e corri até a outra porta pra abrir. A camareira do hotel me olhou tão inocente que até desconfiei.
- Desculpa, mas, eu não pedi serviço de quarto.
- Pediram um café da manhã para duas pessoas para esse quarto, senhor – estranhei ainda mais.
- Sabe quem pediu?
- Foi em nome de Ryan Good, senhor.
- Tudo bem.
 Dei espaço para que ela entrasse, mesmo estando desconfiado, mas acabou não acontecendo nada. A moça entrou com o carrinho, colocou as coisas todas em cima da mesa e então saiu pedindo desculpa pelo incomodo.
 Fiquei bem confuso com essa situação toda. Por que Ryan mandaria entregar um café da manhã para duas pessoas no meu quarto a essa hora? Se bem que eu sequer sei que horas eram, mas mesmo assim, não tenho compromisso nenhum hoje! Se tivesse tenho certeza que o Scott arranjaria uma forma de me acordar, mas aí está outro detalhe, Scooter não fez nada! E o Ryan sim!
- Quem foi que mandou? Já sei que não foi obra sua – olhei pra Lua, encostada no batente da porta e simplesmente babei sem discrição nenhuma.
 Ela encostou o cotovelo no batente e pôs à mão atrás da cabeça, a outra estava na cintura. Eu queria muito prestar mais atenção no sorriso satisfeito formado nos seus lábios, mas a lingerie que usava era preta com rendas, tinha marcas na coxa, nos seios e na barriga, usava minha camisa social da noite passada, seu cabelo estava uma boa bagunça – que eu fiz –, e o sorriso, na verdade, só completava porque seu corpo era a coisa mais perfeita que já vi na vida.
 Só uma palavra descrevia o que eu via naquele momento: gostosa!
 Acho que ela me perdoa por pensar isso pelo menos dessa vez, tem como não pensar? De qualquer modo, será que essa garota não se olha no espelho pra saber que eu tenho razão? Na verdade, acho que ela sabe, mas sempre vem com esse papinho de “não sou um pedaço de carne pra me chamar de gostosa” e até concordo com a parte do “não sou um pedaço de carne”, mas isso não muda o fato dela ser gostosa.
 Eu já pensei “gostosa” um zilhão de vezes, definitivamente estou perdendo a cabeça!
- Baba menos, Bieber! – ela veio até mim.
- Desculpa, mas não dá não! Você tem noção do quanto é gostosa? – eu sei que podia sofrer uma séria lesão em alguma parte do corpo por estar dizendo isso, mas não consegui guardar.
- Ok, dessa vez não vou ameaçar cortar sua língua. É entendível que diga isso – se sentou à mesa, olhando para aquela montanha de comida. – Eu estou com muita fome! Isso veio em boa hora, seja lá quem mandou.
 Ainda não sei se ela tem noção, mas tudo bem, deixei para lá e me sentei à mesa também. Dentro de uma bandeja, perto do prato com torradas tinha um bilhete, peguei pra ver enquanto Lua começava a devorar a comida.
- Ryan que mandou – disse terminando de ler o bilhete – ele sabia que a gente brigou e ontem estava tudo estranho, então mandou esse café da manhã todo pra eu te chamar e a gente, bem, se reconciliar – olhei pra ela que ria enquanto tomava o suco, depois arqueou as sobrancelhas.
- Veio em boa hora, reconciliações dão muita fome – sorriu maroto e tratou de enfiar outra torrada na boca, pela sua cara, era só um jeito de não soltar alguma “besteira”.
 Apenas ri e passei a comer também. Ela tem razão, reconciliações dão muita fome! Principalmente as que envolvem cama e falta de roupa, até mesmo das íntimas.
- Hum – murmurei de boca cheia ganhando sua atenção. – Tenho o dia inteiro livre hoje, bem, quase inteiro, pensei em a gente pedir alguns filmes e passar num driver thruh mais tarde, o que acha?
- Um lanche é uma boa ideia! – Tomou um gole de suco e passou a ponta da língua no canto da boca, como se eu já não tivesse pirando o suficiente com ela seminua na minha frente. – Você está me devendo essa desde a última vez.
- Não necessariamente, não tenho culpa se a Louise interrompeu nossos planos – dei de ombros.
- Verdade.
- E então?
- E então o que?
- O que vamos fazer hoje? – Pela expressão que ela fez, posso jurar que tinha esquecido o que eu acabei de dizer.
- Hambúrguers industrializados e filmes franceses?
- Eles devem ter alguns americanos.
- Eu, sinceramente, espero que sim – e não falou mais nada.
 Talvez eu até entenda porque ela estava tão distraída com a conversa, afinal, triturava a comida na nossa frente como se estivesse passando fome há anos, mesmo assim, por mais que ela deu entender que era um “tudo bem” para a ideia que eu dei, resolvi continuar pra ter certeza.
- Vamos pedir os lanches, ou pedimos ao Kenny, talvez até ao Jake mesmo, para comprar?
- Hum!? – ela desviou os olhos da mesa que encarava como se quisesse saber qual biscoito seria sua próxima vitima, e olhou para mim. – Ah, não, nós vamos juntos.
- Ok, vou chamar o Kenny e o Jake.
- Não, Bieber – ela tomou o resto do suco. – Juntos que eu quero dizer, é você e eu.
 De todos os baques que ela já me deu, esse com certeza foi o que me deixou mais pasmo. Desde que nos encontramos, fazemos de tudo para nos esconder e fugir para que ninguém a escancarasse na mídia, tudo para que nosso relacionamento – seja lá que tipo de relacionamento é – se mantenha mais seguro o possível, e o mais importante, para manter a vida dela o mais seguro possível, diferente e afastada do que a minha é, e agora, ela simplesmente diz para dar um passeio por aí, sem se esconder de nada nem ninguém.
- Você tem certeza disso?
- Mais ou menos, mas chegamos a um ponto que não temos muito a perder mais. A escola está no final e daqui a pouco vai ter a faculdade, se não for agora, será nunca. Eu já estou totalmente misturada a sua vida e ao seu mundo mesmo, aparecer para o universo inteiro, é a única coisa que falta – deu de ombros.
Isso é verdade, metade das pessoas da escola sabiam que tivemos alguma coisa, a outra metade só não desconfiava mais que ainda tínhamos porque eu quase nunca estava presente. Além do mais, Lua viajou comigo várias vezes, foi a shows e sentiu de perto as minhas fãs, sem querer, eu a introduzir ao mundo no qual tentava a afastar.
 E também, esse esconde-esconde era por ela, logo, se ela quer fazer isso. Vamos fazer.
- É só que...
- Só que?
- Só que eu me acostumei com “escondido é mais gostoso” – fiz uma careta e ela riu.
- Garanto que vai ser tão gostoso como era, quem sabe até mais – ela piscou e fez um estalo com a boca. – Agora vou lá tomar um banho, não vou sair cheirando a suor que nem é meu, ainda por cima – minha vez de rir.
 Ela se levantou e seguiu até a porta que dividia os quartos, mas a chamei antes que a perdesse de vista, surgiu uma pergunta na minha mente.
- Lua! – ela me olhou. – Isso também tem algo a ver com a visita do seu ex-namoradinho?

- A visita do Joe foi o basta que eu precisava, tudo vai ser diferente agora, Jus – ela sorriu e saiu.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

21º Capitulo: We Got the Attention of World to Us - Part 3

(...)
 Meu celular tocava freneticamente, primeiro achei que era em sonho, mas devido a insistência percebi que não. Tateei todos os cantos até achar e atendi sem olhar o número e murmurando um “oi”.
 Eu em estado entorpecido de sono murmurando ao telefone... Tem como ter alguma duvida que passo tempo demais com a Lua? Isso era tão coisa dela! Mas confesso que eu estava morto de cansaço, fui dormir muito de madrugada, adivinhem por quê? Porque estava curtindo a minha frustração, claro! Mas não era só isso, estava saboreando também a sensação de saber que ela, Lua Houston, logo ela demonstrou ciúmes por mim.
 Saiu uma voz animada pelo telefone. O que é isso? Inversão de papeis?
- Lua? – até consegui abrir o olho.
- Amém, Sr. Astrozinho! Qual é? Dormindo a essa hora?
- O problema não é eu estar dormindo... é você nessa animação – por incrível que pareça, ela riu! – O que houve com você? Se drogou?
- Menos, Bieber, menos! Só queria te perguntar umas coisas.
- Que coisas?
- Seus planos para hoje! E aí? Qual a rotina?
- Hã? – eu estava completamente grogue e ela animada, isso estava extremamente errado.
- Oras, Bieber! Sei que não veio pra França a toa, você deve ter alguns planos por causa de show ou da divulgação do CD, então, pelo amor! Me diz que diabos você vai fazer hoje porque eu to afim de ficar o dia inteiro trancada no quarto enchendo a cara!
- Enchendo a cara? Isso é sério?
- Olha, no nível do tédio que eu to, por mais que eu não possa entrar no bar do hotel, arranjo fácil um whisky! – Sentei na cama mais acordado, coçando a cabeça ainda meio confuso.
- Você não ta falando sério.
- Eu to, oras! Sei que prometi a mim mesma que não ia beber assim de novo, mas sinceramente, hoje ta pedindo!
- Ta tão ruim assim?
- Bieber, eu to presa num quarto de hotel na França! Não sei o que fazer, pra onde ir... se bem que você podia me emprestar o Jake, né? – me levantei da cama e fui até a porta ao lado do guarda roupa.
- Jake? Ah, sim! Eu disse que ia deixar ele com você – ainda estava trancada.
- Obrigada!
- Mas, Lua?
- Hum?
- E eu?
- O que tem você?
- Vai sair por aí, e vai me deixar aqui?
- Justin, você vai ter mais o que fazer o dia inteiro que eu sei.
- Mas...
- Hey! Eu deixo uma garrafa pra gente, ok? – riu. Ela estava louca! – Ok, estou brincando. Mas to errada?
- Não – soltei emburrado. – De tarde tenho uma coletiva de imprensa e de noite uma festa.
- Eu já imaginava. A gente se vê amanhã, sim?
- Sim! Com certeza.
- Então até amanhã.
- Até – silêncio, ninguém desligou o telefone e ninguém falou mais nada por um tempo.
- Jus?
- Eu?
- Desculpa ter trancado a porta, ok? Eu estava com raiva.
- Eu sei.
- Ok.
 Agora sim ela desligou.
 Fiquei um tempo desnorteado no quarto silencioso e vazio, o sol entrava pela janela e iluminava muito bem o cômodo, mas eu me sentia estranho por causa da conversa pelo telefone. Ela estaria aqui, mas não comigo, estaria tão perto e ao mesmo tempo tão longe, até quando seria assim? 
 Resolvi tomar um banho pra começar a me distrair, só que demorei mais tempo do que o normal. Mas então a minha equipe chegou, Ryan e Scott fizeram questão de me manter ocupado e distraído o dia todo. Não falei com a Lua, nem por telefone, não tive tempo e ela nem me ligou também. Quando fui para o hotel, pensei em passar no quarto dela, mas mal tive tempo, entrei e tomei banho, coloquei um smoking branco e saí de novo pra uma festa.
 Curti. Confesso que me diverti muito na festa, bebi e tirei fotos com milhões de outras pessoas famosas, nada diferente das festas “públicas” que passei a ir depois que fiquei famoso. Na verdade, depois que alguém fica famoso, qualquer festa se torna “pública”, não importa onde esteja e se é o único famoso lá, ainda sim vira pública porque você é público.
 Quando voltei estava cansado, era muito tarde e eu tinha certeza que não veria a Lua, o que me deixou decepcionado e aumentou meu cansaço. Então sentei na cama, tirei o blazer do smoking, quando abaixei pra tirar os sapatos ouvi um barulho, mas não pensei muito sobre, só ergui os olhos procurando de onde vinha até que a vi ali parada, na porta que dividia nossos quartos.
 Ela usava uma blusa de ombro caído grande e um short jeans curto, muito curto na verdade, e a blusa só deixava a barra do short aparecendo. Estava descalça, como de costume quando estava em casa, e o cabelo solto. Linda! Sempre linda!
 Lua não disse uma palavra, então eu disse enquanto terminava de tirar os meus sapatos.
- Lua, oi! Nossa, estou cansado! Se divertiu? Eu não queria ter ficado longe de você. Amanhã eu vou ter o dia livre, que tal a gente... – levantei de os olhos de novo enquanto afrouxava a gravata e percebi que ela se aproximava, mas em um completo silêncio – Lua? Que foi? – ela se aproximou mais – Lua? Hey!
- Shiii.
 Ela me olhou nos olhos de um jeito que nunca fez na vida, sentou no meu colo com uma perna de cada lado e me beijou como nunca havia feito. Nem nas vezes que me provocava, que me deixava louco, ela me beijou assim. Tinha algo diferente, acho que intenções diferentes.
 Lembrei da vez que fomos à Nova York, não sei se esse era um bom momento pra isso, mas enquanto ela me beijava com um desejo fora do comum, lembrei que a última vez que nos pegamos de verdade foi em Nova York e que as coisas foram muito bem até o Scooter ligar e atrapalhar tudo.
 “Olha para mim Bieber, pareço que iria fugir?”
  A fala dela me veio à cabeça enquanto ela desabotoava a minha camisa, depois puxou pra baixo e eu afastei os braços pra que tirasse de mim. Quando Lua a jogou pra qualquer canto, agarrei seu corpo, cravando meus dedos por cima da roupa a beijando com a mesma intensidade, o mesmo desejo e as mesmas intenções. Eu sabia o que ela queria, e também sabia que não iria fugir nunca mais.
 Arrastei sua blusa pra cima, arrancando do seu corpo e aproveitando pra pegar um pouco de ar antes de voltar para o beijo. A arranhei e então gemeu baixo ainda me beijando, depois me empurrou, ficou de quatro em cima de mim e continuou a me beijar como se não precisasse de ar. Abriu meu cinto e deu um tempo pra tirar minha calça também.
 Agora era a minha vez.
 A joguei na cama, meu corpo pesou um pouco sobre o dela, eu apertava sua coxa esquerda com força. Meu Deus! Que coxa! Era na medida certa, minha mão conseguia agarrar muito bem e talvez isso deixaria um pouco de marcas, mas essas não seriam as únicas. Desci os lábios até seu pescoço, deixando mordidas por onde passava. Demorei um tempo ali depois desci mais e mais, passando entre seus seios, ficando um tampo por ali também, talvez deixando mais manchas, e fui descendo. Desocupei minhas mãos para que pudesse desabotoar seu short – que realmente era muito curto, mas isso não importava nem um pouco agora –, o puxei e depois joguei pra longe, não tendo nem ideia de onde caiu.
 Ela não iria fugir, definitivamente não.
 Finalmente eu tinha a única garota que sempre quis de calcinha e sutiã na minha cama. Perfeito, não? Mas deixa pra pensar isso depois, agora tenho um trabalho a fazer.
 Lua me arranhava e também me mordia, tenho certeza que depois eu ficaria com muitas marcas, mas nesse quesito estávamos quites. Logo, não tínhamos sequer uma peça de roupa separando nossos corpos e logo, nem separado estávamos, pelo contrário, éramos um só.

 Um só corpo suado e cansado se contorcendo até as últimas energias.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

21º Capitulo: We Got the Attention of World to Us - Part 2.

Pov's Bieber
 Flashes. Ainda acho que fico cego por uma maldição dessas.
 Entrei no hotel ainda incomodado com as manchas coloridas que via por causa das luzes daquelas malditas câmeras fotográficas, o que me fez lembrar a vez que vim à França com Lua, ainda esse ano, e ela ficou brincando com as cores.
 Lua... desde aquele momento fora da cidade, a gente não tem se falado. Ela não me pediu desculpas pelo o que houve quando Joe estava lá e eu tinha minhas razões pra ficar com raiva dela, mas já estava doendo essa distância, vê-la e não falar com ela, sentir seu cheiro, ver seus olhos, sua boca... queria tanto ceder, tantas vezes pensei em fazer isso, mas não! Ela está errada e enquanto não me pedir desculpas, não vou ceder!
 Subi até o quarto, estava nervoso, mas era só cansaço. Ryan estava comigo, recomentando sobre os eventos durante os dias que ficaríamos aqui, eu tentava escuta-lo, mas não consegui muita coisa. Eu só queria entrar no quarto e ficar sozinho.
- Caitlin já chegou? – perguntei cortando o assunto, antes que ele arranjasse mais coisas pra falar sobre trabalho.
- Já sim, faz pouco mais de uma hora.
- Depois eu passo no quarto dela pra dizer um oi.
- Por que você trouxe essa garota, JB? Sabe que se alguém a vir aqui vai voltar com todos os rumores que estão juntos e vai ser uma complicação.
- Já tinha tudo reservado Ryan, só faltavam as passagens.
- E por que não o Chris, ao invés da irmã dele?
- O nome no hotel era de garota, e sabe, Chris não é uma garota. Não que eu saiba – rimos.
- Mas e a Lua?
- Sabe que não estamos muito bem.
- E então você prefere dar a passagem pra Caitlin, sua ex-ex-namorada, do que pra garota que você gosta?
- Bem, estamos brigados.
- Bem, era melhor não ter dado pra ninguém.
- Não queria desperdiçar o quarto.
- Então era pra Lua estar aqui.
- Mas eu não podia dar a passagem pra ela!
- Por que não? Talvez se desse não estariam brigados ainda.
- Porque eu estaria cedendo, e ela é quem está errada – ele me olhou com uma expressão meio “fala sério”.
- Vocês deveriam ser menos orgulhosos.
- Ela que é!
- Eu disse vocês. Agora vou pro meu quarto, você está cansado, marrento e não ouviu uma palavra do que eu disse antes sobre os planos pra amanhã. Então deixa isso para amanhã – Ryan era um cara legal por isso, se fosse o Scooter, estaria reclamando e repetiria tudo umas cem vezes até ter certeza que escutei tudo. – Fui!
- Tchau – disse antes de que ele fechasse a porta.
 Levantei da cama, tomei um banho e troquei de roupa. Me senti mais desperto depois disso e também mais disposto, não muito, mas o suficiente pra ir ao quarto ao lado.
 Antes de sair do quarto olhei bem para o corredor para verificar se tinha alguém, mesmo sabendo que não teria – já que tomamos cuidados com a privacidade, apesar de sempre escapar alguma coisa. Saí e fui até a porta ao lado, bati de leve umas três vezes só que não aconteceu nada, achei até que tinha batido muito fraco, mas então percebi a maçaneta se movendo pra baixo, apesar disso, levou mais algum tempo até a porta realmente abrir.
 E lá estava ela, com o cabelo preso bem em cima e muitas mechas soltas, algumas no pescoço estavam com as pontas molhadas, uma roupa bem a vontade como se já tivesse se preparando para dormir, ou se não, dar uma volta pelo salão do hotel.
 Meu Deus! Como ela é linda!
- Lua? – perguntei surpreso, depois que parei de ficar deslumbrado.
 O problema é que sempre que ela me surpreendia eu ficava deslumbrado como se ela fosse o próprio sol.
- Oi – ela sorriu sem graça e deu uns dois passos pra trás, para que eu entrasse no quarto.
 Parecia até uma pessoa fofa.
- O que está fazendo aqui?
- Caitlin foi à minha casa ontem, me deu a passagem dela, disse que era pra eu vir. Não tive muita certeza, mas resolvi vir nem que fosse pelo passeio, caso me escorraçasse.
- Eu não faria isso, você sabe.
- É, mas você não está muito contente comigo, podia não querer olhar para minha cara e me evitar, e isso, para mim, seria a mesma coisa.
- Parece que você que não quer olhar pra mim cara.
- Eu? Por quê?
- Apareceu toda estranha na minha casa, me fez dirigir feito louco e então, nada mais.
- Não nos vimos muito, nem nos falamos muito desde então. Eu sei. Mas também, eu estava no êxtase aquele dia, confiança no 100% e eu precisava te mostrar aquilo.
- E eu te agradeço por isso. Me senti muito bem de um jeito diferente, e foi bom – ela franziu o cenho me encarando.
- Olha Justin, eu fiz aquilo pra te mostrar as coisas, para que entendesse melhor o meu ponto de vista daquele ano – disse num tom e feições levemente alarmadas –, mas isso quase me destruiu. Quase acabei comigo mesma em várias formas por causa desse problema, precisou de toda aquela confusão com o Joe em Stratford para finalmente encontrar certo “equilíbrio”.
- Relaxa, Lua. Ta tudo sobre o controle – as feições dela não suavizaram, talvez até se tornaram ainda mais fortes.
- Só, pelo amor, toma cuidado! – sorri de canto de boca.
- Ta preocupada comigo, Houston?
- Pergunta idiota em, Bieber!? – sorri por completo.
- Mudando de assunto – disse ainda sorrindo –, quero te mostrar uma coisa, se é que já não descobriu – dei mais um passo a frente e fechei a porta.
- Descobriu o que? – sorri ainda mais.
- Vem cá, da uma olhada – fui até a porta que tinha na lateral do quarto, ao lado do guarda roupa, quase escondido.
 Passei a mão pela porta até chegar a maçaneta, totalmente animado com a surpresa, e então abri.
- É sério isso? – ela arqueou as sobrancelhas. – Quartos ligados e você queria trazer a Caitlin, Bieber?
- Você sempre foi o primeiro plano, só que a gente brigou e aí...
- E aí você chamou a Caitlin?
- Espera! – ri. – Isso é ciúmes? – ela fez uma cara de surpresa e eu ri ainda mais. – Pela primeira vez eu vi Lua Houston com ciúmes! Que dia épico!
- E desde quando você fala “épico”?
- Qual o problema? – disse tentando segurar a risada. – Você fala “épico”.
- Pois então, eu falo, você não.
- Não foge do assunto, Houston!
 A essa altura já tínhamos atravessado, e estávamos parados no meu quarto próximo à porta de alvenaria.
- Sempre tem a primeira vez – confessou fazendo careta.
 E eu ria tanto que meu abdômen começou a doer, minhas bochechas ardiam de dormência, se é que isso é possível. Me curvei pra frente abraçando o barriga, ciúmes, Lua demonstrando ciúmes, e eu ria ainda mais só de pensar nisso.
- Justin! Para! – eu não conseguia. – Deixa de idiotice! Para de rir! – eu realmente não conseguia! – Para! – foi um ultimato.
 Não parei, estava me faltando ar, mas não conseguia parar de rir. Achei que ela sairia do quarto batendo pé, ou a porta, ou os dois, mas não foi isso que ela fez de primeira.
 Quando a Lua parar de me surpreender bancando a louca, já devo estar em um caixão.
 Ela me empurrou para que eu ficasse mais ereto e me jogou em direção a parede, agarrou minha camiseta me puxando pra frente e me beijou de um jeito caloroso e furioso, sua língua passeava pela minha boca com urgência, nossos lábios se pressionavam com extrema saudade, mordeu meu lábio com força e puxou me causando uma dor excitante.
 E então, fez o que melhor sabia fazer: Parou e fugiu.
  Saiu do quarto pela mesma porta que entrou a batendo como imaginei que faria e me deixando com cara de idiota abismado, como se fosse alguma novidade.
 Dei um jeito de voltar a sanidade e fui atrás, tentei abrir a porta que dividia um quarto do outro e adivinhem? Ela trancou! Como se não bastasse todo o show, ela tranca a porta!

 Bom, pelo menos parei de rir.
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Não sei alguém aí vai sentir saudades daqui a pouco tempo, quando eu postar o final. Mas, já terminei de escrever há um tempinho, e já tive crises de saudades. Mas vamos deixar esse papo mais para frente, né!?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

21º Capitulo: We Got the Attention of World to Us - Part 1.

- Lua? – levantei os olhos do livro, minha mãe estava parada na porta com a roupa branca de sempre, tenho mais visto ela com essa roupa do que com as usuais. – Já estou indo! Tem comida na geladeira, certo?
- Tem comida? Mas que milagre é esse? – ela soltou uma risada irônica, depois semicerrou os olhos.
- Tão debochada igual seu pai, realmente você puxou mais a ele do que a mim – sorri também ironicamente. – Agora eu vou, antes que me atrase – mandou um beijo e saiu da porta antes que eu respondesse, me fazendo gritar.
- Tchau!
 Voltei meus olhos para o livro, tinha me perdido, mas antes que eu me achasse de novo, minha mãe me grita.
- Lua! Desce aqui! Tem visita pra você.
 Estranhei. Geralmente quem me visita é Chris ou Justin, mas, se fossem algum deles, mamãe teria mandado subir, Karol, Halle e Luka não aparecem por aqui há uma eternidade, já Kyle nunca veio, nós geralmente nos encontrávamos fora para andar de moto e comer cachorro quente, pipoca ou sorvete nos dias mais quentes. Logo, imaginei que fosse um visitante ao nível Joe Thompson, mas rezei nos breves segundos que levei da minha cama até a escada, que fosse uma visita menos turbulenta.
 Pois eu estava enganada, muito enganada.
 O que eu fiz de ruim para o mundo, pra Caitlin Beadles estar parada no meio da minha sala?
- Caitlin? – chamei a atenção dela enquanto descia as escadas, claramente confusa por ela estar ali.
 Caitlin e eu não nos cruzávamos havia muito tempo, nunca mais a vi atrás do Justin, provocando briguinhas ou ameaças de vingança por eu ter roubado o namorado dela – que vamos deixar claro: quando eu fiquei com Justin, ele já não estava com ela há uns bons meses. Por mais que me surpreenda o fato dela ter nos deixado em paz, até consigo entender pelo o que a Megan me disse, o problema era que esse ano era o ano para todos nós, Caitlin, como cheerleader precisava se dedicar aos eventos esportivos como também aos testes de aptidão pra a faculdade.
 O que eu não consigo entender é o porquê dela estar parada na minha sala.
- Preciso falar com você.
- Está aí uma novidade. Mas então... é sobre?...
- É sobre o Justin...
- Olha Caitlin, se veio aqui pra...
- Não! Não vim pra brigar ou arranjar confusão – agora sim fiquei bestificada. – Olha Lua, eu não gosto de você, mas depois desse tempo todo me dedicando mais a escola e ao time do que a qualquer outra coisa, até esqueci essa briga toda. Repito: ainda não gosto de você, mas também não te odeio mais. Posso até dizer um “oi” quando for à minha casa ver o Chris – soltei uma risadinha.
- É muito bom saber disso, de verdade – ela deu um sorrisinho.
 Sim, tudo “inho”, nunca fomos as melhores amigas do universo e jamais seremos, podemos até cumprimentar uma a outra agora, mas isso não vai mudar o passado, e, tudo o que aconteceu foi pesado demais pra simplesmente deixar pra lá.
- Mas então... você veio falar do Justin, e, se não é pra dar briga, não consigo nem adivinhar para que seja.
- Ah, sim. Vim pra te dar isso – ela estendeu uma espécie de carnê para mim, que devido a minha vida nos últimos anos, reconheci ser uma passagem de avião. – Já informei a empresa aérea que minha passagem seria usada por outra pessoa. – Peguei o carnê e o abri, o destino era a França.
- Mas o que exatamente é isso? Por que está me dando?
- Justin me deu, queria que eu fosse com ele, logo imaginei que estivessem brigados e Chris me confirmou que estavam. Eu cansei disso tudo Lua, de você, eu e Justin. Cansei de sempre ser jogada pra escanteio, ser desprezada e usada. Sei que Justin ama você, e nada que eu faça vai mudar isso. E então, essa viagem... sei que ele não me deu com intenções ruins, mas sei muito bem que eu iria, talvez até ficaríamos juntos e assim que voltássemos, era pra você que ele correria. Cansei, Lua, cansei de verdade. Quero só pensar em ir pra faculdade e fazer uma vida nova.
- Mas... não sei se ele vai querer me ver lá.
- Ele vai, é claro que vai. Ele sempre quer te ver, não importa onde ou porque, é sempre você. Aprendi isso da pior forma.
- Quando eu estava em Nova York? – deduzi e ela assentiu.
- Ele fez quatro ou cinco viagens à Nova York aquele ano, e só fui a uma. Não aguentei, era sempre você.
 Olhei para a passagem na minha mão, evidentemente em conflito.
- Ele não me quer lá – ela disse –, quer você.

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Acho que eu posso finalmente dizer que estamos na reta final!