segunda-feira, 26 de maio de 2014

13º capitulo: Headline. Parte Final.

Até que Justin teve que se mover e o som pareceu voltar. Eu sorria feliz para coisas animadoras que diziam para mim apesar de eu não entender nenhuma das. Pessoas diziam coisas animadoras para Justin. Parecia uma festa do Grammy, sei lá.
- Hey, Scott! – Ryan entrou na sala, sinceramente nem tinha notado que ele não estava lá. Scooter o olhou para porta como todo mundo. – Me pediram para avisar que a Jessica não vai poder vir hoje – quem é Jessica?
 Alguns palavrões saíram da boca do Sr. Braun.
- O que a Jessica iria fazer aqui? – Justin perguntou menos confuso do que eu.
- Espera, quem é Jessica?
- Jessica Jarrell – Ryan me respondeu brevemente, ninguém deu muita importância a minha pergunta.
- Vou fingir que sei quem é – ninguém ainda me deu moral.
- A gente ia ver a música de vocês dois agora, aproveitar que está aqui – Scooter respondeu e Justin fez um cara de desanimado, a gente estava lá o dia todo, era bem capaz que ele estaria cansado, mas apesar disso, a expressão durou pouco, ele se esforçou para aceitar qualquer coisa que estivesse por vir hoje ainda –, mas, pelo jeito furou tudo! Era importante, muito importante, fazer isso agora.
- Acho que Lua pode fazer a parte da Jessica.
- É acho que... O que!? – olhei assustada para Mama Jam, que diabos ela tem na cabeça para dar uma ideia dessa?
- Lua? – Scooter riu.
- É, eu?
- É, você pode passar a música com Justin, assim fica mais fácil para todo mundo.
- Não, posso não.
- Pode sim! – Justin se animou. – Por favor! – ele me olhou com cara de pidão e eu ainda estava desesperada com a ideia.
- Essa eu quero ver! A garotinha cantando – Scooter continuou a rir, e isso me incentivou a continuar.
 Mas antes que eu respondesse, já estavam em empurrando junto com Justin para a sala – que descobri ser chamada de “aquário” –, me deram os fones, e uma folha com a letra. Mama Jam passou a música comigo lá dentro mesmo e mais rápido do que eu acharia que conseguiria aprender perfeitamente uma música, mas de repente ela saiu e só estava Justin e eu esperando o sinal para começar a cantar.
 Pior, eu que começaria!
 Fechei os olhos e respirei fundo, quando a música começou abri a boca para cantar.

It feels like we've been out at sea
Whoa so back and forth, that's how it seems
Whoa and when I wanna talk you say to me
That if it's meant to be, it will be
Whoa, Whoa, no

So crazy is this thing we call love
And now that we've got it
We just can't give up
I'm reaching out for you
Got me out here in the water
And I

Eu tremia feito louca no começo, posso jurar que desafinei uma vez ou outra, numa palavra ou outra, mas antes da segunda estrofe já estava completamente confiante e dando o melhor de mim, cantando feliz e deixando a música me levar como sempre. Esqueci que estavam Ryan, Scooter, Mama Jam e o tal do Blaine do outro lado do vidro e esqueci que aquilo era extremamente importante e só cantei. Só deixei minha voz acompanhar o ritmo e a letra. Apenas cantei.

I'm overboard
And I need your love
Pull me up
I can't swim on my own

It's too much
Feels like I'm drowning
Without your love
So throw yourself out to me

My lifesaver
(Lifesaver, oh lifesaver)
My lifesaver
(Lifesaver, oh lifesaver)

 No refrão, Justin cantou e deixei a voz dele sobressair a minha – apesar de que minha voz era mais grave do que a dele, então deveria acontecer o contrário, mas era a voz dele que tinha que estar em destaque e não a minha.

I never understood you when you'd say
Wanted me to meet you halfway
Whoa felt like I was doing my part
You kept thinking you were coming up short
It's funny how things change cause now I see
Whoa, Whoa

E foi a vez dele cantar sozinho, a primeira estrofe era diferente, mas a segunda era a mesma que cantei. Eu queria ter olhado para ele naquele momento, mas estava concentrada na música e tinha certeza que era melhor continuar assim. Eu gostava de ver Justin cantar, ele como menino, ele como cantor profissional, tanto faz, apenas gostava então tive medo de me desconcentrar completamente.

It's supposed to be some give and take I know
But you're only taking and not giving anymore
So what do I do (So what do I do)
Cause I still love you (I still love you baby)
And you're the only one who can save me

Nós dois cantamos, nossas vozes se misturaram e depois combinaram separadamente, com cada um cantando um verso – ou uma parte do verso – então o refrão de novo, fomos a tons mais fortes, mais “intensos”, dando mais emoção ao que estávamos dizendo.
 E então acabou, nos olhamos ofegantes e satisfeitos, depois olhamos para o pessoal do lado de fora. Ryan e Mama sabiam que eu cantava, então sorriam, diferente do Scooter que estava, praticamente, abismado. Todos em silêncio e eu não conseguia não reparar na cara do Scooter, então sorri convencida.
- Fecha a boca para não babar Scott.
Todos riram e Justin se aproximou de mim, me deu um selinho e então saímos do aquário, vieram nos cumprimentar, mais a mim, Blaine me disse que eu cantava realmente bem, o agradeci por isso, e depois de algum tempo de empolgação, disse que ia beber um pouco de água – minha garganta secou, logo ela começaria a arder – e saí da sala.
- Lua! Espera – não precisava virar para saber quem me chamava.
- Que foi Scooter? Qual é a ofensa dessa vez?
- Nada disso. Não dessa vez.
- Diz logo então! Minha garganta está seca.
- Queria perguntar se, não quer fazer um teste, sabe, para cantar.
- Não, valeu – me virei, mas ele não deixou eu ir.
- Você é boa nisso! Errei em te subestimar. Você pode ser tão boa quanto Justin, talvez mais, quem sabe?
- Cara, eu não sirvo para isso, não sirvo para essa vida que Justin leva, me canso por ele. Não sou dobrável como ele, na primeira coisa iria explodir e você sabe disso.
- E isso é uma característica boa! Uma artista explosiva... seria bem interessante.
- Mas não seria nada interessante eu acabar em uma rehab mais dia ou menos dia.
- Mas pensa que isso poderia ajudar até mesmo nesse relacionamento entre você e Justin.
- Ok Scooter, agora você pode parar de fingir que se importa – fui embora de vez.

sábado, 17 de maio de 2014

13º capitulo: Headline. Parte 5.

Viemos para Atlanta para gravar uma música e curtir só um pouco, antes de voltar para casa e escola. Chegamos na sexta de noite, hoje, no sábado, íamos gravar a tal música – isso duraria o dia todo – e no domingo a gente ia curtir alguma coisa de manhã – ou só dormir do jeito que nós, provavelmente, vamos estar cansados – e ir para casa, chegando a Stratford mais ou menos no mesmo horário que chegamos aos Estados Unidos.
 Tomei banho e coloquei uma muda de roupa que tinha justamente separado para isso. Usei a mesma sandália que cheguei, não queria usar muito espaço colocando um tênis ou outra, coloquei um short jeans claro e uma camiseta larga na cor verde. Deixei meu cabelo lavado, solto para secar, coloquei o colar com pingente de J para dentro da roupa, um lápis de olho só porque não vivo sem e quando saí do quarto, trombei com Justin.
 Nós rimos. Nos beijamos. Ele entrou no quarto para se arrumar. Desci para tomar café. Nos encontramos. Fomos enfiados na parte de trás de um carro escuro. Chegamos à gravadora.
 Foi um abraça, abraça e olá, olá de várias pessoas que nunca vi na vida. Fiquei quieta, perto do Justin meio assustada com aquela confusão toda, até que chegamos à sala que a música seria gravada. Mama Jam estava lá, Ryan, Scooter e um carinha que mexia no equipamento todo – que pela falação e cumprimentos, deveriam se conhecer faz tempo. Eles falaram comigo e eu falei com eles, me sentia à vontade ali, talvez porque sabia que ninguém me entregaria para o primeiro jornal que quisesse pagar qualquer merreca para saber quem é a namorada de Justin Bieber.
 Certo, acho que a manchete de hoje de manhã me traumatizou ainda mais.
 Justin entrou na cabine e eu me larguei no sofá. Scooter, o carinha dos aparelhos – acho que se chama Blaine – estavam enfrente a mesa de botões. Mama Jam também estava lá, ela tinha entrado na cabine e treinado com Justin alguns exercícios para as cordas vocais e estava enfrente ao vidro também, como se estivesse conferindo que a voz do Jus estava realmente boa para as gravações.
 E eles ficaram lá, gravando, cantando, dizendo e redizendo letras, Justin aumentava e baixava o tom, abria e fechava os olhos, repetia mais e mais vezes o mesmo trecho e isso se repetia nos trechos a seguir. Eu sinceramente não prestava muita atenção, Ryan foi a minha companhia a maior parte do tempo. Justin notou que eu não estava ligada muito no que ele estava fazendo, então, depois de horas largada no sofá, eles resolveram dar um descanso, Scooter ofereceu um copo de água a Justin e ele aceitou, depois veio até mim – que estava completamente distraída conversando com a Harper via SMS –, se sentando ao meu lado.
- Te chamei para prestar atenção em mim cantando mais uma música para você – ele não pareceu zangado ao falar isso.
- Desculpa, eu até tentei, mas é muito chato – o olhei de baixo e ele riu.
- É, realmente – Scooter trouxe a água, Justin bebeu um gole –, mas já está acabando! 
- Promete?
- Não – ele fez uma careta. – Essas coisas nunca tem hora para acabar – fiz cara de tédio. – Mas se te anima saber, a gente já ta bem adiantado, vamos gravar ela inteira agora! – ele se levantou.
- Amém. – resmunguei voltando a minha atenção para o celular de novo, tinha acabado de chegar mensagem.
 Justin arrancou o celular da minha mão, o olhei sem reação e ele me fez levantar do sofá, me segurou pela mão e fez com que eu me aproximasse do vidro como todo o resto. Jogou o copo de água fora e entrou, colocando os fones, pegando uma folha com a letra da música e se aproximou do microfone. Alguns botões depois e a introdução começou a tocar e logo ele começou a cantar.

With you, with you
I wish we had another time
I wish we had another place

Now Romeo and Juliet
Bet they never felt the way we felt
Bonnie and Clyde
Never had the highlight we do, we do

Será que ele não consegue fazer uma música descaradamente para mim? Talvez se ele não dissesse coisas como “Nunca tiveram que esconder como nós fazemos”, ninguém olharia para mim, me fazendo corar, como agora.

 You and I both know it can't work
It's all fun and games
Till someone gets hurt
And I don't, I won't let that be you

É, nós bem que tentamos não magoar um ao outro, mas até hoje não sei se deu muito certo. Mas precisava lembrar Bieber?

Now you don't wanna let go
And I don't wanna let you know
There might be something real
Between us two, who knew?

Now we don't wanna fall but
We're tripping in our hearts
And it's reckless and clumsy
Cause I know you can't love me here

I wish we had another time
I wish we had another place
But everything we have
Is stuck in the moment

And there's nothing my heart can do
To fight with time and space cause
I'm still stuck in the moment with you

Querido Bieber, você não consegue ser menos obvio? Ok, ok. É obvio apenas para nós dois, como ninguém mais além de você e eu vai saber que essa música surgiu para quando estávamos na França, reclamando do tempo e da insegurança. E ah, já estamos completamente apaixonados e é, não estamos em condições disso agora, é perigoso para você e ainda mais para mim, mas quem consegue? Quando menos pensamos já estamos completamente jogados um nos braços do outro.

See, like Adam and Eve
Tragedy was a destiny
Like Sonny and Cher
I don't care, I got you baby

See we both
Fighting every inch of our fiber
Cause in a way it's gonna end right but
We are both too foolish to stop
 
Tolos, teimosos, burros… sim, somos tudo isso para continuar nos arriscando, mas como você disse amor: “De alguma maneira isso vai acabar bem”. Assim espero.

See like, just because
This cold world saying we can't be
Baby, we both have the right to disagree
And I ain't with it

And I don't wanna be so old and grey
And it isn't bout these better days
But convince just telling us to let go
So we'll never know


Justin parou e me olhou, sorri feliz por ele ter conseguido, ele sorriu animado, provavelmente também por ter conseguido e por eu ter prestando atenção dessa vez, e ali, nos encarando, qualquer som foi isolado como se eu estivesse dentro da sala com ele e enquanto todo mundo comemorava e diziam coisas, a gente só se olhava enquanto digeria toda a informação da música.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

13º capitulo: Headline. Parte 4.

 Pov's Houston

 Acordei até bem, apesar de ontem e de ter dormido poucas horas. A luz da manhã batia de um jeito gostoso no meu rosto, uma brisa leve passeava pelo quarto e a cama do Justin era muito confortável. Ou seja, a preguiça não queria sair do meu corpo, para a coragem me fazer levantar.
 Mas, falando no Justin, cadê ele? Quando abri meus olhos, ele não estava em lugar nenhum do quarto, então me levantei, fui até o banheiro, escovei os dentes e tudo mais, prendi o cabelo direito para deixar menos pior e saí do quarto de pijama mesmo, bocejando escada a baixo.
 Encontrei Justin na cozinha, melhor se fosse apenas ele, mas parecia uma reunião completa, Pattie e Scooter estavam lá e ninguém com uma cara muito legal. Scooter estava de braços cruzados e cara amarrada, mas isso não me surpreendia, o que me preocupou mesmo foi o silêncio, a expressão nada animada da Pattie e Justin, em pé e imóvel em frente ao balcão da cozinha.
- Bom dia?
- Não sei o que tem de bom menininha – olhei com raiva para Scooter, nada de surpreendente, só que dessa vez não falei nada.
- Justin? Pattie? Olá? O que foi?
- Isso Lua – Justin jogou o jornal que deveria estar em suas mãos para o pedaço do balcão ao seu lado direto, encostou as mãos no mesmo e virou a cabeça na mesma direção do jornal, com o rosto sem expressão feliz, assim como sua voz não soava nada bem.
 Me aproximei e peguei o jornal com as duas mãos, logo na capa tinha uma foto de péssima qualidade e escura,  dava apenas para identificar a água na parte de baixo da imagem e duas pessoas se pegando no canto esquerdo.
 Essas duas pessoas eram Justin e eu.
Fiquei abismada, talvez mais do que isso, mas não menos. Não sabia o que falar, se bobear, esqueci até como me movia.
- Isso que dá a irresponsabilidade de vocês dois! Onde já se viu se agarrar na piscina em plena madrugada, quando na verdade, eram para estar descansando por sabiam que teriam um dia cheio!? Você deveria saber disso Justin e você, menininha, deveria pensar no bem do seu amorzinho não é? – Claro que para dar um sermão dessa maneira, teria que ser o Scooter.
- Cala a boca Scooter.
- Ele está certo Lua – Justin disse, sua voz não transmitia muita felicidade, também pudera com uma título desse: “Madrugada quente para Justin Bieber”. O texto que vinha ao lado da foto só era pior.
- Não disse que não está, mas a culpa não é nossa.
- Não mesmo, a culpa é toda sua.
- Como é que é Bieber? – Fiquei tão surpresa pelas palavras que saíram da boca dele, que, de repente, aprendi a me mover.
 Dei alguns passos para trás, encarando Justin com a testa franzida. Como assim a culpa é toda minha? Bebeu o que antes de eu acordar para dizer uma besteira dessas? Ele se virou, molhou os lábios com a língua como tinha costume de fazer, e eu podia ver o quanto estava bravo com aquela reportagem.
 - Isso mesmo, a culpa é sua Lua! Você que pulou naquela maldita piscina!
- Não te obriguei a ir atrás de mim Bieber!
- Mas você sabia que eu iria!
- Sim, eu sabia, não vou ser cínica. Mas não te obriguei a fazer nada!
- Mas você sabia! Essa sua maldita impulsividade! Esse seu jeito... – ele grunhiu – Me irrita tanto!
- Não me pareceu isso ontem à noite.
- Pode até ser, mas olha onde isso nos levou! Deve estar feliz né? Seu showzinho nos levou para a capa de todos os jornais e revistas!
- Meu o que? Showzinho? Aquilo foi um showzinho então? Ok senhor santo. É culpa minha que malditos fotógrafos tiraram uma foto raio-x da gente ontem a noite? Por que essa é a explicação mais lógica que consigo arranjar para sair uma foto dessas!
- Isso não é brincadeira Lua! Eu não posso ter coisas com isso na minha cola! – ele pegou o jornal e sacudiu quase soltando as folhas de dentro e soltou de novo, dessa vez com mais raiva, sobre o balcão.
- E claro, eu tenho que ter bola de cristal para saber que eles vão conseguir passar por aquela segurança toda e ainda pelo muro enorme lá de fora. Sim Bieber, dá próxima vez eu tento prever isso.
- Você não entende! Nós deveríamos nos prevenido.
- Não vou repetir o que acabei de dizer.
- Ou seja! Um monte de bla bla bla inútil! – depois dessa desisti de argumentar.
- Quer saber Justin? Fique aí com seu produtorzinho de merda, os dois se merecem mesmo.  
 Me virei e simplesmente saí de cena, cansei. Subir para o quarto do Justin não ia adiantar muito, mas o que eu poderia fazer agora? Estava em Atlanta, nos cafundó dos Estados Unidos, um tanto longe de casa.
 Ok, talvez não nos “cafundó”, mas mesmo assim era longe de casa. Enfim.
Eu não tinha outra escolha, Justin saberia onde eu estava, mas isso era até bom agora, ele não viria atrás de mim até esfriar a cabeça e provavelmente, eu também não estaria de cabeça quente e irritada com essa confusão toda que deu.
Quando entrei no quarto, meu celular tocava freneticamente, então nem fechei a porta nem nada, apenas corri para procurar, achar e atender. Precisava de uma distração e dependendo de quem fosse, conseguiriam me ajudar.
 Achei ele perdido na mesinha ao lado da cama e me sentei, de frente para a porta aberta.
- Lua! Lua! Até que enfim!
- Alô para você também Harper! – ela riu. – Tu ta legal?
- Até que to e como você está?
- To viva. Mas enfim, você não me parece assim tão legal não.
- É a reportagem que saiu hoje do Justin, aquilo não me deixou muito feliz não.
- Por quê?
- Ain Lua, parece que ele mudou tanto! Justin que eu conheci não faria uma coisas daquelas.
- Se agarrar com alguém na piscina? Acho que qualquer um que tem ou vai uma piscina com alguém que está pegando ou namorando, deve fazer isso.
- Aquela lá nem a Caitlin é! A gente mal notou que os dois não estão namorando mais e ele já é flagrado com alguma vadia na casa dele? Não me parece coisa que o meu Justin faria.
- Har, esse cara já tem 18 anos, é claro que ele ia trocar os “quando te vejo sinto borboletas no estomago” por “eu quero seu corpo, girl oooh”, um dia isso teria que acontecer e era obvio que não ia demorar muito. – Justin apareceu de repente, e parou no batente da porta, me parecia mais tranquilo. – Vocês, fãs, esquecem que ele é um ser humano também.
- Não esquecemos não.
- Esquecem sim, querem que ele seja só de vocês o tempo todo, e os fotógrafos o perseguem por qualquer lugar, até na casa dele, onde deveria ter privacidade, mas não tem, porque parece que só por ele ser famoso, as pessoas esquecem que ele também é um ser humano. Pior! Que é um adolescente. Ele tem uma vida fora dos palcos e isso de ficar com pessoas, na piscina ou fora, tanto faz, é o que todo mundo faz! É a coisa mais normal do mundo, mas por ele ser famoso, não pode – eu não desgrudava os olhos dele desde que apareceu.
- Não é bem assim Lua...
- É sim Har, pensa só.
- Desculpa – Justin disse sem som. Apenas assenti.
- É, até que você tem razão.
- Olha Har, ninguém sabe quem é essa garota, certo?
- Certo, tudo indica que é a mesma com quem ele estava na França.
- Mas ninguém a conhece né? – Desviei minha atenção dele.
- Não.
- Isso não deve ser à toa, talvez essa garota seja especial, ou sei lá.
- Por que diz isso?
- Será que o Bieber estaria a guardando tão bem se não fosse? Já faz tempo que há rumores dessa garota, pelo que eu saiba.
- Ih Houston, está bem atualizadinha para o meu gosto em! – Ela riu.
- Não conheço só você de Belieber, Collins, e tenho internet na minha casa ok?
- Sério que o buraco onde você mora tem internet? Eu não sabia dessa! – rimos.
- Har, tenho que ir ok? Tenho o dia meio cheio hoje, to com preguiça só de pensar!
- Você tem preguiça até de viver Lua!
- Eu sei que tenho, pior que eu sei! – Ri. – Tenho que ir. Beijos.
- Beijos.
 Desliguei e voltei a encarar Justin, que desencostou e entrou um pouco mais no quarto, mas ainda distante de mim.
- Ouvi o que você disse, bom, a maior parte. Desculpa por aquilo lá embaixo? Eu estava nervoso.
- Você subiu mais rápido do que eu imaginava.
- É, minha mãe deu um jeito de me lembrar logo o quanto eu te amo. Acho que se eu não subisse logo ela me daria um tapa na cara – ri de leve.
- Duvido que Pattie faria isso.
- Bom, ela disse que faria, achei melhor não duvidar – ele sorriu de lado e eu ri mais um pouco.
 O clima ficou um pouco mais tenso de novo, abaixei a cabeça e molhei os lábios com a língua.
- Desculpa pelo meu ataque de ontem, a gente realmente deveria é ter vindo dormir.
- Mas você realmente não poderia adivinhar. Nem eu. Desculpa por agora pouco.
- Idem.
- Estamos bem?
- Tranquilamente – sorri.
 Ele veio na minha direção, só não chegou até a cama. O chão estava limpo, não tinha pano nem nada molhado, Justin estava descalço, mas mesmo assim escorregou caindo com tudo no chão.
- Ai! – resmungou e eu soltei uma gargalhada alta e escandalosa, foi inevitável. – Não ri não! Minha bunda ta doendo agora! – ele mantinha as palmas das mãos viradas para baixo, apoiados no chão, as pernas esticadas e abertas enquanto fazia caras e boca e soltava gemidos baixos.
- Seu fracote reclamão! – saltei da cama para seu colo ficando de joelhos, abracei seu pescoço e embolei as pontas dos meus dedos em seu cabelo.
- Te amo demais sabia? – assenti sorrindo e mordendo levemente o lábio inferior. – E... a noite passada foi... – ele levantou os olhos, procurando a palavra certa para completar a frase – excelente.
- Também acho – o beijei, daquele nosso jeito certo, e em questão de pouco tempo estávamos completamente envolvidos.
 Suas mãos passeavam pelas minhas costas, uma das minhas mãos se embolavam em seu cabelo só para não perder o costume, enquanto a outra apenas o colava mais comigo. Eu estava mais alta por estar ajoelhada, então subia e descia no ritmo que o beijo rolava.
- Acho melhor – Justin arfou e voltou a me beijar antes de terminar a frase – parar – arfou e beijou.
 Me afastei e arqueei a sobrancelha.
- Que foi? Não quero que o Jerry se anime de novo – ele mostrou as mãos se rendendo depois voltou a deixá-las no meu quadril. Justin sorriu e eu ri.
- Definitivamente, isso é broxante! – ele riu.
- Eu sei. Eu sei. Mas é bom que acaba com esse clima de vez.
- Agora você ta sendo broxante.
- Ah ok, falou a garota que ia me deixar animadinho e ia pular fora – ri da cara de indignado.
- E se dessa vez eu não caísse fora?
- Fala como se eu não soubesse. Te conheço amorzinho e de qualquer jeito, está cedo, minha mãe e Scooter estão lá em baixo, eles viriam nos ver se demorássemos muito não acha? Não queria que minha mãe visse isso.
- E Scooter não iria ficar muito legal também não. A última coisa que preciso é daquele mala ainda mais no meu pé. Ainda bem que pensa amorzinho! – dei um selinho e continuei a arranhar de leve sua nuca.
- Não fala assim do Scooter.
- Ah, qual é Justin! – me levantei. – Não defenda o cara.
- Lua, eu devo agradecer a tudo ao Scooter, ele me que trouxe até aqui! – ele se levantou também.
- Eu sei disso Jus, e também sou grata com ele por causa disso, mas você sabe muito bem que ele não vai com a minha cara e só não me ferra, porque não encontrou um jeito de não te ferrar também.
- Scooter é um cara legal, se você fosse menos marrenta talvez conseguiria ver isso.
- Talvez se o problema fosse apenas comigo, quem sabe? Qual é! Se eu não tivesse indo embora Justin, será que você estaria aqui? Por que você e eu sabemos qual foi a condição dele! – Eu não deveria ter falado isso, estava mais irritada que Justin, que se mantinha calmo ao falar comigo, mas isso poderia acabar com a merda que acabei de soltar, então a gente ia discutir de novo e mais toda aquela coisa cansativa de sempre. 
 Baixei o tom rapidinho e comecei a ficar ofegante, com medo que a gente acabasse brigando sério de novo como há alguns minutos, mas Justin só balançou a cabeça, fechou os olhos brevemente e respirou fundo.
- Ok, certo. Mas tenta manter a paz com ele, por favor, por mim amor. – Assenti me rendendo. – Agora, meu amor – ele veio até mim e segurou minha cintura – seja uma boa menina e vá se arrumar, porque temos compromisso hoje.
- Você tem compromissos Sir Astrozinho – ele fez uma careta e depois sorriu.
- E você vai comigo – ele me deu um selinho – porque é minha namorada linda – e outro, depois olhou para cima pensando –, bom, quase isso – ri. 
- E o que não aguento por você em? Scooter, paparazzi...
- É porque você me ama! – colou nossos corpos e me beijou.
- Certo! – me afastei, antes que a gente começasse se agarrar de novo. Assim não sairíamos do quarto hoje ainda. – Acho melhor eu me arrumar e depois comer algo.

- E eu vou comer algo depois me arrumo.
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Desculpa a demora! Comecei a faculdade mês passado e ao mesmo tempo um curso, aí o tempo me falta, sorry.