quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Capitulo 1 - I'm Back. Parte Final.


Quando notei, Justin estava com alguma revista na mão que eu nem vi de onde surgiu, Scooter ficava parado olhando para nós dois, no momento em silêncio e Pattie terminava nossos sanduíches. Quando ela terminou, pediu para Scooter colocar na mesa para nós dois e saiu em direção à lavanderia, ele então colocou os dois pratos no balcão uma para cada um e apoiou as mãos no mesmo encarando nós dois. Eu apenas olhei o prato e empurrei para o Justin que fez o mesmo.
- Por que vocês destrocaram?
- Ela não gosta de geleia.
- Ele não gosta de manteiga no sanduíche – respondi.
 Eu estava lendo a parte de famosos no jornal, ao ver aquela nota eu sorri e o dobrei no meio, para poder ler em voz alta.
- “De volta as aulas” – li o titulo e todos os dois prestaram atenção e mim. – “O astro teen, Justin Bieber, voltou hoje para sua cidade natal, Stratford no Canadá, para o inicio das aulas daqui a duas semanas. Quando questionado o motivo que voltaria a tanto tempo antes do inicio, Justin disse que havia um motivo muito especial e esse motivo não era que ele iria voltar à escola, parando com as aulas particulares, com exceção das durante as viagens. Parece que a tal “garota favorita”, agora já misteriosa para todos nós, iniciaria nessa mesma escola. Muitas garotas da pequena cidade de Stratoford terão o prazer de estudar com Justin Bieber, mas por enquanto, nenhuma terá o coração do garoto de 17 anos, que atualmente, namora Caitlin Beadles e para nós e todos fica a duvida: Quem será essa “garota favorita”? Caitlin que se cuide, parece que a verdadeira dona do coração de Justin Bieber está de volta” que nota mais revista teen – comentei.
 Sabe aqueles momentos que você é o centro das atenções sem ao menos saber o porque?  Aqueles momentos que você fez algo, aparentemente simples e todos começam a te olhar? Quando você fala algo e com uma pessoa e de repente todos envolta estão te olhando? Aqueles momento que as pessoas te olham esperando algo a mais? Então, esses momentos andam acontecendo muito nessas últimas horas, como agora, Scooter e Justin ficaram me encarando depois que li a nota no jornal, esperando que eu falasse algo que eu nem sabia o que, como se quisessem ver a minha reação, mas do que?
- Que foi oras? – Justin logo tratou de desviar a atenção e dar mais uma mordida no sanduíche, mas Scooter não quis fugir do assunto assim como Justin.
- Você não se incomodou?
- Com que?
- Não sei, talvez, o fato do Justin e da Caitlin estarem juntos?
- E por que eu me incomodaria? Caitlin é bonita e sempre foi obcecada pelo Justin, ela tem o que mais quer e eu acredito que o Justin tem juízo, então, se ele está com ela é porque quer – Justin quase engasgou, mas continuou a mastigar e se importar com o sanduíche.
- Namorou em Nova York Lua?
- Cala a boca Scooter, nem sei porque estou falando com você.
- Quem é você garotinha para me mandar calar a boca?
- Outcha! Garotinha de novo? Eu não te devo satisfações, não te importa o que eu fiz ou deixei de fazer em Manhattan.
- Para vocês dois – Scooter ia falar, mas Justin interrompeu. – Lua, você – ele coçou a garganta –, você, realmente não se importa que eu esteja, de novo, com a Caitlin? – detalhe que ele não me olhava, parecia ter um enorme interesse no sanduíche a sua frente.
- Não.
- Sério? – ele me encarou surpreso. Eu apenas dei de ombros e revirei os olhos, depois sorri.
- Melhor eu sair daqui – Scooter foi em direção à saída da cozinha.
- Já era hora! – gritei depois sorri, ele não fez nada.
- Você gosta de provocar também né!?
- Você fala como se não soubesse! O produtor do astrozinho da música me odeia – zombei.
- Astrozinho? É a segunda vez que você diz isso! Poxa, magoa.
- Você num gosta não? – ele negou. – Então pode se acostumar, estrelinha.
- Estrelinha? Eita, mas algum apelidinho?
- Não que eu me lembre – ri.
- Por que “astrozinho” e “estrelinha”?
- Porque, como eu já disse, eu tinha, ainda tenho, ela ainda é minha amiga, que é muito fã sua então ou eu te zoava, ou tinha que aguentar ainda mais Justin Bieber para todos os lados.
- Você me zoava? Como assim? – ele parecia indignado. – Falava o que?
- Vai por mim, você não quer saber.
- Eu quero sim!
- Mas eu não vou te contar – mostrei a língua e ele riu.
- Por que tinha que me zoar poxa?
- Eu não precisava que ninguém me lembrasse de você o tempo inteiro! Já era fácil esquecer que o meu ex-namorado tinha virado famoso – fui irônica. – Amigos, não se escolhe, infelizmente, Harper era sua fã quando a conheci.
- É tão ruim assim lembrar de mim?
- Só é ruim saber que nada vai ser como antes.
- Talvez seja melhor.
- Talvez pior.
- Como pode saber?
- Aí que está, eu não sei. Se as coisas continuassem como antes eu sei muito bem como seria, mas nada é como antes, o que dá medo, medo por não saber o que estar por vir.
- Talvez não tenha mudado tanto assim.
- “Talvez não tenha mudado tanto assim”? Justin, você tem fãs espalhadas pelo mundo inteiro! Tem shows quase todos os dias, está na mídia o tempo todo! Eu passei um ano longe disso tudo e agora, você é o garoto que em pouco tempo foi um dos mais vistos do Canadá pelo youtube. Talvez não tenha mudado tanto assim?
- Talvez sim – ele admitiu de cabeça baixa olhando para o prato já vazio. – Lembra do vídeo que fez mais sucesso? – ele me olhou e foi a minha vez encarar o prato com um pedacinho de sanduíche.
- Nunca me deixaram esquecer.
- Harper?
- Ela e tudo que eu possa chamar de lembrança.
- Qual então? – respirei fundo.
- “So Sick” – o encarei.
- Sabe por que fez sucesso né? Eu sou demais – ele notou que a conversa voltava para um momento que nenhum de nós dois queríamos, para falar a verdade, eu não queria e provavelmente ele também não, então deu um jeito de mudar a conversa.
- Que convencido! Famoso e besta!
- Estou mentindo?
- Foi por minha causa! Ou você não lembra que fez o vídeo para mim – droga! Involuntariamente voltei ao assunto.
 - Na época você não acreditava nisso.
- Você me fez acreditar.

Flashback on
- Tem certeza que esse é o meu vídeo? – ele se deitou ao meu lado.
- É Justin! Esse é o seu vídeo!
- Não acredito que o meu vídeo está com isso tudo de acessos!
- Mas e a verdade! O seu vídeo está com mais de 10milhões de acessos!
- Foi porque eu fiz para você.
- Pode até ser, mas, isso – apontei para a tela – é porque você é incrível e mega talentoso.
- Você prefere acreditar nisso?
- Não, prefiro acreditar que é por mim lógico!
Flashback off

 Me encontrei séria, do nada, e Justin também havia parado de sorrir, que droga, isso não está dando muito certo.
- Lua? – respondi um “hum”. – Você lembrou num foi? – assenti. – Por que... – levantei a cabeça olhando pela báscula a parte de fora da casa.
- Ai meu Deus! Já escureceu? Preciso ir para casa! Nem sei porque a minha mãe não me ligou, ah claro! Deixei o celular em casa! Mas porque ela não veio? Obvio! Ela nem sabe que estou aqui, se soubesse também, tem tanta caixa espalhada pela casa que ela nem teria tempo! Preciso ir – comi o último pedaço de sanduíche, que foi mais engolido do que mastigado, pulei do banco e fui em direção à lavanderia me despedir da Pattie que estava escorada em uma máquina de lavar ligada com um livro nas mãos. – Sra. Pattie, já vou, anoiteceu e eu nem vi, já está tarde.
- Tudo bem querida – ela largou o livro encima da máquina e veio me abraçar. – Obrigada pela visita, é bom que esteja de volta – é o que espero, que seja bom eu estar de volta, apenas bom.
- Obrigada, agora tenho que ir! Até mais – sorri.
- Até – ao me virar para sair da pequena sala esbarrei com Justin que eu não tinha notado atrás de mim. – Tchau Justin – passei por ele e fui em direção à porta.
- Eu vou com você.
- Para que? Ainda moro aqui em frente.
- Por favor, né Lua!? Você fica longe um ano, pelo menos isso vai.
- Já que insiste – abri a porta e saí na rua com ele ainda atrás de mim.
- Mas então... ar... eu estou sem assunto – ri.
- Relaxa, já chego em casa e nem precisamos mais o que falar – encarei a Ferrari enfrente a casa mais uma vez, por mais que estivesse escuro eu podia vê-la perfeitamente. – Cara, não deixo de me surpreender com esse carro! Um padrinho como Usher deixaria qualquer ser humano feliz.
- Me parece que nem precisa de um padrinho famoso.
- Ah ta bom! Quem mais me daria uma Ferrari?
- Precisa ser exatamente uma Ferrari?
- Não, mas, um carro do tipo, eles são caros!
- Do tipo como?
- Onde você quer chegar? – o encarei. Ele apenas sorria e depois apontou para algum lugar. Segui meus olhos até chegar ao mesmo lugar que ele olhava e encarava. – Você está zoando!? – atravessei a rua correndo e Justin correu atrás de mim. – Pai o que é isso? Achei que fosse buscar o nosso carro.
- O nosso chega apenas amanhã, mas não quer o seu próprio carro? Achei que iria gostar de ganhá-lo logo hoje.
- Esse Porsche é meu? – ele assentiu com um sorriso. – Sério?
- É – meus olhos já brilhavam ao ver aquele carrão amarelo parado enfrente a minha casa, e brilharam ainda mais ao saber que era meu!
Comecei a pular e a gritar no meio da rua. Eu acabei de ganhar um Porsche! Meu maior sonho de consumo, meu único sonho de consumo agora é meu! E eu pulava, pulava, e gritava ainda mais.
- Para – Justin me segurou pelo braço e me puxou para mais perto, para que eu pudesse parar de pular e de preferência gritar também. – Já está tarde, os vizinhos vão começar a te xingar daqui a pouco – ele ria.
- Deixa eu ser feliz, acabe de ganhar um carro!
- Eu também ganhei um carro e não surtei tanto assim como você.
- Você e eu somos diferentes!
- Talvez por isso que damos tão certo.
- Está mais para, por isso que damos tão errado, mas não importa! Eu tenho que ir – tentei me afastas e até conseguiria se ele não tivesse puxado meu cotovelo de volta e me abraçado.
- Eu senti sua falta, realmente senti. Já sobre a saudade eu nem comento.
- Você já disse isso e eu já assumi que senti saudades – me afastei. – Você é meu amigo certo? Senti saudades de todos meus amigos.
- Amigos?
- É, amigos! Agora deixa eu ir, estou cansada e tenho muita coisa para arrumar! Sei muito bem o que você passou quando se mudou, as caixas e coisa e tal.
- Benditas caixas! – ele riu.
- Talvez! Cai feio aquela vez, doeu! – fiz um bico e depois ri, assim como ele. – Agora eu realmente tenho que ir. Tchau gatinho – disse já me afastando.
- Gatinho? Achei que não gostasse dessas coisas! – ele gritou. Eu apenas me virei e dei de ombros, logo em seguida entrei em casa.
 Eu esperava algo mais na minha chegada, algo mais a mais, mas na verdade, eu não sabia o que esperar, fiquei imaginando tantas coisas e nenhuma delas aconteceram, mas hoje foi apenas o primeiro dia e eu não posso tirar conclusões disso, muita coisa pode acontecer como muitas podem deixar de acontecer, uma vida não se resume em apenas um dia, uma história não se resume.  
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OMFG! Vocês são incríveis! Não ia postar hoje... mas, acho que merecem! E já demorei demais também.
Obrigado gente <3
Continuem assim, por favor! HAUSHUASHUASHUSA

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Capitulo 1 - I'm Back. Parte 2


Eu estava tão cansada da viagem que nada podia me acordar, com exceção da minha barriga que parecia virar do avesso de fome, levantei de susto, cabelo todo desarrumado e minha cara toda amassada, pois é, dormi muito e bem. Lavei o rosto e prendi o cabelo em coque com ele mesmo depois desci as escadas me arrastando e bocejando – uma vez – procurando meus pais.
- Mãe, cadê o papai? – a encontrei na cozinha, mexendo em várias caixas, organizando coisas de cozinha.
- Até que enfim acordou em! Ele foi ver o que deu lá no carro, quando vamos poder pegar.
- Ah... to com fome.
- Menina esfomeada.
 - Chato né? Mas ainda estou com fome – ela riu.
- Pior que nem tem nada para comer, acho que hoje iríamos sair para jantar até. Saia e compre alguma coisa – ela tirou o dinheiro do bolso e me entregou. Bocejei mais uma vez.
- Já vou.
- Não demora.
- Já volto então – ela riu.  Saí correndo porta a fora antes que a minha barriga voltasse a roncar.
 Fechei a porta e lembrei que deixei o celular no quarto, mas, eu não iria voltar e subir as escadas para pegar, tinha acabado de acordar o que me dava muita preguiça, sem contar que eu estava com fome, era só ir comer e depois voltava, simples.
 Fome!
- Uau! Vou por vídeos no youtube para ver se consigo comprar um carro desses – fui até Ele sorrindo, o tal estava distraído trancando a Ferrari e me olhou surpreso quando comecei a falar.
- Lua – ele abriu os braços para me abraçar e eu fiz o mesmo colocando os meus entorno do seu pescoço –, saudades.
- Pois é. Eu também – era diferente poder abraçá-lo de novo. Sentia que era melhor separar logo, por mais que eu não quisesse, antes que... pois é, antes. Sem contar que estávamos no meio da rua.
- Senti muito a sua falta. Sério.
- Sei – fiz um tom desconfiada –, com isso tudo que está acontecendo com você Justin, duvido que sentiu a minha falta.
- Eu senti poxa e vai dizer que não sentiu a minha? – me soltei, mas deixei as minhas mãos em seu ombro.
- É... – olhei o lado depois olhei para ele e sorri. Ele riu.
- Desculpa, eu iria ao aeroporto, mas tive alguns imprevistos com a gravadora.
- Acho que foi até melhor você não ir. Imagina: todos iriam te ver me esperando... melhor não! – ele pareceu imaginar o mesmo que eu, uma multidão envolta dele, pedindo autógrafos e tirando fotos, depois, tirariam fotos de nós e seria um inferno para sair do aeroporto, pessoas e mais pessoas envolta, fotos e gritos, sem contar que seriamos a manchete das noticias dos famosos no dia seguinte. Ele negou com a cabeça sorrindo.
- A onde você estava indo?
- Onde estava não, onde estou. Preciso comer alguma coisa.
- Esfomeada!
- Para! Primeiro a minha mãe agora você? – riu. – Estou sem comer a tempo ok?
- Você e isso de ficar sem comer a tempo! A última vez...
- Não lembre.
- Ok. Bom, de qualquer maneira você estava, também estou com fome, vamos lá em casa. Minha mãe vai adorar te ver.
- Não quero incomodar, vou a qualquer lugar comer.
- Você nunca foi e nunca será um incomodo. 
- Outcha! Minha barriga está queimando! Fome! Fome! – ele riu.
- Vem – ele sorria. Dei de ombros e passei por ele, andando para frente do carro de um jeito engraçado. Parei na frente da Ferrari e ameacei bater no capo. – Não... Lua... Não! – sei dois tapinhas no carro, olhei para trás e sorri. – Você não tem jeito!
- Já não tinha há um ano. 
- Você não mudou nada!
- Quem sabe? Você acabou de me rever! A propósito, adorei o corte de cabelo – voltei a andar em direção a casa dele enquanto ele me seguia.
 Enquanto caminhava, ele me alcançou, o tempo inteiro com um sorriso no rosto e eu também estava, era incontrolável. Entrei na casa que mantinha a aparência externa exata que eu me lembrava, a mesma casa branca, a mesma porta vermelha.
  Pattie me recebeu com um sorriso e um abraço – também com um “que bom que está de volta” – chegava a ser engraçado como tudo parecia não ter mudado, mas calma minha querida Lua, lembre-se que acabastes de chegar, então sorria enquanto não te fazem chorar. Isso ai! Sorria, não pense, apenas sorria.
- Mãe, estamos com muita fome – tinha me distraído então esqueci da tal fome, acabou que, quando Justin falou, meu estômago voltou a queimar. Eu precisava comer.
- Imagino. Você senhor Bieber, aposto que não comeu nada com pressa de pegar o voou, você meu anjo, não deve ter comido desde quando saiu de Manhattan.
- Acertou! – sorri.
- Espera aí!? Eu recebo um “Senhor Bieber” como sermão e ela um “meu anjo”? Como assim? – Pattie e eu rimos, ela virou as costas e seguiu até a cozinha com Justin e eu atrás.
- Eu posso – sussurrei para ele.
- Sempre foi a preferida – e ele revirou os olhos sorrindo.
 Justin e eu estávamos mais para amigos, é, e eu não queria mais nada além, mas, eu não sei, a fome me impedia de pensar.
 Sentei na cozinha e Justin se sentou ao meu lado, ficamos conversando sobre muitas coisas, depois de um ano, assunto é o que não se falta.
 Contei sobre Manhattan, sobre a Harper e o meu colégio, já o Justin me humilhou contando sobre as várias viagens pelo mundo, shows, fãs... e ficou bravo quando fiquei de bico e dizendo que ele estava se aparecendo. Ok, eu estava de criancice e ele sabia disso, no final nós três rimos.
- Opa! Jornal – me levantei do banco e fui me estiquei para pegar o jornal no finalzinho da bancada.
- Desde quando você lê jornal?
- Quando se vive em um lugar onde a única coisa que se têm para fazer é compras, você cria hábitos que nunca imaginou adquirir – abri a primeira página e comecei a passar o olho pelas notícias. O ruim do jornal, é que sempre tem muita coisa de ruim, cadê as noticias boas? Nem tudo é mau.
- Achei que vivendo em Nova York você ia criar um gosto por isso, pelo menor que fosse.
- Se não gostava com 16 não é com 18 que eu vou gostar né espertinho?
- Sua mãe que não deve gostar né querida? – Pattie começou a falar enquanto encarava a geladeira pensando no que mais fazer –, ela vive no shopping e sei que lá não foi diferente.
- E não foi mesmo Pattie! Cansei de brigar com a minha mãe por causa disso, ela ia ao shopping e eu para a biblioteca, era quase sempre assim.
- E a sua amiga? Harper? Isso mesmo? – assenti. – Não te ajudava a fugir da sua mãe? – Justin perguntou.
- Não! Eu não podia ficar em casa se não era briga, tinha sempre que dizer para minha mãe que iria sair, ou se não eu tinha que ir as compras com ela, no caso, eu ia para a biblioteca. E não dava para ir a casa da Harper, era tipo, em caso de emergência mesmo!
- Por quê?
- Quer mesmo saber? – ele assentiu. – Então ta. Eu não ia, porque ela é fã de um certo astrozinho do momento e as coisas dela é repleto dele.
- Vou entender isso como uma indireta.
- Bingo.
- Quer saber? Vou fazer um sanduíche para vocês.
- Ai meu Deus Pattie, um sanduíche? Já comemos salgado, torta, biscoito, acho que um sanduíche nem entra mais em mim – mentira.
- Mas para mim pode fazer mãe!
- Justin! Eu não acredito! Eu tentando demonstrar toda a educação que a minha mãe tentou me dar e você vai ter a coragem de comer um sanduíche ao meu lado sendo que ainda estou com fome?
- Você acabou de dizer que não queria – ele deu de ombros.
- Você não sabe o que é educação!? – fiz uma cara engraçada, demonstrando que tudo o que eu estava falando era brincadeira, caso eles não tenham percebido pelo meu tom de voz. Ele apenas riu, assim como a mãe.
- Eu vou fazer um sanduíche para os dois – Pattie se virou ainda rindo e começou a procurar as coisas que ela queria para um sanduíche.
- Mãe, cadê o Scooter?
- Não sei Justin, deve estar lá em cima.
- Ain... o Scooter está aí? – fiz uma careta.
- Ele veio comigo.
- Droga. Por que o Scooter em?
- Porque ele foi o primeiro a me descobri e a única condição dele acabou acontecendo, lembra? Você foi embora.
- É – isso ficou embaraçoso. Droga, por que ele tinha que lembrar?
- É melhor mudarmos de assunto, antes que isso fique mais constrangedor – ele logo se redimiu.
- Que bom que você ainda tem bom senso.
- Vamos ver um assunto... – ele olhou para cima pensando. – Ah! Eu lembrei de você esses... – ele parou.
- Esses?
- É melhor não continuar, sem contar que eu não sei qual vez te contar, sempre lembro de você – por que ele não para?
- É melhor eu mudar de assunto. Você não sabe fazer isso muito bem – ele riu. – Vamos ver... Ah! Qual é a do carrão lá fora?
- Ganhei de presente.
- Uma Ferrari de presente? Uau – ele riu, provavelmente da minha expressão de besta.
- Sim. Meu padrinho me deu, Usher.
- Ah claro! Ah eu com um padrinho desse para me dar uma Ferrari de presente de 17 anos. Nem precisava ser a Ferrari, poderia ser outro carro esporte, eu não me importaria – ele riu e eu apenas sorri.
- O que o meu prodígio ri tanto... Ah! Você – Scooter sorria até me ver, depois fez uma cara desanimada. Graças a reforma da cozinha, que até agora, foi a única parte que mudou, quem descia as escadas não veria ninguém a não ser quem estaria no primeiro banco da mesa de granito branco que agora atravessava toda a área deixando apenas dois espaços na lateral.
- Scooter, que desprazer em vê-lo.
- Pela primeira vez e única eu concordo com você.
- Vocês se viram uma vez e já se odeiam. Como pode isso?
- Ele que logo de cara não gostou de mim Justin, você sabe disso. Não vou nem ao menos fingir gostar de alguém que todos sabem, inclusive eu, que esse alguém não gosta de mim.
- Ela está certa – Justin encarava a frente, talvez olhasse o jardim interno pela báscula da cozinha.
- Mas...
- Isso era evidente Scott, nem adianta dizer que não. Você disse que iria me representar, mas com a condição que eu terminasse com ela – ele o olhou.
- Ok, pelo menos eu não preciso ao menos fingir que gosto dessa garotinha.
- Garotinha? Eu vou fazer 18 anos, ok, ano que vem, mas mesmo assim 18, “garotinha” não dá mais para mim.
- Garotinha – ele repetiu. Apenas revirei os olhos e voltei a ler o jornal. – Justin, nós temos um ensaio...
- Temos nada! Você pode ter, eu não. Estou livre das atividades de Astro pop teen, pelas duas primeiras semanas de aula. Com exceção de amanhã, claro.
- Desculpa bancar a intrometida, mas, o que tem amanhã?
- Falta uma música para gravar, para enfim montar o CD novo, mas teve alguns problemas em Atlanta e eu não consegui fazer a última música, só que eu precisava vir então, alugamos um estúdio fora da cidade por um dia para poder gravar a música. Quer vir?
- Não Justin! Ela não pode! – Scooter se intrometeu.
- Por que não? Chris vai! E é justo ela ir já que sabe a música.
- Sei? – o olhei incrédula. Como assim eu sei a música? Não é nova?
- Sabe – ele não me olhava –“Don't shed a tear whenever you need me I'll be here, I'll never let you go” [Não derrame uma lágrima sempre que você precisar de mim eu estarei aqui, eu nunca vou deixar ir] – ele apenas falou.
- Sei. Você fez disso uma música? – ele me olhou como se quisesse dizer “qual o problema?”. – Tudo bem.
- Então, você vai?
- Vou sim – Justin disse tais palavras quando fui embora, ainda no aeroporto, que droga, não quero ficar lembrando disso, mas mesmo assim irei amanhã.
- Depois combinamos os horários então – assenti e voltei a ler o jornal.
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E olha eu aqui de novo! UHUL.
Poxa cara, três comentários?? Brigado Meninas <3 E Thais, sempre <3 Mas e o resto? Gente... me satisfaço com um "Oi? Eu li aqui!" [inclusive porque é a minha cara comentar isso u.u] Então por favor, apareçam! 
Enfim, não tenho muito o que dizer mais... então, bezus e até o próximo post.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Capitulo 1 - I'm Back. Parte 1


 E mais uma vez dentro de um avião, dessa vez eu sentia um enorme frio na barriga, eu estaria de volta, depois de um ano, confesso que achei rápido, apenas um ano e não foi tão ruim esse tempo que fiquei longe, mas eu nunca vou esquecer o que senti quando meus pais disseram que poderíamos voltar para Stratford, e aqui estou eu, prestes a pousar no meu lugar.

Flashback on:
- Me conta mais uma vez como Ele era!
- Para que Harper? Toda semana você me pede isso.
- Você fala tão bonito Dele. Afinal, você nunca me disse o nome do dito cujo.
- Para que? É apenas um detalhe.
- Ah! Fala Lua! Pelo menos então diz sobre Ele.
- Quer que eu comece por onde?
- Pode ser pelos olhos... É dessa vez pelos olhos – os olhos da minha amiga brilharam e eu revirei os meus rindo da situação.
- Os olhos Dele eram uma coisa de outro mundo, era perigoso, eu me perdia completamente, não via as horas passar, se ele resolvesse sorrir, aí que era um desastre! Muito, realmente muito, perigoso.
- Por quê? – ela me perguntava como se não soubesse.
- Não iria resistir, eu faria o que seus lábios dissessem, desistiria de mim por ele.
- Que ruim!
- Não, era bom. Seu sorriso era perfeito, podia viver dele. Com aquele sorriso ele me tinha nas mãos.
- Que lindo – seus olhos verdes brilharam ainda mais – deveria ser só o rosto também – ri.
- Harper! Para! Você sabe que não!
- Então continua sem eu precisar perguntar!
- Ok, ok. Hum... Ele era perfeito em um todo, seus olhos me hipnotizavam, seu sorriso me dominava, como se não bastasse Ele fazia e dizia coisas que me faziam sair do chão, Ele tinha o controle total sobre mim, não importa quanto eu parecesse, sempre, sempre eu me importava com Ele, o que fazia, dizia ou sentia. Meu mundo, simplesmente de repente, passou a girar entorno Dele, meu coração simplesmente não bate quando estamos longe.
- Está batendo agora, você está viva.
- Você entendeu Harper! – ela sorriu.
- Sabe Lua, você o descreve com tanta perfeição, às vezes acho que ele nem existe, você simplesmente mistura esses montes de livros que sempre lê e diz que é o seu garoto perfeito – eu voltava para casa da biblioteca, com o meu “Ladrão de Raios” numa mão e a minha melhor amiga nova yorkina, Harper Collins, me enchendo de perguntas sobre o amor da minha vida do Canadá. Pior, ela conhecia e nem sabia.
- Não Harper, por mais estranho que pareça, Ele é real, ainda é, eu acho.
- Acha?
- Já se passaram um ano Har, e não nos vemos desde que vim para cá, todo mundo muda, se eu mudei o que garante que Ele não? Essa minha vinda também, foi um grande passo para que mudanças acontecessem.
- Mas, nos conhecemos há um ano e você nunca me disse o nome Dele, nem me mostrou foto ou coisa do tipo – para que? Ela tem tantas.
- Já disse, nome é apenas um detalhe – paramos enfrente ao meu prédio, ela morava a alguns quarteirões dali. – Agora é melhor eu ir para casa, meus pais devem estar preocupados já, meu pai então! Sem comentários! Sabe como é o Sr. Philip Houston! – rimos.
- Oh se sei! Aquele dia da festa achei que ele iria voar em cima de mim por ter te atrasado um pouquinho.
- Pouquinho? Você me enrolou por três horas! Cheguei em casa quase quatro da manhã – ela riu.
- Certo, muito. Agora tchau. Até mais.
- Até mais Har!
 Subi as escadas do meu prédio vermelho de tijolinhos o mais rápido que deu, esperei o elevador – que demorou pela minha pressa – e logo cheguei ao meu andar, abri a porta do apartamento e meus pais me esperavam na mesa de jantar.
- Cheguei.
- Lua, preciso falar com você.
- Ih sempre que ouço isso nunca é bom – fui até lá – sem contar que a última vez que você me disse isso eu tinha que escolher entre vir para Manhattan ou continuar em Stratford.
- A situação não é muito diferente agora – meu pai mal me olhava enquanto falava, já minha mãe não desviava os olhos de mim.
- Para de enrolar pai, fala logo.
- Parece que um tal de... agora eu não me recordo o nome, mas o sobrenome é algo como, Beatles...
- Beadles – corrigi e cheguei a sorri só de lembrar do meu pestinha, Christian.
- Isso. Parece que esse tal de Beadles, foi contratado pela empresa para exercer o mesmo que eu, mas precisariam de mais alguém já que a produção dobrou então me chamaram para voltar.
- Isso quer dizer que meu Chris vai para Stratford? – meu pai pareceu não entender. – Melhor, quer dizer que nós vamos para Straford? – agora sim meus olhos brilharam.
- Se você quiser – dei um pulo da cadeira.
- E quando vamos? – eu tinha quase certeza que meus olhos brilhavam sem contar que estava com um sorriso de atravessar o rosto.
- Final de semana que vem se preferir – gritei e pulei de felicidade. Meus pais riam e sorriam de mim.
- Droga! Sempre têm a parte difícil – parei de pular.
- O que você quer dizer? – minha mãe perguntou.
- Joe.

Flashback off

 Lembro que voei para dentro do meu quarto, mas o resto da lembrança de nada importa agora, o que eu realmente deveria me importar era que o avião estava prestes a pousar, estava com um frio na barriga de dar medo. Eu estava de volta depois de um ano.
- Pronta? – meu pai perguntou.
- Mais do que nunca – segurava firme no braço do assento, meu sorriso era de doer às bochechas e enfim o avião pousa, dando aquela sensação estranha, um frio na barriga ainda mais forte.
 Queria correr dali, sair do avião, pular caso a escada ainda não estivesse lá, mas tentei disfarçar o sorriso, ficar calma e esperar algumas pessoas saírem, mas graças a minha ansiedade tudo isso demorava, eu sussurrava “anda”, “rápido” e “lerdos” enquanto revirava os olhos e batia o pé no chão cheia da pressa. Já estava ficando com pena do boné roxo em minhas mãos – se fui com ele, nada mais justo do que voltar – já que o torcia, então o coloquei na cabeça com a aba virada para trás e passei a bater o pé em um ritmo mais acelerado até que pude entrar no corredor. Respirei fundo e andei normalmente, desci as escadas devagar mesmo querendo correr. Acertei minha mochila, que havia levado como bagagem de mão, nas costas enquanto esperava a minha mala maior passar na esteira, aquilo estava me matando, parecia que tudo demorava mais. Enfim ela veio, toda azul marinho, é grandinha até, a peguei e abri a paradinha que eu nunca soube o nome para poder arrastá-la por aí até chegar em um taxi, mas minha mãe tinha que esperar o dobro de malas que havia levado para Manhattan, o que demorou e aumentou ainda mais a minha ansiedade.
 Eu queria voltar para minha casa.
 Andei pelo aeroporto aparentemente tranquila, mas analisando cada centímetro quadrado até achar alguém que eu conhecia, daí sorrir foi inevitável, todo o sorriso que eu controlava se soltou de uma vez forçando as minhas covinhas rasas aparecerem. Todos os quatro sorriram para mim, fiquei em duvida de quem abraçar primeiro, fiz mamãe mandou e eles riram disso. Quando meu dedo escolheu o primeiro para ser abraçado, soltei a mala e fui em direção a minha ex-ruivinha.
- Halle.
- Lua! Que saudades! – nos abraçamos forte.
- Eu também estava – me soltei dela e fui abraçar a Karol do seu lado.
- Você vai ser o último – disse ao serzinho que estava ao outro lado da minha, agora, ar... minha guria de cabelo laranja e abracei firme a minha outra melhor amiga.
- Na verdade todos nós estávamos! – Luka disse enquanto eu já ia dar o meu abraço apertado. Depois me afastei e fiquei encarando os quatro.
- Eu também estava morrendo de saudade de todos vocês! – um certo baixinho, mais novo pigarreou. – Não esqueci de você Chris – ele sorriu fazendo as covinhas aparecerem. – Ah! – gritei. – Você tirou o aparelho! – voei para cima dele toda animada, com um sorriso na cara enquanto todos riam da minha histeria.
- Bom te ver também Lua! Só não gostei de ter me deixado por último – me afastei.
- Para de show pestinha. Agora vamos morar pertinho! E eu tenho que agradecer seu pai, graças a ele voltamos.
- Como assim?
- Meu pai vai trabalhar com ele anta!
- Ah! Que máximo! – ele disse todo mais empolgado.
- Own que saudades! – disse depois de um tempo em silêncio e fazendo uma rodinha abraçando todo mundo. Me deu vontade até de chorar.
- Fantasminha...
- Você ainda lembra disso Chris! – ri.
- Nunca esquecerei – acabou que todo mundo riu – continuando: Justin viria aqui ao aeroporto, mas, teve uns problemas em Atlanta e ele acabou atrasando.
- Hum – tentei não dar importância, caso contrário iria gritar para quem bem quisesse ouvir que iria o matar por não ter vindo, do jeito que eu estava atacada, sim eu iria gritar e isso não daria muito certo.
 Olhei para cada um ali, e todos me encaravam atentamente.
- Que foi?
- Sei lá... Justin – Hayley disse dando de ombros, o resto assentiu e também deram de ombros.
- Nháh! – juro que estava tentando dar o mínimo de importância possível.  
     Cumprimentei os pais dos meus amigos, Sr. e Sra. White, Clark, Brass e conheci os Beadles. Na hora de ir embora, minha mãe foi com os White, meu pai com os Brass e eu acabei tendo que ir com os Beadles, caso contrário, Christian iria fazer um escândalo, o que era bem capaz e também, eles moravam mais perto da minha casa, foi melhor, mas acabou que chagamos todos ao mesmo tempo.
 Me despedi e entrei na minha antiga casa, meus pais foram na frente e eu fiquei para fechar a porta. Ela estava com um leve cheiro de mofo, alguns moveis já estavam no lugar, mas os eletrodomésticos como a televisão e a geladeira chegariam ainda hoje, daqui a poucas horas, a minha nova velha casa estaria cheia de caixas e coisas espalhadas, mas mesmo assim, fiquei que nem besta parada na sala lembrando de tudo e até mesmo do meu último dia ali.
- Mãe! Vou para o meu quarto – subi as escadas e abri a porta repintada de branco.
 O meu quarto ainda era em um azul bebê, e dessa vez mais forte já que reformaram toda a casa antes que pudéssemos voltar definitivamente. Eu ainda sentia o cheiro de tinta fresca. Meu quarto fora pintado ontem e minha cama mais meu guarda roupa estavam montados. As estrelinhas florescentes no teto foram retiradas e permaneceu apenas uma iluminaria simples. Nas paredes foram colocados – pintados, ou sei lá como – adesivos decorativos na cor branca, eram flores, gatos e mais cabos com folhas e pequenas flores. Estava lindo.
 Guardei minhas coisas no meu guarda-roupa novo – preto e branco, com porta de correr e um enorme espelho na porta do meio – e na minha escrivaninha coloquei o notebook – dessa vez o único computador que eu tinha –, mas senti falta do meu violão, que droga, por que eu tinha que perdê-lo? Agora, do jeito que meus pais são enrolados, nem sei quando ganharei outro!
 Depois de tudo mais ou menos jogado e socado dentro das gavetas, deitei na cama imaginando o que seria diferente dessa vez, mal estava acreditando que era Stratford enfim! O que deixei para trás em Manhattan nem se compara ao que eu havia deixado para trás aqui no Canadá. Em Nova York, deixei a Harper, minha única e melhor amiga de lá e uma conta na biblioteca na qual há uma lista enorme de livros que eu havia pegado – vamos dizer que Manhattan não tem muitas coisas que pessoas como eu gostavam de fazer, como nunca gostei de compras, quando não estava em um coffee, ou em alguma lojinha de cupcake, estava na biblioteca fuçando em meio de prateleiras e mais prateleiras de livros velhos e outros nem tanto.
 Dormi.   
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SURPRISE! Postei agora porque... sei lá, porque deu vontade de postar agora. Ainda não tenho uma sequencia para posts como eu fazia com a TSBM, a I'm Here ainda nem ta terminada e eu to meio ocupada com outra história então não to conseguindo dar total atenção, mas estou tentando. 
Resumindo: Vou postar quando der na telha.
Obrigado a quem está seguindo <3
Valeu por não me abandonarem <3
Obrigado por dar as caras <3
Valeu pelos comentários <3
Só posso dizer que espero que vocês gostem da I'm Here assim como gostavam da TSBM, mas as coisas aqui estão um pouco... diferentes!
Enfim! Até o próximo post!