quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Capitulo 4 - Merry Christmas and Happy New Year. Parte 4.



Quando pulei o último degrau, meu celular apitou só não mais alto porque a bagunça era muita. Tirei da cintura e como eu imaginava, a bateria havia acabado, apenas alguns minutos até que o celular desligasse de uma vez, então, peguei meu casaco e saí procurando a minha mãe, até a encontrar vindo da cozinha.
- Mãe, vou lá em casa guardar isso – mostrei-lhe a caixa rezando para que não fizesse perguntas – e colocar meu celular para carregar.
- Tudo bem e faz um favor para mim? Pega o presente da Pattie que esqueci de trazer.
- Okay – saí de perto dela e coloquei o casaco antes de sair da casa.
 Só uma coisa: eu estava tão eufórica e apavorada para que ela não perguntasse de onde tirei aquela caixa de bombom que esqueci de perguntar onde estava o presente, agora teria que procurar.
 Andei quase correndo para atravessar a rua enquanto me encolhia para proteger do frio – era nessas horas que eu agradecia pela minha casa ser tão perto –, mas ele não era a minha maior preocupação, minhas mãos poderiam congelar que eu nem notaria, simplesmente porque o que Justin disse não saia da minha cabeça, por que ele não desiste? Não dá mais para nós dois, só eu que consigo ver isso? Justin é legal, tem seus defeitos, mas, tudo está contra nós dois desde quando cheguei, ou melhor, desde quando parti. Sei que não tem como eu simplesmente me afastar dele – e nem quero – afinal somos vizinhos, da mesma sala e temos amigos em comum, é praticamente impossível! Mas ele tem que entender uma coisa, não é só porque eu voltei que as coisas tem que ser como antes, afinal elas não são e não estão como antes, ele é mundialmente famoso, dificilmente será o meu Jus, agora é Justin Bieber, cantor gatinho e pirralho, enquanto eu? Continuo no mesmo “status” de sempre: resumindo a apenas eu.
 Mas a questão é: e os meus sentimentos? Os meus desejos e interesses? Onde ficam nisso tudo? Alguma hora eu vou ter que importar comigo e não apenas com os outros, também tenho a minha vida.   
 Fiquei tão pateta entretida em pensamentos que cheguei a bater, de leve, a testa na porta de casa – sem contar que tropecei em quase todos os três degraus –, mas nem liguei, destranquei a porta e entrei apenas a encostando por causa do frio, pretendia ser rápida então nem tirei o casaco. Eu pensava e pensava, assim deixava tudo passar sem ser notado, tanto que fui para a cozinha, abri a geladeira olhei várias e várias vezes, sem contar que olhava para fora da geladeira diversas vezes, e uma dessas vezes vi o presente da Pattie encima da mesa. Depois de minutos olhando, enfim, achei um lugar para por a caixa.
- Lua!? – olhei por cima da porta da geladeira vendo a parede, lógico, mas pela voz eu nem precisava olhar, mesmo assim fechei a porta e passei pela mesa indo para divisa da cozinha, olhando de testa franzida para Justin parado no meio da minha sala. – Vi você sair, não desistiu de ficar lá por minha causa né?
- Não – dei um sorrisinho mínimo –, vim guardar o meu presente e por meu celular para carregar – tirei da cintura e o mostrei rapidamente, depois subi os dois primeiros degraus. – Vem! Vai ficar aí parado fazendo o que? – subi mais degraus e logo ouvi seus passos atrás dos meus.
 Seguimos até o meu quarto em silêncio, entrei e fiquei do lado da escrivaninha enquanto ele foi para o meio ao lado da cama.
- Seu quarto ficou bem legal – ele se sentou.
- Eu também achei – peguei o carregador e pluguei no celular e na tomada onde eu normalmente carregava o notebook.
- Gostei do celular! Evoluiu.
- As crianças crescem e os seus brinquedos também – sorri e deixei o celular em cima da escrivaninha e comecei a andar em sua direção tirando o casaco, meu quarto é bem quente com a janela fechada.
- E como cresceu! – ele me analisou de cima em baixo.
- Olha quem fala – sorri, devo dizer que com um pouquinho de malícia.
 Me aproximei ainda mais dele.
- Gostei do seu cabelo.
- Você já disse isso.
- E disse de novo – comecei a bagunçar.
- Ei! Não! Para! – ele tentou tirar a minha mão segurando meu pulso. Eu ria como criança e ele me encarava um pouco confuso.
- Deixa? – disse com uma voz infantil.
- Não.
- Deixa? – continuei com o mesmo “tipo” de voz, mas me aproximei mais de seu rosto.
- Não.
- Deixa? – dessa vez minha voz saiu mais como um sussurro de tão próximo que nossos lábios estavam.
- Nã... – o interrompi.
 Como se não bastasse o beijo, o empurrei para que deitasse na cama ainda não descolando meus lábios dos dele. Meu Deus! Que sensação louca é essa? Estranhamente nova, loucamente conhecida e desesperadamente desejada – pelo que percebo não só por mim.
 Essa cena poderia ser um tanto “estranha” para quem visse, mas quem iria ver? Todos estavam na “Bieber’s House” comemorando felizes da vida o nascimento de Jesus, enquanto eu estava encima do Justin, o beijando e só para lembrar: sobre a minha cama. É, eu realmente teria que rezar para que alguém não resolvesse me procurar, só tinha um problema, eu não estava sequer pensando. O beijo dele envolvia até o último fio do meu corpo e a minha única preocupação era não desabar encima dele.
 Eu estava louca só pode, isso não estava certo, mas desde quando me importo? Foi o que ele pediu de presente, apenas retribuir a caixa de bombom dando o que ele queria. Olha o lado bom, eu estava feliz com isso e não me custaria um tostão.
 Logo precisaríamos de ar e aquela cena “inusitada” ou acabaria, ou iria além, mas não queria desgrudar meus lábios dos dele, eu estava me sentindo tão bem como não me sentia há muito tempo, mas isso precisava de um fim.
 Terminei um beijo com mais dois rápidos e me afastei encarando seus olhos castanhos que me olhavam confusos. O silêncio dominava e por mais que a situação estava extremamente boa, me afastei e saí de cima dele pulando da cama, peguei meu casaco e o vesti virando a cabeça para trás só para vê-lo apoiado nos cotovelos, ainda na minha cama, completamente confuso.
 Desci as escadas correndo, mas me esforçando para não fazer barulho. Peguei o presente da Pattie na cozinha e saí de casa o mais rápido que pude para Justin não me alcançar. Pode até passar pela cabeça: “Essa garota é louca! Ela ignora, provoca, não leva a sério e agora, o beija assim!”, mas em legítima defesa eu digo: Desde que cheguei tenho me preocupado demais com os outros, com o querer deles e agora, eu só defendi os meus interesses, me importei com os meus desejos. Se matar a vontade é crime, me prenda então! Mas que fique bem claro que não foi apenas o meu desejo saciado. 
 Deixei a chave pendurada na porta, com a intenção de que Justin trancasse quando fosse sair – só espero que ele entenda isso – e saí de casa as pressas com medo de olhar para trás, mas a questão é: Qual é o meu problema? Desde quando eu faço algo assim para me arrepender depois? Se bem que eu não estou arrependida, mas estou com tanto medo de olhar para trás e ver o Justin me encarando da porta, que é inexplicável. Talvez isso fosse porque eu não encontro uma mentira convincente o suficiente para o caso do Justin perguntar: “Por que?”. Claro que não vai ser só isso, vai ter o complemento que não vai ajudar em nada a minha cabeça fabricar uma mentira, apenas me embolar e me desencorajar a mentir.
 Entrei na casa da Pattie e logo tirei o casaco já a procurando, mas por sorte, logo a encontrei.
- Sra. Pattie! – dei uma corrida curta até ela.
- Oi querida!?
- Minha mãe pediu para te entregar isso – estendi a caixa em sua direção, ela olhou e depois pegou. – Nós encontramos na mudança de volta e resolvemos te dar, você e Justin foram importante para nós e... não digo isso só pelo o que rolou entre nós dois – ela foi abrindo enquanto eu falava e depois ficou encarando o porta retrato preto, com a foto de todos nós, Justin, minha mãe, ela e eu. – É algo simples, mas significativo – Seus olhos me encararam – e espero que seja para a senhora também – sorri sem graça.
- Own querida – ela me abraçou sem jeito. – Foi um prazer ser vizinhos de vocês e tudo mais – depois se afastou me encarando –, eu que devo agradecer pelo apoio que vocês deram a nós. É muito bom morarmos perto de novo – ela sorriu encorajando outro sorrisinho oculto meu. – Vou deixar a foto aqui – ela pós na mesinha ao nosso lado –, bem visível – sorri mais com aquela foto, Justin e eu, juntos. – Até que enfim meu filho resolveu aparecer – ela olhou por trás de mim e eu cometi o erro de olhar também.
Meus olhos e os dele se cruzaram de imediato, ele ainda estava visivelmente confuso e eu correndo de qualquer explicação.
- Justin! Venha ver – ele realmente viria.
- Sra. Pattie, se não se importa vou procurar o Chris, disse que voltava logo e acabei demorando, ele deve estar louco querendo saber de mim. Depois nos vemos – não esperei a resposta, dei passos apressados para longe, procurando pelo Chris desesperadamente, por sorte logo o encontrei, ainda fugindo.
- Oi, de novo.
- Por que você está branca desse jeito? Viu um fantasma?
- Não, não. Nada de importante.
- Demorou em... Você... e Justin...
- Seu idiota! Eu fui a minha casa depois que desci, por isso demorei.
- Eu sei que você foi a sua casa, como sei também que o Justin foi atrás de você – arregalei meus olhos, mas tentava disfarçar que estava completamente surpresa pelo o que ele disse. – Acha que eu nasci ontem?
- Pirralho – tenho um problema, quando eu fico em estado de choque as palavras não saem muito bem, mas agora eu havia sido eletrocutada, não foi apenas um choque, então aí mesmo que eu não faço à mínima ideia do que falar.
 - Não sou pirralho! Tenho 15 anos.
- E eu tenho 18 e daí?
- Mentira, você tem 17.
- Ainda sou mais velha do que você. Dois anos...
- Isso! Humilha!
- Você quem começou.
- Ok, ok, peço paz – ele ergueu as mãos se rendendo. – Er... Lua – ele coçou o pescoço e abaixou a cabeça sem graça. Droga, lá vem. – O que você e Justin fizeram? – ele me encarou semicerrado os olhos.
- O que te interessa pirralho? – disse vitoriosa com toda ênfase que podia dar em “pirralho” e saí andando para sei lá onde.
- Para Lua! Vai me deixar curioso assim? Não vale! É injusto! – só ri enquanto continuava andando.
 Eu não tinha nada o que fazer e sem Chris perto de mim comecei a ficar extremamente entediada, então me sentei no sofá grande da sala e fingi que prestava atenção na televisão sendo que eu nem podia ouvir graças à algazarra pela casa.
- Estava fugindo de mim ou era só impressão minha? – Justin pulou por cima das costas do sofá sentando na outra ponta.
- Wow, descobriu o mundo – ironizei.
- Outcha, me beija – ele foi contando nos dedos –, sai correndo e depois foge de mim dentro da minha própria casa...
- Quer falar mais alto não? Acho que a sua mãe não ouviu.
- Qual é em Lua? – ele chegou o corpo para frente na minha direção e abaixou a voz. – Você me confunde assim – agora foi a minha vez de chegar o corpo mais para frente na direção dele e abaixar o tom de voz.
- Eu sempre te confundi e você nunca reclamou.
 Nosso olhar se fixou um no outro por alguns instantes até que os seus se distraíram para os meus lábios. Sorri vitoriosa e levantei depressa como se nada tivesse acontecido depois que Pattie anunciou que podíamos nos deliciar com a ceia farta que ela, a minha mãe e mais alguém tinha preparado. 
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Gente, eu posto de acordo com os comentários e os posts... se tiver um número pequeno, mais eu vou demorar para postar. Eu posto para vocês, se vocês não estiverem aqui, não tem porque eu postar.
Só isso que eu tenho para dizer, apareçam mais! Bezus.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Capitulo 4 - Merry Christmas and Happy New Year. Parte 3.



Andei mais um pouco olhando para o lado de fora, não sei como as pessoas conseguiam ficar lá, apesar de não estar nevando exatamente naquele momento, tinha neve espalhada, estava frio, mas enfim, andei sem rumo, não querendo ir para lá, mas indo naquela direção lentamente.
- Lua!?
- Chris! Até que em fim te achei.
- Você realmente estava me procurando? – ele não pareceu acreditar muito.
- Tecnicamente sim – ele deu de ombros. – Ta gatinho em menino!
- Eu sou gatinho! – ele sorriu se gabando.
- Não, você é o meu tigrinho!
- Shii! Fala mais baixo! E se alguém ouvir?
- Que você é meu tigrinho?
- Para Lua! É sério! Fala mais baixo, já basta o Justin saber.
- Qual o problema dele saber?
- Ele vai contar!
- Relaxa Chris, não vai não.
- Claro que vai.
- Cara, eu te prometi, não é mesmo? Minhas promessas eu cumpro.
- Melhor mesmo – ele cruzou os braços emburrados.
- Ah não ser que eu ache necessário contar.
- Necessário como? – ele me olhou preocupado.
- Tipo, se alguém muito malcriado ficar de birra e se achar demais...
- Desculpa, desculpa, retiro o que acabei de dizer! – ri.
- Perdoado – a sua expressão aliviou. – Por enquanto – mas voltou a ficar tensa enquanto eu o olhava com a sobrancelha arqueada.
- Você é muito má.
- E você ainda não viu nada – sorri vitoriosa.
- Mudando de assunto, é natal e você está me apavorando – ri –, viu algum aperitivo por aí?
- Já está pensando em comida?
- Ah poxa! Sempre rola algumas coisas para comer antes da ceia e eu cheguei há um tempo e ainda não comi nada.
- To aqui a menos tempo do que você, então... – o olhei com lamentação, ele se virou para a porta de vidro e ficou encarando a Pattie.
- Talvez assim ela note – ri.
- Mas então, como está sendo seu natal? – isso se chama: tentativa de puxar outro assunto.
- Melhor, afinal, ninguém ainda resolveu apertar as minhas bochechas.
- Não seja por isso – apertei de leve a sua bochecha deixando-a um pouco avermelhada.
- Ai! Eu já disse que você é má?
- Já sim, e eu respondi que você ainda não viu nada.
- E nem quero ver! – ri, de novo, fazer o que?
 Meu celular começou a vibrar, então tirei ele da minha cintura e abri uma mensagem que tinha acabado de chegar, o número até então eu não conhecia.
“Não conseguimos nem conversar direito, desculpa por isso. JB”
- Chris, Justin mudou de numero?
- Mudou, parece que, gente demais tinha o numero dele, se é que me entende – ele me olhou rapidamente e depois voltou a encarar a Sra. Pattie. Esfomeado.
”Ih! Tudo bem, a partir de agora terei que me acostumar com isso não é mesmo? Relaxa, estamos na mesma casa e ela não é grande assim, logo a gente se fala.
“Eu queria estar aí, falando com você e com o Chris, mas as pessoas não me deixam passar.”
“Depois a gente se fala, calma.”
“Eu não quero falar contigo depois, quero agora! Preciso te dar uma coisa, mas desse jeito nem sei se vai dar, então, vou subir e te espero lá em cima.”
“Exigente.”
“Você vem ou não?”
Olhei para trás e lá estava ele me encarando no degrau mais largo da escada – onde se faz a curva – com o celular em mãos, e agora?
”Já vou.”
- Chris, eu vou ao banheiro e já volto – guardei o celular no mesmo lugar de antes, reparando na bateria fraca, claro.
- Não precisa mentir.
- Chris, eu vou ver o que Justin quer comigo, já volto – dei-lhe um beijo no rosto e fui para as escadas.
 Em cada degrau as minhas pernas tremiam, não sei por que, talvez medo já que a cada passo eu olhava para os cantos da casa tentando reparar se alguém me notava. Quanto medo! Qual é o problema? Se alguém perguntar, eu sei mentir, sempre soube.
- Justin? Cadê você?
 Eu andava cuidadosamente pelo corredor vazio, só tinha porta fechada de todos os lados, aonde ele iria se enfiar sem que eu notasse? Bom, como ele fez isso eu não sei, mas quando chegou por trás de mim, tampou a minha boca, agarrou a minha cintura e me carregou até o quarto dele em fração de segundos, era à hora de eu morrer de susto. Só faltei cair, porque gelei da cabeça aos pés.
 - Você é louco menino? Queria me matar do coração é? – ele riu.
- Fala mais baixo da próxima vez.
- Não tente me matar da próxima vez – disse do mesmo jeito que ele. – O que quer comigo?
- Sempre curiosa né?
- Você me deve essa depois de quase me matar.
- Nem foi para tanto Lua!
- É porque não foi com você – cruzei os braços e mostrei-lhe a língua e o que ele fez? Isso aí, riu, depois foi até a cama e pegou um pacote roxo, fino, mas grandinho.
- Então Srta. Quasemorri – ele zombou. – Fiz um show em Zurique antes de vir para o natal e bom... – ele me entregou o pacote, peguei e rasguei um enorme pedaço só para ver o que era, meus pais sempre me disseram que era falta de educação, mas e daí? Era o Justin – é na Suíça que se têm os melhores chocolates – o olhei – e como você adora essas porcarias aí...
- Porcaria é você! Chocolate é muito bom, desculpa se você é louco por não gostar – brinquei.
- Isso quer dizer que você gostou né? – ele estava sem graça, qual é Justin?
- Espera aí – arranquei todo o papel de presente. – Meus pais dizem que isso é falta de educação – abri a caixa vermelha com Lindt escrito em dourado passando a tampa para baixo –, mas foi você que me deu – peguei um bombom – então... – dei de ombros e mordi um pedaço do bombom, praticamente a metade dele.
 Justin me olhava um pouco apreensivo – talvez muito, mas tentava disfarçar – enquanto eu saboreava o chocolate ao leite Suíço, que para variar era muito bom, na verdade era extremamente delicioso, desse jeito, amanhã cedo já não há nenhum.
- Hum... – coloquei a outra metade na boca e comi. – Cara isso é muito bom! Quer? – estendi a caixa.
- Um para experimentar – ele estendeu a mão, mas eu puxei a caixa de volta.
- Você disse que não gosta!
- Mas você ofereceu!
- Apenas cortesia.
- Credo Lua, usura, para de ficar emburrada e me dá só um? – Neguei – Meio? – ainda emburrada estendi a caixa para ele já com outro bombom na boca. – Meio? – neguei. – Pode pegar um inteiro?
- Se perguntar de novo eu não deixo – ele pegou um, agora eram quatro a menos na caixa, sim eu já havia comido três.
- Isso é bom mesmo.
- Muito gostoso – assentiu. – Você fica muito usura quando se trata de chocolate!
- Dã! É chocolate – ele riu. – Valeu Justin, e nem tem como dizer que não posso aceitar porque já abri e já comi três bombons, mas, nem comprei nada para te dar de presente.
- Não tem importância.
- Claro que têm! Sem contar que eu não sei o que se compra para ti, já sou péssima em comprar presentes, para um garoto, famoso ainda por cima, ferra tudo! – ele riu, talvez dos meus gestos meio infantis.
- Não liga – deu um passo para frente ficando numa distancia um tanto “perigosa” de mim. – O que eu quero vindo de você não se compra.
- Pode me dizer que coisa é essa?
- Para que? Você sabe muito bem o que é – ele investiu em um beijo, mas me afastei.
- Obrigado pelo presente Justin e desculpa por não te dar nada em troca – fui andando em direção a porta, mas ele segurou meu cotovelo.
- Lua!? – me virei e ele olhou no fundo dos meus olhos, queria dizer alguma coisa eu podia sentir isso, mas as palavras não saiam de sua boca. Aguardei por alguns instantes, mas não podia ficar mais tempo lá, então foi a minha vez de dar um passo “perigoso” em sua direção.
- As coisas mudaram, nada é como antes meu amor. Eu sei muito bem o que você quer, mas nada é tão fácil assim mais – eu não precisava falar nem um pouco alto, minha voz era quase um sussurro já que nossos lábios inferiores estavam roçando levemente um no outro quando me afastei e desci. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Capitulo 4 - Merry Christmas and Happy New Year. Parte 2.



Certo, sem sono e “sem” fome, agora? Tédio até a hora de se arrumar. Fiquei na sala vendo tevê com os meus pais, só que o mais interessante é que foi divertido.
- Pai! Meu presente de natal?
- Como assim presente de natal?
- Um presente que você me dá no natal ué.
- Eu te dei um carro e você ainda quer outro presente?
- Claro, o carro foi de aniversário! Quero o de natal agora.
- Lua, você não é mais criança para ficar pedindo presente desse jeito.
- Você vai me dar? – perguntei a minha mãe.
- Não.
- Então deixa que eu me entendo com o papai – ela riu. – Pai? Papaizinho? Papai do meu coração?
- Ora Lua! O que a senhorita quer de natal?
- Eu sei lá, é presente! Se eu dissesse o que é para comprar não seria presente.
- Não tem como eu comprar nada hoje.
- Aceito atrasado.
- Você já tem um carro.
- Nem rola juntar presente de aniversário com o natal, principalmente se as datas forem longe uma da outra.
- Vou pensar no seu caso...
- Isso quer dizer que...? – sou alguém muito esperançosa.
- Que irei pensar.
 Fiz bico como sempre, mas meu pai fez com que eu risse, como sempre também.
Logo deu à hora para que eu me arrumasse, então fui para o meu quarto e escolhi a minha roupa tranquilamente enquanto a minha mãe corria pela casa desesperada atrás do sapato preto que combinava com o vestido vermelho que ela também não sabia onde estava. Meu pai, muito esperto, foi tomar banho e se livrou da histeria da minha mãe, já eu, em 5 minutos já estava no banho tranquila, com tudo pronto.
Tomei banho e fui para o quarto com uma toalha na cabeça, coloquei a legging, o sutiã, mais nada e voltei para o banheiro, arrumei o cabelo – aí daria tempo de ele secar o suficiente para não molhar a blusa – e depois comecei com a maquiagem, nada pesado como sempre, mas foi à parte que mais demorou. All star, blusa, casaco de frio na mão e pronta! O que me restava agora era esperar os meus pais.
 Desci e encontrei meu pai todo bem arrumado na cozinha mexendo em alguma coisa que não deu tempo de ver.
- Oi pai, cadê a mamãe?
- Se arrumando oras.
- Ah claro! Que pergunta besta a minha – ele riu.
- Onde você pensa que vai desse jeito mocinha?
- Na comemoração de Natal ué.
- Assim?
- Assim...? – estendi meus braços para o lado, me olhei de cima a baixo até onde podia e depois o olhei, vi ele me olhar de cima baixo.
- Você está muito linda! – fechei meus braços e arqueei a sobrancelha.
- Foi mal pai, mas aí não tem como mudar não, você me fez assim e agora não quer deixar eu sair de casa? – ele riu.
- É só colocar uma roupa mais “escondida”.
- Eu em pai! Qual é! Mais escondida do que isso só se eu usasse um habito!
- Boa ideia!
- Pai! – rimos.
- Tudo bem, tudo bem, não é para tanto, mas ainda acho que você poderia está mais tampada.
- Ah pai! Eu só vou à frente numa festa de natal, ta achando o que?
- Sei lá, vai que Justin cai nas suas graças de novo? – ri.
- Não, não. E mesmo se caísse, qual seria o problema?  Ele é famoso, tem dinheiro, bonito...
- É só com isso que você se importa?
- Claro que não, mas acho que você não daria moral se eu dissesse: ele é carinhoso, fofo, uma criança grande! Além de parecer uma boba, claro.
- Você acha que só me importo com isso?
- Não. Então mudando a minha fala: Bla, bla, bla, e mesmo se caísse, qual seria o problema? Ele sempre foi muito gentil comigo, é carinhoso, romântico – tarado às vezes, mas isso, esquece – realmente muito fofo, sempre me dá atenção, até mesmo mais do que eu mereço...
- Certo, você me convenceu!
- De que você não ia dar bola?
- Não, que você parece uma boba.
- Pai! – ele riu e eu acabei rindo também.
- Estou pronta! – a minha mãe apareceu na cozinha. – O que acham? – ela deu uma volta.
- Que tal a mesma coisa do ano passado já que a roupa é a mesma? – respondi brincando.
- Credo! Que filha ruim.
- Liga não – meu pai chegou mais perto –, você está linda – e eles deram um selinho.
- Eca, vocês adoram fazer isso na minha frente né?
- Você também faz – minha mãe respondeu.
- Mas não na frente de vocês! – saída estratégica para tentar disfarçar a minha cara de vergonha.
- Para de show menina – meu pai disse sério.
- Ok, ok. Você está linda sim mãe – passei pelos dois. – Quero só ver você andar na neve com esse salto fino – tentei ri discreta.
 Coloquei minha roupa para proteger do frio e saí de casa sendo seguida pelos meus pais em silêncio. Fiquei para trás, já notando a fumaça sair da minha boca, eu adorava aquilo, quando era criança gostava de brincar na neve – confesso, ainda gosto –, mas hoje em dia o que eu mais gosto e ficar soltando ar pela boca e ver a fumaçinha sair, só não sei qual é mais infantil, só que é legal! O que eu posso fazer? Enfim, fiquei para trás para fechar a porta e vi minha mãe afundar ao andar, graças ao salto agulha enquanto eu e meu pai andávamos calmamente com nossos sapatos fechados. A cada vez que ela ameaçava cair, eu soltava uma gargalhada, era inevitável.
 Abraços, beijos e o sapato da minha mãe cheio de neve. Tirei o casaco e coloquei junto com os dos meus pais e de várias outras pessoas naquilo que se penduram casacos e andei casa adentro, tentando achar um lugar que eu ficasse à vontade, o que demorou um pouco para acontecer.
- Você está linda – me virei assustada.
- Ah! Oi Justin! Você é a segunda pessoa que me diz isso.
- Segunda? Que droga! Quem aqui disse primeiro para eu matar?
- Meu pai – ele fechou a cara na hora e eu ri.
- É melhor deixá-lo vivo.
- Concordo – eu não conseguia parar de rir e acabou que ele riu também. – Sua namoradinha chegou?
- Sei lá – ele deu de ombros –, mas desde quando você se importa com a Cait?
- Eu não me importo com ela – ele me olhou confuso – me importo com o irmão dela – ele fez uma expressão de “ah”.
- Era de se imaginar! Você e Chris não se desgrudam mais!
- Culpa sua!
- Minha? – quanto cinismo.
- Sua sim Justin! Você que nos apresentou.
- E me arrependo.
- Oras! Por quê?
- Vocês não se desgrudam.
- Até parece está com ciúmes!
- E se eu estiver? Algum problema?
- Sim! Primeiro que você não tem mais esse direito...
- Tal direito que logo terei de volta.
- Não está muito confiante?
- Eu sei que vou tê-lo de volta.
- Só em sonhos!
- Neles também.
- Apenas.
- Mentira! Vai ser na realidade também.
- Duvido.
- Quer apostar?
- Não.
- Ué? Por quê?
- Vai que eu perco? – dei de ombros e sorri.
 Seria legal – ou não – que a conversa continuasse. Estávamos falando num tom de brincadeira – dizem que toda brincadeira tem um fundo de verdade, dizem –, mas uma pessoa chegou e começou a conversar com ele, eu pedia em silêncio que ela fosse embora para continuarmos a conversar, mas aconteceu o inverso, outra pessoa chegou e depois outra e mais outra, depois mais uma, enfim, quando notei, Justin estava cercado de gente e eu exclusa dali. Aproveitei que ele me olhou e acenei, virando as costas.
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 Eu não ia postar porque só tive 1 comentário, mas... já passou muito tempo e eu vi que as visualizações aumentaram [apesar de ainda não serem muitas], então, está aí.
Mas,  vou continuar não falando muito, apenas, até o próximo.