Lua
Houston
Há realmente muito tempo que não corria assim,
foi ótimo ter aquela sensação mais uma vez, até do calor que o macacão fazia,
uma corrida de verdade – apesar de ser com o Justin que, não é querendo me
gabar, mas, ele não é um desafio para mim – não se compara as minhas
“brincadeiras” nos limites da cidade.
A sensação de adrenalina correndo pelo meu
corpo daquele jeito sempre foi extremamente viciante, é por isso que as pessoas
usam drogas, certos entorpecentes dão a sensação de adrenalina e isso da
prazer, a substancia em si, natural, já da prazer, a diferença é que drogas
viciam e fazem mal, ferram contigo e além do fato de viciar, o efeito é rápido.
A adrenalina tem um problema, apesar de extremamente boa ela mascara como está
o seu corpo, por isso pessoas entupidas até a alma de drogas, se ralam,
quebram, se esfoliam, mas não sentem dor, neste caso, não me quebrei ou
esfoliei alguma parte do meu corpo deixando em carne viva, mas foi só eu parar
que senti como estava cansada.
Fui
para o hotel quase dormindo, Chris e Justin também estavam assim, então a volta
para casa foi menos animada.
Eu estava tão cansada que assim que entrei no
quarto me joguei na cama e apaguei na hora, acordando duas horas depois – que
por acaso passaram sem que eu percebesse – com dificuldades para continuar
dormir, já que eu não tinha tomado banho e a sensação de estar suja estava me
atrapalhando a relaxar, então levantei e tomei um banho rápido me sentindo um
pouco mais acesa.
Quando saí do banho, acertei as minhas malas,
jogadas de qualquer jeito no chão, quando bateram na porta. Fui abrir sem
sequer ver pelo olho mágico, ainda estava meio desligada.
- O que está fazendo
aqui?
- Esperava outro alguém?
- Não
esperava nem outro, nem você, na verdade nem sei por que estou tão surpresa, é
sempre você que aparece do nada – larguei a porta e voltei para dentro do
quarto. – Acho melhor você entrar Justin, se não quiser, cai fora.
- Ah
ta – ele entrou e fechou a porta que fez um “clique” de trancada, depois veio
até mim para me dar um abraço que não devolvi seguido de um simples beijo. –
Até parece que você queria que eu fosse embora – dei de ombros. – Credo! – ele
deu um tom aterrorizado, acabei rindo da cara de incrédulo que ele fez,
fingindo estar sentido por ter tratado com desdém o fato de ele vir ao meu
quarto a sei lá que horas da noite.
- O
que você veio fazer aqui em? Está tarde, era para eu estar dormindo, mas tive
que levantar para tomar um banho. Cheguei e caí na cama de imediato.
-
Idem, mas agora fiquei sem sono, resolvi vir aqui, tinha esperanças que você
estivesse acordada.
- Mas
não seria melhor você, sei lá, falar com o Christian? Caitlin está aí, sabe...
- Por
isso mesmo que não fui lá, primeiro que é quase cem por cento de certo que o
Chris ainda esteja dormindo, segundo que a Caitlin está lá.
- Caitlin
está dormindo no mesmo quarto que o Chris? – Ele assentiu. – Coitado do meu
tigrinho.
- Eu
não gosto disso.
-
Disso o que?
- De
você ter dado um apelido para o Chris e para mim não.
- Chris
tem um apelido idiota, você é apenas Jus, está ótimo, não?
-
Você me chamou de que?
- Jus
– ele deu um sorrisinho de canto de boca, como sempre fazia se algo simples o
tivesse realmente agradado.
-
Repete? – falou baixinho, chegando um pouquinho mais perto.
- Jus
– repeti no mesmo tom de voz, então ele me deu outro beijo, também simples, mas
envolvendo a minha cintura com um dos braços dessa vez, como anda acontecendo
ultimamente. – Se você quiser arranjo um apelido idiota para você também, sabe
que sou excelente nisso – sorri assim que ele afastou o rosto.
- Não,
não. Estava brincando, “Jus” está ótimo, obrigado – ri.
- Vem
palhaço, você não vai querer sair daqui tão cedo mesmo, então não vamos ficar
parados enfrente a porta – segurei a sua mão e o puxei até a cama, depois
soltei subindo no lado direito e ele dando à volta para o esquerdo.
-
Trouxe o IPad.
-
Desde quando você tem um Ipad? – ele
parou para pensar.
-
Desde... de um tempo aí – ele pareceu não lembrar.
Dei de ombros e comecei a mexer no Ipad ainda
nas mãos dele.
- Onde
você aprendeu a mexer assim? Eu mesmo demorei um tempão! – ri em resposta. –
Não vai me contar né? – neguei. – Então ta...
-
Entra no seu twitter – eu já tinha entrado na pagina principal e até posto o
login dele, bastava à senha.
- O
meu? Mas ele é... como eu posso dizer... extremamente agitado, não é melhor
entrar no seu? Deve ser mais calmo.
- Por
isso mesmo eu quero que você entre no seu, o meu é calmo até demais.
-
Lembre-se que foi você quem pediu – ele pôs a senha e logo entrou.
Tudo começou a ir rápido demais, na home o
tempo todo tinha tweet novo, sem que eu notasse, havia para lá de 100.
-
Aqui não me interessa, veremos as mentions...
- Aí
que vai te interessar menos.
-
Claro que não, quero ver o que mais de 12milhões de pessoas falam de você, ou
para você.
Era o seguinte, Justin tinha realmente muitos
seguires, mais de 12 milhões – conquistados há nem um mês atrás, já que da
última vez que olhei tinha nem 10milhões – então a caixa de mentions ficava
simplesmente lotada e a todo o momento chegava mais.
Algumas
replys o xingava, outras eram bem indecentes, indiscretas, enquanto outras,
eram fãs dizendo o quanto o amava, apenas na esperança que ele visse e mandasse
nem que fosse um “Eu te amo também” ou sequer uma carinha feliz.
-
Você poderia responder suas fãs.
- Não
tenho tempo.
- Sei
que você arranja.
- Mas
não para responder todas, é muita gente, acho que seria meio injusto.
-
Ainda acho que você deveria tentar, mas tudo bem.
As horas se passaram que a gente nem mesmo
notou, e não fizemos nada além de ficar lendo e rindo de algumas coisas no
twitter dele – e não conseguimos ver muita coisa antiga, era muita reply que
chegava ao mesmo tempo – praticamente o obriguei a responder alguns comentários
e fiz um favor a minha amiga em realizar ao sonho dela de receber uma reply – o
menor dos sonhos dela quando se tratava do Bieber, o maior é conhecê-lo, lógico
– do ídolo de sua vida, talvez assim, ela fique tão eufórica com o fato que
esqueça que a deixei de cara na internet antes de viajar.
Comecei a bocejar, e quando olhei à hora
descobri o porquê.
-
Jus, é melhor você ir para o seu quarto, já é de madrugada.
- Mas
ainda estou sem sono.
- Mas
eu estou com sono.
-
Deixa eu ficar mais um pouquinho? – ele fez carinha de cachorro sem dono, quase
irresistível, quase.
-
Não! Você tem o que fazer amanhã não é? Se não for dormir logo, vai fazer as
trezentas coisas, sei lá, os preparativos para o show, tudo morrendo de sono.
Vai lá dormir, a gente se vê amanhã.
- Mas
amanhã a gente não vai poder ficar junto.
- Mas
amanhã, a gente vê isso, agora vai.
-
Você venceu! Boa noite então – ele não gostou muito da ideia, estava saindo do
meu quarto como se fosse expulso. – Boa noite.
- Boa
– respondi, ele me deu um selinho ainda mal humorado. – Own, tadinho, ficou
bravinho.
- Não
provoca – ele pegou o cartão em cima de uma pequena mesa ao lado da porta e abriu
a mesma, desligado a luz antes de fechar.
Ri sozinha com aquela cena, mas eu estava tão
cansada que nem notei em qual momento e quanto tempo depois que Justin saiu de
lá, fui dormir.
Acordei
sendo sacudida.
- Só
mais um pouco pai – murmurei. Uma risada conhecida ecoou pelo quarto.
-
Deus foi bom comigo não me trazendo a essa vida para ser seu pai – abri os
olhos devagar vendo aquela criatura e imaginando como ela entrou no quarto.
- O
que você está fazendo aqui Justin? Como você entrou? – ele me mostrou o cartão,
sorrindo – Você levou o cartão ontem? – assentiu. – Então quer dizer que se
aqui pegasse fogo eu iria morrer torrada por que você levou o cartão? – ele
pareceu pensar no assunto.
-
Sim.
- Eu
não te mereço não – me levantei, sentando na cama. Olhei pela janela, estava
bem claro – Que horas?
-
Seis e meia.
- O
que? – gritei. – Você tem noção que horas fui dormir ontem?
-
Tenho.
-
Então porque diabos me acorda agora? É muito cedo!
-
Você deu sorte, iria te acordar às seis.
-
Você está aqui desde as seis da manhã? – gritei, de novo.
-
Sim. Mas não te acordei porque achei que ficaria ainda mais brava se não visse
o sol, então fiquei vendo você dormir, aí perdi a hora e te acordei agora.
-
Ainda bem que perdeu a hora, foi pelo menos meia hora a mais dormindo. Mas
enfim, o que você quer?
-
Credo! É assim agora? “O que você quer”? Sem nem um “carinho”, nem um “amor”?
-
Você me acorda às seis da manhã, sendo que eu não dormi nem cinco horas direito
e ainda quer algum “carinho”? – ele assentiu. – Você anda muito abusado.
- E
você agressiva.
- Mas
você não veio aqui para me dizer isso. Diz logo Justin.
- A
piscina do hotel está vazia, sabe é bem sedo e estaria mentindo se dissesse que
não estou por trás disso – ele sorriu de bochecha a bochecha.
- Já
entendi aonde você quer chegar.
- Então
termine de acordar que te espero lá fora, temos que acordar o Chris ainda –
arqueei a sobrancelha confusa. – Pode não parecer, mas às vezes tenho juízo –
ele sorriu. – Já disse que estou te esperando lá fora? – ele saiu do quarto.
Fiquei um tempo na cama olhando para a porta
tentando entender o que aconteceu, depois pulei da cama e fui ao banheiro, fiz
minha higiene matinal, sabe, aquelas coisas que não digam “Oi, um idiota me
acordou cedo” e saí do quarto, sim, de pijama, ele não era do tipo “Olha aquela
louca está andando por ai de pijama!” então, achei que não teria importância.
É, Justin realmente me irritou.
-
Você vai de pijama?
- É
exatamente isso que estou fazendo – apertei o botão do elevador.
-
Mas, é um pijama! E se encontrarmos alguém no corredor?
- Vai
estranhar o fato de eu estar com você, o pijama é o menor dos detalhes – a
porta do elevador se abriu e nós dois entramos.
-
Então ta de qualquer jeito, você tem razão – e depois de segundos de silêncio a
porta abre. 13º andar.
Andamos até o quarto e o Justin bateu na
porta, fiquei do lado, meio que “escondida” encostada na parede, imaginei que
quem fosse abrir a porta seria a Caitlin, já que, o Chris, assim como eu, nunca
iria acordar tão cedo.
- Oi amor! Você demorou! – como assim “você
demorou”? Ele já tinha combinando isso com ela?
O
olhei zangada e ele riu, mas a Caitlin achou que fosse para ela, porque soltou
um “own”.
-
Bom, entra, Christian não quer acordar.
- Eu
dou um jeito nisso – entrei no quarto quase esbarrando nela ao passar pela
porta, mas consegui desviar.
- O
que ela está fazendo aqui? – Justin não respondeu.
Pulei na cama do Chris e depois caí de joelhos
em cima dele e comecei a sacudi-lo.
-
Acorda! Acorda! Acorda! – sacudir, pular... ninguém conseguiria dormir com
tanta bagunça encima de si. Ou acordava ou estava morto.
- Eles se dão bem – ouvi Caitlin dizer.
-
Eles são melhores amigos – e Justin replicar.
-
Acorda infeliz! – pulei e o sacudi mais forte.
-
Você venceu! – ele gritou. – Se quiser sair de cima de mim agora eu agradeço –
me joguei para trás sentando sem jeito. – Para que você está me acordado? – ele
olhou no celular ao lado da cama – Ás seis da manhã!? – e gritou mais uma vez.
- Já
vai dar sete. Piscina em 10minutos, não demore tigrinho – me levantei e sair do
quarto indo direto para o elevador.
-
Como ela faz isso? Ele teria me xingado toda, ou não teria acordado de jeito
nenhum. Ou me xingado e voltado a dormir.
- Eu
já disse eles são amigos, melhores amigos, então se batem, se xingam, se
acordam, fazem tudo o que o outro odeia para irritar, mas no final está tudo
bem – o elevador abriu e eu entrei. – Lua, segura aí! – segurei o botão para
que a porta não se fechasse logo. – A gente se vê lá embaixo – ele disse para a
Caitlin. – Vê se não demora tigrinho! – e gritou para o Chris. Pus a cabeça
para fora do elevador e vi um travesseiro voar pelo corredor, vi também a
Caitlin fazer bico para o Justin lhe dar um beijo, quando o que ele fez foi
virar as costas e entrar no elevador.
-
Você deixou a Caitlin de cara.
-
Deixei? – assenti – Nem notei – Ri.
Nós subimos e Justin ficou no andar dele, que
era o último, 14º – como eu disse, o hotel não era alto e sim comprido – e eu
desci para o meu, sozinha.
Entrei no quarto e vasculhei as malas até
achar o biquíni que eu queria – isso fez com
que a minha mala ficasse toda bagunçada, de qualquer jeito ela ficaria assim
quando fossemos voltar para casa – e quando achei, fui para o banheiro por
costume e medida de segurança, me trocar. Pus o biquíni e uma saída de praia,
algo que fosse fácil tirar e de por e que não me fizesse desfilar quase sem
nada pelo hotel.
Achei que fui rápida demais, então olhei pela
janela para ver a piscina, porém esqueci do detalhe que o meu quarto era para
frente do hotel e a piscina ficava nos fundos. Então fiquei enrolando por um
tempo, para ter certeza de que quando eu descesse, eles estariam lá. E quando
desci, realmente estavam.
-
Você demorou – Chris disse saindo da piscina.
-
Enrolei para ter certeza que quando descesse vocês estariam aqui – fui até uma
mesa à única ocupada por coisas e coloquei o cartão do hotel, a única coisa que
eu tinha levado.
-
Achei que você não viria – Justin disse quando cheguei perto.
- Eu?
Não vir à piscina depois que você me acordou às 6:30 da manhã? Conta outra –
ele riu. – Saiu da piscina por que Chris? Vou entrar agora! – tirei a saída, pus
em cima da mesa com o cartão e fui em direção da piscina.
- Me
esperem! – Justin veio até nós e foi um de cada vez pulando.
Éramos
três adolescentes, que mais parecíamos criança, dentro da piscina do hotel. Caitlin
ficou do lado de fora e durante o tempo que ficamos lá, apenas entrou uma vez e
sem molhar o cabelo, preferiu apenas o sol ao cloro da água, já eu não me
importei com cabelo nem nada, sabe quando iria para uma piscina de novo? Com
certeza não tão cedo.
Os meninos estavam sem camisa, o que para mim
não era nenhuma surpresa, eu já os vira assim antes ao vivo e em cores e com
esse novo físico, em fotos apenas. Os dois haviam “crescido” muito, Justin que
era todo magrelo ganhou um “corpo”, mas ainda sim Chris o vencia – e olha que a diferença é de
uns dois anos –, meu tigrinho já tinha um abdômen bem formado, já Justin, bom,
era seco, não magrelo, mas um carinha bombado seco, sem nem as curvinhas que Chris
já tinha.
Ri quando pensei isso, Chris que era mais novo
tinha um corpo mais bem formado do que Justin, mas preferi não comentar nada,
deixar esse assunto baixo.
Os Beadles receberam uma ligação dos pais,
então os dois tiveram que entrar e apenas Justin e eu ficamos ali. Nessa hora
eu já me sentia cansada e com sono – sempre fico assim quando vou à piscinha ou
à praia – então, saí e me sentei na beira da piscina para me secar um pouco,
deixando apenas meus pés na água.
Justin se sentou ao meu lado, virado para a
direção oposta, ficando de costas para a água.
-
Você ficou nervosa, olhou o tempo inteiro para as janelas.
-
Jura?
- Não
precisava ficar nervosa.
-
Para você é fácil falar.
-
Pior que não é não, eu não quero que ninguém te veja, mas não quero que você
deixe de estar presente nessa nova fase da minha vida.
-
Então deve entender porque fiquei assim, já que é justamente isso que eu não
quero – abaixei a cabeça e ele se inclinou pondo o rosto na frente do meu
fazendo com que eu erguesse de novo.
- Eu
não vou deixar que ninguém descubra quem você é, confia em mim ok? – os olhos
do Justin sempre me deixaram fora de mim e eu acabara de descobrir que ainda
deixavam.
-
Tudo bem – balancei a cabeça, desviando o olhar do rosto dele.
-
Acho melhor a gente sair daqui, está ficando tarde, as pessoas do hotel devem
estar querendo descer e eu tenho que passar lá onde vai ser o show, testar as
coisas, você sabe...
- Sei
não, mas ok – ele sorriu. – Pega a toalha para mim em cima da mesa? Chega de
mostrar a minha bunda por hoje – ele riu e levantou para pegar a toalha, depois
estendeu para mim, mas quando fui pegar ele puxou.
- Ah
não. Levanta! – ele ria.
-
Deixa de ser tarado Bieber! Dá aqui a toalha! – puxei da mão dele e levantei,
enrolando apenas a cintura, na verdade, só tampei a parte de trás, porque nem
cheguei a enrolar.
Levantei e fui até a mesa, e Justin olhando
para mim.
-
Cansa de olhar não? – perguntei rindo.
-
Sinceramente, não – ele avançou para um beijo na bochecha e eu não consegui
desviar o suficiente para que ele conseguisse me dar o beijo onde queria.
- Sua
peste! – pus a saída de praia, deixando a parte de cima caída, era frente
única, então ao invés de amarrar no pescoço tampei apenas a cintura, deixando a
barriga a mostra e a parte de cima do biquíni. – Quem vai pela entrada de
serviço?
- Eu
– ele revirou os olhos. – Odeio essas coisas, mas você, por mais que esteja de
biquíni e... – ele foi descendo os olhos, mas depois balançou a cabeça olhando
para o meu rosto de novo. – Bom, você passa mais despercebida pelo saguão do
que eu.
- O
certo é irmos juntos né? O saguão vai estar cheio à uma hora dessas, e vão
saber quem estava aqui era você.
- Mas
e quando chegarmos lá em cima?
-
Você sobe pelo elevador de serviço até o seu andar, eu paro no andar antes e
subo um lance de escada, simples – ele pensou um pouco.
- Por
mim tudo bem – e deu de ombros.
- Só
uma pergunta antes de irmos: Preciso ter medo de você dentro do elevador não
né? – ele franziu o cenho, mas depois relaxou com uma expressão de “ah!”.
-
Isso veremos – ele sorriu como uma criança que planejava algo, mas eu só ri, mais
nada.
-
Então vamos logo! – falei um pouco mais séria, mas ele ficou me encarando, por
sei lá qual motivo, e depois me abraçou pela cintura e eu devolvi o segurando
pelo pescoço.
-
Você não tem noção do quanto senti a sua falta.
-Tenho
sim, pior que tenho – nos afastei. – Agora vamos? Antes que eu desista, o que
já é um quase.
-
Desistir? – assenti. – Não, não. Vamos – ele segurou a minha mão e praticamente
me arrastou até a entrada de serviço.
Vamos dizer que Justin não sabe o que quer
dizer “se comportar”.
Entrei
quase arrastada no elevador de serviço, e Justin parecia nervoso para que a
porta se fechasse, na verdade, ele ficou nervoso por uns oito ou nove andares e
eu só fiquei olhando ele bater o pé e se mexer agitado, até que, eu
simplesmente não entendi bem, mas é, ele me beijou.
Eu fiquei surpresa demais então a minha reação
foi tentar o afastar, mas ele não deixou, segurou meus braços na parede do elevador
e tentava me envolver cada vez mais no beijo, mas eu estava surpresa, o pior
que era de se imaginar essa atitude dele, mas mesmo assim fiquei assustada.
Ele soltou meus braços que caíram sem nenhuma
reação, eu estava sem nenhuma reação e quando ele se afastou e abriu os olhos
deu de cara com uma garota pasma, e para ajudar, ele passou as costas da mão na
boca e se afastou um pouco no exato momento em que a porta abriu.
-
Você fica aqui – ele sorriu de lado e eu não respondi, apenas andei para fora
do elevador em estado automático, com os pensamentos voando e fora do
lugar.
Eu estava perplexa, não sabia bem o que fazer
quando entrei no quarto, mas eu estava cansada, muito cansada então bati na
cama e dormir.