terça-feira, 31 de março de 2015

22º Capitulo: Crash - Part 3

Conversamos quase a tarde inteira, minha bateria conseguiu chegar aos finalmente com tanta tagarelice  por parte da Harper, é claro. Afinal, viver em Nova York trás uma vida agitada – namorar um artista também. Coloquei meu celular pra carregar e fui tomar banho. Demorei vidas para sair, não estava com a menor pressa, só queria relaxar e aproveitar cada segundo de felicidade porque eu sei lá quando isso poderia desaparecer.
 Saí do banheiro e tratei logo de me vestir, depois dei uma olhada no celular e tinha 4 ligações perdidas do Justin – as duas primeiras seguidas uma da outra, as duas últimas com um tempo considerável de diferença –, mas antes que eu pensasse em ligar de volta chegou uma mensagem:
“Seja lá o que tiver fazendo, me avisa quando terminar, ok? Quero ver você. JB”
Então respondi:
“Desculpa a demora, acabei de sair do banho! Vem cá!?”
E a resposta veio em menos de meio minuto. Ele pediu para que o encontrasse na frente da minha casa, disse que não podia demorar muito. Não entendi muito bem, mas mesmo assim desci e dei de cara com meu pai quando abri a porta.
- Já? – perguntei surpresa.
- Estava com uma dor de cabeça terrível, pedi dispensa pelo resto do dia. Falando nisso, sabe onde está o analgésico? – disse passando por mim e entrando em casa. – Saí do trabalho, mas o trabalho não sai de mim. Tenho contas para fazer ainda.
- Numa caixinha na parte de cima do armário da cozinha. E por favor! Não vai se entupir de remédio para passar mais rápido nem nada assim, entendeu Philip?
- Entendi, mãe! – gritou da cozinha e então eu já ia saindo. – E posso saber onde a senhorita está indo?
- Pai, você não está em casa o dia inteiro e sequer sabe o que eu faço ou por onde ando.
- Você que pensa, queridinha – ele sorriu como se tivesse me deixado num beco sem saída. Então eu ri.
- Estou aqui na varanda, Justin virá aqui falar alguma coisa comigo.
- Viu? Eu sempre sei onde você está – ri e finalmente saí.
 Quando fechei a porta, Justin já atravessava a rua, ele não estava com uma cara muito agradável, o que era estranho porque, quando saí da casa dele hoje cedo, suas expressões eram extremamente diferente da que ele está agora.
- Justin? Oi?
- Oi – ele segurou firme na minha cintura e me deu um beijo de verdade, me encostando no corrimão da escada.
- Uau! – ele deu uma risada nada convincente. – Ou você é péssimo de esconder as coisas de mim, ou simplesmente não quer esconder.
- Acho que os dois.
- Então manda a bomba, vai.
- Scooter ta aí, ele disse que eu terei que viajar essa semana de novo – estranhei.
- Ahm, ok... acho que não é nada que eu precise ficar aborrecida, ou coisa parecida, já estou até acostumada, na verdade. Não precisa dessa cara... Ah não ser que... Justin! Diz logo, o que o Scooter realmente veio fazer aqui.
- Ele veio dizer que vou ter que me mudar para Atlanta – soltou tão rápido quanto uma bala e eu engoli seco.
- Ta... isso a gente...
- Não Lua, eu vou me mudar pra Atlanta em breve, antes mesmo das provas finais.
 E de repente não havia mais palavras, eu só sabia que estava chorando porque senti o gosto de uma gota de lágrima pingar dentro da minha boca semiaberta. Ele ia embora... ele ia...
- Lua... – ele tentou dizer alguma coisa, mas sabia que não tinha nada possível para o momento, se eu, logo eu estava completamente estática olhando para aqueles olhos cor de avelã.
- Eu preciso... – tentei dizer algo. – Eu acho que... – balancei a cabeça e passei as costas da mão no rosto. – Eu preciso entrar, meu pai chegou cedo porque não estava se sentido bem.
- Lua... – ele tentou de novo.
- Eu... – virei as costas e entrei em casa tentando não cambalear o máximo possível, nem cair ali, mas por dentro eu estava uma bagunça, completamente instável.
 Entrei em casa e fechei a porta quase funcionando no automático, estava perdida e confusa. O que ele disse não podia ser verdade, eu sabia que o Scooter me odiava, mas... Por quê? Deus! Por quê? Por que diabos a gente não podia ser feliz de uma vez! Às vezes da até vontade de largar tudo de novo, caso eu não soubesse o quão difícil seria.
- Lua? Lua!? – levantei a cabeça e olhei para o meu pai que, assim que encarou meus olhos, largou tudo em cima da mesa e veio até mim alarmado, e eu continuei escorada na porta sem saber o que fazer. – Lua? O que houve? Lua!

 A partir daí, não lembro mais de nada o que aconteceu.

sábado, 28 de março de 2015

22º Capitulo: Crash - Part 2

  Pov's Houston
Joguei minhas coisas na beira da cama, arranquei os sapatos e me joguei nela ainda me sentindo vermelha pela Pattie nos ter pegado “no flagra”. Acreditem, a mãe do seu namorado pegar vocês se agarrando não é nem um pouco legal!
 Meu celular começou a tocar, não me dando muito mais tempo para pensar no que acabara de acontecer, apesar de que, devido aos acontecimentos dos últimos dias, eu tinha muito mais coisas para pensar do que um amasso interrompido. Por favor! Eu vi minha cara em umas 15 revistas e páginas de internet só durante o final de semana!
- Lua! – Harper gritou.
- Obrigado por ter gritado antes de eu ter colocado o telefone no ouvido!
- De nada – ela riu.
 Coloquei o telefone no viva voz, não tinha ninguém em casa mesmo e assim evita eu ficar surda caso ela resolva gritar de novo.
- Como estão as coisas?
- Olha no site da Seventeen, até o meu almoço de hoje está lá.
- HAHA, engraçadinha. É sério! Como ta o Biebes?
- Ele ta bem, acabei de sair de lá.
- Hum...
- Não me venha com esse “hum” malicioso!
- Não? Você realmente quer que eu acredite que estavam lá fazendo nada?
- Na verdade, a gente estava estudando.
- Lua! Eu sei o que ouve na França entre vocês dois, então, por favor né, não precisa mentir pra mim – foi minha vez de rir.
- Eu to falando sério! Não houve nada. A gente foi estudar, os testes finais estão chegando. E... na hora que a gente foi se pegar a mãe dele nos pegou no flagra – ela riu alto e escandalosamente.
- Eu sabia que tinha acontecido alguma coisa!
- Ah, Harper! Use a sua boca para me dizer alguma coisa que preste! Como estão as coisas por aí?
- Inacreditáveis! A escola inteira quase virou de cabeça para baixo com a notícia recente. Channel surtou tanto que eu achei que estava tendo um filho! – ri. – É sério!
- Não sabia que ela gostava do Justin.
- Acho que não gosta, mas ele é famoso. Ela vive atrás de um destaque como o que você ta tendo. Afinal, sempre tem alguém comentando de você no corredor.
- Ótimo! Acho que sempre vou ser assunto naquela escola. Primeiro, como a namorada de Joe Thompson, agora como a namorada de Justin Bieber. Legal – disse pouca animada. – Falando nisso, como está o Joe? – silêncio. – Har?
- Oi? – A voz dela mudou.
- Como está o Joe?
- Ta bem, desde que ele voltou daí anda diferente. Ele entrou pra liga oficial de motocross, ta sabendo? Vai competir de verdade agora.
- Isso é ótimo! Finalmente ta dando um rumo para a vida! Mas ainda não entendi esse seu tom de voz.
- É que... Lua... assim que o Joe voltou.. eu..
- Fala logo, Harper!
- Eu fiquei com ele!
- E dai?
- Como assim “e daí?”?
- Ué, por que diabos eu deveria me importar com isso?
- Lua, ele me disse o que aconteceu aí.
- Sério? Isso é ótimo! Achei que ele jamais contaria alguém... isso realmente é surpreendente.
- Você ta tão... arght! – grunhiu.
- Garota, que isso!?
- Ele veio aqui, Lua! Veio aqui e disse que amava você! E me perguntou se tinha alguma chance, e sabe o que eu disse? Disse que não! E ainda dei pra ele no mesmo dia, sendo que ele ama você! E sabe por que? SABE? Por que eu sempre gostei dele, Lua! Sempre. – Eu tive vontade de dizer “e daí” de novo, mas acho que ela iria me bater.
- Harper...
- Que!? – gritou.
- Para de surtar.
- Mas...
- Mas nada, pelo amor! Joe e eu não temos mais nada, e cara, eu tenho o Justin e... bem, se ele te contou o que houve aqui, você não deveria surtar por nada e, sinceramente? Eu gosto do Joe, Har. Ele pode ser um canalha filho da puta, mas ele sempre foi muito legal comigo, e é bom saber que a minha melhor amiga pode cuidar dele para mim.
- Cuidar? – ela riu – Lua, foi só uma vez, se liga né!
- Harper Collins, ele saiu daqui e foi correndo te contar. Eu o conheço, ninguém mais sabe dessa história além de você porque ele foi te contar!
- Lua!

- Harper! Confia em mim e cuida dele, vai. E se cuida também.

quarta-feira, 25 de março de 2015

22º Capitulo: Crash - Part 1

- Como está indo tudo?
- Daqui a pouco tempo o CD sai e a maratona começa. Resolvemos lançar perto do final do ano letivo, assim não me atrapalha na escola.
- Faz sentido.
 Lua e eu estávamos no meu quarto, largamos as canetas e os papeis de lado, já tínhamos estudado tudo o que conseguimos por hoje. Os testes finais estavam próximos e eu nem à escola ia direito, então precisava garantir notas, pelo menos, razoáveis.
 Quando chegamos da França tudo estava uma loucura! Nossos pais e amigos ficaram desesperados e a escola caiu em peso sobre a gente, enquanto Lua e eu nos divertíamos pra caramba com toda essa história, afinal, apesar dos olhares estranhos, das garotas querendo matar a Lua – até a ameaçaram – e os celulares apontados para nós, estávamos aliviados de podermos nos comportar sem se preocupar se estamos dando algum indício de alguma coisa.
- Amanda veio falar com você? – perguntei.
- Amanda... Amanda... ah! Não, fora aquele dia ela não falou mais comigo. Acho que nem pretende, já que sempre me olha torto e... como foi mesmo que ela disse? – franziu o cenho.
- “Você não é a mulher certa pra ele” – riu.
- Isso, “você não é a mulher certa pra ele”. O que essas garotas têm na cabeça, afinal? – ri também.
- Não faço ideia.
 Ela deitou na cama, a blusa levantou um pouco mostrando um pedaço da barriga, pôs as mãos atrás da cabeça e me olhou sorrindo.
- Eu estou feliz com isso, Justin.
- Com o que, exatamente?
- Com as coisas finalmente dando certo. Mesmo atualmente eu sendo a garota anônima mais famosa do mundo, mas até que está sendo legal – deu um sorriso ainda mais largo.
 Engatinhei até ela e me pus entre suas pernas, pousando minha mão exatamente onde a barriga estava à mostra.
- O mundo agora é nosso, shawty – agora deu um sorriso mais satisfeita, e começou a passear com as unhas no meu pescoço.
 Não duramos muito tempo nos olhando pra começar nos beijar, e... bem, desde que nos reencontramos as coisas entre a gente não rolava de um jeito manso, então, não demorou muito para eu estar apertando sua barriga e suas unhas quase esfolando meu pescoço.
- Justin o... ah! – pulei pro outro lado da cama totalmente ofegante e assustado.
- Mãe! Era só bater!
- Des.. arham.. desculpa – ela estava com o rosto virado para o corredor e a porta menos escancarada, mas ainda sem largar a maçaneta.
- Vou indo, Justin – Lua se levantou rápido, levemente corada, recolheu todas as coisas, se calçou e se apoiou na cama pra me dar um beijo e foi nessa hora que eu reparei o sorrisinho arteiro.
 Ah! Aquele sorriso! Dava até vontade de mandar minha mãe cair fora.
- Fui! – ela saiu correndo, e acho que nunca cumprimentou minha mãe, tão rápido na vida.
- Justin...
- Relaxa, mãe!
- Relaxa? Justin Drew Bieber...
- Mãe! Estamos falando da Lua, você acha que ela deixaria acontecer alguma coisa? – minha mãe pareceu considerar a resposta. Considerando o que houve enquanto Lua e eu estávamos separados, até entendo toda essa preocupação da minha mãe. Eu não era um bom garoto, e mal sabe ela que a Lua também não.
 Ela balançou a cabeça, desistindo da conversa.
- Scooter acabou de ligar. Ele está vindo pra cá.
- Para que?

- Devido aos últimos acontecimentos, você deve imaginar o assunto. 

domingo, 15 de março de 2015

21º Capitulo: We Got the Attention of World to Us - Part Final

Voltei pra festa à procura da Lua, ela já deveria ter voltado. Passei os olhos por todos os lugares, cheguei até a ir ao andar de cima onde ficava os quartos e as pessoas se pegavam lá dentro, diante algumas portas dava até para ouvir uns gemidos, mesmo com o som alto, dava até para ver no corredor. Gente bêbada vomitava por ali e por aqui, cambaleava escada acima já arrancando a roupa, ou usando drogas, claro. Desci dali logo, Lua não estava lá, nem precisava subir pra saber. Cheguei ao salão e olhei tudo de novo, lembrei que ela ia pegar umas bebidas então fui até o bar com certa dificuldade – as pessoas tentavam me parar bastante por qualquer razão – quando consegui, descrevi Lua para o barman e ele me disse que ela tinha saído dali havia tempo com dois Martinis.
 Sentei no banco do bar frustrado, onde será que essa garota se meteu?
 Ao fundo do salão, a banda parou de tocar, o que gerou vaias, mas não adiantou nada, os músicos continuaram em silêncio até que soou um som estridente de quando um microfone é ligado – “estridente”, andar com a Lua significa dizer palavras como “estridente”. Não deu dois segundos depois do som e Lua surgiu, sem nenhum copo na mão – o que sugere que ela tenha bebido os dois –, conversou com o baterista que deu algumas notas na bateria, depois com o baixista e acenou para o guitarrista, então se pôs à frente do palco.
A banda começou a tocar uma melodia que eu não conhecia, Lua estava de olhos fechados e, em certo ponto ela os abriu e começou a cantar.

You build me up
You knock me down
Provoke a smile
And make me frown
You are the queen of runaround
You know it's true

 Seu olhar era estranho, eu nunca vi aquele antes, nem um pedacinho, nem absolutamente nada! Era um desses novos, que fez parte da mudança toda dela, um dos que eu teria que aprender, mas, por agora, por eu não saber do que se tratava, me dava um pouco de medo.

You chew me up
And spit me out
Enjoy the taste
I leave in your mouth
You look at me
I look at you
Neither of us know what to do

 Ela tinha uma presença de palco incrível! O que me fez pensar que, apesar de todas as vezes que já a ouvi cantar, nunca havia a visto se apresentar, como está fazendo agora, ela é uma artista mais pronta do que eu no começo, parecia que tinha nascido pra aquilo, ou... ou que já fez isso antes.

There may not
Be another way to your heart
So I guess I'd better find a new way in
I shiver when I hear your name
Think about you but it's not the same
I won't be satisfied 'till I'm under your skin

 Sexy! Ela estava extremamente sexy, o que era bizarro, porque afinal, era a Lua ali em cima! Ela dançava e lançava olhares para as pessoas à sua frente. Ao meu redor pude ouvir comentários maliciosos de caras, que eram quase os mesmo que estavam na minha cabeça. Eu não conseguia tirar os olhos, ela me levava aquilo, me fazia a desejar mais do que já desejo a cada segundo da minha vida.

Immobilized by the thought of you
Paralyzed by the sight of you
Hypnotized by the words you say
Not true but I believe them anyway

Há dois anos eu conheci uma garota inocente, que estava de all star em qualquer lugar, de uma rebeldia consciente nos lábios, sempre fazia as coisas que achava ser certas, protegias os amigos de tudo, por tudo, sem esconder a verdade, pura e transparente, boa e sensata. A garota que eu via ali na frente de era má, em um bom sentindo, porém má, de salto alto e um olhar perigoso, um sorriso malicioso e segredos por todo o rosto. 

So come to bed It's getting late
There's no more time for us to waste
Remember how my body tastes
You feel your heart begin to race

 Cantou o refrão mais duas vezes e então a música acabou, a galera delirou ao máximo e pediu mais uma, mas ela só soltou um sorriso e pulou do palco, andando entre as pessoas e desviando de alguns carinhas que, com certeza, não viram ela chegar acompanhada, um dos caras que se aproximaram me fez levantar e ir em direção à ela, mas Lua pareceu lidar muito bem com a situação e ele largou seu braço. Ela chegou pra mim e sorriu, seu olhar dizia “eu te avisei” e tudo se esclareceu. O olhar dela no escritório, ela ia fazer alguma coisa, ela não ia deixar o que Louis disse baixo.
- Você ouviu o que ele disse depois que saiu – deduzi e ela sorriu em resposta. – Mas precisava se vingar assim? Oras, esses caras te comeram com os olhos – ela gargalhou alto.
- Olha, eu ia dizer uma coisa, mas, posso estar meio bêbada, mesmo assim tenho consciência que não se diz em voz alta.
- É sobre o que?
- Deixa que no hotel eu te mostro – ela arqueou a sobrancelha e sorriu, dessa vez verdadeiramente maliciosa.
 A puxei pela cintura, seu hálito cheirava a álcool, mas de uma forma agradável. Então a beijei.
- Então... que tal a gente já indo, hum? Essa festa já deu pra mim – me beijou de volta.
- Só se for agora.
 Segurei a mão dela e driblamos as pessoas, Lua pegou o telefone e tentava ligar o Kenny ou Jake, quando Louis apareceu na nossa frente.
- Belo show! Isso era pra convencer quem?
- Sai da nossa frente, Louis.
- Eu acho que isso está errado.
- Nós não precisamos da sua permissão, estupido – Lua respondeu.
- Todo mundo vai odiar você! – Louis falou alto.
- E eu não me importo! – mas ela falou mais alto, segurou meu braço e me puxou pra longe dele.
- Você é uma vagabunda! – ele gritou e ela parou, deu meia volta e se aproximou do Louis gritando.
- Yeah! Eu sou! E você gostou disso! – baixou o tom. – Por que todo mundo não vai gostar também? – eles se encaram por alguns segundos, depois ela voltou até mim e me puxou pra fora da casa.
 Lua foi a primeira garota que eu vi encarar Louis, e mais! Foi a primeira pessoa que eu vi o deixar calado.
 Saímos da casa com ela soltando fogo, ligou pra alguém e disse onde estávamos e que era pra nos buscar e disse pra trazer alguém pra levar outro carro, mal se despediu ao desligar depois virou pra mim, para garantir que eu a estava seguindo, e seguiu com passos pesados pela calçada.
- Quem aquele maldito acha que é, em? Olha Justin, sabe que odeio bancar a namorada chata, também não tenho muito direito em dizer isso, mas, não quero você com esse cara nunca mais, me entendeu? – não, na verdade, sequer ouvi tudo o que ela disse. – Que foi? Por que ta sorrindo assim?
- Você tem noção do que disse? – ela franziu o cenho. – Namorada, é? – relaxou e sorriu um pouco.

- Acho que já podemos ser chamados assim. Mas não foge do assunto! Não ligo para o que você fez antes, para os amigos que arranjou, para as garotas que comeu, não tenho sequer o direito de me importar com isso, mas esse cara – apontou pra casa – esse cara, Justin... você viu! Já tenho o Scooter no meu pé pela gente, eu coloquei muita coisa em jogo, eu me expus por sua causa, por nossa causa, e eu não vou deixar nada! Nada, Justin! Nem ninguém, atrapalhar a gente.

sábado, 7 de março de 2015

21º Capitulo: We Got the Attention of World to Us - Part 7

Acordamos mais tarde do que deveríamos, o que não tem nada demais, porque de qualquer maneira, não pretendíamos chegar cedo. Fui para o meu quarto tomar banho por pura e livre expulsão da Lua, ela queria se arrumar sozinha. Tomei banho e vesti uma roupa, arrumei o cabelo, passei perfume e tudo, depois sentei na cama e esperei Lua aparecer enquanto mexia no celular.
 As noticias não paravam de chegar, não consegui passar mais de cinco minutos no twitter de tanta gente falando comigo, vi algumas das noticias que a Harper falou e parecia que nós éramos a novidade do dia, tinha fotos nossas na lanchonete, na rua tirando foto, tomando vitamina, rindo, chegando ao hotel... mas em todas, absolutamente todas tinham a foto dela me beijando em frente ao hotel.
- Bieber, está pronto há muito tempo?
- Não, eu... – a olhei – wow! Er... WOW! – ela estava sensacional! Bem diferente da garota que eu conheci um dia, mas, eu realmente posso aceitar sem problemas essa nova versão.
 Usava um salto muito alto com algumas coisas douradas, uma calça preta cintura alta com linhas rasgadas nas pernas, a estampa da blusa era a bandeira dos Estados Unidos bem pálida, era curta deixando um micro pedaço de pele a mostra. Um colar com aquelas linhas de batimento cardíaco, anel na mão esquerda que pegava uns dois dedos e tinha “Cool” escrito, batom vermelho e uma maquiagem preta nos olhos.
 Gos-to-sa! É tudo o que eu tenho a dizer.
- Acho que to bem – e riu.
- Bem? Eu não deveria deixar você sair de casa pra nenhum marmanjo ficar te encarando.
- Mas...
- Mas – a interrompi antes que ficasse irritada –, você poderia estar de pijama que esses marmanjos te encarariam, e, se mais alguma foto nova nossa sair hoje, é bom que saibam o que eu tenho – sorri maroto e ela arqueou a sobrancelha com um sorriso maldoso.
- Melhor a gente sair daqui logo, pra não desistir da ideia.
- Concordo.
 Liguei pra Kenny me trazer o carro, disse que eu mesmo ia dirigir e ele não quis, não importa quantos argumentos eu usasse, não importa o quanto eu implorasse, ele repetia várias e várias vezes que não era uma boa ideia, até que Lua pegou o telefone da minha mão e disse para ele trazer o carro. A conversa não durou dois minutos.
- Como você fez isso? – perguntei.
- Parece que sou mais confiável do que você – ela sorriu debochada.
- Não sei como isso é possível, você é louca! – Ela riu.
- E você é irresponsável.
- Não mais do que você.
- Tem certeza? – ela me olhou com a sobrancelha arqueada e eu parei pra pensar até perceber que ela estava certa.
- Droga! – falei aborrecido, ela riu e o elevador abriu.
 Quando chegamos em frente ao hotel, Kenny estava lá com o carro. Ele olhou pra Lua e entregou as chaves a ela, falaram algumas coisas e olharam pra mim algumas vezes, depois se despediram e Kenny veio até mim me pedir juízo e disse que minha mãe me mataria se soubesse que fiz algo de errado.
- Toma – me deu as chaves –, você dirige.
- Achei que você iria dirigir – falei aborrecido por ele ter entregado a chave à ela e não a mim.
- Talvez eu precise, mas agora, está na hora de você ser um bom garoto... Ah! Vamos lá Bieber, é brincadeira, toma essa porcaria de chave logo, antes que eu mude de ideia e todo mundo tire foto de você sendo carregado como carona de uma garota.
 Peguei a chave e fui meio emburrado até o lado do motorista, não queria que tirassem foto de mim no carona, isso é bem verdade.
 Dirigi com o rádio ligado, Lua cantava quase todas as músicas que tocavam, mesmo aquelas que ela torcia o nariz quando começava, vez ou outra ela trocava, uma vez chegou a xingar porque em todas as rádios que ela colocava tocava alguém que ela detestava. Não vimos ninguém na rua pra tirar foto nossa no carro, mas com certeza deveria ter, estava escuro, era fácil de se esconder, mas não nos importamos nem um pouquinho até chegar a casa do Louis que estava tão brilhosa e barulhenta que dava para perceber vários quarteirões antes.
 Estacionei o carro no jardim, numa rua de esquina a casa e andamos até a casa. Não consegui fingir que não estava surpreso com Lua andando tão bem com um salto desses. Ela me disse que estava detestando, mas era o único que trouxe e que quando estava em Nova York, Harper a obrigou a aprender a andar porque se ela quisesse fazer parte daquela festa, aquilo era preciso. Perguntei “que festa?”, e ela me respondeu “a da vida, Bieber” e ficou por isso mesmo. Confesso que demorei muito tempo para entender o que quis dizer com isso, mas quando entramos, o som estava tão alto que não conseguia ouvir nem o que estava na minha cabeça, então deixei pra lá.
 Meu celular vibrou no bolso, então peguei e olhei a mensagem que acabara de chegar. Era do Louis, ele estava nos esperando em um quarto reservado da casa, então pus a mão na cintura da Lua pra ganhar sua atenção, assim que consegui, aproximei os lábios de seu ouvido e sussurrei alto, por causa do som, a informação que tinha acabado de chegar. Ela me olhou e assentiu, então seguimos pra mais afastado do salão de entrada, ainda com a mão na cintura dela, mas agora segurando de verdade.
 Seguimos para o escritório, atrás da escada principal da casa e abri a porta.
- JB! – Louis estava com um copo cheio na mão e uma garrafa de whisky na outra, e no sofá, esparramada, havia uma garota de batom borrado, meio descabelada e com uma alça do vestido caída, que Louis logo tratou de despachar.
 Agora sei por que ele estava aqui e não com os outros na festa.
- Yo, man! – fui até ele, que bebeu todo o copo em um gole, depois largou e me deu um abraço.
- Aceita? – me estendeu a garrafa, já me dando um copo novo pra encher. Mal assenti e meu copo já estava cheio. – E quem é a gostosa, ali? Achei que viesse com a sua tal... como é? Favorite Girl, sei lá.
 Eu estava acostumado com esse jeito do Louis, e não ligava. Mas agora que ele falou da Lua desse jeito, algo me incomodou de verdade, só que resolvi deixar pra lá, Louis é meu amigo e ele tem esse jeito todo, mas é um cara legal e vai respeitar a Lua, porque ela não é como essas vadias que estávamos acostumados.
- Louis, essa é a Lua – estendi o braço pra Lua pra que ela se aproximasse. – É ela que é minha Favorite Girl.
- Sério? – olhou pra ela com desdém. – Esperava uma garota diferente.
- Diferente?
- É, você ficava todo de mimimi quando falava dessa garota, esperava uma menininha boba.
- De boba ela não tem nada.
- E fico muito feliz por vocês falarem de mim como se eu não tivesse aqui – Lua sorriu cínica e Louis pareceu pouco impressionado. – E então... que droga de festa é essa que só os caras podem beber?
 Ele pegou outro copo, colocou um pouco de bebida, menos do que tinha no meu e a ofereceu. Lua o olhou torto, e, segundos de silêncio depois, ele encheu mais um pouco. Lua bebericou o copo e fez uma careta aparentemente mais automática do que realmente sentindo a bebida arder, o que me fez pensar que eu nunca a vi beber, mas pelo jeito que ela me falava de bebidas, ou me contou das festas de Nova York e das vezes que chegou bêbada em casa, é bem capaz de que ela beber não seja um problema. O que era mais preocupante era o fato de que eu não conseguia identificar, exatamente, as suas emoções naquele momento, o que eu via não era totalmente novidade, tinha alguma coisa ali que era familiar, mas a situação era toda atípica, então ficava meio complicado.
 - Então – ela bebeu outro gole –, quer dizer que Justin falava muito de mim? – ela sorriu de um jeito estranho, queria parecer simpática e, se eu não a conhecesse, diria que até estava sendo.
- Enchia o saco de tanto – Louis foi seco e tomou outro gole.
- Ele sempre faz isso – ela sorriu mais um pouco, quase deixando a covinha rasa da bochecha esquerda aparecer, antes de beber o resto do copo de uma vez. – Enfim, vou procurar algo que não seja Whisky para beber, já volto.
 Ela segurou meu rosto com uma das mãos e me deu um beijo, depois encarou meus olhos intensamente por alguns breves segundos em um aviso, não sei exatamente de que, mas era algum tipo de aviso. E então, saiu nos deixando sozinhos.
- Isso não vai dar certo – Louis encheu o copo de novo.
- O que?
- Essa garota.
- O que tem? – ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas.
- Wow! Calma aí! O que houve com aquele cara que era meu amigo? – Devo ter feito uma cara e confuso porque ele logo continuou: – Ótimo! Ta vendo como essa garota é problema pra você? Ta aí feito um idiota! Vamos lá pra festa, eu chamo aquela garota que estava quando chegaram, ela veio com uma amiga muito gostosa, você deve gostar.
- Cara, não sei se você percebeu, mas tipo, eu to acompanhado – disse como se fosse a coisa mais obvia do planeta, o que realmente era.
- Essa garota não vai dar em nada JB, dá pra saber só de olhar. Ela é tão... sei lá, sem graça. Ok, é bem gostosinha e tal, dá pra dar uns pegas, mas nada demais – encheu meu copo de novo.
- Acho que quem tem que julgar isso sou eu, cara. E te garanto que graça ela tem é muito! – bebi mais um gole.
 Ele soltou uma risada de desdém.
- Não parece – Louis já estava meio alto, mas isso não indicava muita coisa, ele bêbado ou sobreo era quase a mesma coisa, se bem que, dificilmente eu o vi minimamente sobreo.
- Eu conheço a Lua há muito tempo, Louis. Mais fácil eu julgar isso do que você.
- Pessoas como ela a gente vê quem são de longe, JB. Lembra daquela garota do ano passado?
- Qual?
- A loirinha estrangeira, acho que era alemã, sei lá – quase cuspi a bebida quando lembrei, e ri, já estava indo pro terceiro copo então comecei a perder um pouco da noção.
- Lembro sim.
- Aquela festa, em Bieber? – nós dois rimos. – As vadias todas queriam o famosinho da festa, achei que não ia conseguir pegar ninguém!
- Ralaxa cara, pensa que agora isso não é mais problemas.
- Você realmente vai investir nessa daí que você trouxe?
- Bem, é quem eu invisto há alguns anos já.
- Falando assim, nem parece aquele cara que as menininhas iam todas atrás – ri.
- Eu realmente to de boa.
- Ok, eu não estava querendo acreditar até agora, mas essa merda toda é pra valer? Você realmente vai preferir aquela garota? Tem tantas nessa festa melhor do que ela! Qual é cara? Afrouxou, na boa?
- Cara! Eu sei que quando a gente se conheceu eu não fazia muito o estilo de que fica com uma garota só, mas nunca, nunca escondi que tinha uma garota que eu amava! E ela ta de volta, não me interessa mais o resto agora que eu tenho o que sempre quis.

- Marica – só isso foi o suficiente pra eu querer voar na cara dele! Mas antes que eu pudesse fazer alguma coisa ele continuou: – Pior que é um marica por uma vadiazinha tão sem graça! Por favor, é só por o pé no salão que você encontra umas 50 como ela. – revirou os olhos enchendo o copo de novo, enquanto eu colocava o meu na mesa sem dizer uma só palavra. A vontade de quebrar esse cara passou porque simplesmente percebi que não valia a pena. – Qual é JB!? Volta aqui cara! – Saí sem dizer uma palavra, nem precisava e também não ia adiantar nada.

quarta-feira, 4 de março de 2015

21º Capitulo: We Got the Attention of World to Us - Part 6

Pouco antes de entrarmos no... restaurante? Lanchonete? Acho que é “lanchonete” o termo certo... enfim, pouco antes de entrarmos no Buger King, o telefone da Lua tocou, então ela disse o que ia querer e foi procurar uma mesa pra nos sentarmos. Kenny e Jake se afastaram pra algum lugar e disseram que era para nós ligarmos quando precisássemos. Quando fui para mesa com a bandeja, Lua ainda estava ao telefone e roía o canto da unha, quando me percebeu, se afastou um pouco da mesa e tirou a mão da boca.
- Ok, Kyle, ok. Quando eu voltar, falamos sobre isso, ok? – Pausa. – Mais um ou dois dias só, assim que eu chegar a gente se fala. – Pausa com risada. – Ta Kyle! Eu tenho que comer agora, ok? Estou com fone... Kyle, não, Kyle! Cala a boca! Tchau! Nã... não! Shi! Fui – desligou.
- O que ele queria?
- Só em contar as novidades com a Hayley – ela começou estreando as batatas, como sempre.
- Eles estão juntos?
- Não, mas bem próximos. Aí Kyle ta cheio das esperanças – ela riu.
- Uma coisa eu não entendo – ela murmurou um “hum” enquanto comia mais batatas – Chris me disse que você o mandou ficar longe da Hayley – assentiu – e por que o Kyle você está até ajudando?
- Hum – murmurou de novo, depois de um gole de refrigerante enquanto, finalmente, abria a embalagem do hambúrguer –, Chris é um garoto bom.
- E o Kyle, não?
- É sim, porém depende. Quero dizer, Chris é um cara legal, fofo e coisa e tal, Kyle não, ele jamais deixaria a Halle o fazer de palhaço, mesmo estando apaixonado por ela. Não estou querendo bancar o cupido, mas a conheço e ao Kyle também, se rolar alguma coisa, talvez dê certo.
- Não acha que está se metendo demais nisso, não?
- Dá ultima vez que não me meti em nada, você sabe muito bem a confusão que deu.
- Verdade, mas a vida é dela, Lua.
- Eu sei, não to a obrigando a ficar com e ele nem nada disso, o fato é que tem um cara afim dela, um cara que é meu amigo, então, estou ajudando os dois, sendo sincera.
- Ok. Ok! Boa sorte com isso.
 Ficamos bastante tempo na lanchonete, mais do que deveríamos se quiséssemos sair de lá alguma hora se ter que passar por uma multidão, mas comemos e conversamos tranquilos mesmo assim, até que depois de um tempo o celular da Lua apitava sem parar, na maioria das vezes eram mensagens, outras vezes ligações, mas ela olhava e não atendia, lia e não respondia, exceto uma.
- É a Harper – largou a batata, limpou a mão e segurou o celular, respondendo a mensagem. – Ela disse que minha cara está em todos os jornais, junto com a sua. Há várias manchetes e reportagens dizendo coisas diferentes, ela não ta entendendo nada e tem gente da escola que até já ligou pra ela.
- Da sua escola em Nova York? – assentiu e colocou o telefone no ouvido.
- Oi, só um minuto, vou colocar no viva-voz – arrastou a cadeira mais pra próximo de mim e pôs o celular entre a gente.
- Você está com o Justin?
- Estou sim!
- Oi Har – Lua virou o rosto, segurando a risada.
- Hey Biebes! Então os boatos são verdades?
- Depende, quais são os boatos?
- “A estrela teen, Justin Bieber, foi visto com uma garota numa lanchonete na França”, ahm...  “Justin Bieber de namorada nova”, “Astro teen com mais uma garota” eu, particularmente, detestei esse! Sem contar que no meio da reportagem fala que a razão do termino com a Caitlin, foi a Lua.
- Mas tecnicamente foi – respondi.
- Mesmo assim não gostei. Tem foto sua em todo lugar, Lua, alguns sites dizem até o seu nome.
- Devem ter conseguido na escola – disse mais para mim do que pra Harper. Concordei.
- Ninguém tem certeza de nada, então estão falando de tudo, algumas coisas coerentes, já outras bem nada a ver. Vocês ainda estão no Burger King?
- Estamos sim.
- Aproveitem, a história se espalhou muito, capaz de quando saírem, a mídia querer tirar tudo a limpo – olhei pra Lua.
- Ela é melhor do que o Scooter – falei abismado.
- Agradeço o elogio! Pode me contratar, adoraria ser sua assistente, mando currículo completo! Mas vamos, tenho preferências por ser amiga da sua Favorite Girl, certo? – rimos.
- Ok Harper! Ok.
 Minha vez de ter o celular tocando, o que era de se esperar, conforme as pessoas fossem sabendo é lógico que elas iam procurar se informar na fonte, ou seja, nós dois.
 Lua tirou do viva-voz e ficou conversando com a Harper, o que não precisava porque era só uma mensagem que havia chegado para mim.
- Lua – a cutuquei e ela me olhou –, acabamos de ser convidados para uma festa hoje, topa? – assentiu enquanto tentava a todo custo se despedir da Harper, e fez um sinal de espera.
- Amém! – tive que ri, nunca vi ninguém tão aliviada ao desligar o telefone. – Essa garota fala demais, você sabia disso?
- Eu imaginava.
- Sim, ela fala demais! Mas vamos ao que interessa: que festa é essa?
- Um amigo meu daqui, Louis, vai dar uma festa na casa dele e está chamando pra ir.
- Não me parece nada mal.
- Vai ser divertido, sobrevivendo a essa festa, você já pode ir aos eventos comigo, o que acha?
- Que venha, Just Jared e TMZ! – ela fez uma cara engraçada, como se estivesse lançando um desafio a alguém. Não teve como não rir!
 Fizemos mais hora ainda no Burger King, não tinha nada pra comer mais e o celular não parava de tocar, então ficamos enrolando, lendo mensagem e rindo do desespero e das notícias alheias. Depois de um tempo pedimos para que Jake e Kenny viessem até onde estávamos, pagamos a conta e saímos contando quantas câmeras estavam apontadas para gente do caixa até a porta, e depois a cada loja que parávamos para olhar a vitrine. Compramos vitaminas, algumas pessoas pararam e pediram fotos e autógrafos, Lua tirou a maioria das fotos, ela parecia estar bem tranquila e foi muito gentil – ao mesmo tempo quieta – com todas as pessoas que me paravam – mesmo aquelas que fingiam que ela não estava ali. Ela realmente estava muito mais tranquila do que eu e ainda falava onde estavam todas as câmeras e paparazzi que conseguia ver.
 No caminho de volta para o hotel, conversávamos normalmente, o carro parou em frente ao hotel e quando descemos, estávamos falando de uma coisa totalmente avulsa quando surpreendentemente, Lua me puxa pelo pescoço e me beija, depois sorri e continua o assunto como se não tivesse feito absolutamente nada.
 Às vezes eu tenho certeza que essa menina é doida.
- Lua?
- Oi? – me olhou como se não tivesse acontecido nada.
- O que foi... ahm, isso?
- Tinha uns paparazzi em frente ao hotel, você viu?
- Não reparei, vimos tantos no caminho que também nem fiz questão. Mas o que tem a ver? – ela riu.
- Foi só para terem certeza de quem eu sou. Sou sua garota Bieber, sua primeira e única Favorite Girl, e é bom terem certeza disso.
 Fiquei abismado, é lógico! Só não sei por que, é tão comum essas coisas vir dela que é melhor eu deixar de ficar besta, mas ela sempre me surpreende.

 Subimos para os quartos, tínhamos bastante tempo até a festa, e como ficamos o dia inteiro fora e não dormimos o suficiente de noite, pretendíamos descansar antes de ir. Entrei no meu quarto apenas para seguir até a porta e atravessar para o quarto da Lua, cheguei enquanto ela estava trocando de roupa, ou algo assim, porque ela estava sem blusa – o que, sinceramente, é bem comum –, aí então primeiro nos cansamos um pouco na cama, pra depois dormir de verdade.

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