sexta-feira, 19 de setembro de 2014

16º Capitulo: Everyone has a secret locked but can they keep it? - Parte 6

Fui andando até o elevador, não sabia exatamente o que fazer, mas estava de cabeça quente. Apertei o botão freneticamente, me balançava de um lado para outro tentando pensar no que faria depois que o elevador chegasse, mas ao invés disso pensei em outra coisa.
 O que eu fiz? Eu não queria que ela fosse!
 O elevador chegou, se abriu e eu corri na direção oposta antes que Lua fizesse alguma coisa, eu não queria ter dito nada daquilo! Foi completamente por impulso! Fiquei só desesperado de, depois de tanto tempo, não poder passar um tempo de verdade com ela sem preocupações e talvez, ela indo para faculdade depois do verão, voltaríamos a um relacionamento agitado, ocupado e com o tempo planejado.
 Quando virei para o corredor do quarto, Lua estava do lado de fora, me pareceu brincar com o telefone na mão, mas não prestei atenção, só corri até ela.
- Lua! – se virou, não disse mais nada e nem dei tempo para que ela dissesse.
 A empurrei para a parede já a beijando, ela não pareceu relutar, o máximo que fez foi arfar depois que suas costas bateu na parede com certa força. E eu a beijava, como se não fizesse isso há anos, e ela me beijava de volta, como se não tivesse se magoado com o que eu acabara de dizer. Eu a sustentava no alto, suas pernas estava em torno da minha cintura e eu, inconscientemente, a pressionava mais contra a parede até perceber que ali não era lugar e que se eu quisesse algo a mais, deveria entrar, então me joguei para o lado em um movimento rápido, era a minha vez de encostar na parede, mas as pernas dela ainda estavam entorno de mim, o que tornou a minha tentativa de abrir a porta um tanto mais complicada.
 Ela me beijava, eu a beijava, e a porta parecia estar mais difícil de abrir. Quando consegui e a levei para o quarto ainda suspensa, fechei a porta com as costas, demorando um tempo ali antes de ir até a cama, jogá-la e me encaixar entre suas pernas flexionadas.
Tudo estava bem, só havia um maldito problema: Ar.
Ela segurou a barra da minha camisa e a puxou para cima, mas não muito, aproveitei a intenção e nos afastei por breves segundos, tirando a minha camisa e voltei para ela. Continuei a beijando na boca enquanto ainda me restava fôlego, e sentia aquele explodir de sensação, sentimento e prazer se fundirem dentro de mim, fui desabotoando sua camisa xadrez vermelha, sem paciência – acho que arranquei algum botão – e desci com beijos pelo colo, demorando significativamente em cada lugar que meus lábios encostavam. Ela arfava, deslizava os dedos e, às vezes, as unhas pelas minhas costas e eu beijava seus seios a fim de deixar marcas.
 Estava tudo indo bem, a gente se tocava de um jeito extremamente quente, sem pudor, nem medo, mas minha sorte parecia estar virada ao contrário, como se alguma coisa sobrenatural estivesse contra mim, ou contra Lua e eu. Porque ali, enquanto uma mão estava completamente ocupada com a coxa dela e eu beijava seu pescoço me preparando para subir de novo para seus lábios, meu telefone toca.
 Chega a parecer coisa de filme!
Mas como nos filmes eu estava disposto a esquecer que tocava, Lua também não pareceu se importar e continuava me beijando e bagunçando meu cabelo até que o som parou e, nem dois segundos depois voltou a tocar.
 Lua desviou a cabeça de mim.
- Atende – não prestei atenção no seu tom de voz, só xinguei tudo o que consegui lembrar de xingamentos, enquanto procurava o telefone com a mão, quase derrubando meu corpo sobre o dela.
 Achei, me joguei para o lado e atendi, mas não falei nada.
 - Achei que não iria atender nunca!
- É o que eu pretendia.
- Ah claro, afinal sua namorada é mais importante do que a entrevista de rádio – a droga da entrevista! Eu já tinha até esquecido! Mas sim, Lua é mais importante, só não poderia dizer isso para o Scooter.
- Eu tinha esquecido.
- Claro que tinha, por isso to te ligando. Em meia hora Kenny vai estar passando por aí, entendeu?
- Entendi, Scooter – disse com certa raiva, eu não gostava quando ele falava comigo desse jeito.
- Beleza então, tchau.
 Não disse “tchau”, só desliguei e joguei o celular longe na cama, lancei um olhar de lamento, misturado com raiva e frustração para Lua e me levantei, ficando de costas para ela e passando a mão no cabelo nervoso, mas de um jeito diferente de pouco antes. Eu não gostei nem um pouco desse maldito telefonema.
- Só me responde uma coisa – disse –, você iria fugir dessa vez? – a ouvi levantar.
- Olha para mim Bieber, pareço que iria fugir? – me virei em sua direção.
 Ela deu uns três passos para o centro do quarto e virou para mim colocando a mão na cintura com a blusa xadrez que vestiu assim que chegou ao quarto de hotel – talvez pretendesse sair para algum lugar, não sei – ainda aberta, e sorriu com a cabeça levemente inclinada. Depois olhou para os seios, a parte não tampada pelo sutiã, e riu.
- Ainda bem que não costumo usar decote, isso seria uma problema!
 Acabei rindo também.
- Lua... desculpa pelo o que disse, eu... eu... não queria dizer aquilo.
- Olha Bieber, eu acho que isso – ela apontou para as regiões manchadas de vermelho e roxo nos seios – foi um belo pedido de desculpas – e gargalhou alto de novo.
 Me aproximei dela e segurei sua cintura nua com um pouco mais de tranquilidade, eu estava frustrado! E dei um selinho nela.
- Tenho uma entrevista de rádio agora – fiz um careta. – Acho que você tem razão.
- A gente dá um jeito – ela me deu um beijo – agora vai tomar banho que você está fedendo mesmo.

 Lua me despachou para o banho aos empurro e risos, eu ria também, o clima ficou bem mais fácil e leve. Aproveitei o banho para relaxar, respirar e acalmar minha mente e meu corpo – afinal, por mais que seja uma entrevista de rádio, é melhor evitar possíveis “acidentes” depois do que aconteceu aqui. Acho que ficar em Nova York não seria tão ruim assim, apesar de todos os segredos que Lua tem com essa cidade, na verdade, enquanto a minha Favorite Girl estiver comigo, nenhum lugar ia ser “ruim”.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

16º Capitulo: Everyone has a secret locked but can they keep it? - Parte 5

Pov's Bieber

Estar em Nova York com a Lua me deu uma sensação estranha, era como se o passado dela, seja lá qual for, pudesse pesar sobre a gente, mas até que voltássemos para o hotel, não tinha acontecido nada demais.
 Conheci a famosa Harper Collins, ela é da Bieber Fever com toda força e fé, gostei dela, se a juntasse com Chris o efeito seria mais forte do que uma bomba atômica e não estou exagerando. Lua e ela parecem realmente se dar bem, mesmo sendo o oposto uma da outra. Fiquei feliz por Harper ser quem estava com Lua aqui, não sei exatamente por qual motivo.
 Lua e Harper assistiram um pouco a passagem de som, depois foram ao backstage, viram os figurinos, conversaram com todo mundo e Harper se sentiu histericamente à vontade, todos gostaram dela. Enquanto não éramos liberados para ir para casa, ficamos descansando no meu camarim, eu bebia água como se nunca tivesse visto na vida e conversávamos livremente, tentei fazer com que Harper me contasse o que Lua ainda não havia me dito sobre NY – o que era muita coisa –, mas me pareceu que ela já estava avisada sobre manter segredo de sei lá o que. Não gostei disso, quanto mais o tempo passa, menos eu sei e isso me dá ideia de que as coisas foram piores do que eu imagino.
 Antes de voltar para o hotel, levamos Harper em casa. Dentro do carro, Lua e ela olharam em uma direção qualquer, depois se entreolharam como se estivessem se comunicando mentalmente e então, Lua balançou a cabeça negativamente e olhou para frente. Senti o clima pesar, mas eu não sabia porque e isso até o final da viagem vai me deixar louco, não estou com um bom pressentimento.
- Gostei da Harper, achei que não estivesse exagerando sobre ela – Lua riu.
- Eu sentia saudades dela – sentei na cama, cansado e chamei para que ela se aproximasse. Mais tarde ainda eu teria uma entrevista numa rádio local, já estava desanimado só de pensar.
 Lua se aproximou e deitou apoiada em mim, se encaixando e respirou alto, como se estivesse cansada, mas era outro tipo de cansaço, um que a atingiu assim que trocou olhares estranhar com Harper no carro e que tinha a deixando quieta. Se a bem conheço, esse silêncio só queria dizer que sua mente estava fervilhando.
- Você está precisando de um banho – ri.
- Depois eu tomo, ainda tenho uma entrevista hoje.
- Eu queria que você ficasse aqui comigo hoje – ela se afastou um pouco.
- Eu também queria ficar, mas não tenho muita escolha – fiz uma careta e ela se afastou, sentando ao meu lado na cama.
 Eu já disse que o clima estava meio pesado, não disse? Então, o silêncio de agora era bem significativo para isso. Ela estava quieta, quase imóvel – e qualquer um que a conheça, não tem bem como eu ou como os pais dela, sabe que é quase impossível ela ficar parada – e respirava silenciosamente e calmamente. Com certeza aí tinha um problema.
- Hã... Você pretende ir para a faculdade? Eu já sei a resposta, mas esse silêncio não ta legal, então só to tentando arranjar um assunto – ela deu um meio sorriso, mas não olhou para mim, só ficou encarando a ponta do pé, mas fui tentando entrar no assunto para ver se o clima tenso fosse embora.
- É claro que não – dei uma risada quase forçada. – Não tem nem como também, acho que só to terminando o médio porque é necessário, mas é muito difícil, uma faculdade só complicaria mais a minha vida.
- Ah, sei lá, você poderia querer ir para Julliard – ela deu de ombros, sorrindo um pouco melhor.
- Acho que não ficaria bem lá.
- Oras, é uma escola de música.
- Estudo música do meu jeito, é uma paixão, mas eu só transformei meu hobby em carreira, não sei se Julliard seria uma opção... acho que se desse mesmo, faria um outro curso, assim se minha carreira artística fosse para o lixo, eu teria uma profissão e não seria “só um cantor”.
- Faz sentido – ela franziu o cenho e balançou a cabeça afirmativamente.
- Posso fazer isso, mas mais para frente, agora só quero curtir a fama me sentindo só “cansado” e não “extremamente morto” – ela riu, de verdade.
- Como eu disse, só perguntei para puxar assunto.
- Falando nisso, os testes já foram?
- Já sim, você estava na Alemanha.
- Você fez o teste?
- Fiz sim, mas não sei ainda para qual faculdade quero ir, coloquei algumas, mas sei lá, espero que tenha tirado uma nota boa o suficiente para ir para alguma, mas só vou descobrir isso no fim de ano letivo – revirou os olhos.
- Espera! Você vai para a faculdade? – Me virei para ela, surpreso.
- Espero que sim, dependendo da minha nota no teste... por que dessa cara?
- Achei que você não fosse!
- Mas é obvio que eu vou! Esperava o que?
- Que não fosse, dã.
- E por que eu não iria Bieber?
- Para ficar comigo! – ela relaxou os ombros, inclinou levemente a cabeça para o lado e levantou os cantos dos lábios, numa expressão: “Isso é sério?” – Eu to falando sério.
- Justin, você quer o que? Sabe que eu não quero viver as suas custas, quero ter a minha vida também, não quero só ser “a namorada de Justin Bieber” e você sempre soube disso, por que eu sempre deixei bem claro.
- Eu sei disso, mas não esperava que fosse para faculdade, pelo menos agora! Você nunca tinha entrado nesse assunto comigo, achei, sei lá, que tivesse adiado a ideia pelo menos um pouco.
- E por que entraria nesse assunto? Ah Bieber, a gente tem tanta mais coisa para se preocupar, isso é um problema meu.
- Que me afeta também! Poxa Lua, vou ficar mais quatro anos com os segundos contados para ficar com você? Tendo que procurar uma brecha nos horários para conseguir passar um tempo contigo, ir te ver ou trazer você a mim porque você estaria fazendo faculdade aqui e eu sei lá onde!? – Passei a mão no cabelo meio nervoso, esse ano tava sendo complicado, não queria continuar passando por isso. – Essas suas escolhas atrapalham a gente.
 Ela pareceu se irritar com isso, mas eu até que não disse por mal, foi só um pensamento que passou pela minha cabeça. Por um instante, esperei ela explodir e me xingar, mas o que ela fez no segundo seguinte era ainda mais assustador.
- Não são as minhas escolhas que nos atrapalham Bieber – disse calma, totalmente segura. – É a sua carreira.
 Aí foi a minha vez para explodir.
- Agora a culpa é minha!? – levantei num pulo.
- Não sua, mas da sua fama, seus horários, seu compromissos! Você não entende que enquanto tiver sempre o que fazer e sem um lugar fixo, a gente sempre vai estar separado?
- Você quer o que? Que eu entre numa faculdade como você e faça um curso idiota qualquer, passe a andar de terno e gravata, em um escritório, só para você sempre ter um lugar para me encontrar?
- Essa seria uma vida normal.
- Eu não quero uma vida normal! – gritei.
- Nem eu! – e ela gritou de volta, me pareceu querer dizer mais alguma coisa, mas eu estava irritado demais.
- Se não quer viver as minhas custas, por que não volta para Stratford então? Liga para o seus pais, vai, ou pega sua mesada e compra a passagem de volta! Se é que tem uma mesada, só volta – ela abriu a boca, acho que consegui ferir no íntimo do seu orgulho.
- Quer saber? Eu deveria voltar mesmo! Afinal nem deveria ter vindo – ela pegou o celular e apontou para mim.

- Então vai! – gritei mais uma vez, abri a porta e saí depressa.