domingo, 27 de julho de 2014

16º Capitulo: Everyone has a secret locked but can they keep it? - Parte 2

Pov's Houston
Flashback on:

“- Nossos lugares são ótimos!
- Mais ótimos do que eu pensei – resmunguei baixo, para mim mesma.
- Você está muito rabugenta Lua! Ou melhor, mais do que o normal – dei uma risada falsa e um sorriso cínico para ela. – Abre um sorriso direito vai! Se for para ficar emburrada assim nem precisava vir comigo.
- Ah claro, e você ia acabar com a minha vida Har.
- Ia mesmo, mas vou acabar se você não deixar de ser chata e curtir comigo. Sei que não vai ser tanto quanto eu, mas, por favor – ela me olhou suplicante.
- Ok Har, desculpa, vou tentar ser legal.
 Harper Collins é minha única amiga em Nova York, infelizmente fã do Justin. Tenho que me lembrar disso sempre, principalmente durante o show. Meu mau humor era para evitar qualquer surto que pudesse me dar ao lembrar do passado, mas por ela, eu teria que deixar de ser chata e rabugenta.
 “Bieber vai aparecer, não vou chorar, vou manter a calma”.
É disso que eu tenho que me lembrar, o tempo todo, para não descontrolar.
- Olha Lua! É o Justin!”

Flashback off.

Nova York. E a viagem dessa vez é para minha antiga cidade, só descobri isso quando vi na minha passagem, mas já não tinha como voltar atrás. O problema todo é que não sei se estou pronta para voltar à paisagem da minha antiga vida.
- Jake!
- E aí Lua! – fizemos um toque.
- Quanto tempo em – ele pegou minhas malas.
- Pois é. Vou viajar mais só para te ver – ele riu.
- Alguém não ia gostar de ouvir isso – ri também.
- Também acho.
 Jake me levou do portão de desembarque até o carro parado mais atrás do estacionamento do aeroporto. A gente conversava animadamente, éramos amigos e tínhamos coisas a contar um ao outro. Será que Justin tinha ideia do quanto Jake e eu já éramos próximos? Mas enfim, isso é legal, eu ser amiga do meu segurança, mais legal ainda é eu ter um segurança.
 Jake guardou minhas coisas no porta malas e eu agia sem pressa, achava que Bieber estaria no hotel, roendo as unhas enquanto eu não chegava, mas então abro a porta e quase tenho um ataque do coração pelo susto.
- Você é doido?
- Um pouco.
- Achei que você estivesse no hotel!
- Resolvi dar uma volta com você.
- Você é realmente doido!
- Relaxa amor – ele se inclinou para frente e me deu um beijo. – Ninguém supera você em quesito “doideira” – ri alto, e todo mundo no carro riu também.
 Jake estava no carona, quem dirigia o carro era Kenny. O cumprimentei e então começamos a andar, íamos dar um passeio antes de ir para o hotel – imagino eu, que não ficaríamos hospedados no Palace. De repente me bateu uma certa nostalgia, oras, é completamente normal, não? Eu andava por aquelas ruas, ia a aqueles lugares, entrava naqueles prédios... vivi coisas naquela cidade, coisas intensas, inexplicáveis e fiz as maiores merdas da minha vida aqui em Manhattan. Era completamente compreensível toda aquela bagunça que estava sentindo e aquilo subindo no meu peito.
 Apesar de tudo, eu sentia saudades.
 Comecei a contar algumas coisas ao Justin, alguns lugares que fui com Harper ou sozinha, algumas coisas que fiz ou que fizemos. Ele ria da maioria das coisas, eram realmente divertidas, engraçadas e sem noção.
- Ela mora a dois quarteirões daqui.
- E por que não vai visitá-la?
- Nem sei se é bom ela saber que to aqui.
- Você ainda não contou sobre mim, né? – neguei. – E quando pretende contar?
- Não sei, é muito difícil para mim e quanto mais deixo passar... mais fica difícil. Acho que ela vai me odiar por não ter contado antes. Sabe, sempre falei de você, mas nunca falei quem era você.
- Sério? Você sempre falava de mim para ela? – ele semicerrou os olhos e levantou os cantos da boa em um sorrisinho.
- Ela me pedia sempre – sorri ao lembrar – dizia que eu falava tão bem, que você parecia de mentira – fez uma cara de indignado depois riu. – Ela pedia fotos, sempre, para ver se você era tudo o que eu dizia, mas eu sempre fugia, sempre dava um jeito, mas uma vez quase que escapou: “Para que você quer mais fotos? Acho que suas paredes não tem mais espaço!” – todos no carro gargalharam alto, foi inevitável que eu risse também.
- Lua, acho melhor você contar para sua amiga logo – Jake se entortou para me olhar. Eu disse, nós somos amigos.
- Mas Jake... – eu estava praticamente implorando para ninguém me obrigar a fazer isso.
- Olha, já que ta todo mundo dando palpite vou dar também – Kenny disse sem tirar os olhos do carro a sua frente. – Acho que, melhor ela saber por você, mesmo que seja muito tempo depois, do que quando sair uma foto sua com Justin em qualquer jornal e revista. Se ela for sua amiga mesmo, vai entender e te perdoar por não ter contado antes, mas, se ela saber por outros vai se sentir traída e, ninguém gosta de se sentir traído.
- Mas se ela não gostar... pode ferrar a gente – Justin pareceu estar reconsiderando sobre ter que contar a Harper, mas eu também estava.
- Ela não vai ferrar a gente – peguei meu telefone.
 Kenny estava certo, era melhor saber por mim do que por terceiros. Harper é minha amiga, ela gosta de mim e me perdoaria por isso, mas se magoaria muito se eu não tivesse confiado a ela um segredo como esse antes que deixasse de ser segredo.
- Lua! – ela gritou, literalmente.
- Harper! – gritei de volta, mas um pouco menos histérica.
- Até que enfim lembrou dos amigos, em!?
- Desculpa Har, mas eu ando atolada com a escola e com alguns outros problemas, por isso quase não falo com você.
- Atolada com a escola? – Ela gargalhou alto. – Desde quando Houston?
- Ora Collins, não moro mais em Nova York, posso voltar a me dar o trabalho de pensar na escola.
- Ah, qual é, você não gosta de estudar.
- Isso não tem como negar, mas... – nós duas rimos. – Mas Har, te liguei porque tenho uma coisa muito maneira para te contar.
- Então fala logo!
- To em Manhattan, baby.
- Sua vagabunda! Desde quando? Espero que não seja muito tempo! OMG!
- Calma! Cheguei faz pouco tempo!
- E quando pretende me ver em? Espero que venha aqui em casa ou te mato! Vai ficar no seu apartamento? Lua!
- Calma Har! Não, não vou ficar no meu apartamento, mas que tal me encontrar naquele Starbucks que a gente sempre parava depois da escola daqui a meia hora?
- Só meia hora?
- Qual é! Você vai me ver, não vai a uma Festa Chanel.
- Ok, ok. A gente se vê em meia hora!
- E se prepare, tenho mais coisas para te contar.
- Então conta logo!
- De jeito nenhum, não teria graça.
- Você vai mesmo fazer isso comigo?
- Claro que vou!
- Você não mudou nada.
- Quem sabe – ri. – Até daqui a pouco, Har.
 Ela desligou sem me dizer tchau. Primeiro motivo: Ficou com raiva por eu ter a deixado curiosa. Segundo motivo: Quer se apressar para chegar ao Starbucks.
 Indiquei o caminho ao Kenny, passamos pelo Empire State e deixei me levar um pouco na visão enquanto seguíamos reto na 5th, Bieber queria passar pela 7th, só para poder olhar o Madson Square Garden, mas todo mundo achou melhor continuar na minha direção e ele ficou emburrado por isso, mas não o culpo, The Garden é o paraíso para qualquer ser humano mortal quanto mais para um artista. Continuamos pela 5th Avenue, passamos pela Biblioteca Pública e me deu uma vontade súbita de chorar, mas segurei. Eu tinha passado a maior parte sossegada da minha vida enquanto estava morando em Nova York, naquela biblioteca. Continuamos em frente, passamos pela Catedral de St. Patrick e do Museu de Arte Moderna, então viramos na terceira rua a esquerda, no centro oeste da cidade e pedi ao Kenny que me deixasse na primeira curva.
- Melhor te levar até lá Lua.
- Qual é Bieber, eu já vivi aqui, eu andava por aqui todos os dias, minha antiga escola fica um pouco mais a frente. Acho melhor eu andar e me acalmar um pouco antes de entrar, respirar o ar poluído nova yorkino, vou me sentir melhor.
- Mas Lua...
- Justin, calma oras! Não precisa nem vir me buscar, só me diga para onde tenho que ir – ele me olhou meio “ta falando sério?”. – O Starbucks é daqui a duas quadras, não venha me buscar, isso é sério – fiquei o olhando até ter certeza que ele não viria.
- Ok! – Levantou as mãos se rendendo. – Eu não vou.
- Acho bom – dei-lhe um beijo. – Até mais tarde – falei para todos e saí do carro.

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Eu tenho grandes chances de me decepcionar fazendo isso, MAS, vale a tentativa.
Queridas leitoras, sabem que vocês estarão sempre no meu coração, não é? E, eu sei que entram aqui, que leem, porque vocês são uns amores e aguentam a demora que essa fic ta pra acabar (to postando desde de 2012! Cara! Já pararam pra pensar?), mas eu gostaria de saber quem está aqui, porque bem, eu não recebo comentários e as visualizações de post caíram drasticamente. Só quero saber quem ainda está comigo.
E, agradeço a todas que ainda estão aqui.
E, agradeço a todas que começaram a ler mais tarde (se é que há alguma).
E até mesmo, agradeço as que começaram comigo mesmo não estando mais aqui.
É por vocês que essa história acontece <3 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

16º Capitulo: Everyone has a secret locked but can they keep it? - Parte 1

Flashback on.

“ – Eu não acredito! Não acredito! Daqui a pouco os portões se abrem e nós temos lugares excelentes para ver aquele lindo! E você veio!
- Você encheu meu ouvido por quase um mês Harper, e ainda por cima, só vim porque seus pais não deixariam você vir sozinha, ou eu teria que aguentar você lamentando pelo resto da minha vida.  
- Você é incrível Lua! Eu te amo sabia?
- E eu acho que deveria ser menos leal aos meus amigos.
- Credo!
  Harper ficou meio horrorizada com o que eu disse, mas não foi por mal, a questão é que eu passei a maior tortura interna, uma verdadeira guerra aconteceu dentro de mim para que eu não me sentisse mais culpada e nem impedida de seguir em frente por causa do Justin, mas agora, eu estava prestes a entrar no show dele.
- Os portões abriram!”

Flashback off.

Pov's Bieber
 Enquanto não chegávamos em casa, deixei minha cabeça descansar no encosto e tentava não dormir, realmente estava morto! Quase não consegui ficar acordado até que meu telefone tocou.
- Oi?
- Justin?
- Eu?
- Quase não reconheci a voz, você me parece tão...
- Cansado? Pior que to Luka.
- Putz, acho que encontrei uma hora ruim para dizer isso então.
- Dizer o que?
- Lua descobriu.
- Descobriu o que? Aquilo en...
- Entre Karol e eu.
- Você a contou?
- Quem dera.
- Karol disse então?
- Pior, ela viu.
Soltei um palavrão baixo e de repente meu sono foi embora, eu precisava ver a Lua, urgente.
- E como ela reagiu?
- Saiu correndo ignorando ou gritando com Karol que foi atrás dela.
- E você não fez nada?
- O que eu poderia fazer Justin? Naquela hora nada e agora ela não quer ver ninguém, quase despachou Karol a chutes.
- Cara, to chegando em casa, vou ver o que faço ok?
- Beleza, qualquer coisa me diz.
- Tranquilo.
 Desliguei quase no mesmo momento que o carro parou, abri a porta sem me importar com os outros ou dar satisfações a alguém, apenas contornei o carro e esperei na beirada da calçada até alguns carros passarem.
- JB! Onde você vai cara?
- Preciso ver a Lua, Scott!
- Depois você vai lá filho, entra primeiro.
- Não posso mãe, tem que ser agora – atravessei a rua sem nem olhar para trás, subi as escadas da varanda correndo e pensei em bater na porta, mas apenas coloquei a mão na maçaneta e como imaginei, ela estava aberta.
 Entrei na casa vazia e a vi sentada na cozinha, com uma perna flexionada e a outra esticada, uma das mãos estava entorno de sua barriga enquanto a outra estava ocupada com uma xícara de café próxima a sua boca, e encarava o nada com uma expressão vazia. Ela estava pensando, provavelmente no que descobriu.
- Você foi à casa da Karol, não foi? – assentiu de leve. – E descobriu tudo não foi? – ele levantou o olhar para mim com uma sobrancelha erguida.
- Você já sabia?
- Luka me contou faz um tempo.
- E por que não me disse nada?
- Luka é meu amigo, não posso sair contando segredos dos outros assim, quanto mais dos meus amigos. Outra que quem deveria ter te contado era ele ou Karol.
- É, você tem razão – aproximou a xícara dos lábios de novo e voltou a posição inicial.
 O silêncio reinou durante um tempo, eu não sabia se deveria falar e o que dizer ao certo, mas acabou que nem precisei.
- O que aconteceu com todo mundo? – Ela começou depois de dar o último gole no café, deixando a xícara na mesa. – A minha mudança e a sua eu até entendo, mas e eles? – Ainda sim ela não me olhava. – Acho que a minha ida não deveria ter os afetados, mas parece que afetou tanto quanto afetou a gente.
- Acho que Luka sentiu falta de quem lhe puxasse as rédeas, aí Halle se entregou por estar tão “apaixonada” e Karol desolada pelo termino com Nat e no primeiro carinho se entregou. – Disse depois de alguns segundos de silêncio e mais segundos de silêncio depois continuei: – Todos sentiram falta da amiga sensata com o juízo no lugar e os neurônios fora – ela me olhou –, todos se desesperaram e caíram no erro sem ninguém lúcido o suficiente para ajudá-los a sair.
- Mas eu ainda não sei como foram fazer isso uns com os outros! Justin! Nós somos amigos há anos! Eles são amigos há anos. Por favor, como puderam destruir uns aos outros em tão pouco tempo? – ela realmente queria uma resposta.
- Luka me disse que Hayley e ele estavam brigando muito, numa briga mais séria, Hayley foi viajar com os pais e coincidiu com o termino do Nat com Karol. Sem nenhuma amiga, Karol foi contar com Luka. Dois arrasados se consolando, ou ia dar nisso ou em suicídio – tentei fazer graça, mas não funcionou muito. – Eles se beijaram, se sentiram culpado e disseram que jamais iria se repetir.
- Mas aconteceu de novo – ela disse quase num fio de voz.
- E de novo, e de novo, até que eles transaram e aí a coisa foi aumentando feito uma bola de neve e de repente, passou esse tempo todo, nós voltamos e as coisas estavam complicadas do jeito que estão. Claro que antes não tão pior quanto ultimamente – ficou em silêncio e isso durou até eu notar que se eu não continuasse não sairia mais nada. – A questão é, estavam todos numa mesma bola de neve, ninguém de fora podia olhar. Se eu ou você estivéssemos aqui, não estaríamos envolvidos como eles e saberíamos o que poderia ser feito.
- Agora a culpa é minha? – ela me olhou zangada.
- Não! A culpa não é minha, muito menos sua! A culpa é deles por terem deixado tudo acontecer, mas Lua, tente entender, pessoa comentem erros e às vezes se prendem nele. Você sabe o que eles devem fazer, eu também sei, agora eles também sabem, mas não é tão fácil.
 Ela balançou a cabeça.
- Eu to pirando com essa notícia.
- To percebendo.
- Não to conseguindo ficar por aqui olhando eles, vendo tudo. A cena sempre vem a minha cabeça.
- Bom – cocei a nuca e desviei o olhar tentando dizer a ideia que me ocorreu – amanhã eu viajo de novo, você sabe – a olhei brevemente e ela assentiu – bem que você poderia ir comigo, vai ser...
- Eu vou – ela me cortou, não quis saber sequer para onde. Pelo jeito, Lua só queria fugir.
- Mesmo? Sem voltar atrás? – A olhei surpreso e ela assentiu. – Sem nem querer saber para onde?

- Qualquer lugar é longe daqui. Eu vou.

domingo, 13 de julho de 2014

15º Capitulo: We aren't Longer as Before. Parte Final.

(...)
 Desci as escadas depressa, cheguei à cozinha, pus o pé numa cadeira para colocar o cadarço para dentro do tênis de novo e depois passei a mão no assento para dar uma limpada.
- Vai sair? – meu pai apareceu na porta da cozinha, com seu habitual terno e sua gravata não presa.
- Vou à casa da Karol hoje – me aproximei e comecei a amarrar a gravata. – Por falar nisso pai, pode me dar dinheiro?
- Para que?
- Para eu ter oras, não precisa ser muito, é só porque to sem grana nenhuma mesmo. – soltei a gravata com uma versão bem feita do nó que aprendi dá quando ainda era criança. – Ta lindo como sempre! – sorri.
- Obrigado filha – me deu um beijo na testa –, mas não precisa me bajular para ganhar dinheiro – ri.
- Não era essa a minha intenção, juro.
 Papai foi até a cafeteira e pegou uma xícara de café recém preparado e enquanto bebia, tirou algumas notas soltas do bolso.
- É o que eu tenho agora – me entregou, peguei e eu contei 23 dólares.
- Tem 23, ta bom. Realmente não preciso de muito.
- Uma filha econômica era tudo que um pai poderia pedir a Deus! – ele ergueu a mão livre para o céu e eu ri.
- Vai nessa, praticamente é você que paga a gasolina do meu carro. Junta isso, com o que falta para pagar – eu não era rica e um Porsche era caro demais, logo, meu pai não poderia ter comprado de uma só vez, tinha que ser um pouco dividido – e ainda o dinheiro extra que me dá. Pensa bem pai, até eu começar a trabalhar, não sou nada econômica.
 Ele olhou para cima, como se pensasse e tomou os últimos goles de café, depois colocou a xícara na mesa e se voltou para mim.
- Pelo menos você não gasta em shopping – nós dois caímos na gargalhada, ele disse isso por causa da mamãe.
 Saímos de casa juntos, ele me ofereceu carona, mas resolvi andar um pouco mais de skate.
 Fui sem pressa até a loja que Justin e eu nos escondemos quando fomos perseguidos. Cumprimentei Angel no balcão e fui até uma porta na parte de trás, que daria numa escada semi escura até a parte dos fundos da casa que ficava em cima. Quando mal comecei a subir, Sra. Clark apareceu no topo, sorriu para mim e desceu, me encontrando no meio da escada.
- Oi Lua! Quanto tempo querida.
- Oi Sra. Clark, Karol está em casa né? Sabe, realmente faz muito tempo!
- Ela está sim, pode subir, Luka está com ela. Vou dar uma saída agora, deixei a porta destrancada.
- Obrigada Sra. Clark. Até mais ver! – continuei a subir os degraus.
- Até Lua, aparece mais vezes! – e ela a descer.
- Pode deixar – me virei e terminei de subir correndo.
 Abri a porta que dava na cozinha, andei devagar estranhando o silêncio. Saí do cômodo dando de cara com o sofá da sala, a TV estava ligada, Luka realmente estava lá e nenhum dos dois prestava atenção no que estava passando, afinal, estavam ocupados demais tirando a roupa um do outro.
 Soltei um som involuntário e os dois olharam para mim.
- Lua! – Karol exclamou surpresa.
 Não falei nada, apenas me virei e corri de volta para a porta dos fundos tropeçando numa cadeira enquanto Karol chamava meu nome e pedia para eu esperar. Como eles puderam fazer isso? Como? Desde quando isso estava acontecendo? Quem mais sabia? Corri escada a baixo, confusa e sem saber o que pensar.
- Lua! Deixa eu te explicar, por favor! – Karol estava atrás de mim, no meio da escada. Me virei para ela com raiva.
- Como vocês puderam fazer isso com a Hayley? Como Karol? – gritei.
- Eu posso explicar tudo Lua! Por favor! Não conte a ninguém! Por favor!
 Olhei para o topo da escada e Luka tinha acabado de aparecer, sem dizer nada, sabia que não tinha o que fazer por enquanto.
- Agora nós dois temos um segredo a guardar – disse a ele que assentiu, sabendo que eu estava me referindo ao que aconteceu com Gabe ontem no parque.
- Você deve estar me achando um monstro – Karol lamentou –, mas se você subir posso explicar o que aconteceu!
- Não quero explicação nenhuma! Não agora – disse com raiva quase aos berros.
 Me virei e saí dali.