segunda-feira, 21 de julho de 2014

16º Capitulo: Everyone has a secret locked but can they keep it? - Parte 1

Flashback on.

“ – Eu não acredito! Não acredito! Daqui a pouco os portões se abrem e nós temos lugares excelentes para ver aquele lindo! E você veio!
- Você encheu meu ouvido por quase um mês Harper, e ainda por cima, só vim porque seus pais não deixariam você vir sozinha, ou eu teria que aguentar você lamentando pelo resto da minha vida.  
- Você é incrível Lua! Eu te amo sabia?
- E eu acho que deveria ser menos leal aos meus amigos.
- Credo!
  Harper ficou meio horrorizada com o que eu disse, mas não foi por mal, a questão é que eu passei a maior tortura interna, uma verdadeira guerra aconteceu dentro de mim para que eu não me sentisse mais culpada e nem impedida de seguir em frente por causa do Justin, mas agora, eu estava prestes a entrar no show dele.
- Os portões abriram!”

Flashback off.

Pov's Bieber
 Enquanto não chegávamos em casa, deixei minha cabeça descansar no encosto e tentava não dormir, realmente estava morto! Quase não consegui ficar acordado até que meu telefone tocou.
- Oi?
- Justin?
- Eu?
- Quase não reconheci a voz, você me parece tão...
- Cansado? Pior que to Luka.
- Putz, acho que encontrei uma hora ruim para dizer isso então.
- Dizer o que?
- Lua descobriu.
- Descobriu o que? Aquilo en...
- Entre Karol e eu.
- Você a contou?
- Quem dera.
- Karol disse então?
- Pior, ela viu.
Soltei um palavrão baixo e de repente meu sono foi embora, eu precisava ver a Lua, urgente.
- E como ela reagiu?
- Saiu correndo ignorando ou gritando com Karol que foi atrás dela.
- E você não fez nada?
- O que eu poderia fazer Justin? Naquela hora nada e agora ela não quer ver ninguém, quase despachou Karol a chutes.
- Cara, to chegando em casa, vou ver o que faço ok?
- Beleza, qualquer coisa me diz.
- Tranquilo.
 Desliguei quase no mesmo momento que o carro parou, abri a porta sem me importar com os outros ou dar satisfações a alguém, apenas contornei o carro e esperei na beirada da calçada até alguns carros passarem.
- JB! Onde você vai cara?
- Preciso ver a Lua, Scott!
- Depois você vai lá filho, entra primeiro.
- Não posso mãe, tem que ser agora – atravessei a rua sem nem olhar para trás, subi as escadas da varanda correndo e pensei em bater na porta, mas apenas coloquei a mão na maçaneta e como imaginei, ela estava aberta.
 Entrei na casa vazia e a vi sentada na cozinha, com uma perna flexionada e a outra esticada, uma das mãos estava entorno de sua barriga enquanto a outra estava ocupada com uma xícara de café próxima a sua boca, e encarava o nada com uma expressão vazia. Ela estava pensando, provavelmente no que descobriu.
- Você foi à casa da Karol, não foi? – assentiu de leve. – E descobriu tudo não foi? – ele levantou o olhar para mim com uma sobrancelha erguida.
- Você já sabia?
- Luka me contou faz um tempo.
- E por que não me disse nada?
- Luka é meu amigo, não posso sair contando segredos dos outros assim, quanto mais dos meus amigos. Outra que quem deveria ter te contado era ele ou Karol.
- É, você tem razão – aproximou a xícara dos lábios de novo e voltou a posição inicial.
 O silêncio reinou durante um tempo, eu não sabia se deveria falar e o que dizer ao certo, mas acabou que nem precisei.
- O que aconteceu com todo mundo? – Ela começou depois de dar o último gole no café, deixando a xícara na mesa. – A minha mudança e a sua eu até entendo, mas e eles? – Ainda sim ela não me olhava. – Acho que a minha ida não deveria ter os afetados, mas parece que afetou tanto quanto afetou a gente.
- Acho que Luka sentiu falta de quem lhe puxasse as rédeas, aí Halle se entregou por estar tão “apaixonada” e Karol desolada pelo termino com Nat e no primeiro carinho se entregou. – Disse depois de alguns segundos de silêncio e mais segundos de silêncio depois continuei: – Todos sentiram falta da amiga sensata com o juízo no lugar e os neurônios fora – ela me olhou –, todos se desesperaram e caíram no erro sem ninguém lúcido o suficiente para ajudá-los a sair.
- Mas eu ainda não sei como foram fazer isso uns com os outros! Justin! Nós somos amigos há anos! Eles são amigos há anos. Por favor, como puderam destruir uns aos outros em tão pouco tempo? – ela realmente queria uma resposta.
- Luka me disse que Hayley e ele estavam brigando muito, numa briga mais séria, Hayley foi viajar com os pais e coincidiu com o termino do Nat com Karol. Sem nenhuma amiga, Karol foi contar com Luka. Dois arrasados se consolando, ou ia dar nisso ou em suicídio – tentei fazer graça, mas não funcionou muito. – Eles se beijaram, se sentiram culpado e disseram que jamais iria se repetir.
- Mas aconteceu de novo – ela disse quase num fio de voz.
- E de novo, e de novo, até que eles transaram e aí a coisa foi aumentando feito uma bola de neve e de repente, passou esse tempo todo, nós voltamos e as coisas estavam complicadas do jeito que estão. Claro que antes não tão pior quanto ultimamente – ficou em silêncio e isso durou até eu notar que se eu não continuasse não sairia mais nada. – A questão é, estavam todos numa mesma bola de neve, ninguém de fora podia olhar. Se eu ou você estivéssemos aqui, não estaríamos envolvidos como eles e saberíamos o que poderia ser feito.
- Agora a culpa é minha? – ela me olhou zangada.
- Não! A culpa não é minha, muito menos sua! A culpa é deles por terem deixado tudo acontecer, mas Lua, tente entender, pessoa comentem erros e às vezes se prendem nele. Você sabe o que eles devem fazer, eu também sei, agora eles também sabem, mas não é tão fácil.
 Ela balançou a cabeça.
- Eu to pirando com essa notícia.
- To percebendo.
- Não to conseguindo ficar por aqui olhando eles, vendo tudo. A cena sempre vem a minha cabeça.
- Bom – cocei a nuca e desviei o olhar tentando dizer a ideia que me ocorreu – amanhã eu viajo de novo, você sabe – a olhei brevemente e ela assentiu – bem que você poderia ir comigo, vai ser...
- Eu vou – ela me cortou, não quis saber sequer para onde. Pelo jeito, Lua só queria fugir.
- Mesmo? Sem voltar atrás? – A olhei surpreso e ela assentiu. – Sem nem querer saber para onde?

- Qualquer lugar é longe daqui. Eu vou.

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