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Como está indo tudo?
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Daqui a pouco tempo o CD sai e a maratona começa. Resolvemos lançar perto do
final do ano letivo, assim não me atrapalha na escola.
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Faz sentido.
Lua e eu estávamos no meu quarto, largamos as
canetas e os papeis de lado, já tínhamos estudado tudo o que conseguimos por
hoje. Os testes finais estavam próximos e eu nem à escola ia direito, então
precisava garantir notas, pelo menos, razoáveis.
Quando chegamos da França tudo estava uma
loucura! Nossos pais e amigos ficaram desesperados e a escola caiu em peso
sobre a gente, enquanto Lua e eu nos divertíamos pra caramba com toda essa
história, afinal, apesar dos olhares estranhos, das garotas querendo matar a
Lua – até a ameaçaram – e os celulares apontados para nós, estávamos aliviados
de podermos nos comportar sem se preocupar se estamos dando algum indício de
alguma coisa.
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Amanda veio falar com você? – perguntei.
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Amanda... Amanda... ah! Não, fora aquele dia ela não falou mais comigo. Acho
que nem pretende, já que sempre me olha torto e... como foi mesmo que ela
disse? – franziu o cenho.
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“Você não é a mulher certa pra ele” – riu.
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Isso, “você não é a mulher certa pra ele”. O que essas garotas têm na cabeça,
afinal? – ri também.
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Não faço ideia.
Ela deitou na cama, a blusa levantou um pouco
mostrando um pedaço da barriga, pôs as mãos atrás da cabeça e me olhou
sorrindo.
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Eu estou feliz com isso, Justin.
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Com o que, exatamente?
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Com as coisas finalmente dando certo. Mesmo atualmente eu sendo a garota anônima
mais famosa do mundo, mas até que está sendo legal – deu um sorriso ainda mais
largo.
Engatinhei até ela e me pus entre suas pernas,
pousando minha mão exatamente onde a barriga estava à mostra.
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O mundo agora é nosso, shawty – agora
deu um sorriso mais satisfeita, e começou a passear com as unhas no meu
pescoço.
Não duramos muito tempo nos olhando pra
começar nos beijar, e... bem, desde que nos reencontramos as coisas entre a
gente não rolava de um jeito manso, então, não demorou muito para eu estar apertando
sua barriga e suas unhas quase esfolando meu pescoço.
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Justin o... ah! – pulei pro outro lado da cama totalmente ofegante e assustado.
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Mãe! Era só bater!
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Des.. arham.. desculpa – ela estava com o rosto virado para o corredor e a
porta menos escancarada, mas ainda sem largar a maçaneta.
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Vou indo, Justin – Lua se levantou rápido, levemente corada, recolheu todas as
coisas, se calçou e se apoiou na cama pra me dar um beijo e foi nessa hora que
eu reparei o sorrisinho arteiro.
Ah! Aquele sorriso! Dava até vontade de mandar
minha mãe cair fora.
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Fui! – ela saiu correndo, e acho que nunca cumprimentou minha mãe, tão rápido
na vida.
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Justin...
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Relaxa, mãe!
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Relaxa? Justin Drew Bieber...
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Mãe! Estamos falando da Lua, você acha que ela deixaria acontecer alguma coisa?
– minha mãe pareceu considerar a resposta. Considerando o que houve enquanto
Lua e eu estávamos separados, até entendo toda essa preocupação da minha mãe.
Eu não era um bom garoto, e mal sabe ela que a Lua também não.
Ela balançou a cabeça, desistindo da conversa.
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Scooter acabou de ligar. Ele está vindo pra cá.
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Para que?
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Devido aos últimos acontecimentos, você deve imaginar o assunto.
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