quarta-feira, 1 de maio de 2013

6º capitulo: The California Sun. Parte 2.



 Do aeroporto até o hotel não era um caminho tão longo assim, mas pegamos um pouco de transito o que deveria me deixar um pouco desconfortável se o James e o Ryan não fossem tão legais. Conversamos e rimos todo o caminho, mas tive que sair do carro sozinha – seria estranho se me vissem com um cara da equipe do Justin – para pegar a chave do meu quarto – e claro, James pegou as minhas malas.
- A gente se vê depois – Ryan se despediu antes que eu saísse do carro.
- Tchau – o respondi. – Tchau James! – ele acenou, depois entrou no carro e partiu.
 Peguei as minhas malas e fui até a moça de uniforme azul marinho, com os cabelos ruivos e longos jogados por cima do ombro e uma maquiagem pesada.
- Olá, em que posso ajudá-la?
- Anr... quarto 225.
- Reservado?
- Sim – provavelmente. Ela mexeu em alguma coisa no computador a sua frente.
- Ah sim. Bem vinda Srta. Lua Houston – ela me entregou um cartão – 12º andar.
- Obrigada – ela assentiu e eu fui direto para o elevador. Por incrível que pareça e apesar do saguão consideravelmente cheio, peguei o elevador sozinha.
 Eu estava completamente distraída com aquela musiquinha do elevador, quando meu celular começa a berrar alto uma música pesada, dei sorte por estar sozinha, porque provavelmente iriam levar um susto como eu tomei o que me deixaria envergonhada.
 Abri o celular e li à mensagem:
“Ryan me disse que você já chegou ao Hotel. Encontre o Chris no saguão principal em meia hora, por favor. Er... eu costumava terminar as mensagens com “eu te amo” agora nem sei mais.”
 Fiquei ansiosa para saber para que era esse mistério todo, confesso. Minha curiosidade era tanta, que joguei as minhas malas no quarto de qualquer jeito e passei o cartão na porta a trancando, depois andei apressada até o elevador que por azar – ou sorte – não peguei vazio.
 Quando cheguei ao saguão, pensei que seria complicado encontrar aquela criatura pequena, se ele não estivesse acenando freneticamente em minha direção na distancia exata entre a recepcionista e a porta.
 Fui até lá.
- Como foi de viagem? – pus as mãos nos bolsos de trás e me balancei para frente e para trás tentando parecer tranquila ao lembrar do meu nervosismo no ar.
- Legal – o olhei. – Mas então, a onde vamos?
- Justin me pediu segredo.
- E desde quando você guarda algum segredo Chris?
- Eu sei ser bem discreto ok?
- Chris, te conheço o suficiente para saber que você não sabe guardar segredo muito bem – ele pareceu ficar sentido com o meu comentário, então era nessa hora que tagarelava tudo que deveria ser segredo, mas antes de começar a falar ele olhou para o lado de fora pela porta de vidro e se acalmou.
- Ufa. Nosso transporte chegou – ia impedir de que ele saísse andando sem me dar uma resposta, mas não deu tempo, quando me situei ele já andava em direção à saída, o que fiz foi segui-lo.
 Na frente do hotel tinha vários carros, de vários tipos e cores e justamente o menos provável para a minha mente desacostumada com a nova vida do Justin, o “nosso” carro, era uma limusine cinza escuro fosco. Quase fiquei parada como uma idiota olhando o carro, mas entrei na incerteza que era aquele mesmo, talvez o Chris estava querendo me pregar uma peça por eu quase ter o feito contar o segredo. Mas não era pegadinha. Quando entrei no carro lá estava Justin e Caitlin de um lado, então me sentei com Chris no outro olhando o famoso presente, um pouco abismada.
- Surpresa? – ele perguntou.
- Você quer mesmo que eu responda? – arqueei a sobrancelha.
- James! Podemos ir. – James? Olhei para trás de mim, por uma janelinha que dava visão para os bancos da frente.
- E aí garota!?
- E aí James! Achei que não te veria tão cedo!
- Eu disse que nos veríamos direto enquanto você estiver com o Sr. Bieber.
- Sr. Bieber? Ficou besta Justin? – ele deu de ombros com um sorrisinho de lado.
- Oh motorista, vamos logo, por favor!? – Caitlin apressou de um jeito arrogante, como se fosse uma madame em Beverly Hills, mas ninguém deu muita atenção.
- Vamos James, estou curiosa desde quando cheguei e você soltou aquela. Vai, vai! –ele riu e acelerou o carro. 
 Chris e eu costumávamos ficar muito retardados juntos, isso é um fato, já tentei ficar “normal”, mas nunca deu, sempre gritávamos no meio da rua ou falávamos coisas “indevidas” e xingávamos um ao outro, como forma de demonstrar a nossa amizade. Nesse caso não foi diferente, éramos dois idiotas dentro de uma limusine em Los Angeles.
 O calor era muito intenso e o silêncio ali dentro me sufocava, mas eu estava completamente animada com todos aqueles botõezinhos, acabei apertando um e o teto do carro se abriu, não pensei duas vezes: fiquei em pé no banco e pus meu corpo para fora do carro pelo teto.
- Você é louca? – Justin perguntou lá de baixo.
- Aqui é muito legal! – entrei, respondi e depois saí com a cabeça de novo, deixando meus cabelos voarem com o vento, e olhei o mar cintilando no horizonte.
 Era tudo muito lindo, não só o lugar, mas as pessoas também, tinha cada menina que conseguia me fazer um lixo se fosse há algum tempo atrás, mas ela não importam. Os garotos eram todos bronzeados, vários com pranchas de surf nas mãos e com tanquinhos generosos.
- E cara, que vista linda.
- Chega para o lado – me exprimi no canto para que Chris subisse.
- Agora entendi do que você está falando – ele virou completamente o rosto vendo uma menina passar quando estávamos no sinal.
 Quando o carro voltou a andar quase que escorreguei e tive um acidente sério, mas nada me impediria de ficar lá.
 A não ser a vergonha talvez.
- L.A., L.A. baby, she's a. L.A., L.A. baby, you're my. L.A., L.A. baby, she's a. L.A., L.A. baby – nós cantávamos, ou melhor, gritávamos para quem bem estivesse, ou não, a fim de ouvir.
 Entramos no carro de novo nos jogando sentados no banco e em lugares opostos – eu onde ele estava sentando, e ele onde eu estava – rindo e tentando terminar a música, coisa que não conseguimos.
- Conheço outra e tenho certeza que você não conhece.
- Qual?
-The time we spent here is already in the past. L.A. L.A. L.A. L.A. Go today. L.A. L.A. L.A. L.A. It's a date. L.A. L.A. L.A. L.A. Say hooray.
- É não, conheço.
- Eu sei... – ficamos nos encarando e depois tentamos cantar Jonas Brothers de novo, mas nos encolhemos no banco de tanto rir.
 Justin também ria do nosso comportamento, até James ria, a única que não gostava muito daquilo era a Caitlin, obvio. Desde que cheguei, ela fica de cara fechada toda mal humorada.
- Ok, Ok. Agora parem de palhaçadas vocês dois que já chegamos – Justin olhou pela janela depois nos encarou.
- Até que enfim! – resmunguei.
- Quer que eu abra a porta Sr. Bieber?
- Não James, valeu.
 Caitlin foi a primeira a sair, depois Justin e eu praticamente me joguei para fora do carro quando Chris saiu. Curiosa? Nem um pouco – ironia.  
 Fiquei pasma ao ver do que se tratava, era difícil acreditar.
- Eu não sabia que existia lugares como esses.
- Nem eu, mas agora vamos entrar, não posso ficar muito tempo aqui, parece que atraio câmeras – Justin deu um sorrisinho convencido.
- Então vamos Sr. Eusouoastroteenmaisconvencidodomundo – ele riu e foi em direção à porta do estabelecimento, com a Caitlin do lado e Chris e eu seguindo atrás.
 O lugar era... ãnr... grande e eu estava completamente encantada com aquilo. Tinha uma pista enorme um pouco mais larga do que a de Kart, toda protegida por pneus empilhados. Estava completamente vazio, com exceção de nós e dois caras numa parte fechada que parecia uma espécie de bilheteria, mas ampla. Os dois caras vieram até nós, um era mais velho do que o outro, mas não era acabado, talvez uns trinta ou um quarentão com muita saúde, quero dizer, ele parecia ser mais velho e não um velho.
- Eu... Eu... – estava simplesmente pasma.
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Desculpa gente, meu tempo ta corrido e quando venho pra cá acabo esquecendo de postar, foi sem querer mesmo.

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