Do aeroporto até o hotel não era um caminho
tão longo assim, mas pegamos um pouco de transito o que deveria me deixar um
pouco desconfortável se o James e o Ryan não fossem tão legais. Conversamos e
rimos todo o caminho, mas tive que sair do carro sozinha – seria estranho se me
vissem com um cara da equipe do Justin – para pegar a chave do meu quarto – e
claro, James pegou as minhas malas.
- A gente se vê depois –
Ryan se despediu antes que eu saísse do carro.
- Tchau – o respondi. –
Tchau James! – ele acenou, depois entrou no carro e partiu.
Peguei as minhas malas e fui até a moça de
uniforme azul marinho, com os cabelos ruivos e longos jogados por cima do ombro
e uma maquiagem pesada.
- Olá, em que posso
ajudá-la?
- Anr... quarto 225.
- Reservado?
- Sim – provavelmente.
Ela mexeu em alguma coisa no computador a sua frente.
- Ah sim. Bem vinda
Srta. Lua Houston – ela me entregou um cartão – 12º andar.
- Obrigada – ela
assentiu e eu fui direto para o elevador. Por incrível que pareça e apesar do
saguão consideravelmente cheio, peguei o elevador sozinha.
Eu estava completamente distraída com aquela
musiquinha do elevador, quando meu celular começa a berrar alto uma música
pesada, dei sorte por estar sozinha, porque provavelmente iriam levar um susto
como eu tomei o que me deixaria envergonhada.
Abri o celular e li à mensagem:
“Ryan
me disse que você já chegou ao Hotel. Encontre o Chris no saguão principal em
meia hora, por favor. Er... eu costumava terminar as mensagens com “eu te amo”
agora nem sei mais.”
Fiquei ansiosa para saber para que era esse
mistério todo, confesso. Minha curiosidade era tanta, que joguei as minhas
malas no quarto de qualquer jeito e passei o cartão na porta a trancando,
depois andei apressada até o elevador que por azar – ou sorte – não peguei
vazio.
Quando cheguei ao saguão, pensei que seria
complicado encontrar aquela criatura pequena, se ele não estivesse acenando
freneticamente em minha direção na distancia exata entre a recepcionista e a
porta.
Fui até lá.
- Como foi de viagem? –
pus as mãos nos bolsos de trás e me balancei para frente e para trás tentando
parecer tranquila ao lembrar do meu nervosismo no ar.
- Legal – o olhei. – Mas
então, a onde vamos?
- Justin me pediu
segredo.
- E desde quando você guarda
algum segredo Chris?
- Eu sei ser bem
discreto ok?
- Chris, te conheço o
suficiente para saber que você não sabe guardar segredo muito bem – ele pareceu
ficar sentido com o meu comentário, então era nessa hora que tagarelava tudo
que deveria ser segredo, mas antes de começar a falar ele olhou para o lado de
fora pela porta de vidro e se acalmou.
- Ufa. Nosso transporte
chegou – ia impedir de que ele saísse andando sem me dar uma resposta, mas não
deu tempo, quando me situei ele já andava em direção à saída, o que fiz foi
segui-lo.
Na frente do hotel tinha vários carros, de
vários tipos e cores e justamente o menos provável para a minha mente
desacostumada com a nova vida do Justin, o “nosso” carro, era uma limusine
cinza escuro fosco. Quase fiquei parada como uma idiota olhando o carro, mas
entrei na incerteza que era aquele mesmo, talvez o Chris estava querendo me
pregar uma peça por eu quase ter o feito contar o segredo. Mas não era
pegadinha. Quando entrei no carro lá estava Justin e Caitlin de um lado, então
me sentei com Chris no outro olhando o famoso presente, um pouco abismada.
- Surpresa? – ele
perguntou.
- Você quer mesmo que eu
responda? – arqueei a sobrancelha.
- James! Podemos ir. –
James? Olhei para trás de mim, por uma janelinha que dava visão para os bancos
da frente.
- E aí garota!?
- E aí James! Achei que
não te veria tão cedo!
- Eu disse que nos
veríamos direto enquanto você estiver com o Sr. Bieber.
- Sr. Bieber? Ficou
besta Justin? – ele deu de ombros com um sorrisinho de lado.
- Oh motorista, vamos
logo, por favor!? – Caitlin apressou de um jeito arrogante, como se fosse uma
madame em Beverly Hills, mas ninguém deu muita atenção.
- Vamos James, estou
curiosa desde quando cheguei e você soltou aquela. Vai, vai! –ele riu e
acelerou o carro.
Chris e eu costumávamos ficar muito retardados
juntos, isso é um fato, já tentei ficar “normal”, mas nunca deu, sempre
gritávamos no meio da rua ou falávamos coisas “indevidas” e xingávamos um ao
outro, como forma de demonstrar a nossa amizade. Nesse caso não foi diferente,
éramos dois idiotas dentro de uma limusine em Los Angeles.
O calor era muito intenso e o silêncio ali
dentro me sufocava, mas eu estava completamente animada com todos aqueles botõezinhos,
acabei apertando um e o teto do carro se abriu, não pensei duas vezes: fiquei
em pé no banco e pus meu corpo para fora do carro pelo teto.
- Você é louca? – Justin
perguntou lá de baixo.
- Aqui é muito legal! –
entrei, respondi e depois saí com a cabeça de novo, deixando meus cabelos voarem
com o vento, e olhei o mar cintilando no horizonte.
Era tudo muito lindo, não só o lugar, mas as
pessoas também, tinha cada menina que conseguia me fazer um lixo se fosse há
algum tempo atrás, mas ela não importam. Os garotos eram todos bronzeados, vários
com pranchas de surf nas mãos e com tanquinhos generosos.
- E cara, que vista
linda.
- Chega para o lado – me
exprimi no canto para que Chris subisse.
- Agora entendi do que
você está falando – ele virou completamente o rosto vendo uma menina passar quando
estávamos no sinal.
Quando o carro voltou a andar quase que
escorreguei e tive um acidente sério, mas nada me impediria de ficar lá.
A não ser a vergonha talvez.
- L.A., L.A. baby, she's a. L.A.,
L.A. baby, you're my. L.A., L.A. baby, she's a. L.A., L.A.
baby – nós
cantávamos, ou melhor, gritávamos para quem bem estivesse, ou não, a fim de
ouvir.
Entramos no carro de novo nos jogando sentados
no banco e em lugares opostos – eu onde ele estava sentando, e ele onde eu
estava – rindo e tentando terminar a música, coisa que não conseguimos.
- Conheço outra e tenho
certeza que você não conhece.
- Qual?
-The time we spent here is already
in the past. L.A. L.A. L.A. L.A. Go today. L.A. L.A. L.A. L.A. It's a date.
L.A. L.A. L.A. L.A. Say hooray.
- É não, conheço.
- Eu sei... – ficamos
nos encarando e depois tentamos cantar Jonas Brothers de novo, mas nos
encolhemos no banco de tanto rir.
Justin também ria do nosso comportamento, até James
ria, a única que não gostava muito daquilo era a Caitlin, obvio. Desde que
cheguei, ela fica de cara fechada toda mal humorada.
- Ok, Ok. Agora parem de
palhaçadas vocês dois que já chegamos – Justin olhou pela janela depois nos
encarou.
- Até que enfim! –
resmunguei.
- Quer que eu abra a
porta Sr. Bieber?
- Não James, valeu.
Caitlin foi a primeira a sair, depois Justin e
eu praticamente me joguei para fora do carro quando Chris saiu. Curiosa? Nem um
pouco – ironia.
Fiquei pasma ao ver do que se tratava, era
difícil acreditar.
- Eu não sabia que
existia lugares como esses.
- Nem eu, mas agora
vamos entrar, não posso ficar muito tempo aqui, parece que atraio câmeras – Justin
deu um sorrisinho convencido.
- Então vamos Sr.
Eusouoastroteenmaisconvencidodomundo – ele riu e foi em direção à porta do
estabelecimento, com a Caitlin do lado e Chris e eu seguindo atrás.
O lugar era... ãnr... grande e eu estava
completamente encantada com aquilo. Tinha uma pista enorme um pouco mais larga
do que a de Kart, toda protegida por pneus empilhados. Estava completamente
vazio, com exceção de nós e dois caras numa parte fechada que parecia uma
espécie de bilheteria, mas ampla. Os dois caras vieram até nós, um era mais
velho do que o outro, mas não era acabado, talvez uns trinta ou um quarentão
com muita saúde, quero dizer, ele parecia ser mais velho e não um velho.
- Eu... Eu... – estava
simplesmente pasma.
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Desculpa gente, meu tempo ta corrido e quando venho pra cá acabo esquecendo de postar, foi sem querer mesmo.
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