“- Novas! Amiga! Festinha de natal.
- Como assim Harper? Aquele povo
resolveu dar uma festa em pleno natal?
- Todo ano tem, vamos?
- Qual é Harper! É natal.
- Por isso mesmo, vamos!
- Sinto muito Har, mas dessa vez não
rola.
- Por que não? – pela primeira vez ela
me olhou triste e decepcionada.
- É natal Collins, devemos ficar com a
família.
- Ah! Para Lua! Vai me dizer que se
importa com o certo agora?
- Sim! Desculpa Har, mas se quiser ir
vai sozinha, vou ficar com os meus pais, é nosso primeiro natal aqui, não seria
justo.
- Ah! Que droga! Sozinha nem rola –
ela sentou na minha cama desanimada.
- Harper? – ela me olhou. – Natal
sozinha também? – e assentiu – Vem para cá hoje à noite, como eu disse é nosso
primeiro natal em Nova York, vamos ficar sozinhos se comparar a festa de todos
os anos, chamem seus pais! Eles mal me conhecem, é uma chance de conhecer a
melhor amiga da filha não acha? E os pais dela também.
- Ih! Aí eles me proíbem de vez de
sair com você! – ela sorriu.
- Tudo bem anjo! – ironizei depois
rimos. – Agora sério, vai para casa e volta à noite.
- Não vai dar problemas com seus
pais!?
- Desde que tragam comida não!”
- Do
que você está rindo?
-
Lembrei de uma coisa.
-
Posso saber qual?
- O
natal do ano passado.
- O
meu foi um desastre! Aquelas mesmas coisas de sempre, família reunida e tios
chatos apertando as minhas bochechas.
- O
meu foi divertido, minha melhor amiga foi lá para casa, conheci os pais dela e
eles me conheceram, descobrimos que nossas mães já se conheciam e todo mundo
gostou de todo mundo. Foi bem legal, eles saíram de madrugada de lá, sorte que
não moram muito longe, o problema que em Manhattan, se não for ao lado da sua
casa é longe – Chris riu.
- Vai
à casa da Pattie hoje à noite? Garanto que vai ser mais do que 6 pessoas num
apê em Nova York – ri.
-
Você vai estar lá né?
-
Vou.
- Sua
irmã também!?
- E
desde quando você se importa com a Caitlin?
-
Desde nunca, foi só curiosidade. Nos vemos lá pestinha.
-
Tudo bem então, até a noite. Feliz natal Lua.
-
Feliz Natal Chris! – nos abraçamos e dei-lhe um beijo na bochecha, depois me
despedi e enfim ele saiu da minha casa.
Quando digo “enfim” até parece que queria
vê-lo longe, mas na verdade não, era que ele ficou quase a manhã inteira na
minha casa e tinha falado que iria embora havia cerca de uma hora, sem contar
que de noite tinha uma ceia de natal na casa do Justin, mas isso inclui os
Beadles e os Houston, não só, mas até agora é quem eu sei que vão, alguns
amigos das Pattie, dos meus pais, até, ninguém que eu conheça ou que eu deveria
me importar em conhecer.
Voltei para o meu quarto morrendo de sono e me
perguntando por que não matei o Chris, por ter vindo a minha casa tão cedo para
fazer absolutamente nada. Minha adorável cama toda bagunçava era bem convidativa
e explicita no convite: “Volte para mim” e eu, como uma ótima convidada, fui me
arrastando de volta para ela. Me joguei e sem mesmo enrolar abracei o
travesseiro, mas quando o vento me lembrou que era inverno, puxei o lençol para
enrolar meu corpo, tudo de olhos fechados. Respirei fundo e quando quase vi que
o sono chegou, meu telefone toca.
– Alô?
- Lua! Cheguei agora.
- Que bom.
- Que bom? Que péssimo, era para eu
ter chegado ontem à noite.
- Hum...
- Que foi?
- Dormi.
- Há essa hora? Já está tarde.
- Seu amigo veio me fazer uma visita e
me arrancou da cama.
- Chris? – soltei um “uhum” do outro lado da
linha e ele riu.
- Cachorro! Num ri não! Se eu não dormir, não
aguento na sua casa mais tarde – aí que ele riu ainda mais. – Ok, isso pegou mal, mas você me entendeu.
- Muito mal, mas tudo bem, eu
infelizmente entendi.
- Infelizmente?
- É, seria legal entender o lado
malicioso da coisa – ri
fraco, do jeito que o sono permitia.
– Claro! Aí eu ficaria gaguejando
tentando deixar baixo e você provocando para fazer eu me embolar mais ainda.
- Claro! Gosto quando você faz isso,
gosto mais de ver você fazer, mas ouvir já seria o suficiente.
- Tudo bem Justin, mas você me ligou
só para me bajular?
- Não, queria te pedir um favor, mas
já que está com tanto sono, vou deixar você dormir.
- Obrigada. Como eu sou uma garota
muito educada, é melhor você desligar o telefone se não o desligo na sua cara,
sem mais. – ele riu,
de novo.
- Relaxa, tenho que desligar mesmo,
preciso descansar também se não sou outro que não vai aguentar a festa.
- Imagina, nós dois como bêbados de
tanto sono dormindo pelos cantos?
– rimos, e muito ainda por cima, eu realmente imaginei a cena.
- Nada! A gente subia para o quarto e
dormia por lá mesmo.
- Ah! Vai dormir Justin! Vai – ele riu ainda mais, se fosse
possível.
- Credo que menina maliciosa! – e outra gargalhada alta por parte
dele e mais uma vez me segurei para não rir tanto.
- Tchau Justin! –apressei para que desligasse.
- Tchau, tchau! – e ele desligou.
Eu conseguiria até dormir rápido, sabe, ainda
estava com sono, mas um maldito sorriso não queria sair do meu rosto. Respirei
fundo e ele acabou saindo para que eu dormisse de novo, mas custou.
Capotei,
dormi muito, só não parava quieta um segundo, mas dormi e acordei com fome como
era de se esperar, mas a hora do almoço já tinha passado há muito tempo, a
questão é, quando se vai fazer 18 anos seus pais param de te acordar, pois
acham isso um sinal de responsabilidade acordar na hora certa para comer ou
fazer seja lá o que fosse, então, mesmo com os meus pais em casa fui acordar
realmente muito tarde.
-
Mãe, comer! O que tem?
-
Fala coisa com coisa menina!
-
Coisa com coisa e agora comida?
- Sei
lá, se vira, ninguém mandou você acordar agora – melhor eu ficar quieta.
Apesar da fome a da preguiça, fucei a
geladeira toda até achar algo para comer, achei e tive que fazer algumas coisas
para complementar o baita lanche que fiz para substituir o almoço. Comi e
queria mais, ultimamente acho que meu estomago não tem fundo, mas resolvi não
comer, sei lá, o problema iria ser não ficar como uma esfomeada na festa de
natal.
Que
lindo isso, em pleno natal e eu dormindo o dia inteiro, que exemplo Lua! Mas Papai
Noel só vem de noite.
Realmente
ri com esse pensamento.
- Do
que você está rindo ai sozinha garota, ficou louca? – minha mãe olhou da sala
para mim.
-
Quase – eu ainda ria, foi engraçado oras! Minha mentalidade infantil às vezes,
ainda me surpreende.
Mais! Quero eles se beijando no natal nanaksnaksnaks
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