sábado, 7 de fevereiro de 2015

21º Capitulo: We Got the Attention of World to Us - Part 2.

Pov's Bieber
 Flashes. Ainda acho que fico cego por uma maldição dessas.
 Entrei no hotel ainda incomodado com as manchas coloridas que via por causa das luzes daquelas malditas câmeras fotográficas, o que me fez lembrar a vez que vim à França com Lua, ainda esse ano, e ela ficou brincando com as cores.
 Lua... desde aquele momento fora da cidade, a gente não tem se falado. Ela não me pediu desculpas pelo o que houve quando Joe estava lá e eu tinha minhas razões pra ficar com raiva dela, mas já estava doendo essa distância, vê-la e não falar com ela, sentir seu cheiro, ver seus olhos, sua boca... queria tanto ceder, tantas vezes pensei em fazer isso, mas não! Ela está errada e enquanto não me pedir desculpas, não vou ceder!
 Subi até o quarto, estava nervoso, mas era só cansaço. Ryan estava comigo, recomentando sobre os eventos durante os dias que ficaríamos aqui, eu tentava escuta-lo, mas não consegui muita coisa. Eu só queria entrar no quarto e ficar sozinho.
- Caitlin já chegou? – perguntei cortando o assunto, antes que ele arranjasse mais coisas pra falar sobre trabalho.
- Já sim, faz pouco mais de uma hora.
- Depois eu passo no quarto dela pra dizer um oi.
- Por que você trouxe essa garota, JB? Sabe que se alguém a vir aqui vai voltar com todos os rumores que estão juntos e vai ser uma complicação.
- Já tinha tudo reservado Ryan, só faltavam as passagens.
- E por que não o Chris, ao invés da irmã dele?
- O nome no hotel era de garota, e sabe, Chris não é uma garota. Não que eu saiba – rimos.
- Mas e a Lua?
- Sabe que não estamos muito bem.
- E então você prefere dar a passagem pra Caitlin, sua ex-ex-namorada, do que pra garota que você gosta?
- Bem, estamos brigados.
- Bem, era melhor não ter dado pra ninguém.
- Não queria desperdiçar o quarto.
- Então era pra Lua estar aqui.
- Mas eu não podia dar a passagem pra ela!
- Por que não? Talvez se desse não estariam brigados ainda.
- Porque eu estaria cedendo, e ela é quem está errada – ele me olhou com uma expressão meio “fala sério”.
- Vocês deveriam ser menos orgulhosos.
- Ela que é!
- Eu disse vocês. Agora vou pro meu quarto, você está cansado, marrento e não ouviu uma palavra do que eu disse antes sobre os planos pra amanhã. Então deixa isso para amanhã – Ryan era um cara legal por isso, se fosse o Scooter, estaria reclamando e repetiria tudo umas cem vezes até ter certeza que escutei tudo. – Fui!
- Tchau – disse antes de que ele fechasse a porta.
 Levantei da cama, tomei um banho e troquei de roupa. Me senti mais desperto depois disso e também mais disposto, não muito, mas o suficiente pra ir ao quarto ao lado.
 Antes de sair do quarto olhei bem para o corredor para verificar se tinha alguém, mesmo sabendo que não teria – já que tomamos cuidados com a privacidade, apesar de sempre escapar alguma coisa. Saí e fui até a porta ao lado, bati de leve umas três vezes só que não aconteceu nada, achei até que tinha batido muito fraco, mas então percebi a maçaneta se movendo pra baixo, apesar disso, levou mais algum tempo até a porta realmente abrir.
 E lá estava ela, com o cabelo preso bem em cima e muitas mechas soltas, algumas no pescoço estavam com as pontas molhadas, uma roupa bem a vontade como se já tivesse se preparando para dormir, ou se não, dar uma volta pelo salão do hotel.
 Meu Deus! Como ela é linda!
- Lua? – perguntei surpreso, depois que parei de ficar deslumbrado.
 O problema é que sempre que ela me surpreendia eu ficava deslumbrado como se ela fosse o próprio sol.
- Oi – ela sorriu sem graça e deu uns dois passos pra trás, para que eu entrasse no quarto.
 Parecia até uma pessoa fofa.
- O que está fazendo aqui?
- Caitlin foi à minha casa ontem, me deu a passagem dela, disse que era pra eu vir. Não tive muita certeza, mas resolvi vir nem que fosse pelo passeio, caso me escorraçasse.
- Eu não faria isso, você sabe.
- É, mas você não está muito contente comigo, podia não querer olhar para minha cara e me evitar, e isso, para mim, seria a mesma coisa.
- Parece que você que não quer olhar pra mim cara.
- Eu? Por quê?
- Apareceu toda estranha na minha casa, me fez dirigir feito louco e então, nada mais.
- Não nos vimos muito, nem nos falamos muito desde então. Eu sei. Mas também, eu estava no êxtase aquele dia, confiança no 100% e eu precisava te mostrar aquilo.
- E eu te agradeço por isso. Me senti muito bem de um jeito diferente, e foi bom – ela franziu o cenho me encarando.
- Olha Justin, eu fiz aquilo pra te mostrar as coisas, para que entendesse melhor o meu ponto de vista daquele ano – disse num tom e feições levemente alarmadas –, mas isso quase me destruiu. Quase acabei comigo mesma em várias formas por causa desse problema, precisou de toda aquela confusão com o Joe em Stratford para finalmente encontrar certo “equilíbrio”.
- Relaxa, Lua. Ta tudo sobre o controle – as feições dela não suavizaram, talvez até se tornaram ainda mais fortes.
- Só, pelo amor, toma cuidado! – sorri de canto de boca.
- Ta preocupada comigo, Houston?
- Pergunta idiota em, Bieber!? – sorri por completo.
- Mudando de assunto – disse ainda sorrindo –, quero te mostrar uma coisa, se é que já não descobriu – dei mais um passo a frente e fechei a porta.
- Descobriu o que? – sorri ainda mais.
- Vem cá, da uma olhada – fui até a porta que tinha na lateral do quarto, ao lado do guarda roupa, quase escondido.
 Passei a mão pela porta até chegar a maçaneta, totalmente animado com a surpresa, e então abri.
- É sério isso? – ela arqueou as sobrancelhas. – Quartos ligados e você queria trazer a Caitlin, Bieber?
- Você sempre foi o primeiro plano, só que a gente brigou e aí...
- E aí você chamou a Caitlin?
- Espera! – ri. – Isso é ciúmes? – ela fez uma cara de surpresa e eu ri ainda mais. – Pela primeira vez eu vi Lua Houston com ciúmes! Que dia épico!
- E desde quando você fala “épico”?
- Qual o problema? – disse tentando segurar a risada. – Você fala “épico”.
- Pois então, eu falo, você não.
- Não foge do assunto, Houston!
 A essa altura já tínhamos atravessado, e estávamos parados no meu quarto próximo à porta de alvenaria.
- Sempre tem a primeira vez – confessou fazendo careta.
 E eu ria tanto que meu abdômen começou a doer, minhas bochechas ardiam de dormência, se é que isso é possível. Me curvei pra frente abraçando o barriga, ciúmes, Lua demonstrando ciúmes, e eu ria ainda mais só de pensar nisso.
- Justin! Para! – eu não conseguia. – Deixa de idiotice! Para de rir! – eu realmente não conseguia! – Para! – foi um ultimato.
 Não parei, estava me faltando ar, mas não conseguia parar de rir. Achei que ela sairia do quarto batendo pé, ou a porta, ou os dois, mas não foi isso que ela fez de primeira.
 Quando a Lua parar de me surpreender bancando a louca, já devo estar em um caixão.
 Ela me empurrou para que eu ficasse mais ereto e me jogou em direção a parede, agarrou minha camiseta me puxando pra frente e me beijou de um jeito caloroso e furioso, sua língua passeava pela minha boca com urgência, nossos lábios se pressionavam com extrema saudade, mordeu meu lábio com força e puxou me causando uma dor excitante.
 E então, fez o que melhor sabia fazer: Parou e fugiu.
  Saiu do quarto pela mesma porta que entrou a batendo como imaginei que faria e me deixando com cara de idiota abismado, como se fosse alguma novidade.
 Dei um jeito de voltar a sanidade e fui atrás, tentei abrir a porta que dividia um quarto do outro e adivinhem? Ela trancou! Como se não bastasse todo o show, ela tranca a porta!

 Bom, pelo menos parei de rir.
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Não sei alguém aí vai sentir saudades daqui a pouco tempo, quando eu postar o final. Mas, já terminei de escrever há um tempinho, e já tive crises de saudades. Mas vamos deixar esse papo mais para frente, né!?

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