terça-feira, 2 de abril de 2013

Capitulo 5 - Runaway. Parte 2.



Pov's Bieber

 Por que o mundo resolveu virar assim de cabeça para baixo? Podia ao menos ter me mandado um sinal, sei lá.
 Ok, o mundo não gira a minha volta, acho que a fama está tomando um pouco de mim – ou talvez mais do que eu imagine –, mas, de qualquer modo, a cada dia que passa está mais complicado viver, ou melhor... Quer saber? Não estou mais falando coisa com coisa.
 Melhor por as ideias em ordem. É o seguinte, achei que agora que a Lua voltaria, tudo ia ficar melhor, mais fácil, tranquilo. Eu não namoraria forçado, não viajaria pelo mundo todo me sentindo, não sozinho, sei lá, acho que solitário seria a palavra certa, mas pelo contrario – aconteceu tudo o contrario – está difícil conviver com ela tão perto de mim e agindo como uma louca.
 Louca como? Vamos dizer: Ela me beija, depois me ignora; de repente eu sou importante e do nada, começa a me tratar com indiferença; diz que somos apenas amigos, mas provoca mais do que nunca! Meu Deus! O que ela quer? Está me deixando louco assim!
 E o mais interessante é que fico ainda mais apaixonado por ela.
Aqueles olhos castanhos, aquele jeito meigo e chato de implicar, eu não sei, cada momento que posso estar ao lado dela descubro o quanto ela é perfeita para mim. Possessivo? Bobo? Apaixonado demais? E daí? Eu só a quero para mim de novo, só isso.  
- Justin? Você ta bem?
- Ah claro que to! Muito bem, olha para mim! Não vê como estou bem?
- Andou tento aula de sarcasmo com a Lua?
- Eu não preciso que você me lembre dela – me virei na cadeira giratória ficando de costas para o Chris.
- Eu sabia!
- Sabia o que?
- Que só tendo Lua Margareth Houston para você ficar explosivo desse jeito!

Flashback on:
“- Lua! Vamos está tarde! – Sra. Anna gritou de algum lugar dentro da casa.
- Tenho que ir, está realmente tarde – ela me disse depois de ter olhando no celular.
- Poxa, já?
- É – ela fez um biquinho triste e eu não resisti em dar um selinho.
- Fica só mais um pouquinho, por mim – sorri e ela pareceu pensar no meu pedido.
- Filha! Vamos! – dessa vez o Sr. Phil apareceu na porta da cozinha.
- Só mais um pouco pai – inclinei a cabeça para trás e dei um sorrisinho quando notei o pai dela me fuzilando.
- Juízo em garota!
- Juízo é o meu nome do meio!
- Mentira seu nome do meio é Margareth!
- Pai!
- Seu nome do meio é Margareth? – perguntei tentando não ri.
- Pai, sai daqui xoxo! – ela se levantou, foi até ele e o empurrou casa à dentro.
- Ok, Ok – nós dois riamos, foi inevitável. Depois ter expulsado o pai ela voltou para perto de mim.
- Ta, pode ri – soltei uma gargalhada alta. – Ta chega né? – não consegui para. – Justin Bieber aí de você se não para de ri agora! – coloquei a mão na boca tentando não rir mais. – Ok, muito obrigada.
- Mas que diabos de nome é Margareth?
- É um nome ué! É o nome da minha avó e bom, a minha mãe resolveu colocar em mim.  E você que é Drew? – ela olhou para cima como se pensasse. – É não tem comparação – ri.
- Ainda bem que você sabe!
- Credo Justin! Assim eu vou embora – ela ameaçou levantar.
- Não, não! Fica! – a puxei pelo braço aproximando ela de mim, depois a envolvi em um abraço.
- Vai parar de me zoar pelo meu nome do meio?
- Claro, claro – deixei escapar uma risadinha e ela me encarou. – Desculpa.
- To com frio – ela gemeu e eu soltei uma risadinha baixa.
- Vem – a aconcheguei em meus braços e abri a jaqueta em uma tentativa de a enrolar para passar o frio
- Melhorou!”
Flashback off

- Justin! Por que você está sorrindo cara? – Chris estava em pé na minha frente e com a testa franzida.
 Quando voltei a mim e situei no que estava acontecendo, fechei a cara na hora desaparecendo com um provável sorriso e uma expressão de satisfação que a lembrança repentina me trouxera.
- Por nada.
- “Por nada”? Sei – ele disse desconfiado e incrédulo.
- Ah! Qual é Chris!?
- “Qual é”? Eu que te pergunto qual é! Fico te chamando, gritando, berrado pela eternidade enquanto você viaja para sei lá onde e fica sorrindo que nem um idiota.
- Não é nada, já disse.
- Cara, você pode mentir para a minha irmã, para o Scooter, para a sua mãe, para a Lua e até para você mesmo! Mas não adianta tentar mentir para mim, muito menos quando se trata de você e a Lua, então fala logo que eu já estou sério a tempo demais.
 Ele me encarava de um jeito estranho, acho que o Chris realmente amadureceu e era muito estranho pensar nisso já que estou falando de Christian Jacob Beadles, o garoto que era quase impossível imaginar agindo de um modo maduro.
 Convencido que ele não iria sossegar até que eu lhe desse uma resposta, me levantei e passei a mão na nuca pensando por onde começar.
- Caitlin está aí mesmo não né?
- Não, ela saiu sei lá para onde, mas sei que demora – cocei a cabeça e me joguei sentando na cama.
- Descobri que todo esse tempo foi superficial, quero dizer, claro que realmente tenho aquela sensação boa quando subo no palco e aquela emoção irada quando as garotas gritam meu nome, chega a ser engraçado! E ainda não acredito que posso fazer uma garota ir à loucura e ficar rouca de tanto gritar só se eu disser “Oi” – eu sorria só de pensar, era realmente legal e louco tudo isso, mas meu sorriso se desfez e voltei a expressão pensativa –, mas, depois que a Lua voltou eu notei que tudo que já é bom poderia ser ainda melhor. Me sinto um idiota por cair assim nas garras de uma garota.
- Nas garras? Irmão! Você não caiu, se jogou de uma vez! E não foi só nas garras, foi no resto todo.
- Você não estava brincando quando disse que estava sério a tempo demais – ele fez um gesto com a cabeça concordando. – Eu estou odiando namorar a Caitlin.
- Eu sei.
- Sabe?
- Cara, você corre só de saber que ela está chegando perto! Acho que até ela sabe, só não quer te lagar.  
- E por que ela não desiste de uma vez? To ficando infeliz com isso!
- Você fala como se não conhecesse a Caitlin. Boa sorte com ela, vai precisar.
- Eu sei. Bom – me levantei –, é melhor eu ir para casa, a história dos paparazzi já deve ter se espalhado e... tchau.
- Tchau.
 Voltei para casa confuso, estressado, irritado, frustrado e mais uma mistura de sentimentos que eu mal sabia dizer quais eram. Estava exausto apesar ainda nem ter escurecido, mas só de pensar em ter que relembrar e explicar tudo o que aconteceu – ainda à cena dos paparazzi – para minha mãe e o Scooter e mais sei lá o que ou quem, me dava vontade de ir para cama e só sair de lá no outro dia.
 Como eu pensava, tive que ficar sentado no sofá e contando tudo até que resolvesse não faço ideia do que, tudo já estava na internet e a noticia se espalhara facilmente. Eu sabia que ia acontecer tudo isso, mas mesmo assim estava nervoso por uma única coisa e dentre aquele monte de ligações e viagens por sites, fiquei realmente aliviado ao saber que nenhuma das fotos liberadas mostrava que a garota comigo era a Lua.

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