sábado, 15 de junho de 2013

6º capitulo: The California Sun. Parte 8.


Pov's Houston
 Aqueles lábios nos meu de novo, eu não poderia cometer o mesmo erro do elevador, apesar de ter realmente achado que ele teria algo para conversar comigo. Que inocência a minha! Como eu pude pensar isso? Era o Justin! O jeito que ele me beijava era quase o mesmo de qual eu me lembrava, mas com um jeito quente diferente, com um desejo bem maior do que o de antes, afinal, crescemos.
 Seu beijo, seu toque, era tudo mais ousado e eu não ficava atrás. A carne é fraca, o que eu posso fazer? Ok, nem tão fraca assim. Eu simplesmente não consigo ir muito além, algo me impede e não me refiro ao fato de estar no “camarim” do Justin com, acho que, umas centenas de pessoas passando do lado de fora, sendo que qualquer uma poderia abrir a porta já que ela não estava trancada, me refiro a algo em mim, talvez culpa, não sei, mas de que? Quando tive a oportunidade o afastei então, tinha algo de errado, eu não estava em paz com algo que eu mesma sequer sabia o que.
  Scooter me viu quando eu estava indo junto com Justin para a passagem de som, é, era de se esperar que não fosse um encontro muito amigável – nada entre nós dois é amigável, sequer, agradável – enfim, não resisti em dar algumas respostas, nunca resisto, é sempre automático principalmente quando se trata de Scooter Braun. E quando ele já estava aponto de me matar, Justin me tirou praticamente me arrastando para longe, ele parecia estar bravo por eu ter implicado, mas no final não resistiu em não rir.
 No final, me sentei na arquibancada – onde no dia seguinte teria alguma garota gritando histérica para o garoto que tinha acabado de me agarrar – junto com Chris, Jeremy e a fofa da Jazzy.  As músicas não me fizeram muito bem, senti um nó na garganta e um aperto no coração e o fato dele ter ficado o tempo todo olhando para mim não ajudou em nada, mas sorri, fingi que estava tudo bem e ele, como todos ali, acreditaram.
 Fomos para o hotel e nem sinal da Caitlin, já tinha escurecido e a parte de trás estava vazia. Entramos por lá e fomos direto para o quarto do Justin, não tinha o que fazer, o máximo dormir ou assistir tevê, iria ser tedioso demais, então subimos para o último andar, uma das suítes presidencial do hotel, era enorme e espaçosa, podia juntar o meu quarto com o do Chris e mais um, talvez desse quase o quarto. Tinha uma cama de casal com lençóis brancos de algodão, assim como o do meu quarto, mas, a cama tinha a cabeceira de madeira maciça decorada e com a borda dos lençóis em dourado, além disso, tinha outros móveis de madeira, todas do mesmo tom da cama e com um mesmo enfeite.
 Detalhe a parte: o quarto estava uma zona.
 Ficamos jogando conversa fora, rindo e passando vergonha na medida do possível, até que a Caitlin chegou. Ela ficou irritada por eu está ali, mas que culpa eu tenho se foi ela que sumiu o dia inteiro?
- Eu estou começando a ficar entediado – Chris resmungou e nesse exato momento o telefone do quarto toca e Justin atende.
- Oi? – quem quer que estivesse do outro lado falou um pouco. – Ah claro, obrigado. – ele desligou o telefone e se levantou. – Ok, quem quer sair do quarto um pouco?
- Mas Justin, está bem tarde!
- Relaxa Caitlin, eu não vou sair do hotel.
- Então quer ir aonde? – enfim perguntei.
- À piscina, que tal?
- À piscina? A essa hora? Ta louco? – perguntei.
- Não para entrar, claro, é só ficar lá.
- Sentados olhando para água?
- É – ele balançou a cabeça positivamente na minha direção.
- Mas deve ter gente lá Justin! – Caitlin se preocupou.
- Não tem não, o carinha do hotel me ligou para avisar que está vazio – ele voltou a olhar para mim depois de ter virado a atenção para a Caitlin. – Ninguém vai ver – indireta para mim, acho que só a namorada dele que não percebeu.
Dei de ombros.
- Então vamos! – Chris se levantou num pulo e nós duas, às únicas ainda sentadas, nos levantamos também.
- Vamos – Justin pegou o violão que estava perto da cama.
 Saímos do quarto todos juntos, e fomos para o elevador de serviço, isso já tinha ficado comum e automático, se o Justin estivesse junto era pelos fundos.
 Quando chegamos à piscina, carregamos dois bancos do barzinho que tinha perto para mais próximo a borda. Cada banco dava umas três pessoas, mas Caitlin pegou uma cadeira de plástico qualquer quando notou que Chris não iria ceder o lugar dele no banco junto com Justin, ela poderia sentar ali, mas e o violão? O fato era que comigo ela não sentaria, o que eu achei bom, mais espaço. Deixamos os bancos paralelos e Caitlin deixou a cadeira entre eles, de costas para a água.
- Quem começa? – perguntei e todos olharam para o Justin.
- Não posso, tenho um show amanhã, e o sereno também não ajuda.
- Então toca aí – Chris pediu, então Justin pôs o violão no colo e eles deram um jeito de entrar em sincronia para cantar “Teddy Picker” do Arctic Monkeys.
 Em seguida foi a Caitlin, ela cantou uma música lá, acho que era Demi, tenho quase certeza, mas não posso afirmar porque não ouço as músicas da Demi Lovato. E essa foi à única vez que cantou sozinha, de todos ali ela era quem cantava pior, não que alguém tenha dito ou rido quando ela cantou. Foram várias músicas num coral, era engraçado e riamos muito! Teve algumas dançinhas legais e outras constrangedoras.
 Cantei “Things I’ll Never Say” da Avril Lavigne de primeira, e quando cantei a parte: “Marry me today?”, no refrão da música, Chris gritou: “Sim!” e Justin o chutou sem jeito por causa do violão. Foi engraçado.
 Depois de mais algumas músicas em coral, ficamos sem opções, na verdade eu tinha, mas não estava querendo cantar.
- Alguém quer cantar mais alguma? – Justin perguntou.
Silêncio. Sinceramente, eu já tinha cantado: “Porque eu sei que você vale a pena” e “Casa comigo hoje?” nada o que eu poderia dizer em outras músicas seria pior.
- Dá o violão, quero tocar um pouco, há tempo que não faço isso – Justin me entregou e eu ajeitei em meu colo, tocando até achar o tom certo de começar. – Lá vou eu cantar música de garoto, mas, o que posso fazer? – logo em seguida comecei a tocar a música.

Remember when I touched your hand the ocean faded in the night
Your song, your smile, your texas style, those blue eyes girl they doing by

I'm so sick
If I don't know
It's not that hard to let it show
Just say the word
And we will go from every high to every low
This time

Era uma música de um cara para uma menina, mas eu gostava e sempre me lembro dela quando se trata da Califórnia.

We can't go back,
It's too late to say goodbye
We can't turn back time,
I don't wanna turn back time

We can't go back,
Even if we try
We can't turn back time,
I don't wanna turn back time
I'm not waiting for the day when
You come back to the California Sun
The California Sun

 Acho que o fato do nome da música ser “Califórnia Sun” era o que me fazia lembrar sempre de cá, principalmente a um tempo atrás quando meu sonho era conhecer a Califórnia.

This days are gone I wrote this song to say
The words I never said
Leave you behind I lost my mind can't get you out of my head
And I can't speak and I can't sleep
And I'll tell you what you want in me
Just take my hand
And you will see
Forever yours I could be
This time

“Então pegue a minha mão e você verá que posso ser seu para sempre” Não há o que comentar.

You're beautiful, you're beautiful
Your face has made mazes in my eyes
You have to loose some control
And I don't know why

 Apesar de que, quem deveria está cantando essa música deveria ser um garoto não tira o fato que dava para uma menina cantar para um cara, ficaria estranho, fato, mas naquela situação poderiam usar como se eu estivesse cantando “indiretamente” para o Justin, o que não é verdade, bom, em partes, estaria mentindo se eu dissesse que não lembrei dele, principalmente – talvez, não sei dizer bem, é confuso – quando cantei: “Nós não podemos voltar no tempo, eu não quero voltar no tempo”. Faz sentindo, e nem preciso pensar muito na situação para ver o quanto faz.
 Começou a ficar tarde demais então fomos subir, colocamos os bancos no lugar que estavam antes e fomos para o mesmo lugar que saímos, mas dessa vez o elevador demorou.
 Chris e Caitlin estavam um do lado do outro esperando o elevador, Justin e eu estávamos atrás. Peguei o meu celular e mandei:
“Vê se dessa vez não invade meu quarto, agradeço desde já”.
Logo chegou. Ele se assustou e pegou o celular com a testa franzida, mas quando leu soltou uma gargalhada. Os Beadles olharam para cara dele, mas Chris foi mais esperto, ele olhou para minha e logo teve uma noção do que deveria ser, bom, ele sacou que tinha a ver comigo. Já Caitlin, apenas ficou confusa depois olhou para frente quando o elevador chegou.
 Subimos em silêncio, um mais cansado do que o outro pelo dia agitado, na verdade nem foi tão agitado assim com exceção do Justin, Chris e eu dormimos depois fomos ver ele nos preparativos para o show, Caitlin foi bater perna e fazer compras o dia inteiro, e depois de tudo, apenas uma rodinha de música na piscina. Mas isso não quer dizer que o dia foi ruim, pelo contrário, foi muito bom.
 Quando cheguei ao meu quarto, tomei um banho para refrescar, pus o único pijama que trouxe, me joguei na cama e dormir.

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