Pov's Houston
Aqueles lábios nos meu de novo, eu não poderia
cometer o mesmo erro do elevador, apesar de ter realmente achado que ele teria
algo para conversar comigo. Que inocência a minha! Como eu pude pensar isso?
Era o Justin! O jeito que ele me beijava era quase o mesmo de qual eu me
lembrava, mas com um jeito quente diferente, com um desejo bem maior do que o
de antes, afinal, crescemos.
Seu beijo, seu toque, era tudo mais ousado e
eu não ficava atrás. A carne é fraca, o que eu posso fazer? Ok, nem tão fraca
assim. Eu simplesmente não consigo ir muito além, algo me impede e não me
refiro ao fato de estar no “camarim” do Justin com, acho que, umas centenas de
pessoas passando do lado de fora, sendo que qualquer uma poderia abrir a porta
já que ela não estava trancada, me refiro a algo em mim, talvez culpa, não sei,
mas de que? Quando tive a oportunidade o afastei então, tinha algo de errado,
eu não estava em paz com algo que eu mesma sequer sabia o que.
Scooter me viu quando eu estava indo junto
com Justin para a passagem de som, é, era de se esperar que não fosse um
encontro muito amigável – nada entre nós dois é amigável, sequer, agradável –
enfim, não resisti em dar algumas respostas, nunca resisto, é sempre automático
principalmente quando se trata de Scooter Braun. E quando ele já estava aponto
de me matar, Justin me tirou praticamente me arrastando para longe, ele parecia
estar bravo por eu ter implicado, mas no final não resistiu em não rir.
No final, me sentei na arquibancada – onde no
dia seguinte teria alguma garota gritando histérica para o garoto que tinha
acabado de me agarrar – junto com Chris, Jeremy e a fofa da Jazzy. As músicas não me fizeram muito bem, senti um
nó na garganta e um aperto no coração e o fato dele ter ficado o tempo todo
olhando para mim não ajudou em nada, mas sorri, fingi que estava tudo bem e
ele, como todos ali, acreditaram.
Fomos para o hotel e nem sinal da Caitlin, já
tinha escurecido e a parte de trás estava vazia. Entramos por lá e fomos direto
para o quarto do Justin, não tinha o que fazer, o máximo dormir ou assistir
tevê, iria ser tedioso demais, então subimos para o último andar, uma das
suítes presidencial do hotel, era enorme e espaçosa, podia juntar o meu quarto
com o do Chris e mais um, talvez desse quase o quarto. Tinha uma cama de casal
com lençóis brancos de algodão, assim como o do meu quarto, mas, a cama tinha a
cabeceira de madeira maciça decorada e com a borda dos lençóis em dourado, além
disso, tinha outros móveis de madeira, todas do mesmo tom da cama e com um
mesmo enfeite.
Detalhe a parte: o quarto estava uma zona.
Ficamos jogando conversa fora, rindo e
passando vergonha na medida do possível, até que a Caitlin chegou. Ela ficou
irritada por eu está ali, mas que culpa eu tenho se foi ela que sumiu o dia
inteiro?
- Eu
estou começando a ficar entediado – Chris resmungou e nesse exato momento o
telefone do quarto toca e Justin atende.
- Oi? – quem quer que estivesse do outro
lado falou um pouco. – Ah claro,
obrigado. – ele desligou o telefone e se levantou. – Ok, quem quer sair do
quarto um pouco?
- Mas
Justin, está bem tarde!
-
Relaxa Caitlin, eu não vou sair do hotel.
-
Então quer ir aonde? – enfim perguntei.
- À
piscina, que tal?
- À
piscina? A essa hora? Ta louco? – perguntei.
- Não
para entrar, claro, é só ficar lá.
-
Sentados olhando para água?
- É –
ele balançou a cabeça positivamente na minha direção.
- Mas
deve ter gente lá Justin! – Caitlin se preocupou.
- Não
tem não, o carinha do hotel me ligou para avisar que está vazio – ele voltou a
olhar para mim depois de ter virado a atenção para a Caitlin. – Ninguém vai ver
– indireta para mim, acho que só a namorada dele que não percebeu.
Dei de
ombros.
-
Então vamos! – Chris se levantou num pulo e nós duas, às únicas ainda sentadas,
nos levantamos também.
-
Vamos – Justin pegou o violão que estava perto da cama.
Saímos do quarto todos juntos, e fomos para o
elevador de serviço, isso já tinha ficado comum e automático, se o Justin
estivesse junto era pelos fundos.
Quando chegamos à piscina, carregamos dois
bancos do barzinho que tinha perto para mais próximo a borda. Cada banco dava
umas três pessoas, mas Caitlin pegou uma cadeira de plástico qualquer quando
notou que Chris não iria ceder o lugar dele no banco junto com Justin, ela
poderia sentar ali, mas e o violão? O fato era que comigo ela não sentaria, o
que eu achei bom, mais espaço. Deixamos os bancos paralelos e Caitlin deixou a
cadeira entre eles, de costas para a água.
- Quem
começa? – perguntei e todos olharam para o Justin.
- Não
posso, tenho um show amanhã, e o sereno também não ajuda.
-
Então toca aí – Chris pediu, então Justin pôs o violão no colo e eles deram um
jeito de entrar em sincronia para cantar “Teddy Picker” do Arctic Monkeys.
Em seguida foi a Caitlin, ela cantou uma
música lá, acho que era Demi, tenho quase certeza, mas não posso afirmar porque
não ouço as músicas da Demi Lovato. E essa foi à única vez que cantou sozinha,
de todos ali ela era quem cantava pior, não que alguém tenha dito ou rido
quando ela cantou. Foram várias músicas num coral, era engraçado e riamos
muito! Teve algumas dançinhas legais e outras constrangedoras.
Cantei “Things I’ll Never Say” da Avril
Lavigne de primeira, e quando cantei a parte: “Marry me today?”, no refrão da música, Chris gritou: “Sim!” e Justin
o chutou sem jeito por causa do violão. Foi engraçado.
Depois de mais algumas músicas em coral,
ficamos sem opções, na verdade eu tinha, mas não estava querendo cantar.
- Alguém
quer cantar mais alguma? – Justin perguntou.
Silêncio.
Sinceramente, eu já tinha cantado: “Porque eu sei que você vale a pena” e “Casa
comigo hoje?” nada o que eu poderia dizer em outras músicas seria pior.
- Dá o
violão, quero tocar um pouco, há tempo que não faço isso – Justin me entregou e
eu ajeitei em meu colo, tocando até achar o tom certo de começar. – Lá vou eu
cantar música de garoto, mas, o que posso fazer? – logo em seguida comecei a
tocar a música.
Remember
when I touched your hand the ocean faded in the night
Your
song, your smile, your texas style, those blue eyes girl they doing by
I'm
so sick
If
I don't know
It's
not that hard to let it show
Just
say the word
And
we will go from every high to every low
This time
Era
uma música de um cara para uma menina, mas eu gostava e sempre me lembro dela
quando se trata da Califórnia.
We
can't go back,
It's
too late to say goodbye
We
can't turn back time,
I
don't wanna turn back time
We
can't go back,
Even
if we try
We
can't turn back time,
I
don't wanna turn back time
I'm
not waiting for the day when
You
come back to the California Sun
The California Sun
Acho que o fato do nome da música ser
“Califórnia Sun” era o que me fazia lembrar sempre de cá, principalmente a um
tempo atrás quando meu sonho era conhecer a Califórnia.
This
days are gone I wrote this song to say
The
words I never said
Leave
you behind I lost my mind can't get you out of my head
And
I can't speak and I can't sleep
And
I'll tell you what you want in me
Just
take my hand
And
you will see
Forever
yours I could be
This
time
“Então
pegue a minha mão e você verá que posso ser seu para sempre” Não há o que
comentar.
You're
beautiful, you're beautiful
Your
face has made mazes in my eyes
You
have to loose some control
And I don't know why
Apesar de que, quem deveria está cantando essa
música deveria ser um garoto não tira o fato que dava para uma menina cantar
para um cara, ficaria estranho, fato, mas naquela situação poderiam usar como
se eu estivesse cantando “indiretamente” para o Justin, o que não é verdade,
bom, em partes, estaria mentindo se eu dissesse que não lembrei dele,
principalmente – talvez, não sei dizer bem, é confuso – quando cantei: “Nós não
podemos voltar no tempo, eu não quero voltar no tempo”. Faz sentindo, e nem
preciso pensar muito na situação para ver o quanto faz.
Começou a ficar tarde demais então fomos
subir, colocamos os bancos no lugar que estavam antes e fomos para o mesmo
lugar que saímos, mas dessa vez o elevador demorou.
Chris e Caitlin estavam um do lado do outro
esperando o elevador, Justin e eu estávamos atrás. Peguei o meu celular e
mandei:
“Vê se dessa vez não invade meu
quarto, agradeço desde já”.
Logo
chegou. Ele se assustou e pegou o celular com a testa franzida, mas quando leu
soltou uma gargalhada. Os Beadles olharam para cara dele, mas Chris foi mais
esperto, ele olhou para minha e logo teve uma noção do que deveria ser, bom,
ele sacou que tinha a ver comigo. Já Caitlin, apenas ficou confusa depois olhou
para frente quando o elevador chegou.
Subimos em silêncio, um mais cansado do que o outro
pelo dia agitado, na verdade nem foi tão agitado assim com exceção do Justin, Chris
e eu dormimos depois fomos ver ele nos preparativos para o show, Caitlin foi
bater perna e fazer compras o dia inteiro, e depois de tudo, apenas uma rodinha
de música na piscina. Mas isso não quer dizer que o dia foi ruim, pelo
contrário, foi muito bom.
Quando cheguei ao meu quarto, tomei um banho
para refrescar, pus o único pijama que trouxe, me joguei na cama e dormir.
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