sexta-feira, 16 de agosto de 2013

8º Capitulo: Dream. Parte 1.



Eu, definitivamente, não tinha nada sobre controle.
- Não.
- Por favor.
- Não.
- Por favor, Lua!
- Não Justin!
- Por favor.
- Não.
- Por favor!
- Não Bieber! – me virei para ele – É arriscado, não dá! Eu simplesmente não posso! – e então voltei a andar em direção a minha casa.
- É meu aniversário!
- Problema é seu.
- Por favor!
- Já disse que não! – e então fechei a porta da minha casa.
 Que cara chato! Insistente! Como ele pode me pedir algo assim? Ele mesmo deveria saber o quanto é arriscado! Eu ainda sou traumatizada com a perseguição de paparazzi! “É meu aniversário”, ok! Compramos um bolinho! Um cupcake mesmo serve, colocamos uma velinha em cima e cantamos parabéns, resolvido! Mas isso não! Não! E não!
 Me joguei no sofá bufando de tão irritada! Ele estava pedindo demais!
- Lua? O que foi?
- Nada pai.
- Tem certeza? Só falta sair fumaças pelos seus ouvidos, igual nos desenhos animados.
- Já disse que não é nada – peguei a minha mochila que eu havia jogado no sofá ao me sentar e então levantei andando até a escada. – Vou tomar um banho e fazer o que tenho que fazer, mais tarde tem a maldita noite de filme na casa do Justin.
- Então ta – ele se virou e voltou para cozinha tomando um gole do café enquanto eu subia as escadas com passos pesados.
  Parecia que o peso do mundo estava sobre as minhas costas, ou que o Dumbo na fase adulta resolveu pousar nelas, tanto faz, é tudo peso. Resolvi então tomar um banho para relaxar – ou pelo menos tentar –, mas a minha cabeça estava tão a mil que nem isso consegui direito, fiquei menos irritada, fato, e consegui por os pensamentos mais em ordem, mas perdi totalmente a noção de tempo, era muita coisa para levar em conta.
 Eu queria, não vou negar, o pedido dele é tentador, mas, maldito medo! Sempre atrapalhando tudo! O pior que isso só acontece quando se trata do Justin, eu era uma garota forte, sem medo, que corre a toda velocidade, exigindo o máximo de qualquer carro e que ama adrenalina, eu ainda mantinha essa visão de mim, mas quando se tratava de Justin Bieber minha “força” sempre se desfez como fumaça, eu ficava sem armas, sem defesas, era como se existisse a muralha da china a minha volta e quando ele sorria “puff” restava apenas destroços.
 Era um grande risco, eu sabia o que poderia acontecer se algo saísse errado, mas isso era o que mais me tentava! Apesar de ainda morrer de medo de paparazzi e tudo mais, a ideia da adrenalina me atraía e eu estaria com ele, eu, ele, apenas. Podia ser algo a se pensar... não Lua, não! É arriscado! De jeito nenhum! Não mesmo! Esqueça! Esqueça!
 Balancei a cabeça afastando o pensamento e desliguei o chuveiro, meus dedos estavam enrugados pelo tempo debaixo d’água. Pus um short, um top e saí enxugando o cabelo.
- Ah, oi pai.
- Oi – fui até o guarda-roupa e procurei uma blusa qualquer para vestir.
- Então... o que quer?
- Já que quer ir direto ao ponto...
- Vai, desenrola – me vesti.
- O que o Justin fez que você chegou bufando?
- Justin?
- Vai dizer que sua raiva mais cedo não tem a ver com ele!?
- De ter tem, não posso negar.
- Então o que foi? – fui para frente do espelho, para pentear o cabelo e controlar as minhas expressões o máximo possível para não transparecer as minhas emoções.
- Ele me fez um pedido.
- Casamento não né?
- Ta louco!? – praticamente gritei. – Não é para tanto!
- Ok, ok, continua.
- Bom, eu acho esse pedido um tanto perigoso e arriscado, mas...
- Você quer, seja lá o que for, você quer aceitar esse pedido – respirei fundo e assenti.
- O que me diz pai? – me virei para ele.
- Eu diria para seguir seu coração, mas é bem clichê. Você é uma garota inteligente Lua, sei o quanto a viagem para Nova York mexeu contigo e apesar de que ainda estou querendo saber onde foram parar os parafusos que você perdeu depois que fomos para lá – eu ri de leve –, sua mãe e eu ainda confiamos muito em você, por mais que não deveríamos.
- Hey! – ele riu e continuou.
- Você já vai fazer 18 anos filha, não acredito o quanto cresceu e como passou rápido. 18 anos. Faz tempo que nós não podemos tomar as decisões por você. Lembra do que me disse quando descobri que estava correndo de carro? Você disse que a vida é para se arriscar, é para viver.
- Lembro, você até me disse: “Isso mesmo! Para viver e não tentar se matar!” – ele riu mais forte do que a última vez.
- Você sabe o que é melhor para você e mesmo se não souber tem que aprender. É errando que se aprende, outra frase clichê, mas é mais importante do que a primeira. Lembra de uma coisa que você mesma disse: Se você nunca se ariscar, nunca vai saber se irá se arrepender ou não. Nunca se arrependa do que fez, porque você de algum modo queria, se arrependa do que não fez.
  Ele quis dizer o que com isso? Eu aceito ou não?
- Bom, tenho que ir trabalhar agora. Will Beadles, pai do seu amigo, é um excelente funcionário! É um prazer tê-lo como colega de trabalho. – ele caminhou em direção a porta. – Tchau Lua, até de noite.
- Pai, vou para casa do Justin esqueceu?
- É, ta certo. Então juízo, por tudo que é mais sagrado, você já fez besteiras demais.

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