domingo, 8 de junho de 2014

14º Capitulo: Another. Parte 1.

Pov's Bieber
 Saí do colégio com umas 17 cartas a mais, de fãs na mochila e uns 7 perfumes femininos misturados ao meu, no mínimo! Essas coisas não aconteciam – tanto – quando Lua está por perto, mas ela me abandonou na última aula sei lá por que. Quando ela está comigo, ao invés de 20, só 10 meninas se aproximam na cara dura – não sei porque, já que Lua apenas ri da minha cara e me zoa o resto do dia, talvez tenham medo de que ela quebre o nariz delas como fez com Louise a dois anos atrás.
 Mal sabem elas que Lua sequer é ciumenta, nem como amiga, nem como namorada, muito menos como quase namorada.
 Do lado de fora não tinha tanta gente aglomerada no pátio, consegui encontrar Lua com os olhos. Ela estava ao lado do portão, rindo feito louca junto com Kyle, eles conversavam animados e o assunto parecia render bastante.
 Eu gostava desse cara, gostava, mas ele já está começando a me dar dor de cabeça – sim, estou com ciúmes e não nego.
 Fui até os dois, andando depressa para que ninguém me parasse – o que foi em vão, mas não totalmente – e quando me aproximei, resisti ao impulso de abraça-la pela cintura, de qualquer modo, Kyle sabia da nossa história, mas ainda sim tenho ciúmes e que se dane.
- Obrigado por ter me abandonado Srta. Houston! Agora vai ter que me ajudar a dar um jeito nessas mil cartas na minha mochila – ela me olhou confusa por alguns segundos, afinal, não me viu aproximar, depois riu.
- De nada Sr. Bieber. Deveria agradecer ao amor das suas Beliebers – disse sorrindo e segurando uma das alças da mochila, a que estava no ombro.
- Todos os dias! Mas agora vamos antes que me ataquem.
- Neurótico! – riu. – Tchau Kyle, a gente se fala depois!?
- Beleza. Tchau – ele respondeu.
- Tchau cara.
- Tchau – disse e ele respondeu já se afastando, assim como nós. – E esse cara...
- Amigos – ela me cortou –, apenas amigos nada mais do que isso.
- Você disse a mesma coisa do Taylor.
- Por favor Justin, sem crises de ciúmes – disse sorrindo.
- É mais forte do que eu, você sabe.
 Andamos de pressa, já foi o tempo que conseguíamos andar com calma e fazer o que quiséssemos na rua, desde aquele dia da perseguição dos paparazzis, Lua e eu estávamos mais cuidadosos, mas somos adolescentes irresponsáveis de um jeito ou de outro, o que queríamos mesmo é nos agarrar sempre que tivéssemos vontade sem se importar com o lugar. E essa vontade surgia várias e várias vezes durante o caminho.
 - O álbum está pronto?
- Quase, falta só algumas produções serem terminadas e pronto, lançamos logo antes que todas as músicas sejam lançadas como singles e os CD mesmo nada.
- São quantas músicas?
- Doze, duas são Bonus Track.
- Quais eu já conheço? – franzi o cenho, pensando.
- A “Stuck In The Moment” que foi a que fomos a Atlanta gravar, e a “Overboard” que você cantou comigo, “Kiss & Tell” que foi a do show de talentos e “Up”, que foi a que eu citei na piscina.
- Acho que eu lembro. A minha música está nesse CD? Não ouvi ela no primeiro.
- Mas todas são para você.
- Não Justin, aquela música!
- Qual louca? São tantas.
- Aquela Justin! – ela começou a olhar para todos os cantos e um som estranho começou a sair do fundo da garganta, até que começou a ganhar ritmo. – Holding your hand... laugh... be me so sad – mais alguns múrmuros – this is so wrong, I can’t go on, till you believe... – ela me olhou.
- That Should Be Me.
- Essa mesmo! Está no álbum?
- Não.
- E por que não?
- Não tive coragem, é uma música particular demais.
- Particular para quem? É uma música sua Justin, suas fãs merecem ouvir, afinal, ela é ótima! Como todas as outras.
- Mas ela não é como todas as outras, foi escrita mais especialmente do que todas as outras. Ela é sua Lua, não teria coragem de por no CD.
- Ok, e eu preciso o que? Assinar uma autorização para você tocar? – ela me olhou impaciente, parou na porta da minha casa e se virou para mim. – Justin, lança a música, aposto que vai fazer sucesso, ela é sua! Você escreveu e se precisa que eu diga que está tudo bem, então eu digo, está tudo bem você tocar! Agora trate de ver com aquele seu produtorzinho e providenciar essa gravação logo! Nem que eu tenha que fazer uma procuração e esfregar na tua cara – ri e ela arqueou a sobrancelha. – Entendeu?
- Ok. Ok!  Agora vamos entrar, vem!
 Passei a sua frente e abri a porta, sendo seguido por ela. Eu tentava, sequer, segurar a mão dela na rua depois daquela perseguição e mais os flagras que sempre aparecem nos jornais, mas, dentro de casa estávamos mais seguros, então fechei a porta e em um movimento rápido, a puxei pelo braço, a abracei pela cintura enquanto ela passou os braços pelo meu ombro segurando minha nuca com uma das mãos. E ficamos nos agarrando ali mesmo, até minha mãe me gritar.
- Eu ouvi vocês chegarem! Parem de se agarrar na frente da porta e Justin, vem cá! – Lua estava meio inclinada para o lado de frente da casa e eu de costas para a porta. Então apenas a parei de beijar e levantei a cabeça, mas minha mãe não estava nos olhando. Pelo menos não naquele momento.
 Nos pomos direito em pé, recuperando o ar.
- Vou lá ver o que ela quer – apontei para a cozinha já andando até lá.
- Vou ficar aqui na sala de bobeira – Lua entrou na sala e deu tempo de eu a ver pulando as costas do sofá e cair sentada.

 Cheguei à cozinha e ouvi a TV ser ligada.

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