Naquele
momento, ouvimos a porta se abrir, Lana e eu olhamos na direção e vimos Marc
entrar.
-
Desculpa, não sabia que estava em sessão – disse olhando para mim.
- Não
é uma sessão, estamos apenas conversando. – Lana respondeu.
-
Desde que horas você está aqui Lua?
- Vim
para cá quando a aula acabou.
- E
você sabe que isso já faz quase três horas?
-
Sério? – perguntei surpresa e me levantei na mesma hora. – Bom, sabe que eu
tive uma vida agitada ultimamente – brinquei, Lana e ele riram pelo menos. –
Posso te perguntar uma coisa?
-
Acho justo que possa – Lana respondeu.
-
Vocês estão namorando? – os dois se entreolharam e sorriram um para o outro.
- É,
estamos. Está tão descarado assim? – Marc perguntou.
- Um
pouco – ri.
-
Talvez devêssemos aprender com você e o Justin – Lana disse.
-
Não, nós não somos o melhor exemplo, não mesmo! – Todos nós rimos.
- Por
que não? Juro que não esperaria que estivessem juntos.
- Mas
é muito descarado, muito mesmo! – ela olhou para Marc que concordou comigo com
um aceno de cabeça e nós dois rimos alto.
Lana acabou rindo com a gente também e
demoramos um tempo para conseguir parar.
-
Vocês ficam bem juntos – disse por fim. Marc abraçou Lana de lado e ela passou
o braço pela cintura dele. Eles sorriam.
-
Hum, obrigado. – Marc respondeu pelos dois.
- Não
temos o que Justin e você tem, mas, estamos bem felizes.
-
Sorte de vocês! Não desejo o que eu sinto por aquele astrozinho teen, para
ninguém!
- Por
quê? – Marc perguntou, Lana já deveria imaginar a resposta.
-
Porque dói – respondi de uma vez e o clima pesou.
- E
então Lua, Sabrina voltou a te perturbar? – Marc tentou mudar de assunto logo e
quase imediatamente o ar ficou mais leve.
-
Não! Ainda bem! Megan disse a Sabrina, que não gostava dela e que se mexesse
comigo ou com qualquer outro amigo dela, a expulsaria do time de cheeleaders, o
que realmente pode fazer, porque Megan é a chefe daquilo e Sabrina valoriza
demais o status de líder de torcida.
- Uau
– ele riu.
-
Falando na Megan, como ela está com Taylor? – Lana perguntou.
Acho ótimo ter duas pessoas jovens ocupando os
cargos com mais facilidade de chegar até a gente, se é que me entendem.
-
Eles brigam, voltam e se separam de novo, mas eles se gostam mesmo, só que essa
questão toda de popularidade e tal, acaba tendo muita coisa entre eles. Como
Justin e eu, apesar de que, as coisas entre a gente são de proporções bem
maiores.
- E a
peça de teatro Lua? Aquela que a professora de literatura disse que você seria
responsável porque respondeu ela na sala. – Marc queria rir ao dizer isso, era
tão evidente que só faltava estar escrito na testa dele.
- Ah,
isso! – ri. – O diretor não permitiu que fizesse, por sorte, minha conversa com
ele deu certo, afinal ele não vai muito com a minha cara – fiz uma careta e
eles riram de leve.
- E
por que não? – Lana perguntou com a testa franzida e sorrindo.
- O
chamei de subordinado do Scooter e mais várias coisas desagradáveis logo no
começo do ano, porque ele não queria me deixar na mesma sala que o Justin – dei
de ombros e eles gargalharam.
-
Bom, acho melhor todos nós irmos – Marc disse ao olhar o relógio depois de rir.
-
Também acho – concordei. – To com fome! – eles riram.
- Só
vou pegar minha bolsa – Lana disse e foi até a mesa que estava quando cheguei.
-
Então, tchau para vocês, vou logo para casa.
- Não
quer uma carona Lua? Ou está de carro?
- Não
Marc, estou sem carro, mas prefiro ir andando mesmo.
- Ok
então, até outro dia.
-
Até. Tchau Lana!
-
Tchau Lua.
Saí de lá e meio que corri pelos corredores,
estavam extremamente vazios, os alunos que ainda estavam lá deveriam estar no
ginásio treinando ou, talvez, na detenção. Mas já se passaram muito tempo desde
o final das aulas, então esses já deveriam ter ido. Parei para recuperar o ar
antes de passar pela porta e saí, descendo as escadas sem mais pressa.
De repente um carro parou de supetão em frente
ao portão principal, franzi a testa, mas continuei andando. Um garoto de
cabelos quase branco e arrepiado saiu de dentro. Eu sabia que conhecia aquele
carro de algum lugar.
-
Então é aí que você estuda? – ele sorriu de canto.
-
Gabe!?
- Oi,
gata.
- Que
diabos está fazendo aqui?
- Que
tal pagar aquela aposta?
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