sábado, 29 de novembro de 2014

18º Capitulo: There’s a Bad Girl in Every Good Girl - Parte 1

Pov's Bieber

 As coisas andavam muito corridas para mim, o CD estava quase sendo lançado e é nesse momento que o trabalho realmente começa devido à divulgação do novo álbum. Eu já tinha lançado um clipe, o outro está quase pronto para ser lançado semanas antes do álbum, automaticamente vem a divulgação da música do clipe, projetos, entrevistas... está tudo muito acelerado o tempo todo.
 Fazia algumas semanas que eu via pouco a Lua, ela ia para minha casa, me ajudava nas coisas da escola, então ficávamos juntos o tanto que desse, às vezes nos encontrávamos na escola no dia seguinte, mas, depois eu tinha que viajar de novo. Só essa última semana faltei três dias e, um dos outros dois, só fui porque tinha um teste de história. Cada vez mais eu acho que, o que Lua me disse em Nova York é verdade, principalmente, agora que eu sei que ela não vai fugir de mim – sim, estou falando de sexo – e sequer tenho tempo para isso, porque quando não estou ocupado com a minha carreira, estou tentando não reprovar, isso é de deixar qualquer cara louco! Muito, muito louco!
 Cheguei em casa na terça de tarde, pretendia não faltar mais até sexta – ordens da minha mãe – está cada vez mais próximo do fim do ano e as coisas começam a apertar agora, o pior é que para mim aperta dos dois lados. Enfim, eu tiraria a tarde para descansar e isso no meu dicionário quer dizer dormir, mas resolvi ligar para Lua, não sei bem porque ao mesmo tempo que sei, afinal, eu amo ela, mas ela não atendeu o telefone, apesar disso não me importei e resolvi mesmo dormir. Porém, bastou eu largar o celular para ele tocar de novo.
- Chris!?
- Irmão! Quanto tempo!
- Cara, pior que é mesmo! Mas eu tenho andado muito ocupado, você sabe...
- Eu sei, sua mãe disse que você ia ficar em casa até o final da semana.
- Até agora o plano é esse, nunca se sabe.
- Então a gente marca alguma coisa, é difícil quando seu melhor amigo não tem tempo para você! – juro que ele deve ter feito bico do outro lado da linha, o que me fez gargalhar alto.
- Relaxa cara! Aposto que você gosta de ficar tanto tempo com a Lua quando não estou por aqui.
- É legal cara, é muito legal – ele riu –, mas ela é menina!
- E desde quando isso faz diferença? – eu ria mais.
- Ah! Sei lá! Mas do mesmo jeito que ela tem amigas meninas eu tenho amigos meninos, mas ando mais com meninas do que meninos. Ah não ser o Kyle, ele é legal, mas você que é meu melhor amigo!
- Certo, certo Chris! – paramos um tempo, para recuperar o fôlego e parar de rir. – Cara, acho que vou desligar e dormir um pouco, to morto!
- Não, espera! Eu queria falar com você.
- Mas já não falou?
- Não, não era isso. É uma coisa séria.
- Séria como Chris?
- Muito séria! Posso aparecer aí?
- Não pode esperar?
- Sinceramente, não. É sobre a Lua.
- O que tem de sério sobre ela? O que houve?
- Posso ir aí cara? Prefiro não falar pelo telefone.
- Ta, ok. Pode vir, vou te esperar. Se eu cair no sono pode me acordar.
- Beleza, já eu apareço.
- Ok.
Desliguei e, apesar de eu ter dito, duvido que iria dormir, mas também, como poderia? Tem algo sério acontecendo com a Lua e eu não sei.
 Resolvi assistir televisão, mas acabou que ela ficou ligada enquanto minha mente fervilhava e eu sequer piscava, até alguém bater na porta. Levantei do sofá em pulo e abri a porta, ansioso e nervoso. Chris entrou antes mesmo que eu dissesse alguma coisa e foi direto para a sala, afinal, ele já era de casa e sabia disso.
- Então, o que tem de tanto importante para falar?
- Sua mãe está aí? – se sentou.
- Está lá em cima dormindo, coisa que eu deveria estar fazendo também, então acelera o assunto.
- Ok, ok – ele deixou o olhar disperso, sem saber por onde começar, depois chegou o corpo para frente e fechou a mão uma na outra, apoiando os braços no joelho. Então olhou para mim. – A Lua está estranha – xinguei.
- Você veio aqui e me deixou todo preocupado para dizer isso? Lua é estranha cara!
- E eu não sei disso? Sou amigo dela, idiota! Se fosse um estranho “normal” eu não estaria aqui falando com você! E nem estaria tão preocupado. – Chris não estava simplesmente sério, ele estava sério demais, não só para ele, mas para qualquer um. Isso me deixou preocupado de novo.
- Mas eu nunca vi nada de estranho nela ultimamente.
- Ultimamente você quase não está aqui e sempre acontece quando você não está.
- O que acontece? Diz logo!
- Ela parece cansada o tempo todo, dorme durante a escola e ta estranha, cheia de segredinhos por aí, já ouvi umas conversas estranhas... ou melhor uns pedaços delas.
- Que conversas?
- Não sei que conversas.
- Como você ouve e não sabe que conversas? Tem que saber!
- Eu realmente não sei que conversas são, irmão! Não dá para entender.
- Já perguntou a ela?
- Claro que já! Mas ela fugiu do assunto, todas às vezes que perguntei, sem contar o quanto ela parece distante.
 Eu estava confuso, nunca tinha percebido nada de errado, mas parecia que o mundo era outro quando eu não estava aqui, minha cabeça borbulhava naquele instante de silêncio. Chris sério demais, e tudo isso que ele falou, boa coisa não poderia ser.

- Justin – o olhei –, acho que ela pode estar metida em encrenca, das feias.

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