Pov's Houston
Quando eu disse que não mudaria nada, eu
estava errada e como estava.
- Lua! Lua! Lua! Lua!
Lua!
- Eu estou aqui
Christian!
- Aqui onde oras!?
- Na sala besta.
- Ah! Te achei – me
ajoelhei no sofá olhando para trás e ele apareceu na porta da sala.
- Vocês pediram para eu
esperar aqui, para onde eu iria?
- Sei lá né – ele deu de
ombros.
- O que foi? – perguntei
enquanto saia do sofá e andava em sua direção.
- O Jus...
- Esquece, já estou
descendo – Justin o interrompeu ainda descendo as escadas.
- Digam logo! – eu já
estava entediada.
- Ta, apressadinha – Justin
começou. – Seu vôo sai ás 12 p.m, Chris, Caitlin e eu vamos no antes desse.
- Por quê? – Chris
questionou.
- Por que assim ela pode
se passar como uma passageira normal, e não dar indícios que está com a gente,
comigo sendo mais exato.
- Ah claro, mas eu...
- Chris, fica quieto –
pedi. – Continua.
- Como eu estava
dizendo, nós vamos antes, então no aeroporto vai ter uma pessoa te esperando,
que não sei quem vai ser, e que vai te levar para o hotel. Quarto 225, 12º
andar.
- Certo, só isso?
- Só.
- Então ta, até depois –
passei pelos dois e fui em direção a porta.
- Espera! É só isso? Nem
um “Ah! Eu vou para a Califórnia?” – Chris perguntou com um gritinho antes de
tentar imitar a minha voz.
- Ué!? – dei de ombros,
depois me virei e abri a porta. – Ah! Boa viagem – saí.
Para falar a verdade eu estava me controlando
ao máximo para não demonstrar o quanto estava empolgada com isso. Queria gritar
de felicidade e contar para o mundo que iria para Los Angles e o melhor de
tudo, com o Justin. Ok, Caitlin vai atrás, mas, ela não é mais um problema para
mim.
Liguei meu note e pus músicas no máximo que
dava, coisas bem diversificadas – quando eu falo “bem” é coisa que vá do rock
ao pop, e completamente distintas ainda –
enquanto terminava as malas, roupas frescas, shorts, camisetas e
biquínis! Lógico! Não poderia faltar. Estava quase tudo pronto, os biquínis que
eu comprara em Nova York para “festinhas” na piscina, na casa da Harper – e em
outras – por cima da mala, e na minha bagagem de mão um short para o caso de
que eu queira trocar já que L.A é quente e eu sempre andava de calça há muitas
semanas por causa do inverno. Me arrumei e pretendia ficar na cama até dar a
hora de ir para o aeroporto, mas meu computador começou a sair um som muito
alto que se misturava com a música, de inicio me assustei, mas depois corri
para ver quem estava falando comigo.
Lua:
Sua infeliz! Me mata do
coração mesmo!
Har:
Ué? O que eu fiz?
Lua:
O note está na maior
altura, estava ouvindo música enquanto me arrumava.
Har:
Vai sair?
Lua:
Vou.
Har:
Que tipo de festinha?
Lua:
Haha. Você só pensa
nisso né?
Har:
Sempre, sempre. Mas aonde
você vai?
Lua:
Ih! Curiosa.
Har:
Fala!
Lua:
Ta bom, ta bom.
Como eu iria contar? Não ia simplesmente
dizer: “Vou para a Califórnia com o seu artista favorito” ela sequer sabia que
eu conhecia o Justin. E agora?
Har:
Quer saber? Esquece! Eu
tenho uma coisa para te contar.
Lua:
Fala.
Har:
Eu vi o Joe.
Lua:
Harper, você vê o Joe
todos os dias.
Har:
Não, não! É que você não
deixou eu terminar de falar, ou melhor, digitar. Eu vi ele na festa da Krist
ontem. Sabe que ele não saia assim desde que...
Lua:
É, é. Agora e aí? Aposto
que encheu a cara também.
Har:
E por que ele não faria
isso?
Lua:
Eu o avisei tanto...
Har:
Ah, mas você não pode
falar muito Lua.
Lua:
Nem você gracinha. E de
qualquer jeito, foi uma vez só. E foi na onda dele ainda por cima.
Har:
Mas...
Apareceu um aviso em baixo que ele estava
digitando, se bem a conheço, escolhendo as palavras certas já que ficou sem o
que dizer, mas meu celular tocou, eu precisava ir ao aeroporto cerca de meia
hora antes do voo para fazer o check-in. Não esperei que terminasse.
Lua:
Desculpa Collins, mas
preciso ir. Pode não parecer, mas sinto saudades.
Fechei tudo e pus meu note para desligar de
uma vez, nem esperei resposta, o que me renderia muitas em off dela para ler.
Depois eu vejo isso, não agora, sem problemas por enquanto.
Consegui chegar ao aeroporto a tempo de fazer
o check-in apesar do transito. Meu pai me levou até lá e a minha mãe nem quis
ir junto, o que eu sinceramente preferi, se não ia perder o voo de tantos
“cuidados” e “boa viagem”. Antigamente minha mãe não era muito de se preocupar
comigo, principalmente depois que entrei na adolescência e essa baboseira toda,
mas às vezes ela conseguia enganar bem, e em quase todas as vezes, eu preferia
sinceramente que ela não ficasse com tantos paparicos.
Avião ainda me dava um nervoso, meu corpo
tremia e o desespero batia sempre que levantávamos voo ou pousávamos, e
enquanto estávamos no ar eu preferia era dormir e esquecer que estávamos a
metros o suficiente para morrer antes mesmo de chegar ao chão.
Cheguei a Los Angeles e tive a pequena
impressão que já ia escurecer. Fiquei como barata tonta e com medo de que
ninguém estivesse lá me esperando – eu, numa cidade gigante, com a segunda
maior população dos Estados Unidos, em pleno aeroporto lotado sem conhecer
ninguém, era ou não motivo para ter medo? –, mas logo eu vi um cara com uma
plaquinha escrita “Lua Houston” como se vê nos filmes. Fui até lá o observando
de cima em baixo, sentindo dó por estar todo de preto nesse calor infernal que
eu já sentia que fazia.
- Você é Lua Houston
mocinha?
- Sim. E acho que estou
velha demais para ser chamada de “mocinha” não acha? – ele riu.
- Tem razão. Vamos,
temos que chegar ao hotel logo!
- Por que tanta pressa?
- Ele não te contou?
- Se o seu “ele” estiver
se referindo ao Justin, não, me contou não.
- Então não posso falar
nada.
- Que merda! Odeio
quando ele faz isso – o carinha riu.
- Bom Srta. Houston,
melhor irmos. Deixe que eu carregue as suas malas – o entreguei apesar de ser
uma de chão e outra de mão, mas o entreguei mesmo assim.
- Afinal, qual é o seu
nome?
- James, prazer – nos
cumprimentamos. – Vamos nos ver bastante enquanto a senhorita e seus amigos
estiverem aqui.
- Senhorita não, você,
detesto formalidades. – ele riu.
- Ok, agora vamos!?
- Vamos!
O segui até fora do aeroporto e James levou as
minhas malas para um Citroën C5 preto. Depois de ter colocado a grande no
porta-malas, abriu a porta do carro para que eu entrasse e me entregou a
pequena.
- Então, você que é a
tal Lua que o Justin vive falando? – levei um susto ao ver um cara vestido de
um jeito despojado, com calça jeans escura, uma camiseta azul fresca e um
sapatênis bege com marrom, no banco da frente me olhando.
- Depende, é meio
difícil acreditar que o Justin vive falando de mim – respondi quando o susto
passou. – Será que estamos falando da mesma pessoa? – ele riu.
- Houston?
- Bieber?
- Sim.
- Então, sim, sou eu.
Lua Houston.
- Prazer, meu nome é
Ryan Good – ele estendeu a mão sem jeito para que eu o cumprimentasse, e assim
fiz.
- Tipo, Good?
- É Good.
- Good... good?
- É Margareth.
- Eu não acredito que
ele falou disso! – bati a mão no rosto o tampando e me joguei para trás batendo
no encosto ficando completamente desengonçada e morrendo de vergonha enquanto
os dois nos bancos da frente riam de mim. – Ah Bieber! Você me paga –
desencostei e fiquei sentada na ponta do banco de novo.
Esses dois só não são mais confusos por que são só um.
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