(...)
Quente! Eu sentia um calor dos infernos, o que
não era normal nessa época do ano e ficar parada dentro do quarto, ou desfilar
de um lado para outro não estava ajudando para que eu me sentisse menos
sufocada e agoniada, então peguei meu celular e desci disparada a escada da
minha casa vazia, fui até o lado de fora e me sentei no último degrau da
entrada, já sentindo um alivio absurdo e sobrenatural.
Abri a pasta de mensagens do celular e
escrevi:
“Srta. Harper Collins, esqueceu que
tem amigos fora de Nova York? Sei que a vida aí é agitada demais para se
lembrar de mim... mas isso magoa ok?”
Ri da minha incrível capacidade de fazer
drama, o pior de tudo é que ela demoraria para responder, um, que já é lerda
por si só, dois, que uma mensagem de um país para outro não poderia chegar tão
rápido assim.
Olhei para frente ainda sorrindo e imaginando
a histeria que Harper iria me responder, e nem a cara de Scooter Braun como
minha primeira visão me fez deixar de sorrir. Eu sentia falta da Harper, posso arriscar
dizer que sinto falta de Nova York, é sinto, de coisas, pessoas, lugares, não
de todas as coisas, de todas as pessoas, de todos lugares, apenas alguns
detalhes que me manteve viva.
Se eu não deixei de sorrir pelo Sr. Braun,
deixei por notar que Sr. Bieber vinha na minha direção. Esqueci tudo, Nova
York, Harper, outras certas coisas... absolutamente tudo! Tentei me focar na
discussão de hoje cedo e eu não sentia mais nada, raiva, nem nada. Foi apenas
uma discussão idiota, como disse para Kyle, mas quando ele chegou perto, decidi
que apenas um iria falar.
Ou
seja, fiquei calada.
- Olha
Lua, eu não vou mais correr atrás – mas o que? – Sabe, da história toda, o
tempo todo quem foi atrás para que resolvêssemos os nossos problemas fui eu,
uma hora isso cansa sabe? – ele não me parecia irritado ou confuso, nadinha
parecido com um pouco mais cedo, parecia arrependido, mas envergonhado, não
sei, minha cabeça andava a mil ao mesmo tempo que não conseguia produzir um
pensamento descente, eu queria entender o que estava passando com ele, o porque
ele veio falar isso comigo, aqui e agora, enquanto Scooter andava nervoso do
outro lado. – Você sabe o quanto eu quero que a gente fique bem né? Mas sei lá,
sempre sou eu que estou lá para corrigir os nossos erros, juntos e individuais,
não vejo você tentar, ou quase isso. Eu não sei se aguento mais tudo isso
sozinho, antes era só você e agora... – ele desviou o olhar e mudou o peso da perna,
depois voltou para a mesma perna de antes e me olhou.
Agora notei que eu fazia uma bela cara de
paisagem, do tipo sem reação nenhuma, era como se eu olhasse para o rosto dele,
mas não tivesse prestando atenção em uma letra que ele disse. Temo que Justin
tenha achado isso.
-
Então, é isso que eu queria te dizer – ele deu dois tapinhas no corrimão de
madeira em que estava apoiado e se virou, completamente sem graça indo em
direção ao empresário que já gesticulava nervoso.
E essa minha cara mansa? De quem não prestou
atenção no que ele disse? Que diabos foi isso? Eu nunca fiquei assim com Justin!
E como não consegui formar um pensamento descente? Uma opinião? Eu mal consegui
pensar direito no que Justin dizia!
Esses prováveis dois dias fora do Justin não
vão me ajudar a ter dias felizes, pelo contrário, já sinto nós começando a se
atarem.
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Mais um pedacinho porque fui anta e deixei o outro post em rascunho u__u vou tentar postar outro logo ok? Vou deixar programado. Té mais.
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