quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Capitulo 4 - Merry Christmas and Happy New Year. Parte 2.



Certo, sem sono e “sem” fome, agora? Tédio até a hora de se arrumar. Fiquei na sala vendo tevê com os meus pais, só que o mais interessante é que foi divertido.
- Pai! Meu presente de natal?
- Como assim presente de natal?
- Um presente que você me dá no natal ué.
- Eu te dei um carro e você ainda quer outro presente?
- Claro, o carro foi de aniversário! Quero o de natal agora.
- Lua, você não é mais criança para ficar pedindo presente desse jeito.
- Você vai me dar? – perguntei a minha mãe.
- Não.
- Então deixa que eu me entendo com o papai – ela riu. – Pai? Papaizinho? Papai do meu coração?
- Ora Lua! O que a senhorita quer de natal?
- Eu sei lá, é presente! Se eu dissesse o que é para comprar não seria presente.
- Não tem como eu comprar nada hoje.
- Aceito atrasado.
- Você já tem um carro.
- Nem rola juntar presente de aniversário com o natal, principalmente se as datas forem longe uma da outra.
- Vou pensar no seu caso...
- Isso quer dizer que...? – sou alguém muito esperançosa.
- Que irei pensar.
 Fiz bico como sempre, mas meu pai fez com que eu risse, como sempre também.
Logo deu à hora para que eu me arrumasse, então fui para o meu quarto e escolhi a minha roupa tranquilamente enquanto a minha mãe corria pela casa desesperada atrás do sapato preto que combinava com o vestido vermelho que ela também não sabia onde estava. Meu pai, muito esperto, foi tomar banho e se livrou da histeria da minha mãe, já eu, em 5 minutos já estava no banho tranquila, com tudo pronto.
Tomei banho e fui para o quarto com uma toalha na cabeça, coloquei a legging, o sutiã, mais nada e voltei para o banheiro, arrumei o cabelo – aí daria tempo de ele secar o suficiente para não molhar a blusa – e depois comecei com a maquiagem, nada pesado como sempre, mas foi à parte que mais demorou. All star, blusa, casaco de frio na mão e pronta! O que me restava agora era esperar os meus pais.
 Desci e encontrei meu pai todo bem arrumado na cozinha mexendo em alguma coisa que não deu tempo de ver.
- Oi pai, cadê a mamãe?
- Se arrumando oras.
- Ah claro! Que pergunta besta a minha – ele riu.
- Onde você pensa que vai desse jeito mocinha?
- Na comemoração de Natal ué.
- Assim?
- Assim...? – estendi meus braços para o lado, me olhei de cima a baixo até onde podia e depois o olhei, vi ele me olhar de cima baixo.
- Você está muito linda! – fechei meus braços e arqueei a sobrancelha.
- Foi mal pai, mas aí não tem como mudar não, você me fez assim e agora não quer deixar eu sair de casa? – ele riu.
- É só colocar uma roupa mais “escondida”.
- Eu em pai! Qual é! Mais escondida do que isso só se eu usasse um habito!
- Boa ideia!
- Pai! – rimos.
- Tudo bem, tudo bem, não é para tanto, mas ainda acho que você poderia está mais tampada.
- Ah pai! Eu só vou à frente numa festa de natal, ta achando o que?
- Sei lá, vai que Justin cai nas suas graças de novo? – ri.
- Não, não. E mesmo se caísse, qual seria o problema?  Ele é famoso, tem dinheiro, bonito...
- É só com isso que você se importa?
- Claro que não, mas acho que você não daria moral se eu dissesse: ele é carinhoso, fofo, uma criança grande! Além de parecer uma boba, claro.
- Você acha que só me importo com isso?
- Não. Então mudando a minha fala: Bla, bla, bla, e mesmo se caísse, qual seria o problema? Ele sempre foi muito gentil comigo, é carinhoso, romântico – tarado às vezes, mas isso, esquece – realmente muito fofo, sempre me dá atenção, até mesmo mais do que eu mereço...
- Certo, você me convenceu!
- De que você não ia dar bola?
- Não, que você parece uma boba.
- Pai! – ele riu e eu acabei rindo também.
- Estou pronta! – a minha mãe apareceu na cozinha. – O que acham? – ela deu uma volta.
- Que tal a mesma coisa do ano passado já que a roupa é a mesma? – respondi brincando.
- Credo! Que filha ruim.
- Liga não – meu pai chegou mais perto –, você está linda – e eles deram um selinho.
- Eca, vocês adoram fazer isso na minha frente né?
- Você também faz – minha mãe respondeu.
- Mas não na frente de vocês! – saída estratégica para tentar disfarçar a minha cara de vergonha.
- Para de show menina – meu pai disse sério.
- Ok, ok. Você está linda sim mãe – passei pelos dois. – Quero só ver você andar na neve com esse salto fino – tentei ri discreta.
 Coloquei minha roupa para proteger do frio e saí de casa sendo seguida pelos meus pais em silêncio. Fiquei para trás, já notando a fumaça sair da minha boca, eu adorava aquilo, quando era criança gostava de brincar na neve – confesso, ainda gosto –, mas hoje em dia o que eu mais gosto e ficar soltando ar pela boca e ver a fumaçinha sair, só não sei qual é mais infantil, só que é legal! O que eu posso fazer? Enfim, fiquei para trás para fechar a porta e vi minha mãe afundar ao andar, graças ao salto agulha enquanto eu e meu pai andávamos calmamente com nossos sapatos fechados. A cada vez que ela ameaçava cair, eu soltava uma gargalhada, era inevitável.
 Abraços, beijos e o sapato da minha mãe cheio de neve. Tirei o casaco e coloquei junto com os dos meus pais e de várias outras pessoas naquilo que se penduram casacos e andei casa adentro, tentando achar um lugar que eu ficasse à vontade, o que demorou um pouco para acontecer.
- Você está linda – me virei assustada.
- Ah! Oi Justin! Você é a segunda pessoa que me diz isso.
- Segunda? Que droga! Quem aqui disse primeiro para eu matar?
- Meu pai – ele fechou a cara na hora e eu ri.
- É melhor deixá-lo vivo.
- Concordo – eu não conseguia parar de rir e acabou que ele riu também. – Sua namoradinha chegou?
- Sei lá – ele deu de ombros –, mas desde quando você se importa com a Cait?
- Eu não me importo com ela – ele me olhou confuso – me importo com o irmão dela – ele fez uma expressão de “ah”.
- Era de se imaginar! Você e Chris não se desgrudam mais!
- Culpa sua!
- Minha? – quanto cinismo.
- Sua sim Justin! Você que nos apresentou.
- E me arrependo.
- Oras! Por quê?
- Vocês não se desgrudam.
- Até parece está com ciúmes!
- E se eu estiver? Algum problema?
- Sim! Primeiro que você não tem mais esse direito...
- Tal direito que logo terei de volta.
- Não está muito confiante?
- Eu sei que vou tê-lo de volta.
- Só em sonhos!
- Neles também.
- Apenas.
- Mentira! Vai ser na realidade também.
- Duvido.
- Quer apostar?
- Não.
- Ué? Por quê?
- Vai que eu perco? – dei de ombros e sorri.
 Seria legal – ou não – que a conversa continuasse. Estávamos falando num tom de brincadeira – dizem que toda brincadeira tem um fundo de verdade, dizem –, mas uma pessoa chegou e começou a conversar com ele, eu pedia em silêncio que ela fosse embora para continuarmos a conversar, mas aconteceu o inverso, outra pessoa chegou e depois outra e mais outra, depois mais uma, enfim, quando notei, Justin estava cercado de gente e eu exclusa dali. Aproveitei que ele me olhou e acenei, virando as costas.
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 Eu não ia postar porque só tive 1 comentário, mas... já passou muito tempo e eu vi que as visualizações aumentaram [apesar de ainda não serem muitas], então, está aí.
Mas,  vou continuar não falando muito, apenas, até o próximo.

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