sexta-feira, 18 de abril de 2014

13º capitulo: Headline. Parte 2.

- Ali é a piscina?
- É sim, mas como eu estava dizendo, acho melhor a gente... Lua? Lua! – ela estava andando em direção a porta de vidro que dava acesso a piscina. – Lua! O que você vai... wow! – ela simplesmente arrancou a blusa. – O que vai fazer? – fui andando atrás dela
- A última vez que vi uma piscina foi quando estávamos na Califórnia sabia?
- Eu sei, mas você não vai pular... ou vai? É de madrugada! – ela colocou a blusa em uma espreguiçadeira próxima a piscina, virou o rosto e deu um sorrisinho perverso, ela parecia ter se tornado outra pessoa.
- Se quiser vir, que venha, ou simplesmente vá dormir – ela tirou o short e pôs junto com a blusa. – Eu vou entrar.
 A situação era a seguinte: já estava de madrugada, a temperatura havia caído um pouco, estava um silêncio assustador lá fora e eu tinha uma garota seminua na minha piscina.
 Pior! Como se não bastasse ser uma louca seminua na minha piscina de madrugada, tinha que ser a louca seminua na minha piscina de madrugada que eu mais amava no mundo e que me fazia, sem nem pensar, arrancar a roupa e pular atrás nem ligando para o quanto a água estava gelada.
 Emergir e ela estava ali, parada na minha frente sorrindo e seus lábios tremiam um pouco pela água gelada e seu cabelo castanho estava totalmente jogado para trás.
- Você é louca sabia?
- E você adora isso.
- Nunca neguei essa parte – ela abriu um sorriso maior. – Por quê?
- Por que o que?
- Por que você me deixa tão louco, hum? A ponto de pular aqui sem nem pensar. Como consegue fazer com que eu te ame tanto? – pus as mãos em sua cintura e tentei me aproximar.
- Me pegue e descubra – ela sussurrou, deu um impulso para trás e se afastou de mim. Sorriu e mergulhou.
 Dois adolescentes fazendo baderna de madrugada, era isso que acontecia na piscina. Nadei atrás dela e consegui segurar seu pé, ela levantou e deu um grito, quando consegui olhar ela estava com as mãos na boca e rindo. Sabia que não deveria ter gritado. Aproveitei isso para me aproximar, ela sorria e eu também, era involuntário. Fomos até a beira na piscina, a encurralei na borda e pus meus braços a sua volta para que não escapasse como da última vez.
- Eu te amo.
- Você já me disse isso.
- Eu sei, o importante é quando você vai me dizer.
- Você nunca cobrou isso.
- E não entenda isso como uma cobrança, mas...
- Cala a boca Justin, você fica melhor me beijando – eu realmente amo esse lado louco.
- Lua, Lua...
- Justin, Justin...
- Por que ainda estamos falando mesmo?
 Ela riu e embolou seus dedos em meu cabelo embaraçado e molhado, aproximando meu rosto do seu e me deu um beijo tão quente que, de repente, a água deixou de ficar fria. Logo se afastou e colou suas testa na minha e sorriu assim como eu. Estávamos ofegantes.
- Você me faz querer perder a cabeça sabia?
- Notei isso assim que pulou atrás de mim.
- Fala como se não soubesse que eu viria.
- Ok, você me pegou.
 A empurrei mais para a parede e ela não reclamou, só continuou com aquele sorrisinho perverso no rosto. A abracei trazendo seu corpo seminu mais para o meu nas mesmas condições e só Deus sabia as coisas que se passavam pela minha cabeça, o quanto aquele sutiã estava me incomodando por ainda estar naquele corpo, mas ia continuar lá, enquanto ela não permitir ia continuar lá. Por quê? Porque sou um frouxo e deixo com que faça tudo comigo, me deixar no limite e correr depois. Ela sempre faz e eu sempre deixo, sempre caio na mesma história, pior! Gosto disso.
- Eu posso te levar ao céu sabia? Fazer da galáxia só nossa.
- Ta se achando tanto assim Bieber? Só por que agora é famoso?
- Não estou me referindo a minha fama Houston – sorri maroto. – Nós podemos fazer o sol brilhar, na luz do luar. Nós podemos fazer as nuvens cinzas se tornarem em um céu azul. Eu sei que é difícil, baby, acredite em mim.
- Música nova?
- Não exatamente.
- Então não é para mim – ri.
- Quem dera se eu conseguisse escrever uma música sem pensar em você, shawty. Talvez assim você parasse de brincar tanto comigo.
- Mas eu não brinco com você – fez bico depois sorriu, entendendo perfeitamente o que eu quis dizer.
- Se não brincasse – me aproximei de seu ouvido –, não estaria de lingerie ainda – inclinou a cabeça para trás e riu.
 Quando voltou com a cabeça, me beijou de surpresa, levantou as pernas e cruzou na minha cintura nos aproximando ainda mais. Seus dedos se embolaram no meu cabelo e depois de um tempo puxou minha cabeça para trás, provavelmente precisando de um pouco de ar, mas desci para seu pescoço, começando pela curvatura e subindo, depois descendo de novo.
 E ela então afasta as mãos de mim, não me importei. Até que ela me faz o favor de desenrolar as pernas de mim, me empurrar e sair da piscina tão rápido que só me liguei quando ela já estava na porta fazendo um caminho encharcado até a casa.

- Não brinca comigo, não brinca comigo – resmunguei e me apoiei na beira da piscina, saindo de lá tão encharcado quanto ela.

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