segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

18º Capitulo: There’s a Bad Girl in Every Good Girl - Parte 3

Pov's Houston

E todos os dias a tarde eu pensava que eu estava louca e que deveria parar, mas de noite não conseguia dormir, e então sempre me via saindo de casa no meio da madrugada.
Gabe, Gabe, que diabos você fez comigo? Despertou uma parte que deveria continuar adormecida, até sumir de vez. Isso não foi certo, nem um pouco.
  Assim que me viu na escola, Gabe praticamente me jogou dentro do carro – quase um sonho andar em um carro como aquele, a culpa foi minha também estar lá – e eu praticamente esqueci tudo o que aconteceu durante a escola, eu era de novo aquela garota que conversou com ele, aquele dia no parque. A pose de badboy do cabeça branca devia fazer isso.
- Então, Gabe, vai me dizer o que está rolando ou só vai me carregar por aí?
- E se eu não quiser dizer? Que diferença vai fazer? Você está aqui dentro, e as portas fechadas – essa frase não me traria uma sensação boa caso eu não soubesse que Gabe se metia em outro tipo de problema.
- Eu posso me jogar.
- Do carro em movimento? Você sabe que não daria um bom resultado – ele estava certo, eu podia me ferir muito saltando da velocidade que ele estava. – Relaxa gata, já estamos chegando.
 Um galpão fora da cidade, ele me levou para um galpão fora da cidade. Eu estava metida em problemas e isso era inevitável, apenas tive mais certeza quando uns caras mal encarados abriram o portão e Gabe entrou com aquela máquina que chamava de carro.
- Desce gata, você vai gostar disso – não se engane, eu estava odiando o fato dele me chamar de “gata” o tempo todo, mas fiz o que ele mandou, e continuei em silêncio. – Hey brô! – ele gritou e todo mundo olhou em nossa direção.
 O lugar estava lotado! Tinha várias garotas com cara de vadia e roupas sexy’s, mas não do tipo Louise ou Channel, mas sexy tipo aquelas que dão partidas em corridas dos filmes como “Velozes e Furiosos”, os carros que tinham lá também pareciam ter saído desse filme, os caras também. E todos olhavam para mim e para Gabe que parecia menos assustador do que todos lá, apenas um peixe pequeno.
 E mais uma vez não se engane, eu não estava assustada, sequer, arrependida.
 Gabe foi até um cara de cabelo raspado, não muito musculoso e bem tatuado. Fizeram um toque.
- Lembra do que comentei com você? De que conheci alguém e...
- Sim, sim, lembro – o tal cara o interrompei e desviou o olhar para mim, me analisado de cima a baixo.
- Então, aqui está ela – Gabe apontou pra mim.
- Ela? – o cara contraiu o rosto como se a fala de Gabe tivesse o desmoralizado.
- Não se engane cara! A garota entende bem. Confia em mim, é uma boa opção! Eu fiz minha pesquisa direitinho dessa vez, sei do que estou falando.
- Acho bom – o cara desdobrou os braços e desencostou do carro que nem reparei qual era, eu me esforçava para continuar mantendo contado direto com ele, e ele me olhava fundo dos olhos, o suficiente para qualquer um tremer, mas eu continuei firme.
- Te garanto brother! Te garanto – veio até mim, chegou bem perto, levou a mão até o meu rosto e alisou minha bochecha com o polegar.
- Coragem ela tem, ou é muito burra para não desviar a atenção, mas parece frágil, tem o rosto de um anjo...
- Mesmo assim posso ser muito perigosa – disse e ele gargalhou alto, ou talvez foi o eco do lugar já que estava praticamente em silêncio absoluto.
- Sim! Corajosa! E se diz temida! – riu.
- Já ouviu falar que em toda boa garota existe uma má? Posso ter cara de anjo, mas isso é a última coisa que eu sou.
- Não é frágil, então? É forte? Oh céus! Essa garotinha se diz forte! Estou começando que não é coragem, é burrice!
- Você acha que ele me encontrou onde? – apontei para o Gabe. – No lixo? Por favor! – revirei os olhos. – Eu posso ser muito mais perigosa do que você pensa – falei num tom mais baixo e ele ficou em silêncio por algum tempo.
- Parece que você acertou dessa vez Whitehair. – Disse ao Gabe, e voltou a se encostou no carro. – Ela já me parece pronta pra entrar na brincadeira. – eu queria perguntar “Que brincadeira?”, mas acho que isso ia acabar com a moral que eu tinha acabado de construir. – Galera! – ele gritou e o silêncio se tornou absoluto. – Temos uma nova integrante no grupo! D.A! A nossa Dangerous Angel – gritaram, e ele abaixou a voz para mim. – Prazer, sou Dragon.

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