quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

20º capitulo: We Change with Pain - Part 1

Duas semanas depois da primeira conversa, estávamos bem, surpreendente Justin se divertia com algumas histórias, claro que nenhuma delas envolvia o Joe. A gente ficou bem, nos falávamos horas e mais horas, trocando experiências do passado, mesmo quando ele estava viajando, como sempre me ligava de noite, ou antes de ir para o show – e mandava mensagem depois que chegava, já que sabia que eu já estaria dormindo – conversávamos mais do que nunca.
 Eu estava aliviada até, ele estava lidando muito bem com as coisas que eu dizia como eu também lidava bem com o que ele dizia.
 No sábado, Bieber chegou de madrugada em casa, já eu acordei cedo. Minha mãe foi para o hospital participar de uma campanha de doação de sangue, e saí com ela para participar enquanto não enchia. Matei o tempo lá, meu pai estava na empresa acertando as contas de final do mês. Na hora do almoço fui para casa, prometi voltar mais tarde, cansei de ficar sozinha todos os dias da semana, já que meus pais só estavam em casa de verdade aos domingos.
 Liguei a tv na MTV enquanto preparava algo para comer, dançava e cantava quase deixando o prato cair no chão, eu me sentia feliz, com uma paz interior que não sentia havia muito tempo, de verdade. Sentei na cozinha pra comer, e quase já terminando recebi uma mensagem.
 “Bom dia! Ou boa tarde? Não sei, to perdido! Acordei agora lol. Que tal daqui a pouco a gente se ver? Tenho saudades de te ver! JB”
 Respondi:
 “Que preguiçoso! Haha. Acabei de almoçar, te espero lá fora pode ser? Se não for demorar, minha casa está vazia, pra variar, vou pegar um pouco mais de sol. Ah! Mamãe foi para o hospital para uma doação de sangue, será que o astro teen ajudaria? LH”
 E ele respondeu:
 “Claro que sim! Tiro até umas fotos se quiser e posto no Instagram, para incentivar e tal. E, não vou demorar, te encontro lá fora. JB”
 Lavei tudo o que sujei, peguei o celular e saí. Sentei no primeiro degrau da entrada da minha casa, tomei vento, mexi no celular e cantarolei enquanto deixava o sol bater na ponta dos meus pés. Fazia tempo que eu não cantava e era a segunda vez que eu fazia isso hoje, como há duvidas que eu realmente estava bem e feliz?
 Só não sabia que isso podia acabar em um piscar de olhos.
- Lua! – Justin atravessou a rua correndo e sentou do meu lado na escada. – Como vai, shawty?
- Bem! Principalmente depois que comi, doei sangue hoje.
- Você me disse, sua mãe né? Que horas podemos ir lá?
- Você vai mesmo? – Sorri.
- É claro! Eu disse que iria.
- Que bom! Pode ser no final da campanha, melhor né? Deve ter menos gente. Tem tanta gente ajudando, Justin! Isso é incrível! – ele riu, talvez da minha empolgação.
- Isso é muito bom!
 Conversamos por algum tempo, faltava muito tempo até o fim da tarde pra podermos ir ao hospital. Ele me contou as novidades da última viagem, e como andava a carreira. Parecia que melhor impossível! E as pessoas sempre continuavam perguntando por mim, Mama Jam sentia saudades minhas, Ryan também, já Scooter continua não querendo olhar na minha cara. Continuamos a falar, e continuaríamos assim se não tivesse parado um taxi na nossa frente.
 Olhamos em silêncio, primeiro por curiosidade, depois por espanto.
 Joe saiu do taxi, sorrindo, primeiro olhando em volta depois se direcionando a mim. Levantei de supetão, mas aqueles olhos azuis me levaram a fala.
- Então é nesse fim de mundo que você mora? – Ele riu. – Lua? Nem um “feliz em te ver”?
- O que... o.. que – engoli seco – o que você está fazendo aqui?
- É assim que se dá bom dia por aqui? Achei que, em uma cidade pequena como essa, as pessoas seriam mais educadas do que em cidade grande como Nova York. Lua... Lua... você já foi mais legal!
- Joe, você ainda não me respondeu.
- Joe – ouvi Justin sussurrar.
 Droga, o Justin!
- Eu sabia que estava te reconhecendo de algum lugar! – Bieber se levantou com rapidez, sem tirar os olhos do cara a nossa frente.
- Eu também te conheço de algum lugar – Joe olhou pra ele, sorrindo esnobe. – Você é aquele viadinho famoso, o cantor lá. Aquele que a Harper é fã – ele gesticulou para mim, como se tivesse com problemas para lembrar o nome do Justin.
- Justin, meu nome é Justin.
- E o meu é Joe. Não sabia que o conhecia, Lua. Harper sabe disso? Aposto que aquela louca ia ficar mais... louca! Isso se possível – riu.
 Eu abri a boca pra falar, mas Justin não deixou.
- Eu sei quem você é! O que está fazendo aqui?
- Vocês são amigos? – Joe perguntou para mim.
- Sou namorado dela! – Justin falava com um tom raivoso.
- Namorado? Não sabia que gostava de meninas, Lua!
- Eu que não sabia que ela gostava de canalhas!
- Wow! Quem você pensa que é para me chamar de canalha, seu fracote?
- Fracote é você!
- Eu te quebro cara! Faço você sair chorando pedindo a sua mãe, muito fácil!
- Eu quero só ver!
 Eles continuaram a discutir, eu estava desesperada, não conseguia falar mais nada, eles não deixavam, então gritei, alto e agudo, dei aqueles gritos de doer os tímpanos. Eles olharam pra mim assustados.
- Agradeço a vocês por finalmente terem calado a boca! – Falei alto. Justin tentou protestar, mas não deixei. – Vai pra casa Justin.
- Não sei porque ainda não foi – Joe disse.
- Cala. A. Boca. Não mandei você falar – ficou quieto, mas satisfeito, ao contrário do Justin.
- Vai pra casa, Bieber – disse firme. – Depois a gente conversa. E você – apontei para Joe –, entra! Tem muito o que explicar.
- Acho que não sou...
- Entra Joseph! Ainda não mandei você falar.
- “Mandei”? – Ele franziu a testa. – Olha, Lua...
- Joseph Ray Thompson, entra agora!
 Não falou mais nada, e subiu as escadas, passou entre a gente, jogou o corpo pra cima do Justin como se chamasse pra briga, depois passou reto entrando na minha casa.
- O que esse cara ta fazendo aqui? – Justin perguntou para mim.
- Isso que eu quero descobrir! Vai pra casa Justin, depois a gente se fala melhor, eu tenho que descobrir o que esse cara quer.
- Eu também quero! – ele ia subir as escadas, mas o interrompi.
- Acho melhor não, vocês quase se mataram aqui.
- Mas, Lua!
- Justin, sério – falei mais calma, respirando fundo – vai pra casa, a gente se vê mais tarde.
- Tudo bem, eu vou – desceu, lento, sem vontade de ir. – Ah, afinal Lua, que belo namorado você arranjou, hein!?
 Não tinha nem o que responder. Fiquei o observando entrar em casa, enquanto tomava coragem para entrar.
 Respirei fundo e abri a porta.

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Um pequeno segredo sobre esse capitulo:
É o meu favorito!

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